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História Destino Hyuga - Desculpa


Escrita por: iPedrita

Notas do Autor


Desculpa pela demora queridos leitores, eu estava viajando e fiquei sem tempo e sem net.

Mas agora tô em casa <3

Fiz esse capítulo corrido então desculpa pelos erros.

Capítulo 3 - Desculpa


Fanfic / Fanfiction Destino Hyuga - Desculpa


--- Renda-se agora Neji, essa luta acabou pra você! - Os olhos da caçula de Hiashi estavam impiedosos. Hanabi estava suja e cheia de arranhões pelo corpo. O kimono branco florido estava maltratado e rasgado, um corte largo na gola fazia-o cair pelo ombro, deixando o mesmo nu.

O chakra começou a subir pelo seu corpo como uma chama que tomava conta de algo. O poder estava fluindo e deixando Hanabi mais forte, todo o cansaço havia sumido e suas forças foram recarregadas. 

Avançou na direção de Neji, que estava exausto e muito machucado, um dos olhos estava fechado e o canto da boca estava sujo de sangue. Faltava muito pouco para Neji cair e o que iria derruba-lo estava se aproximando como um raio. --- Hanabi! - gritou arregalando os olhos.

Hanabi o acertou com um golpe de punho getil, mas antes que fosse arremessando para longe, ela o agarrou com força e ambos caíram a alguns metros. A queda criou uma nuvem de areia, sujando mais ainda os dois.

Eles tossiram enquanto a areia abaixava. Quando tudo ficara mais nítido se olharam nos olhos. Hanabi estava em cima de Neji, segurando os pulsos dele contra o chão. Aquilo significava uma Vitória já que ele estava acabado e capturado.

--- Mas como? Você sempre estava dois passo há minha frente nessa batalha. - Disse o Hyuga sem fôlego.
--- Eu treinei Neji.. desenvolvi meu Byakugan. - sorrio vitoriosa enquanto sentia a respiração forte do primo em seu rosto. --- Você não pode fugir agora, eu estou tão forte ou até mais forte que você...

Eles estavam ofegantes, sujos, suados e com o sangue fervendo. Os copos estavam colados e suas suas pernas entrelaçadas. Ali Acabava de acontecer o que Hanabi mais desejou na vida, o reconhecimento de Neji.
--- Você está tão forte... - sorrio enquanto a olhava encantado. --- Eu não espera menos, eu não sou o gênio, você é uma gênia ! E agora... - pausou a fala para encher o pulmão de ar. --- Preciso confessar a Você. 

Ela não conseguia desviar o olhar dos lindos orbes perolados de Neji, ele parecia mais atraente submisso. Os longos cabelos se espalhavam pelo chão e o suor fazia a pele clara do jovem brilhar. --- O que é? - A cabeça e cabelos de Hanabi protegiam o rosto de Neji do Sol. Ela o olhava ansiosa.

--- Eu amo você Hanabi-sama ... - Ao final da declaração, Neji a segurou pela nuca e falou em um tom que variava entre respeito e carinho. --- Eu posso te beijar Hanabi-sama?

Ela confirmou com a cabeça e fechou os olhos para receber seu prêmio. 
--- Esperei tanto por isso... Me beija... 
--- Me beija... 
--- Me beija... 
                                 Zzzzz...

--- ane-chan? Hanabi ? - Parada ao lado da cama, Hinata cora ao ouvir a irmã falar dormindo. Ela estava pedindo beijos, com quem será que estava sonhando? --- Hanabi, acorde, você está atrasada para o seu treino. - Mesmo elevando o tom de voz a caçula continuara a dormir, ela fazia umas expressões estranhas e sorria constantemente. --- Hanabi ?

Após ver a irmã fazer uma espécie de bico, Hinata apoia a mão em seu ombro e a sacode com jeito. --- Acorde irmã! Você precisa acordar. 

Aos pouco a jovem Hyuga desperta de seu "sonho", os olhos se abrem lentamente e uma expressão de desentendida toma conta de seu rosto. Com os cabelos alvoroçados e um pijaminha "meio" infantil, Hanabi sentia sua coincidência voltar aos poucos .
--- Bom dia dorminhoca, você tá bem? - Diz Hinata meio envergonhada.
--- Hinata ... ? Por que está aqui? ... Cadê o Neji? - Bocejou sonolenta e ainda confusa.
--- Neji? Não sei, eu vim te chamar, você está atrasada, papai lhe espera para um treino, levante irmã.

