Naruto’s POV on
Acordo com um dia de chuva à minha espera. A seguir tomo banho e vou tomar o pequeno almoço. E quando vejo o que vou tomar vejo panquecas com cobertura de chocolate e sumo de laranja natural. Olho para o meu pai desconfiado. Ele tem estado sorridente nos últimos dias e eu desconfio que a causa tenha nome e sobrenome: Fugaku Uchiha. Sento-me à mesa e comento:
- Hoje esbanjas-te no pequeno almoço – digo, desconfiado. Ali há coisa.
- Já não posso mimar os meus filhos? – Pergunta o meu pai, sorridente. – Eu tenho de conversar contigo e com o Deidara.
- Precisas de falar comigo sobre o quê? – Pergunta o diabo, surgindo. Está vestido com umas calças jeans pretas e uma camisola dos Nirvana.
- Meninos, eu estou a namorar com uma pessoa – diz o meu pai, calmamente. – E é um homem – olha para Deidara, reticente.
- Não pode ser pai – diz o mesmo, olhando-o horrorizado. Mas aquele olhar fez-me pensar que ele estava a brincar com o nosso pai. – Gays são uma bosta, relações entre homens não são corretas.
- Basta! – Grita, o meu pai. – Deidara, eu… - e detém-se ao ver que ele está a rir. – O que foi? – Perguntou, confuso.
- Estou só a brincar, pai – diz. – Tu tens razão aquilo que me aconteceu no passado está no passado e ninguém tem a culpa disso.
- Então quer dizer… - diz, olhando para ele.
- Sim, eu estou a namorar com o Itachi.
Eu engasgo-me com todas estas novidades, quer dizer, já sabia do Dei e do Itachi, que pelos vistos era irmão do Sasuke mas o meu pai e o Sr.Fugaku? Bem isto é que são surpresas atrás de surpresas. Estou feliz por eles, mas tenho de verificar se os Uchihas os amam.
- Espero que eles tratem-vos bem – digo, manifestando-me. E olho para eles que olham-me com sorrisos maliciosos.
- E tu, Naru? – Pergunta, o meu pai.
- Pois, Naruto, e tu e o Sasuke? – Pergunta Deidara, safado.
Engasgo-me por completo e olho para eles ,confuso. O que eles quereriam dizer com aquilo? Eu deixei bem claro que só seria amigo do Sasuke, porque eu não me permitia apaixonar. Claro, o Sasuke era bonito, mas eu não nutria esses sentimentos por ele.
- O que tem? – Pergunto, confuso.
- Vocês os dois estão juntos, não estão? – Pergunta o meu pai.
- Somos só amigos, porque diabos estaríamos juntos? – Pergunto, confuso. – Além disso já disse-vos, eu não vou-me apaixonar – dito isto, saio irritado, indo para a escola.
- Este Naruto – suspira Minato. – Então, o Itachi contou-te?
- Sim – diz Deidara. – Este Naruto… ele é mais teimoso que nós os dois juntos. Mas ele vai acabar por ceder – diz, convicto.
Minato nada disse, sabendo que quando o filho mais velho dizia alguma coisa com tanta certeza, acertava na mosca.
Quando cheguei à escola, vi Ino e Gaara à minha espera, então Ino aproximou-se toda entusiasmada e gritou-me:
- SEU LOUCO! SÁBADO FESTA EM MINHA CASA – berra-me. E entramos para a escola e fomos caminhando para a aula.
- Irra! Não gritesz para cima de mim – resmunguei, ainda irritado pela conversa que eu tivera com a minha adorável família.
- Conto contigo para apareceres lá – pisca-me o olho.
- Lamento, mas não sou muito de festas – digo, automaticamente. Contudo, esta ignora-me e vai sentar-se no seu lugar.
- Ela é louca – comento para Gaara e ele assente com a cabeça. E ele olha para mim de uma maneira estranha. – O que foi?
- N-nada… - diz, e afasta-se mas eu noto o rubor no seu rosto. Este Gaara é um mistério.
- Afasta-te dele – oiço um tom enciumado. Volto-me e vejo o Sasuke a olhar para Gaara de uma maneira mortal. Ele hoje vem de todo de preto. “Emo Gótico”, pensei.
- Ele é meu amigo, por que haveria de me afastar dele? – Pergunto, sem perceber o porquê do ciúme dele. Ele não era meu pai para decidir com quem eu ficava. – Eu já esclareci tudo, Sasuke. Eu só te vejo como amigo, mais nada – digo, irritado.
- Garanto-te que ele tem outras intenções, mas tens razão somos só amigos – diz, num tom triste. Entretanto o professor chega, e durante a aula, tento ignorar os olhares que o Sasuke me lança. No intervalo sentámo-nos a um canto e conversamos sobre os nossos irmãos/pais estarem juntos.
- Por falar, eu quero falar com o Itachi-san e o Sr.Fugaku, pois quero garantir que eles não machuquem o meu pai e o meu irmão – digo, protectoramente.
