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História Destino - Capítulo Quatro


Escrita por: BluePuddin

Capítulo 4 - Capítulo Quatro


A manhã foi incrivelmente interessante. O jardim estava encharcado de copos e decorações destruídas no meio da festa, e sendo umas sete e meia, todo mundo ainda estava dormindo. Sim, acordamos sete e meia mesmo dormindo meia noite, é um dom. Ou não, mas é bom que tenhamos acordado cedo justo pelo fator Robert. Ele não estava prestando muita atenção em mim, mas seus amigos prestaram, Jason viu isso também mas não comentou, outros namorados me xingariam por inteira mas ele não levou muito em conta, afinal também estava dançando com outras. Mas isso me fez pensar em outra coisa...
-Jason... - Sussurrei
-Oi.
-O jeito que eu tava dançando ontem...
-Então né, sabia que pinguins só tem um parceiro durante a vida toda? - Falou mudando de assunto.
-Você é tão fofo! - Abracei-o, bagunçando seu cabelo em seguida. – Pode sair. – Meu cunhado saiu de trás da pilastra e Jason corou extremamente.
-Sabia esse tempo todo que ele estava ali?
-Ele sempre está ali, e ele sempre acorda cedo depois de beber. – Abri a geladeira, pegando as coisas pra fazer três hambúrgueres bem carregados.
-Abby, é bom você trocar de roupa antes que seu irmão dê sinal de vida. – Ri com a observação dele.
-Paul querido, meu irmão que engula essa teimosia dele, se não for por bem vai ser com óleo quente. – Declarei virando os hambúrgueres. – Mas já que você insiste. – Sorri, tirando a camisa de Jason e lhe entregando. A cara dos dois foi impagável.
Ainda mais por eu estar de pijama por baixo da camisa.
-Sua família é tão previsível assim? – Paul fingiu estar ofendido pelo meu ato, de prever que alguém faria isso cedo ou tarde. Sorri.
-Mais do que previsível. – Montei os sanduíches e coloquei nos pratos, hesitando comer.
-O que foi?
-Tenho dificuldade pra comer de manhã, de ressaca mais ainda. – Resmunguei me jogando na cadeira.
-Eu deveria te contar que seu irmão ficou meio puto por você sumir sem avisar e ainda mais por dançar com metade dos caras da festa? – Paul falou, me fazendo encara-lo séria. Antes que eu pudesse responder, Jason me cutucou. Ele tinha desenhado um coração de ketchup no hambúrguer.
Segurei o riso, sujando sua bochecha com ketchup. Ele fez o mesmo, quase deixando o molho cair na minha blusa.
-Tem certeza que não se conhecem a mais tempo? Quem sabe de outra vida até? Como se dão tão bem assim em um dia de convivência? Você é um porre Abby! – Resmungou. Jason devolveu o pão pro sanduiche e o encarou.
-Ela não é um porre, você que deve ser um imã de mau humor. – O encarei surpresa, ninguém jamais me defendeu quando alguém dizia que eu sou um porre ou coisa assim. Nunca! – E ela não é obrigada a tratar todo mundo do mesmo jeito, tudo depende de como você fala com ela. – Fiquei boquiaberta com isso tudo. Paul levantou os braços como sinal de rendição.
-Eu sei, calma, é só uma implicância saudável. - Ri da expressão dele, e ele riu também. - Deixa eu ir procurar as aspirinas porque minha cabeça tá me matando. - E saiu.
-Você está bem? Parece pálida...
-Ninguém nunca me defendeu assim! – Disparei. Ele sorriu.
-Eu percebi. – Respirei fundo.
-Obrigada... – Ele se aproximou e limpou minha bochecha com o dedão.
-Disponha. – Sussurrou sorrindo.
Com muito esforço e determinação, consegui comer, isso porque geralmente eu sou a primeira a terminar de comer. Enquanto subíamos pro quarto, Jason me parou e começou a me fazer cócegas, quase levando um chute na brincadeira.
Sim, ele me derrubou só pra isso.
-Quando você vestiu seu pijama? – Resmunguei. Ele me levantou.