--- Treino? ... TREINO? - Grita ao se dar conta que tudo não passara de um sonho e que havia perdido a hora. 

Desesperada Hanabi salta da cama e vai até seu guarda-roupa. Ela veste uma camisa quimono tannish de cor castanho-dourado e de manga comprida com chamas vermelho-alaranjadas sobre ele, e uma saia na altura de seus joelhos combinando, juntamente com uma cinta branca ao redor de sua cintura. "Sonho? Estava tudo tão perfeito, por que a niichan não esperou só mais um pouquinho pra me abordar? Estava quase la!" Pensou ela enquanto ajustava a roupa em frente ao espelho.

--- Não esqueça o cabelo irmã. - Após a morte da mãe, Hinata se tornou mais protetora com a irmã, mesmo que ela já tenha quinze anos ainda era tratada como uma criança que precisa de cuidados e atenção.

--- Yare, yare! - Hanabi sai correndo do quarto com as mãos na cabeça, ela tentava abaixar o volume do cabelo para não chegar desajeitada. No caminho sua distração há faz esbarrar em Neji que acabava entrar no corredor. 

Ele há segurou pelos ombros evitando uma colisão maia forte. --- Hanabi-sama, está tudo bem? - perguntou sem emoção porém curioso.

Ao fixar os olhos nos de Neji, uma breve lembrança de seu sonho acaba deixando-a corada. O toque do primo faz seu coração acelerar e bater forte, como se quisesse sair de seu próprio peito e pular em cima de Neji. --- Eu tô! Por que não estaria? - uma risada forçada saiu em seguida.

Sem entender o comportamento da prima, ele solta a prima e ergue uma das sobrancelhas desconfiado. --- Eu não sei, essa risada foi verdadeira? 
--- Claro! Por que não seria ? - Falou de forma estranha e forçada enquanto mexia um dos ombros.

--- Você está vermelha, poderia estar com febre e delirando. - Era confuso para o Hyuga a forma que sua prima costumava se expressar, quando estava com vergonha sempre revidava com ironias. Era uma forma de disfarçar, mas aos olhos de Neji ela era uma adolescente estranha e as vezes desnecessária. 

--- Vermelha ? Eu? Bem... eu estava treinando no meu quarto. - Ela cruzou os braços sentindo que deu a melhor das resposta.

--- Você não esta suada... - Ele não estava engolindo as desculpas da prima mais nova, mas percebeu que já tinha perdido tempo ali. --- Não importa, eu estou indo! - respondeu ríspido e se despediu com uma reverência.

Muda, Hanabi o acompanhou com os olhos, "Por que eu tive que acordar?" Pensou indignada enquanto voltava para o seu destino.
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Ajoelhada ao lado da cama de Hanabi, Hinata observa uma velha fotografia de quando ambas ainda eram pequenas e sua mãe estava viva. Ela era tão bonita, estava sempre sorrindo, além de ser muito gentil. Os cabelos de Hinata era iguais ao dela, o jeito meigo também. 

"Por que você se foi ? Faz tanta falta... eu não consigo sozinha mamãe" pensou ela com os olhos cheios de água. --- O que você me diria se estivesse viva ? - sussurrou. E após alguns segundos de luto Hinata pós o porta retrato no lugar, levanta-se sem pressa e caminha até a porta.

O som de passos no corredor lhe chamou atenção, estava cada vez mais perto, ela acelerou os passos e parou na porta para olhar. A poucos metros estava Neji, ele se aproximou e parou na frente dela. --- Bom dia Neji.. - falou gentilmente.
--- Hinata-sama, Tsunade nos aguarda para um recado. - respondeu friamente, olhando-a nos olhos.
--- Nos dois ? Por que ? - Ao fazer uma expressão de pensativa rugas se formam entre as sobrancelhas.
--- Eu não sei, saberemos quando há eencontrar-mos - Neji deu meia volta e saiu corre sem se quer avisar que ia, por que sempre fazia isso? É sempre tão frio e mal educado. Aquelas ações confundiam a prima.

