1. Spirit Fanfics >
  2. Destino >
  3. Capítulo Oito

História Destino - Capítulo Oito


Escrita por: BluePuddin

Capítulo 8 - Capítulo Oito


-Sim, vocês teriam filhos lindos. Foram quantas vezes? - Mille perguntou se sentando e tomando o baralho da minha mão.
-Uma. - Ele respondeu.
-Mais algumas outras com camisinha e outras coisas. - Acrescentei.
-Bom, você já terminou a faculdade, tem seu trabalho, ele também, não vejo problema em se juntarem. - Encarei Mille boquiaberta.
-Você está lidando com isso com muita calma não acha?
-É que gosto da ideia da minha criança ter um priminho pra brincar. - Apoiei a cabeça no punho fechado.
-É, tudo pra que eles não fiquem como eu...
-Você disse que fica sozinha em casa desde os quatro não disse?
-Exatamente. - Suspirei. - Mas graças ao meu lado materno, eu tenho mais dificuldade pra engravidar, então não tenho muito com o que me preocupar. - Mille não levantou o olhar pra mim, mas pelo jeito que ela embaralhava as cartas eu sabia o que ela estava pensando. - Mille, se quer dizer algo, diga logo.
-Quero mesmo que vocês fiquem juntos, se casem e tudo mais, porque qualquer um aqui, admitindo ou não, vê o quanto vocês se dão bem e o quanto gostam um do outro, e quando digo "gostam", aposto todas minhas fichas que posso quase dizer "amam", mesmo agora. - Disparou, deixando o baralho na mesa. - E eu juro que se você não tomar uma atitude logo, conto pra ela! - Falou para Jason, saindo da mesa.
-Do que ela tá falando?
-Do que a gente conversou ontem.
-Ainda tem metade da semana até até a cerimônia! - Reclamou. 
-Você teria interesse numa despedida de solteira? - Ri.
-Pra que? Eu posso beber sem cerimônia em casa, acabou aí. - Ele riu, pegando o baralho e me dando as cartas. - Okay, vamos aproveitar o tempo em que você não me conta o que conversou com minha cunhada, e que ela vai contar se você não fizer o que quer que seja, pra aprender um monte de coisas. - Fingi estar empolgada, mas não dava pra me mexer muito porque minhas costas estavam doendo por ter dormido no tapete, e o resto do corpo estava doendo pela noite que passamos "brincando". Ele riu da minha cara e beliscou minha bochecha.
-Gracinha! - Mostrei-lhe a língua e bufei. Ele continuou a arrumar as cartas e ficamos algumas horas nessa brincadeira de tentar me ensinar a jogar.
-Desisto! – Quase gritei, jogando minhas cartas de volta na mesa. Cruzei os braços e me afundei na cadeira. Jason pegou minhas cartas.
-Abby, você ganhou. – O encarei séria, e ele mostrou a combinação de cartas. – Você ganhou. – Bufei irritada, mesmo tendo ganhado.
-Não nasci pra jogar pôquer. – Ele riu, juntando as cartas.
-O que quer fazer então?
-Podíamos dar uma volta, afinal você só conhece a cafeteria. – Sugeri.
-Ótimo, aqui. – Laurie falou me empurrando um par de saltos vermelhos e batom. – Não esqueça de se agasalhar. – E me jogou uma jaqueta. Estranhei.
-Tá me despachando por que mocinha? – Laurie riu, colocando as coisas na mesa.
-Porque eu quero sobrinhos, e com nosso irmão sabendo o que vocês fizeram de ontem pra hoje, eu vou ficar sem irmã. – Concluiu.
-E como ele sabe o que fizemos? – Jason perguntou.
-Fofoca. – Resmunguei.
-Isso é jeito de falar da minha reputação? Ele ouviu vocês, não falei nada não.
-Mas Paul pelo jeito falou. – Falei pegando o batom e o abrindo. – Vamos nos trocar, segura a fera por cinco minutos pra gente. – E subimos.
Peguei um vestido preto de renda, frente única e uma jaqueta branca bonitinha, calcei uma sapatilha e desci correndo colocando o celular no bolso da jaqueta. Minha irmã me jogou o batom de antes e Jason já estava na porta me esperando, afinal só tinha calçado os tênis e trocado de camiseta. Passei o batom enquanto saiamos e quando já estávamos na outra rua, comecei a rir.
