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História Destinados. - Capítulo 43


Escrita por: malecsterek

Capítulo 44 - Capítulo 43


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“E o que mais incomoda um homem de bem, do que bagunçar a vida amorosa do mesmo”.

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Jace: Quando é que vamos poder matar o Valentine na história?

Alec: Não matamos, vamos prendê-lo...

Izzy: Somos Shadowhunters... MATAMOS demônios, então podemos matar ele... Ops... História errada, peraê aí...

--xx—

 

A guarda-costas com experiência viu o homem apontando uma arma em sua direção e com movimentos rápidos tirou a sua, para disparar em defesa, o primeiro tiro escapado de suas mãos atingiu em cheio a perna de um dos homens, mas o outro já tinha feito o seu disparo.

Izzy sentiu o impacto em seu braço, como um rasgo em ardência, grunhiu de dor, mas escutou um terceiro tiro vindo do nada.

O homem que tinha conseguido balear Izzy estava ensanguentado no chão.

Tudo foi tão rápido em sua frente, que mal conseguiu reagir, quando o braço começou a queimar pela ardência da bala perdida, finalmente pode perceber a situação.

- Você está bem? – disse uma voz conhecida ao seu lado.

Izzy virou-se rapidamente e viu que Luke tinha salvado sua vida.

Luke estava na missão, mesmo que a agência tivesse o tirado formalmente, principalmente depois que Alec tinha pedido seu auxilio e contado o que realmente tinha acontecido na mansão. E algo dentro dele desencadeou numa atitude de vigiar a mansão de longe, para estar pronto quando fosse necessário.

Agradeceu seus instintos em fazê-lo seguir o carro que levava Clary e Jocelyn para fora da mansão, naquela tarde. Sabia que seus instintos eram mais propícios a seguir seu coração, em ir atrás de Jocelyn, entretanto, ignorou esse fato os afundando no precipício que eram seus sentimentos.

Era muito mais discreto em seguir o carro, dos que os homens que abordaram Isabelle. Quando viu o que eles pretendiam, em sua mente, formulando que realmente queriam ferir a guarda-costas, avançou rapidamente para ajuda-la. E graças aos céus tinha conseguido chegar a tempo.

Mesmo vendo, que a garota parecia estar machucada.

Izzy ainda estava em choque por ter sido ferida, em todas as suas missões, nunca tinha sido pega, era como uma equipe impecável, e isso só rematava a raiva daqueles homens.

Logo percebeu que o homem que tinha a baleado foi ferido por Luke rapidamente, assim o guarda-costas mais velho tinha realmente salvado sua vida, ou tentado.

O que a deixava ainda mais irritada, o fato, que odiava dever favores ou subjugar as suas defesas.

- Eu estou bem... – ela resmungou quando Luke perguntou outra vez – Obrigado... – respondeu em agradecimento, analisando o braço.

Se não fosse por Luke, talvez, estivesse em grandes apuros, mas analisando melhor a situação, pode perceber que o atirador, não tinha a intenção de  feri-la gravemente. Olhando para o braço sangrando pode analisar que a bala não tinha atingido sua pele para entrar, tinha apenas passado por ali, mas ainda assim o impacto queimava e desencadeava uma dor insuportável.

Luke foi até os homens os imobilizando, vendo se estavam apenas feridos, ou tinha conseguido matar alguns deles, rapidamente pegou o celular avisando o que tinha acontecido, precisaria de reforços para limpar a área.

Clary respirou fundo, paralisada, pelo que tinha acontecido, o cheiro do vômito dentro do carro, estava a deixando mais enjoada ainda, olhou para a mãe com os olhos arregalados por ver toda a cena dos tiros, já tinham se abaixado para não serem atingidas, mas tudo parecia estar bem.

- Você está bem, querida? – perguntou sua mãe analisando como Clary estava pálida e em silêncio.

A ruiva apenas assentiu, querendo descer do carro, e ficar longe do cheiro forte que exalava por ali. E também estava mais preocupada em ver se a guarda-costas estava bem.

- Tudo bem com vocês? – perguntou Luke se aproximando das mulheres, demorando um pouco mais, seu olhar, em Jocelyn.

A mulher diz que sim em gestos, ajudando Clary a descer do carro, como se ela precisasse de algum tipo de auxilio para andar, a mais nova, empurrou a mão da mãe de leve em um claro dizer que estava bem e podia andar com as próprias pernas.

- Isso é inacreditável... – rosnou Izzy desacreditando no que havia acontecido - Esses homens são mesmo patéticos...