--- EI! Espera ! - Hinata o seguiu, correu atrás dele até o alcançar. Juntos pularam por cima das casas para cortar caminho. Por ela eles jamais teriam saído desse jeito, ela preferia caminhar até os portões e de lá sair correndo. Pular pelas casas dos outros moradores parecia muita falta de educação. Mas com ele é sempre assim, não se importava com o que diriam, na verdade os moradores nem ligavam, afinal era o distrito de uma família ninja.

--- Calma Neji-san ! Você é muito rápido! - Ela estava ficando para trás, mas em alguns impulsos o alcançava novamente. --- Espere! 

Ele há olhou por cima do ombro e desacelerou para que ela conseguisse acompanhar. Estava rabugento, nem parecia o cara do dia anterior. 

Correram pelos terraços de Konoha em direção a montanha Hokage. Os rosto esculpidos eram bem grandes e podiam ser visto claramente daquela distância. 
--- Neji, Hinata-chan! - A voz masculina foi reconhecida pelos primos. O loiro sorria de forma cativante enquanto acenava de baixo pra cima.
--- Na-ruto!? - Os olhos de Hinata brilhavam ao vê-lo, o garoto por quem fora apaixonada há anos estava de volta. Depois de tantas missões ele finalmente apareceu. 

Ela deu meia volta e saltou para perto de Naruto, caindo ao seu lado. --- Você voltou Naruto... eu... nos sentimos sua falta ... - Seu tom de voz estava manso e as bochechas coradas. Ela não conseguia disfarça o efeito de Naruto sobre ela, qualquer um sabia que Hinata era apaixonada por ele, menos o próprio Naruto.
--- Eu também senti, a vovó Tsunade vai me dar uns dias de folga, mas e você? Onde está indo?

--- Eu... eu... estou indo vê-la. - Ela pôs as mãos para trás entrelaçando os dedos. Estava muito nervosa.

Cansado de esperar em um terraço próximo, Neji volta e se aproxima dos dois com um salto. A sombra dele chama atenção de Naruto e Hinata, voltando os olhos para o Hyuga que caira entre eles.
--- Hinata, precisamos ir!
--- Neji , achei que você não tinha me visto. - Disse o loiro inocente.
--- É, eu não vi Naruto. - respondeu sem cerimônia. --- Desculpe interromper, Tsunade-sama nos aguarda e eu creio que não será bom se atrasar.

Naruto concedeu com a cabeça, conhecia a Hokage e sabia que seu gênio era fortíssimo. --- Tem Razão, vovó Tsunade é meio maluca... - Sussurrou olhando para os lados. - mas não contem que eu disse isso há vocês! 

Hinata gostaria de ficar conversando com Naruto, não importava o assunto, ela estava morrendo de saudade. --- Mas Neji, acabamos de nos ver...- O semblante da moça agora estava triste.

--- Hinata-chan quando você voltar da sua missão vou levá-la para provar o novo lámen do Ramen Ichiraku, você vai adorar, tem ótimos temperos, duas vezes mais ovos, milho hmmm me deu até fome, ah! Quase esqueci tem porco também e-.

--- Precisamos ir .- Neji interrompeu Naruto, que contava nos dedos os ingredientes. Já estava cansado daquela conversa fiada dos dois.

--- Ah... claro, eu adoraria ir. - Respondeu conformada com a despedida, porém feliz com o convite.

--- Tchau Hinata-sama, Neji. - O loiro acenou se despedindo.

Em um salto sincronizado, os primos voltaram para os telhados e correram em silêncio até o escritório da Hokage. Hinata estava com a cabeça em Naruto e Neji curioso sobre o motivo de ter sido chamado, e principalmente pela prima ter sido também.
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--- É isso mesmo, a partir de hoje os dois formam um time! - Sentada em sua cadeira, Tsunade analisava um documento sem se quer olhar os dois Shinobes. O óculos no meio do nariz com cordinhas nas pernas lhe fazia parecer ainda mais velha. A mesa estava sempre cheias de pilhas de documentos. Shizune estava ao seu lado assistindo a conversa.
--- Eu já tenho um time, por que precisamos ficar juntos? 

--- Eu também tenho meus companheiros, trabalho melhor com eles Tsunade-sama... - Hinata estava confusa com a decisão, a voz baixa e calma há fazia parecer sonsa.

Tsunade olhou os Hyuga por cima do óculos, ela estava seria e com pouquíssima paciência. Não queria ficar explicando pra um esnobe e uma sonsa os motivos da junção. --- Shizune..