- E tu, Naruto? – Pergunta-me Sasuke.
- E eu o quê?
- Quando deixas essa armadura que tu ergueste à volta do teu coração? – Pergunta-me e fui apanhado desprevenido com a sua pergunta. Então ele aproxima-se de mim e beija-me e, infelizmente, eu cedo. O seu beijo é quente e transmite amor, paixão. O que disse é gay, mas é o que eu penso. Então, obrigo-me a separar os meus lábis dos dele.
- Por favor – peço. – Eu não quero – menti. Na verdade queria mas eu tinha medo, de sair ferido se entrasse numa relação. Eu sentia-me ligado a Sasuke de algum modo. Mas eu simplesmente não podia.
- Naruto – diz, levantado o meu rosto e fizesse com que eu olhasse nos olhos dele. Eu corei violentamente, com aquele toque doce e suave. – Dá-me uma oportunidade de fazer-te feliz. Por favor aceitar ser o meu par para a festa da Ino.
Mas antes que eu pudesse dizer alguma coisa, a campainha tocou e eu levantei-me rapidamente e fui andando. Eu devia evitar o Sasuke a partir de agora. Ele provocava sentimentos que eu queria negar, mas não podia. Eu estava apaixonado por Sasuke e só se eu me afastasse dele poderia fazer com que estes sentimentos desaparecessem. Então, quando ele tentou falar comigo, no final do dia, não deixei e corri para casa e trancando-me no quarto a chorar.
O resto da semana decorreu com eu a tentar evitar Sasuke e Shikamaru reparou nisso, pois perguntou:
- O que se passa entre ti e o Uchiha? – Pergunta.
- Nada – Minto.
- Mentiroso – diz ele. – Estás a evitá-lo, todos nós já percebemos isso.
Hesitei em contar-lhes, afinal eu não tinha muita vontade de dizer que o Sasuke gostava de mim e que eu correspondia-o… Não, espera. Eu não gostava do Sasuke, não dessa maneira. Mas depois decidi contar-lhes. Quando acabei de contar-lhes o que tinha acontecido eles estavam pasmos (Shikamaru nem tanto), e pude reparar um breve olhar de raiva no rosto do Subaku.
- Então tu gostas do Sasuke e ele gosta de ti – afirmou Ino, com naturalidade. – Que mal tem isso?
- Eu não gosto dele dessa maneira – digo, irritado.
- Ainda bem – diz Gaara, misteriosamente. – Naruto, posso falar contigo a sós um momento, por favor? – Pergunta.
- Está bem – digo, confuso. Quando Ino e Shikamaru afastam-se, Gaara olha para mim com seriedade e pergunta o que eu não estava à espera:
- Queres vir comigo como meu parceiro, à festa da Ino?
E eu, que tinha sido totalmente apanhado desprevenido, estava sem reação. Quer dizer, eu mal falava com Gaara. Olhei para ele sem saber o que dizer.
- Mas Gaara, eu mal te conheço – digo, falando a verdade.
Ele olha para mim e noto, no seu olhar, a certeza que tem do que diz.
- Podemos ficar a conhecer-nos melhor – diz, com suavidade. – Amanhã, depois das aulas, vamos comer alguma coisa, sim? – Pergunta, seguro de si.
- Pode ser – digo. E separamo-nos. No final do dia, a chuva começou a ficar intensa e começou a trovejar, fazendo assim com que a escola inteira ficasse sem eletricidade. “Ótimo”, pensei, sarcástico. Quase todos já tinham saído e eu já tinha ligado ao Deidara para vir-me buscar. Até que sinto alguém a agarrar-me o pulso. Volto-me e vejo Sasuke com um olhar muito, mas mesmo muito, puto da vida. Suspiro.
- O que queres? – Pergunto, derrotado.
- Por favor, dá-me uma oportunidade – implora. – Por favor, vem comigo à festa da Ino.
Só consigo pensar numa coisa.
Que fudeu tudo agora.
Naruto’s POV off/ Sasuke’s POV on
Vejo que Naruto fica aflito com o meu pedido e eu fico confuso com isso. Afinal é só uma festa.
- Foi mal Sasuke, mas… - diz, reticente. – Eu já tenho par.
Uma raiva enorme surge dentro de mim e eu aperto-lhe um pulso, com força exagerada. “Ele que nem sonhe em ir com outro, penso, possessivo.
- Sasuke Uchiha! Larga-me, estás a magoar-me – ordena-me. Eu não o solto, mas deixo de apertar com força mas mantendo-o firme.
- Quem é? – Pergunto, possesso. – Quem é o desgraçado?
- Larga-me, não tens nada a ver com isso – diz, irritado.
- Tu não vais com ele, vais comigo. Tu és meu – digo, possessivo.
Ele olha para mim irritado. Então, nesse momento aparece um carro e acredito que seja o irmão mais velho dele e ele afasta-se a praguejar contra mim.