Izzy estava divagando para tentar esquecer a dor continua do braço, enquanto tinha que dar um jeito de sair daquele lugar rapidamente. Estar ali era como se estivesse colocando Clary e a mãe em perigo num campo aberto.

- Vamos temos que ir embora, rápido, antes que mais robôs como esses... – disse chutando a perna de um dos homens que urrou de dor – Voltem...

- Izzy você está sangrando – comentou Clary assustada – Você foi atingida, temos que ir ao hospital...

- Realmente precisamos ver seu braço – comentou Luke após mandar algumas mensagens pelo celular – A cavalaria está chegando para pegar esses homens e os prenderem, tenho a certeza que não falaram nenhuma palavra sobre o mandante, o que impossibilita muito mais nosso trabalho...

Izzy franziu o cenho para Luke, pois, apesar de ter salvado sua vida, o guarda-costas nunca gostou de sua relação com Simon, a obrigando a se afastar de seu protegido em um momento.

- Eu estou bem... Já disse – ela mentiu, porque a dor só aumentava – Temos que levar Clary e Jocelyn em segurança para a mansão...

- Como se lá, elas estivessem salvas... – resmungou Luke se preparando e olhando para Jocelyn.

A mulher se encolheu, como se aquelas palavras a ferisse, se não tivesse feito escolhas erradas no passado, talvez, não estivesse nessa situação com os filhos.

Depois de conversarem mais um pouco, decidindo o que iria fazer, e dando os depoimentos para alguns agentes especializados da agência de guarda-costas que vieram prender os homens que tinha os agredido finalmente eles puderam ir embora.

Deixaram o carro para trás, por estar amassado, para ser levado depois, Luke resolveu levar as três para a mansão, mesmo que tivesse que deixa-las sem Valentine o ver. O que era realmente uma parte insuportável, na opinião do guarda-costas, ter que ainda se manter em um plano chantagista. Luke culpava a equipe do Lightwood por terem se envolvido com os protegidos, e estava agora com essa grande bomba em suas mãos.

Izzy estava dolorida, mas manteve-se firme, sua missão era maior que qualquer ferimento. Tinha que manter Clary salva, custe o que custar.

- Depois que as deixarmos na mansão, eu a levarei para ver seu braço – comentou Luke dirigindo para Isabelle.

- Muito legal de sua parte, mas não é necessário – respondeu Izzy com uma careta de dor.

- É claro que é... Está no regulamento auxiliar guarda-costas quando eles precisam, eu sigo muito bem as regras – retrucou Luke serio – E outra se seu irmão souber que eu não a ajudei, eu acho que ele é bem capaz de me insultar... Ou talvez, ele esqueça que regras tem que ser seguidas...

- Não é realmente necessário esfregar esse fato nas nossas caras, toda a vez que me ver... – rebateu Izzy séria também.

- Eu ainda estou enjoada... – disse Clary para tentar acalmar o clima pesado dos guarda-costas – Podem ir mais rápido e sem discutir, estou realmente cansada...

- Droga, Clary... Não devíamos ter saído hoje – comentou Izzy esticando o braço – E o que seu pai tem na cabeça de mandar jogar um carro em cima de vocês...

- Acha que ele descobriu alguma coisa? – exaltou Jocelyn preocupada – Clary não pode ser ele não pode saber isso...

- Tem mais alguma coisa que não sei nessa história? – perguntou Luke sem entender olhando para as mulheres pelo retrovisor e para a Izzy.

Izzy balançou a cabeça, num claro movimento que Clary não deveria contar sobre estar grávida, era bem capaz de Luke bater o carro em descrença.

- Já que também está nos ajudando... – começou Jocelyn – Minha filha está grávida, então dirija com mais cuidado.

Luke apertou as mãos no volante, não era preciso perguntar para saber quem era o pai.

- Isso realmente está saindo da linha... – murmurou Luke para Izzy – Vocês estão realmente perdidos quando a agência descobrir...

- Mas se Valentine descobriu sobre eu estar esperando um filho, porque iria querer me matar? – perguntou Clary preocupada.

- Estava observando vocês e tenho a certeza que vocês não eram o alvo dele... – respondeu Luke dando sinal no olhar para Izzy que entendeu prontamente.

Só não entendia o motivo, de ser o alvo no esquema de Valentine.

- Temos que avisar os outros guarda-costas sobre o que aconteceu aqui? – perguntou Clary mudando de assunto vendo o clima pesado outra vez – Porque Jace está me mandando mensagens e eu não sei o que falar...

- Fala nada por enquanto – falou a guarda-costas, convicta, com um gemido de desaprovação – Apesar de que não tem como esconder isso... – apontou para o braço encolhido.

