Olivia Stark
- Vira! Vira! - gritava as pessoas ao meu redor.
E eu engoli toda a tequila do copo, virei pela terceira vez, com um sorriso no rosto convencida.
- Não se alegre, boneca - disse um cara, sentando-se ao meu lado, enquanto todos já iam embora.
- Você tem idade pra frequentar aqui, mocinho? - pergunto, limpando o líquido que havia ficado no canto de meus lábios.
- Trinta - ele diz. - Você?
- Vinte e cinco - ele ri. - Não vai me pagar uma bebida? - pergunto.
- Pensei que nunca iria pedir - ele sorri, enquanto chama o barman.
Já estava entediada de ficar ali, com ele me encarando enquanto bebiamos.
Então, tenho a genial ideia de o chamar para dançar, a bebida já estava fazendo efeito, me deixando leve, louca.
- Vamos! - ele nega. - É só uma pista de dança, ninguém vai ver, e se verem vão estar bêbados. - Por favor - ele cede, e começamos a dançar, dançar em uma sincronia perfeita. Parecia que já nos conhecíamos á tempos ou anos.
Corpos juntos, aquele momento parecia perfeito. Rebolando sobre aquela pista de dança, com as mãos daquele belo homem em minha cintura. Viro de frente, e nossos olhares cruzam. Ele toma iniciativa para um beijo, e eu não nego. Nossas línguas se cruzam, e minhas pernas ficam bambas, a química estava ali. Quando paramos, nos olhavamos fixamente.
- Seu nome? - pergunto.
- Chris, o seu? - ele coloca as mãos em minha cintura, me conduzindo para dançar.
- Olivia - Chris me da impulso, e me faz girar, logo me fazendo cair em seus braços, me segurando e me recompondo, fazendo nossos corpos se contraír um ao outro. E, então nossos lábios se tocam, se envolvendo em um beijo. Nossas línguas se cruzam e eu me deixo levar ao som da música e na sincronia de nossas línguas.
Nós recuperamos o fôlego, e voltamos a dançar.
Eu vou dançar até amanhecer, mas não vou terminar quando a manhã chegar. Eu vivo o meu dia como se fosse o ultimo, o que importa é o agora. E eu estava aproveitando, ali com o tal Chris, dançando na enorme pista, ao som do que o DJ tocar.
...
Batia um raio de sol por minha pele, abro os olhos com lentidão, e sinto minha cabeça doer. Eu estava de ressaca, porém não me importava. Sento, esfrego os olhos, e percebo que estava em um quarto de hotel, e com Chris. O sol batia em seus cabelos escuros, que ajudava na perfeição do topete bagunçado.
Me levantando nua, vou até o banheiro, abro o box, ligo o chuveiro, e sinto as gotas de água sobre meu corpo.
Termino o banho, me enrolo com a toalha. Me olho no espelho, sorrio para mim mesma, e saio.
O dia estava lindo, insolarado.
Abro a porta, e me dou de cara com Chris.
- Olá - ele diz, sorridente.
- Ah, oi - digo. - Já estou de saída.
- Me passa seu número, boneca - ele me entrega o celular, e entra no banheiro.
Merda.
Coloquei o número, e rapidamente me arrumei.
...
Chegando em casa, procuro meu jaleco branco. Revirando tudo, bato o olho no relógio, e vejo que estava ficando sem tempo. Em busca do jaleco, já encontro a saia branca, e a camisa social, de cor azul. Jogo o necessário dentro da bolsa, pego o dinheiro para o almoço, coloco o salto, e saio as pressas do apartamento.
Saio do carro, e entro no hospital. Parecia calmo, sem muita gente. Sento na cadeira, e começo a me organizar. Era cedo, oito horas, meu turno começa às dez, então tenho tempo.
- Bom dia, doutora Liv - diz Wes, entrando na sala.
Wes, amigo de infância, colégio, faculdade, e agora trabalho.
- Olá, Wes - respondo, desviando a atenção do computador.
- Ocupada? - perguntou, se encostando na porta.
- Depende. O que quer?
- Tomar um café contigo - diz.
- Vamos - aceito, fechando o caderno, e jogando a caneta por cima da mesa.
...
- Eu vi você virando vários copos ontem - comentou.
- Bem, estava querendo me divertir - respondo. - E você? Foi?
- Não, mas antes que pergunte, vi uma publicação sobre.
Puta merda.
- Como vai a manhã? - pergunto, tentando mudar de assunto.
- Lenta - ele percebe.
...
Estava na fila, junto a Wes. Já cansada e impaciente com a demora do atendimento.
Mas quando finalmente somos atendidos, sinto o celular vibrar.
Era Chris. Merda.
Deslizo o dedo no celular, desbloqueado-ó e abro a mensagem.
Oi, bom dia. Você sai que horas do hospital?
Puta merda, ele sabe onde trabalho.
- Quem é? - curioso Wes pergunta.
- Um amigo. Nada importante. - sorrio, guardando o celular.
...
Já era tarde, e eu estava cansada. Pego minha bolsa, desligo os aparelhos, e vou para o estacionamento. Entrando no estacionamento dou de cara com Chris. Sem jeito pergunto o que ele está fazendo aqui.
- Vim te buscar - ele disse confiante.
- Então tá.
Não sabia como agir, mas ele parecia uma boa pessoa. Um belo carro, e muito bem arrumado.
Nós paramos em um restaurante, que pelo o que sei, um prato custa dois dias trabalhados meu.
Interessante.
Era tudo bem arrumado e sofisticado.
A recepcionista nos levou até a mesa, e logo vinha o garçom, com vinho e o menu.
- O que querem? - perguntou o mesmo.
Lancei um olhar para Chris, que logo entendeu.
- Duas porções de Coq au vin - disse, e sorriu para mim.
Não queria parecer desconfortável, até porque tudo ali era lindo. Mas, não era para mim.
- Você está bem? - perguntou me olhando nos olhos, parecia sério e preocupado.
-E-estou - gaguejei. - Não se preocupe.
E o pedido chega, sorrio para o garçom, como forma de agradecimento. O prato estava lindo, parecia delicioso.
Enquanto comemos, trocamos alguns olhares, e tentamos conversar, mas o assunto logo se acabava.
- Então, no que você trabalha? - pergunto tentando quebrar o clima tenso.
- Advocacia - responde, pegando a taça. - Casal bonito, não? - ele ri.
Fico sem jeito, e ele percebe.
O garçom voltou, com a sobremesa que era um delicioso Tiramisu.
***
Ele estava me levando para o hotel em que passamos a noite.
Merda.
Entramos no hotel, e as recepcionistas me olhavam. Olhei para a minha roupa, e nada parecia sujo. Apenas continuei andando ao lado de Chris.
Entramos no elevador, ele segura em minha cintura, fazendo que meu corpo chegue mais perto ao dele.
- Tem algo de errado comigo? - pergunto insegura.
- Não, boneca - ele ri. - Por que?
- As recepcionistas ficaram me encarando.
- Inveja - rimos.
...
Entramos no quarto aos beijos, Chris me jogou na cama, subiu em cima de mim, e me prendeu entre suas pernas. Começou a desabotoar sua camisa branca, e me deu a vista perfeita de seu abdômen.
E a noite estava apenas começando.
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