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História Destined (EM PAUSA) - Capítulo Um


Escrita por: poetyeeun

Notas do Autor


Hallo!
Agradeço pelos comentários e favoritos. Isso é um grande incentivo para eu continuar. A Destined começa aqui.
Espero que gostem. Boa leitura. MWAH!

● Capítulo sem revisão, perdoem-me se tiver erros.

Capítulo 2 - Capítulo Um


Fanfic / Fanfiction Destined (EM PAUSA) - Capítulo Um

[Reencontro]: ato ou efeito de reencontrar-se; novo encontro.

Os murmúrios eufóricos em minha casa estavam fazendo a minha dor de cabeça se intensificar ainda mais. Após trabalhar durante toda a semana e estudar todos os dias, eu desejava apenas dormir até às onze da manhã de um Domingo, mas minha mãe e minha irmã não permitiram que isso acontecesse.

Hoje era o dia aguardado por toda a minha família. Após alguns meses de mistério e segredos, nós finalmente iremos conhecer o noivo da minha irmã maluca. Ela disse que queria esperar o momento certo para o conhecermos, e durante toda a semana os preparativos para a sua chegada estavam a todo o vapor. Não sabíamos nada além de seu nome.

Eu poderia ter sido curiosa a ponto de procurá-lo em alguma rede social, mas eu realmente não me interessava na vida amorosa de Chloe. Sentia-me feliz em saber que ela estava, finalmente, se envolvendo de verdade com uma pessoa e que isso havia passado de uma semana. Era bom vê-la feliz e menos preocupada com a maneira que eu me portava ou com o que eu vestia.

— Que carinha é essa, Rave? - Luce pergunta ao me ver entrar na cozinha.

— Esse é o ânimo que estou sentindo para lidar com esse almoço especial.

Ela para de cortar os legumes sobre a tábua no balcão e me olha, sorrindo de canto.

— Se Chloe vê-la ainda neste pijama, irá surtar.

— Eu não tenho culpa que o meu despertador só funciona após as onze. - resmungo e ela sorri e meneia a sua cabeça em negativa.

— Sua mãe está terminando de verificar o quarto de sua irmã. 

— Ele ficará mesmo hospedado aqui até o casamento?

— Eu não sei, querida. Talvez eles saiam quando encontrarem um apartamento ou alguma casa.

— Eu não sei para que tudo isso, sendo que eles irão fazer o jantar de noivado no final de semana.

 — Sua irmã está apaixonada, Rave. Ela quer o casamento dos sonhos. - reviro os olhos. — Por falar em paixão, Seth lhe mandou isso... - ela se abaixa e ergue um grande buquê com flores variadas e no meio havia uma única rosa branca. — Não são lindas?

— Ele tem bom gosto. - digo e apanho o buquê de suas mãos. — Mas ele sabe que não irei perdoa-lo por ter ficado do lado da minha mãe ao invés do meu. Ele sabe o quanto eu detesto que eles pensem que eu ainda sou nova demais para cuidar dos negócios do meu pai.

— Sua mãe só se preocupa com você ter que lidar com empresários furiosos se algo der errado, menina. E Seth quer apenas alguns pontos com sua mãe.

— Mas ele está perdendo todos os pontos comigo. - resmungo e ela sorri de canto. — Vou me arrumar. Se ele ligar, diga que agradeço pelas flores.

— Ele não vem para o almoço?

Coloco-me de pé e olho-a por cima dos ombros.

— Espero que não.

Luce solta uma risada baixa e volta a fatiar seus legumes.

Desvio de algumas pessoas que limpavam a casa e outras que arrumavam a mesa na sala de jantar. Subo rapidamente a escada e entro em meu quarto, deixando sobre minha poltrona o buquê de Seth. Era o quinto em um mês. Eu não me surpreendia por sua atitude, já que ele pensava que algumas flores e um convite para jantar em um restaurante luxuoso era o suficiente para se redimir por ser um idiota na maioria das vezes.