 

- Eu lhe disse que era apenas um susto e dois dos meus homens morreram – esbravejou Valentine no telefone – Isso não é muito bom para mim, sabe como é difícil arranjar capangas?

Valentine estava de volta, ao seu escritório, depois de avaliar o que pretenderia fazer contra os avanços do filho.

E o que mais incomoda um homem de bem, do que bagunçar a vida amorosa do mesmo. Queria ver a reação de Simon quando contasse que sua adorada guarda-costas tinha sido ferida, e nada mais e nada menos, pelo próprio pai.

- Eu realmente espero que não tenha matado a guarda-costas... Isso me complicaria muito... Mas espero que tenham ferido bastante... – respondeu outra vez depois de um período de silêncio escutando o outro homem por trás da linha telefônica – E não machuquem minha ex-mulher e filha, eu ainda precisarei delas...

Valentine assentiu, escutando os relatos que tinha acontecido, e que apareceu mais um homem salvando a guarda-costas e as mulheres.

- Esse povo anda em bandos... – comentou para si mesmo, depois que tinha encerrado a ligação.

Mas, novamente seu plano tinha dado certo, era como avançar num jogo de xadrez e enrolar suas peças em sua teia. Sorriu perverso em imaginar que logo estaria bem longe dali com todo o dinheiro deixando todos na miséria. E ainda conseguiria a satisfação de desestabilizar a família.

E também, deixaria um rastro final para que ninguém se esquecesse dele.

Antes que pensasse na concretização do final de seu plano, agora, tinha como vaidade trazer seu lado sanguíneo para seu lado. Ter Simon fazendo parte de sua enganação era um elixir contra Jocelyn para acabar de vez com a mulher que o deixou.

- Já posso imaginar, minha querida esposa, se rasgando em saber que o filho perfeito puxou ao papai aqui – riu animado – Não me decepcione, Simon... – relaxou-se se sentando colocando os pés em cima da mesa, falando sozinho.

 

Simon estava em seu quarto, analisando os números na folha, aqueles dígitos não era nenhum que tinham visto. E estava pensando o que Valentine poderia estar aprontando. Decidiu falar com Magnus e ver se o homem estaria tirando proveito de suas empresas, sem eles saberem.

Era mais que justo, pensar sobre isso, já que Valentine também queria dinheiro.

Antes que pudesse ir até o tio, já que sua mãe e irmã ainda não tinham chegado e não teve noticias nenhuma da mensagem que mandou para Izzy foi alertado por um empregado da mansão, dizendo que seu pai queria o ver, imediatamente.

O garoto engoliu em seco, lembrando-se que ainda tinha que saber o que Valentine pretendia em dizer que precisaria de uma prova de sua lealdade para com ele.

Foi até o escritório, onde Valentine estava, sentindo que não teria boas novidades os esperando, porque simplesmente seria ir contra tudo que acreditava para provar qualquer coisa que seja para o pai que não confiava.

 

Magnus estava na cozinha, tinha dispensando, as pessoas que trabalhavam por ali, pedindo que o deixassem a sós. Tinha ficado pensando em como conseguiria mais tempo com Alec, e antes que colocassem o plano do seu guarda-costas preferido em ação, precisaria conversar com ele, sobre os detalhes.

E queria fazer isso pessoalmente, mas não conseguiria se Valentine estivesse na mansão.

Precisou ligar para seus amigos pedindo ajuda e algumas horas conversando com Catarina, eis que surgiu uma ideia. Não poderia matar Valentine, ação que para ele, seria muito mais fácil, já que se o homem morresse resolveria todos os seus problemas, mas não era um assassino e nem se igualava a ele.

Então outra ideia, surgiu mais ousada e menos suicida.

- Você tem certeza que pediu o mais rápido possível? – perguntou Magnus para Raphael.

- Mas é claro que sim... – respondeu Raphael sorrindo angelicamente, sorriso que assustava Magnus.

Ragnor tinha chegado, no momento, que iria voltar a conversar, tinha entrado pelos fundos. Grande parte de sua vida, era assim que faziam suas escapadas quando eram jovens com seu grande amigo Magnus.

Ragnor sorriu ao ver Raphael, indo até ele, antes de dizer qualquer palavra para Magnus, segurando no rosto do seu namorado, e o beijando com ferocidade.

- Bem... Vocês podem se beijar a vontade, enquanto eu fico aqui esperando a boa vontade dos dois... – grunhiu Magnus encostando-se ao balcão da cozinha, com os braços cruzados diante do peito.

