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História Destino - Capítulo Quinze


Escrita por: BluePuddin

Capítulo 15 - Capítulo Quinze


O domingo começou bem, muito bem. Começou com Mille acreditando que tinha acordado atrasada e saindo pela casa, gritando e acordando todo mundo. Isso até ela ver que eu e Jason saímos do mesmo quarto.
-Cale a boca, você acordou uma hora mais cedo! – Falei quase a jogando na parede aonde o relógio estava pendurado. Ela quase gritou de susto e depois riu sem graça.
-Desculpa. – Sussurrou forçando um sorriso. E depois disso fomos pra cama de novo.
-Vai, pode falar. – Mandei quando entramos no quarto. Jason fez bico.
-Não. – Cruzei os braços.
-Você falou que no dia da cerimônia ia me contar!
-Vai ter que esperar até a cerimônia. – Declarou se deitando. Bufei.
-Por que tanto mistério?
-Porque é a escolha mais importante que já fiz na vida. – Falou se virando pra parede enquanto se cobria.
Me joguei na cama, o apertando.
-Agora você me deixou ainda mais curiosa!
-Se você não percebeu o que quis dizer, agora que só vou te contar na hora da cerimônia mesmo! – O soltei e me virei, me enfiando debaixo do cobertor. – Amor. – Ele sussurrou me abraçando.
-Sai daqui. – Resmunguei fazendo bico.
-Sabe que eu te amo! – Sussurrou.
-Mas agora atiçou minha curiosidade. – Ele riu e me apertou.
-Você fica tão fofa assim! – E me apertou mais. Me virei pra ele, desfazendo o bico. – Linda! – Falou apertando meu nariz. Ri.
-Você me irrita! – Resmunguei me aninhando no seu peito. – Detesto como consegue me dobrar a sua vontade!
-É um dom! – Falou rindo e me abraçando.
Não realmente dormimos, só ficamos abraçados por uma hora até minha barriga começar a literalmente imitar trovões por estar vazia, aí eu realmente percebi que Jason queria me engordar.
-Lasanha pro café da manhã? – Perguntei surpresa.
-Me lembro de você falando que não conseguia comer de manhã, então imaginei que tivesse fome mas não apetite, e assim, deve ser mais fácil pra você comer alguma coisa desse tipo do que um café normal. – Mexi no cabelo, ainda surpresa.
-Como você me conhece tão bem? – Peguei um garfo pra mim e um pra ele e começamos a comer.
-Lasanha a essa hora da manhã? – Mille perguntou quando estávamos na metade. Ri, quase me engasgando.
-Fiz a mesma pergunta, ele criou toda uma teoria pra poder me engordar! – Fingi dramatizar minha fala, mas não deu certo, então só voltei a comer. Mille riu.
-Quero que vá pro salão comigo e a Laurie hoje. – Falou enquanto fazia café.
-Por que tá todo mundo me mimando agora?
-Não esquece que seu namorado tá te devendo uma calcinha. – Laurie falou baixinho enquanto entrava na cozinha. Foi a vez de Jason quase engasgar.
-Foi o calor do momento. – Tentou explicar.
-Não, foi tesão mesmo. – Mille falou me fazendo rir. Jason ficou vermelho. – Não precisa ter vergonha querido, o tempo que você gasta tentando esconder a cara por ter feito algo que só nós sabemos, ela gasta comendo a lasanha. – Acrescentou. Sorri com o garfo na boca e ele riu.
-Anda criatura! – Laurie brigou, quase me fazendo engolir o garfo. – Temos hora no salão!
Me dei por vencida e quando terminei de comer subi pra me vestir. Quando ia sair, Jason me beijou na testa.
-Até mais tarde. – Falou bagunçando meu cabelo. Ri.
-Até.
Mille fez Laurie dirigir até o salão, levando em conta que Laurie ainda estava aprendendo e ela queria dar a oportunidade de deixar a garota ser feliz. Nunca achei que a própria noiva do meu irmão o quisesse viúvo antes do casamento.
Chegamos lá pouco depois da hora do almoço, porque Mille ainda fez Laurie passar no centro e comprar algum lanche pra gente. Mille e Laurie foram pra casa de Paul se arrumar e eu voltei sozinha pro casarão. Subi direto pro meu quarto, onde encontrei a caixa com o vestido em cima da cama. Me dei conta de que ainda tinha uma hora e meia pra lamentar e escolher se usaria ou não aquele vestido.
Tomei um banho rápido pra evitar borrar a maquiagem ou estragar o cabelo e fiquei olhando pro vestido agora fora da caixa, tentando lembrar se eu tinha escolhido aquele vestido ou se tinha sido minha mãe. Quando já passava das quatro, Jason entrou no meu quarto com a gravata solta.
-Quer ajuda pra se vestir? – Olhei pra ele uma vez e depois encarei o vestido de novo. Ele seguiu meu olhar e respondeu a minha duvida. – Não foi você que escolheu esse vestido.
-Mille que me perdoe, mas não vou usa-lo. Minha mãe pode estar morta, mas se não fui quem ela queria quando viva, agora que não vou. – E tirei o vestido vermelho do guarda-roupa.
-Você tem uma péssima memória. – Jason falou ajeitando as fitas que prendiam o vestido nas costas, como num espartilho.
O vermelho era mais curto que o outro, tinha o corpete bordado em linhas vermelhas, mas não apesar do modelo não ficava muito apertado, se ajustava bem ao meu corpo e por isso o escolhi. A saia era lisa com movimento, com uma camada de tule mais num tom mais escuro por cima.
-O que isso significa?
-Esse vestido não foi nem você, nem sua mãe que escolheu. É da Laurie. – Me virei, quase torcendo o pé como sempre. – Está nas fotos que você colocou no álbum, você não viu? – Respirei fundo. – Ela estava te testando, queria saber a quem você seria leal, a você ou a sua mãe. – Explicou sorrindo.
Eu queria chorar. Já era a segunda vez que faziam isso comigo só nessa semana e eu não estava preparada psicologicamente pra isso. Meu telefone tocou.
-Oi querida, desculpa a brincadeira. – Mille falou tentando manter a voz baixa.
-Eu vou superar. – Respondi no mesmo tom, mas um pouco fria.
-Acredite, a outra surpresa de hoje vai ser a melhor de todas. – E desligou. Ela estava falando do que Jason ainda guardava segredo. Respirei fundo mais uma vez antes de surtar e calcei o sapato, jogando o telefone na bolsinha assim que me levantei.
-Vamos? – Perguntei forçando um sorriso.
-Desculpa pelo que ela fez, ela não queria te fazer mal! – Comprimi os lábios.
-Vamos? – Repeti. Ele me puxou pela cintura, quase me beijando.
-Ela fez isso por você, pra que você se lembrasse quem era e sempre foi. – Falou sério. – Agora vamos. – Mordi o lábio, resistindo a tentação de lhe dar um tapa.
-Sua gravata não está arrumada seu tonto! – Falei quase rindo. Ele sorriu.
-Pode arrumar pra mim? – Sorri.
-Claro. – Ajeitei sua gravata com cuidado, mas no fim ele que a arrumou do jeito certo.
-Amo você. – Sussurrou quando tivemos que nos separar, afinal eu iria com Paul pra me juntar com as meninas.
-Também amo você. – Sussurrei de volta, quase fazendo Paul surtar por fugir dele mais uma vez só pra falar com Jason.
-Espero que goste da minha surpresa. – Falou quando por fim ele foi pra junto dos amigos do meu irmão e eu fui com Paul encontrar as garotas.



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