Dispo-me e entro em me banheiro, puxo as portas do box e ligo o chuveiro, deixando que a água quente molhe o meu corpo e meus cabelos. Termino o meu banho e faço a minha higiene matinal. Voltando ao quarto, toco algumas peças e opto por um vestido longo escuro e um par de sandálias com tiras. Visto-me e faço uma leve maquiagem e penteio meus cabelos, seco-os e o amarro em um rabo de cavalo.

Mesmo sem a menor vontade de me juntar ao comitê de boas vindas ao noivo da minha irmã, saio do meu quarto e desço os degraus, um por um, podendo ouvir sua voz alterada na sala de estar. Mesmo estando a dias sem dormir devidamente e andando completamente estressada com os preparativos, Chloe nunca perdia a sua elegância para andar, falar ou se vestir.

Nós somos diferentes, em tudo. Quando a minha mãe se casou com o seu pai, eu tinha apenas quinze anos e ela dezessete. Fiquei impressionada com a sua beleza e o modo como se portava, sempre sorridente e comunicativa. Frequentamos o mesmo colégio, enquanto eu me sentia deslocada por estar em uma nova cidade, em um novo ambiente e rodeada por novas pessoas, ela parecia conhecer cada uma das pessoas que acenavam para ela e sorriam verdadeiramente quando tinham minutos de sua atenção.

Não posso dizer que ela foi alguém para eu me inspirar, pois o encantamento que eu tive por ter uma irmã, logo se quebrou quando ela tornou-se um pouco assustadora e dominadora, em todos os assuntos. Brigávamos dia e noite, sempre por motivos fúteis. E declaramos guerra quando eu a encontrei aos beijos com o único garoto que me apaixonei no colegial.

Agora, já crescidas e maduras, convivemos melhor e aceitamos que somos ligadas, não pelo sangue, mas pela família. Minha mãe amava o seu pai, e por mais que isso ainda me intrigue quando eu olho fotos antigas dela ao lado do meu pai, eu a respeito. O nosso lutou durou um longo tempo enquanto vivíamos em Seatle, e quando ela conheceu Zac, eu me sentia mais tranquila por vê-la substituindo as lágrimas da saudade pelos sorrisos por conhecer alguém que a fazia bem.

Perder o meu pai foi algo que sempre estará gravado em minha memória e em meu coração. A fatídica noite em que falávamos ao telefone e ele foi morto por um acidente de carro na estrada, enquanto voltava para casa, nunca irá me deixar viver sem sonhar ou imaginar como tudo aconteceu. Ele era o meu melhor amigo e tinha feito uma viagem de negócios, tentava voltar a tempo, antes da meia noite, para, como de costume, ser o primeiro a me desejar feliz aniversário. Desde então, eu nunca mais desejei comemorar aqueles dias.

Eu e minha mãe tivemos alguns problemas entre nós, pois eu não queria aceitar a perda do homem que mais amei. Quando nos mudamos para Denver, tudo se tornou uma novidade para mim, e expandir meus laços sociais não foi uma tarefa fácil. Conforme eu cresci, comecei a entender que precisava continuar seguindo em frente e que ele nunca me deixaria para sempre, em cada passo que eu dava, eu sentia que ele estava ao meu lado, olhando por mim.

Assumi a sua filial da sua empresa aos dezoito anos, assim que descobri que ele havia deixado tudo em meu nome e apenas quinze por cento para a minha mãe, que não aceitou bem a sua decisão, mas não tinha como alterar, essa era sua vontade e estava escrita em papéis. Zac comprou parte das ações e se tornou sócio da empresa, e consequentemente Chloe e minha mãe sempre estão presentes nas reuniões, dando opiniões. E isso me deixava louca.

— Você precisa se acalmar, Chloe. - digo ao pisar no último degrau e me aproximo da minha irmã que olha para trás e suspira.

