História Destino - Clube - Parte 2

Marina.

Entro na piscina, no começo sinto a água gelada me arrepiar, logo me acostumei. Me encostei na borda e comecei a pensar na vida, vendo as diversas pessoas que estavam ali. Estava um pouco frustada por ainda não ter visto o GG depois do tropeço que eu tive. Talvez por eu ter ficado encantada com o "Você é linda, Marina". Acho que criar expectativas é uma das péssimas características que eu tenho. Quer saber? Vou embora, cansei de ficar igual uma otária na sombra de um guri. Saio da piscina me dirigindo a mesa que minhas coisas estão.

  - Marina! Finalmente te encontro aqui - Ele diz de uma maneira super simpática, como se fossemos amigos a muito tempo.

- É mesmo - Talvez eu tenha entrado em um pequeno choque pelo susto. Bateu uma grande coincidência pelo fato que eu estava pensando nele momentos antes.

- Acabei não falando o meu nome, prazer, me chamo Matheus. Posso te pagar alguma comida? 
E lá fui eu, esquecendo completamente a minha decisão que eu tomei.

Estava gostando muito da companhia dele. Ele era muito querido. Estávamos na piscina conversando animadamente. Faz alguns minutos que ele mudou a atitude, começou a falar algumas coisas com toque malicioso. Ele me puxa, querendo me beijar. Era um desejo beijar ele, mas aquele não era o momento. Eu queria conhecer mais ele, a conversa tava muito boa. Desviei dele, e aparentemente ele não gostou nada disso. E depois disso, começou a ser curto e grosso, não demorando muito para dar qualquer desculpa que precisava ir embora.

Ainda não sei como que eu neguei aquele beijo. Talvez o nervosismo tenha tomado conta. Sei que amanhã provavelmente ele irá fugir de mim, não só amanhã, outros dias também. Provavelmente destrui o que poderíamos ter, mas será mesmo que poderíamos? Pode também ser apenas ilusão da minha cabeça. Como um garoto olharia para mim? Será que eu preciso chamar atenção?? É isso que vou fazer. Penso no que posso fazer para voltar atrás. Exatamente isso que eu vou fazer; voltar atrás 

Me arrumo para ir ao clube. Não sei muito bem se vou conseguir me encontrar com ele, não consegui entender que horários ele vai pra lá. Saio de casa com aquele famoso frio na barriga, alguns chamam de "nervosismo". Cada vez que eu me aproximo mais do clube, o sentimento vai aumentando. Pode ser muita coisa de garotas no auge da sua pré-adolescência, não que eu tenha fugido muito disso, desesperada do jeito que eu consigo ser. Na verdade não tem muito idade para se apaixonar, e também a paixão muitas vezes não é uma escolha. Quando você vê, já está caindo de paixões e sentimentos por alguém, a única diferença é saber se isso realmente é real. Chego no clube, vejo aquela entrada com muitas árvores, é um longo caminho até a área da piscina. Pequenas cabanas amarelas junto com muitas árvores. Logo quando consigo visualizar a entrada da piscina, vejo ele sentado. Pera, ele está me esperando? 

Resolvo botar o plano em pratica, corro até ele com medo de me arrepender. Ele me vê, se levanta, e acho que sua expressão é de maior supresa com a minha corrida até ele. Parecia até um encontro de amigas virtuais, mas sem a mesma recepção calorosa da outra pessoa. Infelizmente eu não apenas abracei ele. Envolvi meus braços no seu pescoço, aproximando nossos rostos. Eu beijei o Matheus. Depois de alguns segundos ele corresponde, transformando um beijo desengonçado para um beijo calmo. Quando me afasto, ainda com os braços no pescoço dele, vejo um sorrisinho nos lábios dele. Tomo um susto quando reparo que não estava sozinha, mais três guris estavam ali apenas rindo e observando a cena. 

O que diabos estava acontecendo. 

- Nem precisei fazer nada. - Ele diz - Obrigada por facilitar a minha vida.
Ele tira meu braço do seu pescoço, toca na mão dos amigos e os mesmos o entregam uma nota de 50 reais. 

O que diabos estava acontecendo.

- Poxa garota, me fizesse perder 50 reais - um dos garotos diz.

- O que é isso? 
Eles riem como se a minha pergunta fosse a mais idiota do mundo.

- Uma aposta, Marina. 

O que diabos aconteceu."