História Destined To Love You - Ajuda de Dinah

CAMILA POV

No domingo esperei Dinah para almoçar aqui em casa. Ela como sempre, chegou bem no horario do almoço. Nós almoçamos e ficamos na sala, assistindo filme com minha familia. Quando vi que Dinah estava quase cochilando no sofá, resolvi que já era hora de chama-la para ir até meu quarto conversar.

- Hey Dinah, vamos pro meu quarto?

-  Vamos! Assim eu durmo na sua cama.

- Você não vai Dormir CheeChee... Eu quero falar com você sobre aquele assunto que comentei ontem.

Rapidamente Dinah se levantou e saiu em direção a escada.

Avisei meus pais que estava indo pro quarto com Dinah e eles apenas assentiram.

- Dinah! Você não vai dormir. – Fechei a porta atrás de mim e fui bater em Dinah que estava deitada de bruços em minha Cama. – CheeChee, eu preciso que você me ouça pra me ajudar.

- Isso vai custar caro, Cabello.  Espero que seja realmente importante o que você quer. – Dinah se arrastou até a lateral da cama e se sentou. Eu me sentei ao seu lado enquanto ela me olhava com cara de quem cometeria um homicídio.

- Eu não te chamei pra comer aqui sem precisar de algo em troca.

- Ah, então o almoço seria usado como chantagem? Se eu soubesse teria almoçado em casa mesmo.

- Lauren volta amanhã para escola. – Peguei meu celular para verificar o calendario.

- Bom, ela infelizmente terá uma semana antes da semana de avaliações. Espero que os professores tenham piedade dela.

- Você como está as coisas pra festa dela no sabado?

- Estamos esperando Vero responder sobre o tio dela liberar o lugar. Espero que você esteja pensando numa desculpa bem convincente para convence-la a ir com você sem desconfiar de nada.

- Estou estudando para isso parecer o mais natural possível. Estava pensando em convida-la na quarta-feira para sairmos no final de semana. Assim não vai ficar tão na cara que é algo montado.

- Acho que será uma boa.  – Dinah pensou novamente por alguns segundos. – É... será uma boa ideia.

- Como está os convidados? – Perguntei ao lembrar que Dinah se encarregou dessa parte.

- Bom, eu fiz uma lista de pessoas que deveria chamar. – Dinah tirou o celular e colocou no bloco de notas onde havia varios nomes ali.

Peguei o aparelho e comecei analisar os nomes que estavam ali. Tinha a metade do time de futebol, o nossos nomes,  algumas pessoas que eu não tinha a minima ideia de quem eram. Analisei novamente  e vi o nome da Alexa e da Keana na lista.

- Serio que você vai chamar a Keana? – Olhei com cara de tédio pra Dinah e ela rolou os olhos pra mim.

- Não é como se ela tivesse tentado matar a Laur. E outra, elas de algum modo foram proximas e ficaria mal se ela soubesse que chamamos todo mundo, menos ela. Vocês não precisam dar moral pra ela. Terá muitas pessoas e talvez vocês nem  note ela ali.

- Eu espero que ela fique na dela mesmo...

- Está com medo dela te encher  o saco ou que ela resolva dar em cima da branquela?

- Duas opções? Pode ser as duas?

- Isso porque não tem nada entre vocês. Deus me livre imaginar se algum dia se assumirem como um casal. – Dinah de benzeu e eu revirei os olhos.

- Bom, acho que chegamos no assunto que eu precisava falar com você. – Mordi o labio inferior para segurar o riso ao ver a cara de incrédula de Dinah.

- O que? Não me diga que... Nossa... Estão namorando? – Dinah me olhava com os olhos arregalados.

- Não. Bom, ainda não. Quero dizer... Eu preciso da sua ajuda, porque eu quero pedir Lauren em namoro.

Dinah abriu a boca e ficou me encarando como se tivesse dito a coisa mais absurda e ao mesmo tempo mais extraordinária do mundo. Era quase indecifrável saber o que ela transparecia.

- Eu só posso estar alucinando. Você querendo pedir a fantasminha em namoro? Se fosse ao contrario não ficaria surpresa.

- Eu quero ela, Dinah. Eu quero ela e não quero esperar para tê-la como minha. Acho que passamos por muita coisa. Ela quase morreu e olha... ela está de volta. Acho que a vida deu todos os sinais que eu sou destinada a aguentar aquela resmungona carente.

- Oh meu Deus... Então finalmente vai assumir que está tão trouxa por ela quanto ela é por você? – Dinah batia palmas animadamente.

