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História Destino - Capítulo Três


Escrita por: BluePuddin

Capítulo 3 - Capítulo Três


Foram cinco horas. Ficamos cinco horas conversando na cafeteria, sobre todo e qualquer assunto que apareceu. Cinco horas. Quando eu me lembrei do jantar faltavam dez minutos pras seis, sendo que o jantar era às sete.
-Temos que ir... - Resmunguei dando um último gole no meu suco.
-Mas estamos tão bem aqui. - Ri.
-Sim, mas não posso faltar nesse jantar! Vai ter bem mais gente do que no almoço, temos que bancar a família feliz.
-Bom, a família feliz tem um novo integrante agora. - O encarei segurando o riso.
-Natasha está prenha? Não, não fala! É a Laurie? A Mille? - Jason me encarou confuso. - É brincadeira! - Ele demorou um pouco e depois riu, o que só me fez rir mais.
-Vamos, estou louco pra ver seu vestido! - Sorri, ele me deu a mão e fomos pra casa.
Minha irmã praticamente me sequestrou quando chegamos lá, mas carreguei Jason pra devolver seu celular.
-Te encontro na sala ok?
-Okay. - Dei-lhe um selinho e fechei a porta.
A tarefa da minha irmã era apenas me maquiar e arrumar meu cabelo. Ela apenas escovou meu cabelo, fazendo leves ondas, passou uma sombra prateada, delineador, rímel e um leve blush. Depois de uma leve discussão, consegui convencê-la a me deixar usar batom vinho, mesmo que ela quisesse um vermelho mais claro. Então ela saiu e fui me vestir. Meu vestido era azul noite, quase chegando a preto de alças finas. Não passava do joelho ainda que com a leve renda na barra, e mesmo que eu tentasse evitar, tinha um leve decote em V com renda preta cobrindo parte dele, ainda assim mostrava um pouco do meu busto. Era justo, ressaltando minhas curvas não muito marcadas. Calcei um scarpin preto de camurça de amarrar no calcanhar.
E depois de enrolar muito na frente do espelho, pensando se queria mesmo ir pra um jardim onde só conheço cinco pessoas, e só uma vai ficar comigo, desci. Não era exatamente um jantar, mas estávamos chamando assim porque era mais simples do que explicar que daríamos uma festa poucos dias antes do meu irmão se casar, mas tinha comida também então pra mim não faria diferença. Jason me esperava na sala com a expectativa de um noivo que esperava no altar, e isso meio que fez com que me sentisse mal por enrolar. Mas isso também me provou o quanto eu estava errada.
Jason tinha mudado o penteado. A franja estava levantada, não num topete, tinha um pouco mais de seriedade, sem contar seu terno de cor super parecida com a do meu vestido, assim como ele tinha dito.
-Abby, eu tenho que dizer, não sei se você é uma deusa ou um demônio, mas você é tão linda que não pode ser humana! - Falou sorrindo. Sorri de volta, sem saber direito como responder. - Tá, isso foi idiota.
-Eu estava completamente errada! - Disparei. Ele se assustou. - Eu realmente pensei que não tinha como você ficar mais lindo do que com o outro penteado, mas por tudo que é divino nesse mundo! Você tá ainda mais lindo assim! - Falei o abraçando sem precisar ficar na ponta dos pés pela altura do salto. - E se eu não posso ser humana, você definitivamente não é! - Ele sorriu e me beijou. - Não foi idiota, eu gostei. - Sussurrei no seu ouvido.
-Vamos, quero fazer todos ficarem com inveja de mim por estar com você! - Sorri e ele enlaçou minha cintura, nos levando pro jardim.
O lugar já estava bem movimentado, levando em conta que quase fiz com que nos atrasássemos. Fomos pra uma mesa mais reservada, mas perto do mini bar que foi colocado ali, me sentei enquanto Jason foi pegar alguma coisa pra gente. Me distrai vendo o pessoal dançando. A música estava bem alta, tinha um monte de gente dançando e bebida até onde dava pra ver.
Jason chegou com os copos e se assustou quando quase virei o meu de uma vez.
-Acho que alguém quer dançar. – Falou me fazendo rir.
-Você quer?
-Se eu não for, você arranja outro, e eu não vou ficar sozinho, só nessa viagem até o mini bar já fui cantado duas vezes! – Contou botando a bebida pra dentro e levantando.
-Que gracinha. – Brinquei escondendo o ciúmes e o seguindo pra pista de dança.
Dançamos umas três músicas direto e fomos sentar.
-Se eu for pegar mais bebidas pra gente, vai ficar com aquela cara de ciúmes de novo? – Encarei-o, comprimindo os lábios.
-Sou péssima em esconder as coisas né?
-De mim? Pelo jeito sim. – Jason sorriu e me beijou. – Volto logo.