-Acordei antes de você, e como eu sabia o que ia rolar, quis fazer uma brincadeira básica. – Mordi o lábio, rindo.
-Você não imagina o medo que me deu de você simplesmente ficar nua no meio da cozinha! – Arqueei a sobrancelha. – Porque ele também tava lá. Não é como se eu não quisesse ver! – Jason se atrapalhou todo, o que só me fez rir mais. – Quero te dar uma coisa.
Eu sabia que não era o anel, mas não pude deixar de sonhar. Ele me deu uma camisa preta com a frase “wish you were here”, que eu vesti por cima do pijama igual a outra.
-É pro caso de... enfim, fica muito bem em você! – Falou escondendo um certo desapontamento com o fato de ele ter que ir embora. Forcei um sorriso, o abraçando forte.
-Não gosto que tenha que ir embora depois da cerimônia... – Sussurrei. Ele me apertou.
-Eu muito menos.
Jason parecia prestes a chorar, e essa era a última cena que eu queria ver, ainda mais depois da besteira que lhe falei. Enlacei seu pescoço com os braços, e quando vi, ele já tinha me pegado no colo e colocado minha cabeça em seu ombro.
-Numa escala de 0 a 10, como você classificaria sua dor? – Sussurrei segurando o choro.
-Agora? Com a chance de ter que ir embora e te deixar? Nove. – Declarou. Respirei fundo.
-Se você chorar eu te bato. – Resmunguei com o nariz no seu pescoço. Ele fungou. – Não estou brincando. Não quero que me veja chorando também...
Ele me colocou no chão e virou o rosto, respirando fundo. Segurei seu rosto, o obrigando a me olhar.
-Não chore... – Sussurrei o beijando. – Não por mim... – Completei encostando minha testa na sua.
-Não é por você. – Sussurrou me olhando nos olhos. – É por nós.
-E já tem um “nós” aí? Que lindo! – Mille falou na porta. – Sério, tranquem a porta da próxima vez, se fosse Robert vocês estariam mortos! – Mordi o lábio com a ideia.
-Aconteceu alguma coisa?
-Além de eu acordando com enjoo hoje? Nada. – Arqueei a sobrancelha. – Estou grávida! – Declarou sorrindo. Não me segurei, pulei nela de uma vez, sorrindo de orelha a orelha.
-Parabéns! – Jason falou sem pular nela, mas sorrindo também.
-Meu irmão vai surtar!
-Sim, eu sei, então preciso que guardem segredo, até o dia da cerimônia, ok? – Jason se aproximou.
-Posso falar contigo rapidinho? – Mille assentiu e ele saiu do quarto, fechando a porta, me impedindo de entrar na conversa.
Mordi o lábio, nervosa com essa atitude. O que ele estava falando com ela? Seria por causa da gravidez? Seria pelo que eu falei? Me assustei quando a porta se abriu e eu quase caí pro lado. Jason que estava todo sorridente, fechou a cara na hora quando viu que eu estava a ponto de chorar. Tentei forçar um sorriso, mas isso só piorou tudo. Ele me abraçou.
-Você vai descobrir o que conversamos em breve, não se preocupe. – Sussurrou. – Não precisa de preocupar, não vai se livrar de mim tão fácil!
-Eu não quero me livrar de você! – Sussurrei com a voz falha.
-Nem eu, então não tem com o que se preocupar ok? – Sussurrou passando a mão no meu cabelo. Jason voltou a me pegar no colo e me beijou. – Vai ficar tudo bem! – Sorri, fungando.
-Como pode ter tanta certeza?
-Você não conseguiu brigar comigo nem mesmo bêbada, e não faria isso nem sóbria, muito menos com raiva. – Comprimi os lábios, dando-lhe razão. – Eu não tenho a capacidade de fazer nada pra te machucar de propósito, não importa o que seja. – Fiz bico, e ele riu. – Estou falando sério.
-Eu sei, pode continuar.
-Então, se seu irmão não me matar até a cerimônia, pode ter a certeza de que não vai se livrar de mim tão cedo, não se depender de mim. – Sussurrou me beijando, sorrindo entre um beijo e outro.



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