 — Essas pessoas são tão incompetentes. - ela ralha e me olha de cima a baixo. — Diga-me que acabou de acordar e que irá vestir aquele vestido que a mamãe te deu na semana passada.

Estreito os olhos.

— Eu estou pronta, Chloe. Esse é o máximo que irei me arrumar para um simples almoço em família.

— Mas não é um simples almoço... - ela gesticula com as mãos. — Vocês irão conhecê-lo. Ainda bem que o avisei que você era um pouco...

— Um pouco na minha?

— Eu disse um pouco complicada, mas isso serve também. - ela sorri de joga os fios de seu cabelo loiro para trás. — Eu preciso ir escolher as flores. Ele irá chegar em algumas horas e ainda tenho que me arrumar.

— Eu posso escolher as flores para você. - digo e ela me olha com um brilho curioso em seu olhar. — Só estou oferecendo ajuda. - ergo minhas mãos em forma de rendição.

— Está salvando a minha manhã, Rave. Obrigada! - ela passa por mim e me dá um beijo estalado no rosto. — As flores são...

— Tulipas brancas, rosas vermelhas e um vaso especial com orquídeas e dálias, centralizado na mesa de canto da sala de jantar. - digo exatamente seus tipos favoritos de flores e ela não esconde sua surpresa. — Eu faço parte dessa casa também.

— Você é incrível! - ela diz e corre até a escada, fazendo o som alto de seus saltos finos ecoar ao bater sobre os degraus de madeira escura e polida.

Na entrada de nossa casa, encontro as pessoas responsáveis pela decoração e os instruo a fazer tudo como o desejo de Chloe. Eles sorriem em resposta e anotam tudo. Quando volto para dentro, encontro minha mãe e a nossa tia Annabelle.

— Querida! - ela exclama ao me ver. Ando em sua direção e a abraço. — Está tão bonita.

— Obrigada, tia. - digo ao me afastar e sorrir de canto.

— Podia estar vestindo algo melhor, Ravenna. - minha mãe diz e eu olho para a elegante mulher que parecia não envelhecer ao passar dos anos. — Está pálida demais.

— Eu acho que está ótima assim. Pare de pegar no pé da menina, Charlote. - minha tia acaricia o meu rosto. — Onde está Seth?

— Em uma viagem, não sei se ele conseguirá chegar a tempo. - digo e minha mãe toma frente da conversa.

— Ravenna tem o mantido tão distante. Ele é um garoto tão bom, e ela parece não valoriza-lo. - ela o defende. É claro.

— Problemas de casal acontece. Você e Brian só não se matavam porque tinham Ravenna que sempre os davam motivos para fazer as pazes. - minha tia diz e sorri, parecendo estar tendo boas lembranças em sua mente.

— Ela é como o pai. - minha mãe diz e suspira. — Os dois são difíceis de entender.

Ergo as sobrancelhas e olho para a minha tia que meneia a sua cabeça. Sentamo-nos nas poltronas a frente e ficamos algum tempo ouvindo a minha mãe gabar-se pelos preparativos para o casamento de Chloe que aconteceria dentro de alguns meses.

Ela era como a minha irmã. A maneira de como as duas se davam bem chagava a ser invejável. Elas saiam em muitas tardes para irem a shoppings e voltavam tarde, carregando várias sacolas com peças de roupas e sapatos. Elas tentavam me incluir em seus passeios, mas eu não me enquadrava ali. Eu detestava fazer compras, principalmente quando tinha as duas ao meu lado, ralhando em meus ouvidos para que eu compre o que elas acham que fica bom em mim, pouco se importando com o que eu realmente gosto de usar.