- Eu amo aquela idiota e cansei de me negar a esse sentimento. Eu notei o quanto eu preciso dela nesses dias q ela esteve naquele hospital. Não tinha uma noite se quer que eu dormia sem antes pensar em como ela estaria, se ela sairia dessa, se nós iriamos nos ver logo. Os piores dias foram quando ela estava na terapia intensiva. Eu morria de medo dela nunca mais acordar, eu não conseguia me ver num mundo onde ela não existisse mais. Eu tinha medo de um dia receber alguma má noticia, de não poder ver seus olhos verdes novamente brilharem pra mim ou mesmo não ter a oportunidade de ouvir sua voz rouca. E se eu nunca mais pudesse abraça-la? Isso era doloroso de  pensar. Eu sentia asfixiada em imaginar qualquer coisa que me impediria de poder consertar as coisas entre nós. Não sei se você se lembra, mas na semana que aconteceu o afogamento, nós tivemos uma briga e não estavamos nos falando direito. Eu me senti tão culpada e queria tanto ajeitar tudo entre nós.

- Então você está apaixonada por ela? Agora é real? Oficial? – Dinah perguntou afobada e eu afirmei com a cabeça. – As Fuck! Eu sabia que iria dar nisso ainda... Eu sabia que uma hora você iria aceitar a Jauregui. – Dinah pegou meu travesseiro e jogou na propria cara para abafar o grito que ela deu.

- Chega CheeChee... Até parece que descobrimos a cura do cancer.

- Mas é quase como se tivessemos encontrado a cura. Olha só... Depois de sessões de amassos por tudo que é lugar, depois das DRs e ciuminhos atirados pra todos os cantos do mundo, você finalmente resolve aceitar que está super afim dela e quer um relacionamento? Isso sim é uma grande descoberta.

- Eu nem vou discutir sobre isso... Acho melhor você ouvir o que eu tenho a dizer.

- Vamos lá Romeu... Onde eu entro nessa parada? – Dinah se acomodou na cama e esperou que eu contasse.

- Bom, eu pensei em aproveitar o dia da surpresa e não sei... Queria algo especial, só que não consigo pensar em nada. Por isso preciso de ajuda e você meio que é boa com essas coisas.

- Okay, você quer pedi-la em namoro na noite da festa. Pensa em fazer isso mais individual ou quer se expor?

- O que você acha que seria melhor?

- Bom, se quer impressionar a Branca de Neve acho que ela ficaria bem emocionada se você abrisse seu coração na frente de todo mundo. Eu sei disso porque, eu conheço ela a bastante de tempo e ela sempre sonhou com algo do tipo. Lauren apesar dessa pinta de badgirl, ela é um tanto melosa. Lauren gosta de coisas clichês e toda aquela frescurada. Acho que um buquê de flores, uma musica e uma declaração já vai fazer ela chorar.

- Não é pra ela chorar... Eu quero ela feliz e que compreenda o que eu quero e sinto por ela.

- E ela vai... acredite em mim. Você tinha alguma coisa em mente?

- Eu queria um anel. Eu trabalhei esses dias com minha mãe e tenho um dinheiro guardado. Eu queria algo fisico como significado do nosso relacionamento, entende? Eu não tenho a minima ideia de quantos isso custa ou como comprar. Eu queria que você fosse comigo.

- Isso é tão... tão gay. – Olhei com tédio pra Dinah que começou a rir. – Ah, vamos lá... Podemos fazer isso ser o pedido de namoro mais dramatico do ano. Vamos comprar o anel e um buquê. Temos que escolher uma musica para vocês tambem. Tem que ser uma musica significativa e que faça vocês lembrarem do dia quem que concretizarão o amor de vocês.  Pensa comigo Chancho...  Vocês de boa e do nada, começa tocar uma musica mais sentimental, ai você chama ela pra dançar. Eu apareço e te entrego o buquê de flores pra você dar a ela. O Dj  baixa o som, Ally trás um microfone... Não... Ally é muito pequena e é capaz de alguem pisotear ela. Normani é melhor. Isso, Normani. Normani trás o microfone e você se declara. Pra não deixar a tamburete de fora, ela pode dar o sinais pro Dj na cabine. Tipo, pedir pra controlar a iluminação pra você tambem, ou levar as alianças... tipo as daminhas nos casamento. O tamanho pra isso ela tem. Seria bem daora.

- Você quer que eu faça uma declaração? Acha que eu vou conseguir falar alguma coisa? Na frente de todo esse monte de gente que você colocou na lista? – Só de imaginar fazer isso sob varios olhos atentos em mim, sinto minhas pernas amolecerem.

- A branquela passou por varios apuros. Quase morreu e sem contar os foras que você já deu nela. Acho que seria bem legal da sua parte fazer algo do tipo pra ela. Isso não irá te fazer ter um infarto ou algo do tipo.

- Okay... digamos que eu faça isso. Qual a probabilidade de algo dar errado?

Dinah colocou a mão no queixo e parou para pensar por alguns segundos, antes de me dar uma resposta.

- Você desmaiar, ou perder a voz, alguem te sequestrar...  Não vamos pensar nisso. Vai dar certo porque eu vou ajudar. Ela vai ficar tão feliz, Chancho.