Ragnor, propositalmente, afundou sua língua na boca de Raphael que gemeu baixinho, deixando que a boca do namorado explorasse a sua. Descaradamente os dois começaram a se agarrar no meio da cozinha.

- Ótimo! – comentou Magnus outra vez – Vou ficar aqui criando teias e mofos enquanto vocês perdem o ar em beijos melosos... Ou podemos ir ao que interesse, Ragnor me entrega logo o que eu pedi aí vocês continuem a se atracar um no outro...

Raphael se afastou um pouco, deixando que Ragnor o abraçasse, beijando seu pescoço e sussurrando que tinha sentido saudades. Sorriu afetado, já que Fell não era muito em se expressar sentimentalmente, já que tinha o enrolado muito antes de poderem começar a se relacionar.

- Pronto... Precisaria de um grande pagamento, por me fazer ir até a casa de Catarina e vir para cá com pressa – disse Ragnor puxando Raphael e entrelaçando seus dedos nos dele.

- Bem já que pegou o que queria agora me dê logo... – pediu Magnus revirando os olhos.

- Espero que o que fez foi por saudades minhas e não para provocar o Magnus – ralhou Raphael encarando os lábios inchados de Ragnor que sorriu abertamente dando lhe um beijo na bochecha.

- Foram os dois... – respondeu com semblante sarcástico.

- Tá... Já vi que vocês dois pegam fogos juntos, legal? Sim, ok... Agora me dê logo... – pediu Magnus indo até Ragnor e dando lhe um tapinha na cabeça.

Ragnor tirou de seu colete um pequeno frasco azul, com cuidado depositou nas mãos de Magnus que pegou o vidro e o analisou cautelosamente, olhando para os lados para ver se não tinha ninguém.

Tinha analisado, que Valentine tinha se trancado no escritório, em divertimento, sendo bajulado por quase todos os empregados. Então não tinha perigo em estar arquitetando seu plano contra ele, por ali.

- Catarina disse que são apenas duas gotas e pronto ele estará dormindo até amanhã... – aconselhou Ragnor para Magnus.

O plano foi pedir para que Catarina, que era enfermeira capacitada em um dos hospitais da cidade, conseguisse um sonífero para eles, algo pequeno que derrubasse Valentine apenas por algumas horas, enquanto poderia conseguir conversar com os guarda-costas a sós.

Mas, Magnus queria mesmo era manter Valentine dormindo para voltar a ficar confortável em sua própria casa.

- Bem... Espero que dê certo... – pontoou Magnus ainda olhando para o frasco.

- Ele está bebendo no escritório, e pediu mais uma garrafa de vinho, quando ele pedir outra, eu vou agir – disse Raphael adorando a ideia.

- Tome cuidado... – pediu Ragnor apertando suas mãos.

- Aquele pinguço nem vai perceber – comentou Magnus olhando para os amigos – Está tão feliz hoje que parece um gambá alcoolizado por vinhos... Não é atoa que minha mansão está fedendo...

 

Simon entrou no escritório vendo Valentine sorrir despreocupado, enquanto tomava sua taça de vinho. Ver a cena do pai tão alegre e sentindo-se o dono da mansão o fazia ter espasmos de raiva em seu corpo.

Mas era tudo uma questão de se manter focado no que pretendia, era apenas ganhar a confiança de um vilão e o pegar quando menos se esperava. Simon já tinha visto isso em milhares de séries e gibis de super-heróis que tinha lido, só não podia imaginar o quanto era difícil realizar na vida real.

- Bem, estou aqui... – disse um pouco vacilante olhando para Valentine.

- Quer uma taça? – ofereceu o mais velho para o filho.

Simon recusou, não iria brindar com ele, mas logo percebeu que deveria começar a andar conforme a música que Valentine tocava. Mesmo assim, pensou que recusar uma bebida não era todo o feitio de estar recusando a lealdade.

- Não, obrigado, está comemorando alguma coisa? – perguntou o mais novo tentando agir despreocupado.

- Digamos que sim... – disse Valentine analisando todos os gestos do filho.

Simon era esperto, notando que o pai que não confiava em nada, estava de alguma maneira começando a testá-lo, por isso começou a agir em gestos mais precisos de que não estava preocupado pelo que estava acontecendo.

- Bem, meu querido filho, você disse que quer ficar do meu lado... – começou Valentine depois de alguns minutos em silêncio – E eu adoraria que isso fosse verdade, mas antes preciso de provas que isso é realmente o que você quer...

- Já estou aqui e vi que a situação ao seu lado é mais propicia ao sucesso – disse Simon com a voz confiante – Você com certeza é o lado melhor e mais confiante para mim...