-Me sinto uma adolescente de novo!
-Fazia muito isso? Fugir pra encontrar o namorado? – O encarei, rindo ainda mais da sua expressão. Ele ficava muito fofo tentando esconder o ciúmes.
-Não, e vamos combinar de parar de ficar falando dos meus antigos namorados ok?
-Mas você não sente curiosidade de perguntar como era com as minhas antigas namoradas? – Respirei fundo.
-Não, quanto menos eu souber, menos eu sinto que não sou boa o suficiente pra você, pronto.
-Ei. – Ele me parou, me obrigando a lhe olhar. – Você é incrível okay? Então sem essa de não se sentir boa o suficiente, porque você é mais que o suficiente pra mim, e acredite, eu tenho muito medo de não conseguir te segurar e você escapar pelos meus dedos. – Falou segurando meu rosto. Me senti um peixinho quando ele falou isso mas vida que segue. – Abby, não quero que tenha esse mesmo medo de me perder porque constantemente acredito que eu não seja suficiente pra você, não como você é pra mim! – Ele ia falar mais, mas não consegui deixar. Tapei sua boca antes que ele começasse a chorar no meio da rua.
-Jason, por favor... Só pare, okay? Não importa se somos bons o suficiente um para o outro, acha que já não teríamos brigado ou coisa assim se não fossemos? As vezes eu acho que não sou boa o suficiente justamente por isso, por te deixar assim, mas se eu não fosse, você se preocuparia assim comigo? Não. Uma hora você vai se cansar disso, mas não vai se cansar de mim, e acredite, eu vou conseguir parar antes que você se canse. – Afirmei, tirando a mão da sua boca e o beijando. – Então não voltemos a falar disso okay? Por favor.
-Okay... – Sussurrou pouco depois de me soltar.
-Agora vamos, temos uma cidade inteira pra andar! – Falei sorrindo.
A noite estava linda, quase sem nuvens acompanhada da lua cheia, e como já estava perto do Halloween, algumas partes da cidade já estavam sendo decoradas.
-O que planeja fazer no Halloween? – Ele perguntou quando passamos em frente a uma doceria já completamente decorada.
-Adotar um gato e sair com ele por ai brincando de bruxa. – Ele riu. – Na verdade, eu realmente quero adotar um gato de rua, nessas épocas eles sofrem muito, ainda mais os pretos.
-Eles sofrem muito o tempo todo... – Assenti com a cabeça, apertando seu braço. – Por que agarrou meu braço?
-Você é muito grande pra agarrar de uma vez só, vou me contentar só com o braço mesmo. – Ele riu e me fez soltar seu braço, passando-o ao meu redor.
-Sorte a minha que você é pequenininha, dá pra te abraçar toda de uma vez. – E então ele me pegou no colo no meio da rua. Bufei, fingindo estar irritada por ele ter falado da minha altura, e talvez por ele ter me levantado no meio da rua também.
-Já pode me colocar no chão okay? – Jason sorriu e me abaixou, me levantando de novo de uma vez. – Jason! – Ele riu.
-Oi amor.
-Me coloca no chão.
-Não senhora.
-Por favor.
-Não.
-Me coloca no chão antes que eu me jogue e coloque a culpa em você. – Ele fez bico e me colocou no chão. – Bom garoto, mas você sabe que eu nunca colocaria a culpa em você por cair.
-Sério? – Ele realmente pareceu surpreso.
-Sim, eu caio quase todo dia! – Jason quis rir, mas não o fez. – Pode rir, até eu faço graça por causa disso.
-Boba. – Riu, me beijando na testa. – Eu não vou te deixar cair okay?
-Boa sorte com isso então. – Falei sorrindo enquanto o abraçava. – Eu te amo... – Sussurrei sem perceber.
-Eu sei, também te amo. – Ele sussurrou de volta, me abraçando bem apertado.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...