- Eu espero CheeChee... – Suspirei pensando analisando o que Dinah disse. Lauren merecia e eu iria me esforçar pra isso, mesmo que soe um tanto assustador falar em publico.

- Escuta Mila, seus pais já sabem sobre vocês?

- Nâo! Eu ainda estou planejando a melhor forma de falar com eles. Eu estou disposta a fazer isso pela Lauren... Na verdade por nós duas! Eu espero que, você sabe... Que eles não surtem muito comigo.

- Acho que se você for sincera, eles não vão ser rudes com isso. Diga o que realmente sente e apesar que no começo poder ser dificil, você é filha deles e eles te amam. Nada vai mudar, você continuará sendo você.

- Eu espero que sim... pretendo fazer isso o mais breve possivel. Acho que quanto mais cedo eu lidar, mais cedo descubro o que vai acontecer depois.

- Eu apoio você Chancho... Qualquer coisa pode me ligar  e se precisar de apoio eu estarei aqui por você.

- Obrigada CheeChee! – Abracei Dinah e ela nos derrubou na cama enquanto nos abraçamos.

- Bom, eu vou entrar em contato com a Mani e com a Anã. Pode deixar que vou planejar tudo certinho. Vou falar com Vero tambem. Essa semana vamos atrás do anel... Bom, acho que antes de tudo você tem que falar com seus pais. Vamos resolvendo tudo durante a semana. Até porque nosso trabalho é, eu convidar a galera e você entreter a Laur e convence-la a ir a festa. Vai dar tudo certo no final, Mila. Vocês vão finalmente ficar bem juntas.

- Obrigada Dinah. Se eu e Lauren nos casar um dia, você vai ser a madrinha. – Disse em tom de brincadeira e Dinah riu.

- Eu vou cobrar isso. Espero que esteja ciente do que disse. – Rimos

- Eu estou!

- Bom, se era isso que você tinha que me dizer, acho que vou indo. Tenho que ligar pra minhas cumplices e explicar o plano. Nos falamos amanhã na escola Chancho! – Dinah me deu mais um abraço e se levantou indo em direção a porta. Eu a segui fazendo o mesmo.

Quando chegamos no andar de baixo, meu pai estava na sala com a Sofi e minha mãe estava na cozinha lendo um livro silenciosamente. Dinah se despediu dos meus pais antes de sair. Minha mãe insistiu para ela esperar o café da tarde, mas ela disse que realmente precisava ir porque tinha que passar na casa da Normani para resolver uma coisa com ela.

Pensei por alguns segundos sobre minha conversa com Dinah. Vi minha mãe pedindo para Sofia ir tomar banho e então, achei que aquele era o momento, já que ela foi se sentar do lado do meu pai. Quanto mais cedo eu esclarecer tudo, mais cedo resolvo as coisas. Não posso negar que estou morrendo do medo da reação deles. Eu não tenho ideia de como isso vai acabar, mas não vou mais adiar nada. Estou disposta a fazer isso por Lauren e por mim. Eu preciso dela comigo e demorei demais pra dar conta disso. Lauren é meu primeiro verdadeiro amor, meu primeiro beijo. Lauren se tornou minha maior admiração, maior preocupação. Motivo dos meus suspiros e das minhas insonias. Eu senti um medo insuportável quando imaginava perde-la. Eu sinto falta dela todos os dias, sinto falta de  cada detalhe dela que aprendi a amar. A vida nos pegou uma grande peça com a volta do Brad e por questão de segundos eu iria perde-la pra sempre. Eu me sinto a pessoa mais completa quando ela está por perto e fui cega demais por não aceitar meus sentimentos  por ela durante esse tempo todo. Hoje será um passo grande e decisivo para a gente. Não deveria estar tão nervosa com a ideia de falar com meus pais. Confesso que minha vontade é recuar e ir pro meu quarto e não correr o risco de ver eles surtando comigo, mas eu tenho que fazer. Lauren enfrentou a morte, passou dias em terapia intensiva, ficou em coma, passou semanas no hospital e acho que nada pode ser pior que isso. Ela enfrentou e está agora boa e forte novamente. Eu tambem posso enfrentar algo e irei faze-lo com determinação. É a hora de fazer algo que foi por muito tempo adiado.

- O que foi filha, parece nervosa. Aconteceu alguma coisa? – Ouvi meu pai falar comigo e só então percebi que estava divagando sozinha em minha mente.

Balancei a cabeça para voltar a realidade. Olhei para meu pai que tinha o cenho franzido como se tentasse descifrar o que estava havendo e minha mãe tambem parou de ler o livro para me observar. Esse era o momento. Respirei fundo e esfreguei a palma da mão que começou a suar na calça jeans.

- Mama, Papa... Precisamos conversar! Eu tenho algo importante para dizer.