Elas me apoiavam em meu relacionamento com Seth, tanto que elas e Zac foram responsáveis pelos nossos encontros nada causados pelo acaso. Na primeira vez que nos vimos, ele estava fechando negócios na empresa e ficamos alguns segundos juntos no elevador. Ele foi gentil e me acompanhou até o meu carro no estacionamento. Depois que nos despedimos, pensei que nunca mais fosse me encontrar com ele, mas no dia seguinte ele estava em nossa casa, deixando o escritório ao lado da minha mãe e seu marido. Após isso, saímos para jantar algumas vezes e eu me divertia com ele, mas isso mudou depois de dois anos juntos.

Os planos de Seth são claros, ele deseja se casar o quanto antes. Eu não tenho problemas com relacionamentos, mas não estou a procura de algo tão sério para a minha vida. Entramos em discussões constantes quando eu digo a ele que não quero me casar as pressas e que somos jovens demais para isso. Posso ser pouco compreensiva ou participativa por estar evitando a todo custo aceitar o pedido de noivado que ele deseja fazer diante de nossas famílias, mas ele precisa aceitar que isso não é algo que eu deseje.

Seth é uma pessoa boa, mas já me peguei pensando, várias vezes, se ele é a pessoa certa para que eu dê um passo tão largo.

Após algumas horas andando de um lado para o outro com a minha tia e minha mãe, conferindo se tudo estava certo, nos reunimos na sala de estar. Bebidas quentes e frias estavam sendo servidas e minha irmã estava no aeroporto apanhando o seu noivo que chegara a pouco. Zac conversava animadamente com meus tios e minha mãe exibia um novo colar de brilhantes para suas amigas.

Eu estava passando meu dedo indicador em meu copo com limonada, dispersa de todos os assuntos envolvidos no ambiente. Vez ou outra eu apenas erguia a minha cabeça e sorria quando tocavam em meu nome ou chamavam a minha atenção. Minhas respostas eram curtas, mas educadas. Eu apenas não gostaria de prolongar assuntos que envolvessem Seth ou alguns de meus desaparecimentos repentinos para longe das confusões da minha vida.

— Eles chegaram! - minha tia exclama animada ao espionar entre a fresta da cortina na janela.

Todos ficam de pé. Vagarosamente, coloco o meu copo sobre a mesa de centro e levanto-me, como os outros. Como um grupo de curiosos, aguardamos a porta ser aberta. A primeira a entrar é Chloe que tinha um sorriso tão largo em seu rosto, que satélites conseguiriam deduzir o quão feliz ela estava. Logo atrás uma figura masculina e encorpada surge, de cabeça baixa e segurando uma de suas mãos.

Quando ele ergue o seu rosto e sorri minimamente para nós, o meu coração começa a bater depressa e meu queixo ameaça cair. Passaram-se meses após aquela noite, mas eu me lembraria de seu rosto mesmo que se passassem anos.

Eu perdi a conta de quantas vezes me questionei sobre o quão idiota eu havia sido por sequer ter perguntado o seu nome, ao menos para acompanhá-lo por alguma rede social ou talvez, ter sido ousada e ter pedido o número de seu celular. Em várias noites me peguei pensando onde ele estava e se as coisas tinham melhorado em seu trabalho ou em sua vida, já que ele parecia não gostar de tocar no assunto que envolvia seus pais.

Ele nunca deixou a minha cabeça.

Nossos olhos se encontraram e a surpresa em sua expressão me assegurou que ele se lembrava de mim. Eu não sabia se ele tinha se sentido como eu, mas eu queria correr o mais rápido que eu podia para longe.

Por tantas vezes imaginei como seria se nos víssemos em algum lugar, casualmente, ou se eu poderia lhe dar uma nova carona. O que eu não contava era que o reencontro aconteceria dessa maneira. Nessa ocasião. E nessa situação.

Minha única certeza no momento era que eu tinha que apagá-lo de uma vez do meu sistema. Afinal, agora eu sei duas coisas importantes sobre ele. Ele é Shawn Mendes. Ele é o noivo da minha meia irmã. 


Notas Finais




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