A Hokage nem presou pedir para que a amiga e secretário soubesse o que ela queria. Simples, ela queria que Shizune respondesse a pergunta dos jovens .
--- Hiashi-sama nos procurou, ele nos contou que Hinata está em perigo como sua sucessora. Nos pediu para mudar a equipe colocando Neji junto há filha.

Neji ergueu a sobrancelha e encarou Shizune intrigado. Com os lábios contraídos ele responde irritado. --- por-que-eu? Eu sei que o Kiba e o Shino são uns palermas mas acho que podem fazer o trabalho direitinho. - debochou 

Tsunade percebe o temperamento de Neji e toma a frente na conversa. --- Simples, você também é um Hyuga, e segundo seu tio ele só confia em você. 

--- Entendi, Por quê diferente deles eu tenho a obrigação de dar minha vida pela de Hinata igual o meu pai fez. - Falou venenoso 

InalteradaZ, a loira apoia os cotovelos sobre a mesa e tira o óculos com uma das mãos. --- Está decidido. - Ela encara Neji com frieza e estende o braço oferecendo uma folha.--- Essas são a lista de missão do time Hyuga, peguem e saiam.

Neji a ignora, impressionando Shizune com sua falta de modos. A folha é pega segundos depois por Hinata, que estava bastante constrangida. 

Neji saiu na frente, e Hinata pediu licença ao se retirar. O que havia acontecido com primo atencioso e gentil da noite anterior ? Ela se perguntou mil vezes quais os motivos de Neji para certos atos, até perceber que a resposta foi dada pelo o próprio Neji, "obrigação".

Eles voltaram pra casa em silêncio até que Hinata quebrar o gelo.--- Neji-san... - ele a olhou de relance por cima do ombro deixando-a corada. --- Você está bravo comigo? Eu não entendo, queria que agisse como meu amigo e não meu empregado.

A fala de Hinata fez Neji rosna de raiva. O que ela tá pensando? Que o mundo é um mar de rosas. Ele sempre há interpretava mal, não conseguia ver a inocência de Hinata ao se dirigir a ele, as vezes achava que ela estava fazendo de propósito pra irrita-lo, afinal, é o tipo de coisa que ele mesmo faria. 
--- É o que eu sou, um servo. --- respondeu seco.
--- Mas não é o que eu quero, adoraria ser sua amiga, assim como Tenten e o Lee. 

Hinata não podia ver mas Neji revirava os olhos. Ela não sabia de nada , nem Lee muito menos Tenten são íntimos do primo. A única coisa que podia confirmar era a consideração que ele possuía pelos seus colegas, aquela era a família de Neji e ele daria a vida por eles.

Após ser ignorada ela o questionou. --- Se você não se importa, por que me salvou aquele dia? Não tinha sido convocado... - 

Flashback 

--- Aonde você está indo? Temos que fazer uma varredura nas proximidades de Konoha.

--- Desculpe Neji, Vocês vão ter que ir sem mim, Hiashi-sama ordenou que eu fizesse escolta para Hinata-sama em sua missão de busca por plantas medicinais. - Yori sorrio de leve para o companheiro e saltou para dentro da mata atrás de Hinata.

"E precisa de escolta pra Isso?" Pensou ele enquanto voltava para a sua missão.

Alguns minutos depois Neji ja estava em um posto avançado com mais três companheiros. Eles jogavam cartas empolgado, enquanto Neji olhava a floresta pela Janela. Em poucos minutos seria a vez do grupo entrar em ação.

Uma ave que se aproximava logo chamou atenção do Hyuga, ele já imaginava o que era. Um pombo correio, que em poucos segundos pousou na mão do shinobi.

Uma pedaço de papel estava preso em sua garra direta, era um recado de Tsunade, ele resolveu ler para todos presentes ali. --- Escutem, A Hokage mandou eu recado. - desdobrou com cuidado o papel e prosseguiu - eu vou ler.

--- "Recebemos informações que mercenários estão nas redondezas, fiquem alerta. Ass: Tsunade". Aquelas palavras lhe causavam uma estranha sensação, ele permaneceu imóvel enquanto juntava alguns fatos. 

--- Hinata-sama... - sussurrou ele ao se dar conta do perigo em que a prima e o colega estavam. 