- Eu não sou teu, não sou propriedade tua – reclama, entrando para o carro.
“Que merda”, pensei. E fui para casa. Quando cheguei, vi Fugaku e Itachi, sentados no sofá.
- O que foi? – Pergunto, irritado.
- Sasuke, eu… - começa o meu pai. – Como sabes eu encontrei o meu Destinado e nós estamos a namorar.
- Sim… e? – Pergunto, indiferente. – Se é só isso o que tens para me dizer eu vou subir. – E bato com a porta, irritado.
- O que ele tem? – Pergunta Fugaku, confuso.
- Meu caro pai, isto é o que se chama de amor – diz Itachi, levantando-se e indo na direção do quarto do seu irmãozinho tolo. – Sasuke, posso entrar? – Pergunta.
- Sim – digo, irritado.
- O que se passa contigo, otouto? – Pergunta Itachi.
- O Naruto vai à festa da Ino com outro desgraçado – digo, emburrado. Ele ri-se na minha cara, o que faz com que eu fique ainda mais emburrado. Então aproxima-se e cutuca com dois dedos a minha testa.
- Irmãozinho tolo, para de ser ciumento – diz, divertido.
- Eu não sou ciumento – retruco e faço um biquinho.
- Tens a certeza que não? O Naruto é muito bonitinho para o meu gosto, acho que vou ter com ele e… - diz, brincando.
- AFASTA-TE DELE – Rosno. – Ninguém toca no que me pertence.
- Sasu tu estás tão apaixonado que nem te apercebes – diz, saindodo quarto.
Os dias foram passando e sempre que eu tentava falar com o Naruto, ele olhava-me com desprezo e saia do lugar em que estava. Quando sábado chegou, eu estava tão enervado que parti um jarrão demasiado caro, e ganhei como prémio uma reprimenda do Sr.Fugaku.
- Deixa-me em paz, pai – digo, irritado. E saio para a festa, para proteger o meu anjinho. Quando chego, vejo Ino à porta e dirigi-me a ela. Ela olha-me com um sorriso safado.
- Onde ele está? – Pergunto, rudemente.
- Boa-noite para ti também – diz. – Ele está na sala. Mas…
Ignoro-a e entro abruptamente. Dirigi-me à sala, por sinal, cheia de corpos a dançar. Quando chego, procuro com os olhos, o meu loirinho. Encontro-o, por fim, a dançar com Subaku e vejo que tem uma cerveja na mão e os braços ao redor do pescoço do mesmo. Até que acontece o impensável. Gaara encosta os lábios aos do MEU Naru e, horrorizado, vejo-o corresponder. Obviamente, não me consigo controlar. Parto para cima dele e dou-lhe um soco na cara. Foi tão forte, que o fez cair ao chão. Então, meto-me em cima dele e começo a espanca-lo.
- PARA! SASUKE – Grita Naruto tentando deter-me.
- Vou só dizer isto uma vez: Ele é meu! – E saio, arrastando Naruto comigo.
- Seu… - esbraveja Naruto, irritado.
- Estás proibido de aproximar-te dele – digo.
- Quem és tu para me dizeres isso? Ao contrário de ti ele é muito mais simpático, se eu estivesse com alguém seria com ele e não contigo – cospe as palavras, duramente.
Então eu perco a paciência que me resta e parto para um beijo agressivo e desço para o pescoço dele e, sem querer, faço sangue e ao sentir o delicioso sangue dele. Não resisto e mordo-o.
- Sas…Larga-me – grita, assustado. – Por favor… - Murmura, já fraco e sinto-me a ser lançado para trás por um Itachi puto da vida. Ele olha-me furioso e diz: - Conversamos depois.
Depois do Itachi ter dado sangue ao Naruto para se recuperar ele apagou-lhe a memória e levou-o para casa e explicar a situação à sua família. Quando chego a casa vejo um Sr.Fugaku puto da vida mais um Itachi. “Fudeu”, pensei.
- Sasuke, seu idiota – berra-me ao ouvido. – Tens noção do que fizesse hoje?
- Não – digo, sarcástico. – Deixem-me em paz – digo, trancando-me no quarto.
- Sasuke – oiço a voz do Itachi. – Posso entrar?
- Por favor, Itachi, deixa-me em paz.
Ele sabia respeitar quando eu queria ficar sozinho.
- Amanhã, falamos sobre isto, ok? – Pergunta.
- Sim – digo, sentindo-me péssimo.
Malditos ciúmes, maldita possessão, malditos sejam os Destinados, maldita seja aquela paixão que o loirinho fez surgir em mim assim que o conheci. Ele é a minha perdição, ele põe-me maluco. Se eu me arrependo de o ter conhecido? Não, eu amo-o mais do que tudo. Aquele diabinho com cara de anjo há-de-me pagá-las e eu não permitirei a existência de rivais.
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