Me afundei na cadeira. Em menos de vinte e quatro horas ele já conseguia me ler completamente. Sinceramente, talvez eu tenha dado graças que uma garota aí o fez dançar com ela, eu estava com a minha expressão “Não me enche ou eu te mato” por causa disso e não queria que ele me visse assim. Por mim ninguém veria.
Fui até o mini bar e fiquei por lá, tomando shots variados, preparando uma ressaca mortal. Jason foi obrigado a dançar com metade da população feminina da festa, e eu continuei com meus copos repletos de álcool durante parte desse tempo, depois fui dançar com uns amigos da Mille que ficaram meio que meus amigos durante os preparativos pra cerimônia. Já devia ser meia noite quando Jason e eu nos esbarramos.
-O quanto você bebeu? – Perguntou tentando falar mais alto que a música. Fiz sinal de que não importava e ele me tirou do jardim.
Jason me arrastou até a cozinha e me fez beber dois copos enormes de água.
-Sabe, eu realmente queria ser merecedora daquele anel, mas pelo jeito eu sou terrível demais pra isso. – Falei desafivelando o sapato.
-Abby... – O encarei. Ele pareceu triste com o que eu falei. – O que te faz pensar isso? Só por que tomou um porre por ciúmes? Só por que dancei com outras garotas? Se eu pudesse teria passado a noite com você longe dessa festa, longe de qualquer um que pudesse colocar essa ideia na sua cabeça!
-Estou com ela desde cedo. – Confessei tomando um gole a mais de água. Ele segurou meu rosto, me obrigando a olhar em seus olhos.
-Então deixe ela sair junto com o álcool no seu sangue! – Falou sério. Ou melhor, ordenou. – Abby, por favor, de todo mundo que já conheci com os seus problemas, ou pelo menos com problemas parecidos, ninguém conseguiu me atingir tanto com coisas parecidas com o que você falou, não como você. – Respirei fundo, segurando o choro.
-Por isso que eu falei, eu vou acabar te machucando.
-Me machuque, me machuque milhares de vezes. Eu sempre vou ser seu pra machucar. – Ri.
-A frase não é essa. – Ele sorriu.
-Você que falou errado primeiro.
-Eu sei, eu te amo... – Sussurrei me deitando na mesa, apagando segundos depois.
Depois disso, acordei meio fora do ar, sem reconhecer o lugar onde estava, o que era ilógico porque eu estava agarrada no meu urso de pelúcia. Jason estava dormindo na poltrona, que agora estava do lado da cama. Sorri com a visão, mas me senti mal depois, e logicamente não foi por ele estar todo torto na poltrona, mas pelo que falei pra ele. Como pude ser tão insensível?
-Tem aspirina na mesinha. – Resmungou.
-Jason. – Sussurrei sem graça, apertando meu urso. Ele abriu os olhos.
-Como está a cabeça?
-Foda-se minha ressaca, queria te pedir desculpas... – Ele sorriu.
-Você falou uma coisa que compensou. – Mordi o lábio lembrando que “eu te amo” foi a ultima coisa que lhe falei antes de dormir.
-Por que não deitou comigo? – Sussurrei sentindo o rosto esquentar, mesmo que ele não pudesse ver afinal a única luz que entrava era da janela, e eu estava de costas pra ela.
-Não achei certo...
-Nós... – Tentei dizer, mas ele negou com a cabeça. – Desculpa te fazer passar por tudo isso.
-Eu faria tudo de novo. – Sorri. – Entre mil garotas, te conhecendo ou não, eu te daria o anel. Acredite, de todas elas, eu o daria apenas pra você. – Me levantei, quase caindo por pisar em falso em cima do sapato que usei no almoço e que ainda estava ali.
-Vou tomar um banho, você vem? – Ele arregalou os olhos, me fazendo rir. – Me dá sua camisa. – Fui até ele como quem a tiraria por ele, mas ele a tirou antes que eu chegasse a fazer isso. – E por favor, não te quero com dor no pescoço, dorme comigo. – Sussurrei lhe dando um selinho antes de ir pro meu banheiro.
Aparentemente ele tinha passado no próprio quarto antes de ficar de “guarda”, porque a camisa que peguei era de pijama, então provavelmente ele já tinha se banhado também. Saí do banheiro com sua camisa e liguei a luz pra procurar uma calcinha. Jason já estava deitado, e se virou pra parede, se voltando pra mim quando me deitei ao seu lado.
-Tomou a aspirina que te trouxe?
-Me deixa dormir! – Resmunguei mordendo seu queixo, rindo. Ele me abraçou e se ajeitou.
-Boa noite garota mais linda da festa. – Sussurrou me fazendo rir e morder o lábio.
-Boa noite garoto mais lindo que conheço. – Sussurrei de volta, voltando a dormir rapidamente.



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