Com o byakugan no rosto, Neji sai as pressas ignorando sua missão e o chamado dos colegas, entrou mata a dentro e procurou o rasto da prima.
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Neji parou em um dos telhados e esperou até que Hinata fizesse o mesmo, ele se aproximou da prima e há olhou nos olhos, ainda refletindo sobre sua pergunta. Os cabelos escuros do rapaz começaram a flutuar sendo jogados para o lado pelo vento, tampando metade de seu rosto.
--- Não sei exatamente. - respondeu mais calmo.
--- O que? Como assim Neji? 
--- Não sei por que fiz aquilo Hinata, eu simplesmente senti que devia fazer.
--- Por obrigação... - cruzou os braços indignada observou a cidade. 
--- Não, nem sempre, nos somos primos, devemos proteger nossa família, não importa o quanto ela seja... imperfeita. - As palavras frias de Neji causaram um sentimento de pena em Hinata.
--- Eu gostaria que tudo fosse diferente, vejo a dor que sente por causa do seu pai, eu posso ver ... Eu sinto muito por você e por essa marca, Eu-.
--- Você não sabe de nada Hinata. - Interrompeu a prima rosnando as palavras agora com uma expressão triste. Era a primeira vez que demonstrava sentimentos na presença da prima.

As palavras de Neji há atingiram como se fossem ofensas. Sua expressão calma mudou totalmente, ela estava aborrecida, Neji agia como um sabe tudo, no fundo ele não passava de um homem egoísta.

--- Eu... não sei? EU NÃO SEI? - respondeu alterada. --- como pode dizer isso? Você só pode está cego! - apontou para Neji irritada e cutucou o peito dele várias vezes. --- Você que não sabe de nada, você que não. - respirou fundo e apoiou a mão sobre o seu coração. --- E eu? Será que você não vê que eu também sofro, eu também não tenho escolhas, mesmo sendo da família principal eu sofro a dor do meu destino. 

Impressionado com a resposta, Neji torce o nariz e retruca. --- Você está preste a ter a melhor posição no clã, você tem sorte Hinata por isso é age como uma menina minada!

--- Isso é o que você e meu pai pensam, - choramingou --- assim como você eu gostaria de trajar meu próprio destino. - Fungou o nariz e deu as costas fugindo do primo.

Neji assistiu a prima fugir, e esperou até que ela sumisse de vista. Onde estava com a cabeça quando a chamou de mimada? Ela se esforçava tanto pra atingir as expectativas do pai, mesmo não sendo a sua vontade.

A consciência de Neji estava pesada, ele estava errado e odiava admitir, as palavras de Hinata o atingira em cheio, enfiando de uma só vez na cabeça dele que Hinata tambem era uma vítima, tão perdida quanto ele. Agora nenhuma justificativa traria paz à consciência dele, ele sabia que em algum momento precisaria falar com ela a sós para ao menos tentar se justificar. Mas quando seria ?

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Dois dias se passaram e os primos se quer trocavam palavras, ao menos se viam. Neji sentia necessidade de se desculpar, não era da sua índole voltar atrás mas agora que entendia a situação da prima e sentia que ela também sofria. Ele não queria abraça-la nem virar seu amigo, queria apenas se desculpar. 

Não havia mais como impedir um encontro, eles estavam prestes a começar suas missões como o time Hyuga. Nem ao menos evitar conversar, o contato era inevitável.

Hinata já estava esperando nos portões de Konoha quando Neji chegou. Ela usava um casaco lilás com seções claras e mángas lilás, e uma calça azul marinho larga. As mãos estavam juntas atrás das costas.

Neji usava vestes Hyūga tradicionais, uma camisa branca com mangas soltas, fechada no ombro direito, com um zíper que desce pelo lado direito do peito, calça combinando, com um avental cinza marinha escuro amarrado na cintura. As missões serám comandadas por ele, a primeira era um estranho casa de assombração país do som. 
--- Hinata-sama? - Ele estava pronto para conversar.
--- Você demorou capitão. - tentou ser seria mas a voz doce lhe deixava "fofa", ela se quer o olhou quando sentiu sua presença.
--- Eu estive esperando por esse momento para poder lhe dizer algo .
--- Não temos tempo pra conversas agora, vamos ! - Ela correu pela entrada deixando Neji para trás. A última coisa que queria ouvir era mais uma ofensa.

Neji não se conformou com aquela fuga, ele foi atrás da prima, chamou pelo seu nome várias vezes, mas Hinata nem mesmo olhava pra trás. Ele acelerou os passos, e com um tom autoritário ordenou que ela parasse.