Valentine sorriu, e Simon percebeu que tinha feito mais um ponto, seu pai era vaidoso, em suas próprias maldades, e ser elogiado aumentava seu ego inflável. Agir dessa maneira deixava Simon enjoado, mas não tinha outro jeito, precisava fazer.

- Então... Você percebe que foi um erro ficar com sua guarda-costas e ir contra mim, alguns anos atrás? – perguntou Valentine sentando-se ereto na cadeira macia.

- Ficar com a mulher foi um ato de homem, ela é linda e eu a quis, apenas isso... – mentiu despreocupado – E sim, vi que estarei melhor ao seu lado...

- Bom... Somos homens, não é? Pegando algumas moças bonitas... – murmurou Valentine com um sorriso de lado – Está me dizendo que não está apaixonado pela guarda-costas?

- Não... – mentiu outra vez – Eu descobri que era apenas uma paixãozinha boba de adolescente, que logo foi superada quando me vi sem dinheiro... Eu mereço mais que isso.

- Bom muito bom... O próximo passo é achar uma herdeira para você... – apontou Valentine para que Simon sentasse, vendo que o filho estava parecendo ser honesto.

Simon assentiu encostando-se à cadeira a frente do pai, e sorrindo alegremente, para ele, mesmo que por dentro estivesse gritando.

- Faria o que for necessário – continuou Simon em suas mentiras.

- Bem se não está gostando da garota – Valentine o olhou nos olhos, pegaria qualquer reação, por mínima que fosse – Quero dizer que hoje, sua mãe e irmã foram seguidas de volta para a mansão.

Simon sentiu seu coração trabalhar tão rápido, que poderia escuta-lo em suas orelhas, mas logo colocou uma pedra de muro em suas feições, e rezando para que nada de grave tivesse acontecido com sua família.

- Bem, temos uma guarda-costas bem ativa por aqui... – continuou Valentine sorrindo sem demostrar nenhum arrependimento – Mas não boa o bastante para conseguir fugir de uma bala perdida...

O silêncio reinou no escritório, Simon apertou suas mãos, sem que Valentine tivesse a visão de seu punho fechado com tanta força que os nós ficaram brancos, tinha que deixar seus sentimentos revoltantes, em colisão dentro dele, não poderia deixar escapar.

Izzy estava ferida, ele a feriu para ter uma prova que ela não era importante, que ela não era tudo em sua vida.  Isabelle, sua Isabelle estava gravemente ferida, ou poderia ter acontecido algo pior.

Izzy poderia estar morta.

Não, Simon, apenas se acalme, seus instintos gritavam consigo mesmo, dentro de sua mente, seus olhos começaram a queimar, ele estava morrendo por dentro, mas por fora, estava intacto.

Não poderia deixar que o maldoso pai ganhasse essa, não iria deixar. Respire Simon, respire. A voz de sua mente gritava em plenos pulmões para ele.

- Bem é o trabalho dela... – conseguiu dizer sem gaguejar ou demonstrar o quanto estava sofrendo por dentro.

Como Valentine teve coragem de machucar alguém que tanto amava como o próprio pai tinha se transformando num monstro sem coração.

Valentine ficou analisando o filho, que não esboçava reação nenhuma, e sorriu, deu uma bela gargalhada, fazendo Simon prender a respiração, estava a ponto de explodir, era uma pressão esmagadora em seu coração, a sensação de perder Isabelle estava o afetando, não saberia se poderia aguentar.

- Bem... Acho que logo, logo, teremos muito que conversar – disse Valentine numa clara certeza que tinha alcançado seu objeto de desejo.

Depois de ficar mais longo tempo, na perspectiva de Simon, dentro do escritório, enfim o garoto conseguiu despistar o pai, que já se encontrava um pouco embriagado.

Quando saiu de lá, soltou o ar que estava prendendo, deixou que a máscara do seu teatro caísse, encostou-se à parede oposto do escritório, como se precisasse de algo que o mantivesse em pé. Respirou fundo, sentindo seu coração se partindo em mil pedaços, precisava saber o que tinha realmente acontecido, onde estaria Izzy e quão ferida estava.

Os olhos já não estavam mais queimando, estavam embaçados, Simon sentiu duas lágrimas descendo, enquanto tremia suas mãos em desbloquear o celular, e ver se tinha notícias.


Notas Finais


Sei que ainda querem me matar por ter prometido que sairia tal dia e saiu apenas hoje, tive um problema na minha internet, mas não demorou muito... Estou tentando ir o mais rápido possível, obrigado por todos os comentários...


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