Hinata se sentia ofendida, Neji estava abusando de sua autoridade como capitão. "O que ele está pensando ?" Pensou ela.

Impaciente, o Hyuga pega um pergaminho em sua mochila, abre o mesmo e apoia a palma da mão sobre o símbolo pintado. Puuf, uma leve explosão e surgem duas pequenas shurikens de quatro pontas ligadas por um fino fio similar a náilon. 

Neji guarda o pergaminho e arremessa na direção da prima as pequenas shurikens. Elas encontram as penas de Hinata e as envolve rapidamente de baixo para cima deixando a jovem sem os movimentos e perdendo o equilíbrio. Assustada a Hyuga despenca chão a baixo.

Neji observa Hinata cair, ele poderia ajudá-la mas como punição deixa a prima espatifar no chão. Assiste a cena com prazer e espera alguns segundos até se aproximar.

Dolorida e irritada, Hinata cospe a poeira e grita para que Neji a solte, ela se rebate no chão tentando se soltar mas é inútil. --- Você é louco ? Me solta !

--- Agora você vai me ouvir, querendo ou não! - ele se abaixo ficando de cócoras - Hinata eu sinto muito! - desviou o olhar envergonhado por assumir o erro.

--- Sente muito ? Eu não vou te perdoar por me derrubar assim. - respondeu sem entender.

Neji revirou os olhos e prosseguiu --- Não por derruba-la, mas por ter dito que você é mimada, e julga-la mal. 

Hinata estava agoniada no chão, Neji era tão egoísta que há manteve no chão para conseguir conversar. --- Você pode me soltar ? - indagou exausta 

Ele aproximou a mão do rosto e fez sinal de jutsu para que as shurikens sumissem. Tentou ajudá-la a se levantar mas ela o ignorou pois ainda estava desconfiada. Nem se quer olhou pra ele, apenas limpou a roupa com as mãos.
--- Então? Você vai dizer nada ? Estou me desculpando Hinata-sama. 
--- Você quer que eu acredite que você mudou de opinião tão rápido e decidiu ser meu amigo ? - Ela resolveu olha-lo, porém de cara fechada. Mesmo brava não causava medo a ninguém, a face era meiga e delicada.

Neji arqueou a sobrancelhas e entortou a boca. --- Em momento algum disse que seríamos amigos, apenas reconheci o fato de tê-la julgado mal e vim pedir desculpa. - respondeu ríspido.

Apesar do jeito rude de Neji ela o perdoou, era a única que acreditava que ele possuía motivos para ser tão frio. Ela sempre se perguntara se o gelo de seu coração derreteria um dia. 
--- Eu sou como você Neji, eu não devia ser a líder de minha família. 

--- Não, você não é como eu, você é fraca. - Falou grosseiro, mas ao perceber o fora acabara de dar, tentou amenizar. - Mas você tem o direito de escrever sua História. - há olhou sem jeito torcendo para que "o fora" tenha passado batido.

Hinata olhou Neji confusa e riu de seu jeito. Era tão inocente e bondosa que jamais se incomodaria com coisas tão bobas. Mesmo chateada com as ações do primo ela preferiu deixar de lado e dar uma nova chance a ele. --- Tudo bem, você entende agora... - respondeu meiga e sorriu satisfeita.

As atitudes de Hinata estavam impressionando Neji, tão meiga, tão calma e tão inocente. Hinata era uma jóia rara, e precisava ser preservada. O tipo de mulher que ele jamais iria conhecer, que muda a áurea de um ambiente. O tipo de pessoa que nem mesmo o seu veneno atingia.

Ele há olhava pensativo, ela continuava exatamente a mesma menina que ele conheceu, não só nas atitudes, mas em sua aparecia, o rosto sempre delicado, a boca pequena a e pele alva que aparentava ser muito macia.
--- Vamos capitão? 
--- Vamos! 

Eles trocaram sorrisos e saíram em direção ao país do som, a viagem seria longa e eles tinham um prazo, precisavam se apressar.

Neji e Hinata passaram dois dias até chegarem a vila do som. Eles preferiram viajar por dentro da floresta, o destino era uma pequena Fazenda que produzia lã. As noites sempre eram frias, eles dormiam em barracas improvisadas e se revezavam a noite para fazer guarda.

Neji fazia mais guardas do que Hinata, não que ela fosse privilegiada, mas o Hyuga era mais atendo e de reação imediata. As comidas eram frutas, barras e algumas pupilas de fome que tinham um gosto horrível. Estavam loucos para chegar no seu destino. Hinata contava os segundos para tomar banho e Neji comer algo decente.

Já fazia algumas horas que eles estavam no país do som. Agora caminhavam pela estrada de terra, uma placa velha e destruída por cupins em formato de seta indicava a entrada para fazenda que eles deveriam ir. Um caminho com poucas árvores e esburacado.

A pequena cabana possuía uma cor creme, telhados sujos e pequenas janelas de madeira, ao lado um grande moinho aposentado, com algumas de suas "hélices" quebradas e raízes que cresciam da base até o telhado, estava abandonando e o tempo não foi gentil com ele .

Enquanto se aproximavam da casa Hinata se questionava sobre a missão. --- Neji-san, você acredita em fantasma? - O olhou de lado tentando disfarçar o nervosismo.
--- Não.
--- Por que Tsunade-sama nos mandou aqui, isso parece impossível... - engoliu seco.
--- Eu sei, é ridículo, mas Konoha precisa de dinheiro e não podemos recusar nada. Nossa missão é descobrir e acabar com o problema. Além do mais podemos nos surpreende. - respondeu seco e despreocupado.

Eles se aproximaram e bateram na velha porta de madeira. Um senhor grisalho com uma barba grande atendeu os dois.
--- Quem são vocês? - a voz era rouca e cansada, o velho os olhava desconfiado.
--- Somos Ninjas de Konoha, vinhemos ajudar. - Hinata ia se manifestar, mas Neji já havia tomado a frente.

O senhor ergueu uma das sobrancelhas e os encarou por segundos, Neji retrucou o olhar imaginando se o tempo gasto até ali teria sido em vão. Mas logo o senhor de aparência seria abriu um sorriso e disse mais animado. --- Estávamos esperando por vocês ninjas de Konoha, eu sou Kurugawua Ryuho . - ele deu espaço para os primos entrarem.

Neji entrou na frente analisando todo local a sua volta, a prima veio atrás com um sorriso no rosto, o senhor perguntara a ela se sentia fome ou cede, dizia que logo logo o jantar seria servido, que eles não precisavam se preocupar com nada.
--- Vou chamar minha esposa e filhos. - ele sorriu e deu alguns passos a frente, os primos acharam que o velho iria sair do cômodo, mas o mesmo berrou dali mesmo pelos filhos e esposa. 

Quatro pessoas apareceram de imediato, o filho mais velho Ryu, a filha mais velha Emi, a filha do meio Hana e Nabu o caçula. A mãe apareceu segundos depois com uma tigela nos braços e uma colher de pau que usava para mexer a comida, se apresentando como Naomi.

Todos menos o primogênito se apresentaram gentilmente. Ryu os olhava desconfiado e nem ao menos tentava esconder. Os cabelos ruivos do rapaz eram bem curtos e os olhos possuíam um tom chocolate.

Todo o resto da família foram bem gentis e acolhedores, eles faziam muitas perguntas sobre a vida ninja, pediam pra ver armas e pergaminhos, estavam impressionados. Hinata foi super atenciosa, conversou e brincou com todos, além de ajudar a preparar a janta. 

Neji estava impaciente, o caçula Nabu acabara de virar seu fã e insistia para que o Hyuga o treinasse. Ele tentava conversar o menos possível, aquela recepção estava calorosa de mais pra ele. Aborrecido, pegou sua mochila e se aproximou de Ryuho perguntando onde dormiria. O velho de aparecia simples sorrio para o ninja apontando para uma pequena escada que dava caminho até o sótão.

Ele se aproximou da escada, analisou sua estrutura e subiu sem se preocupar, uma luz vinda de uma pequena janela de vidro iluminava o lugar o suficiente para Neji encontrar a lamparina. Ao acender notou que havia apenas um colchão der casal, os forros brancos e limpos indicava que tinham sido trocados a pouco tempo, o local tinha sido limpo superficialmente. Mas a pergunta certa seria "Se há apenas uma cama, onde eu vou dormir?", claramente a opção certa é deixar que a prima durma ali, ele deve prioriza-la sempre.

Neji deixou sua bolsa em um canto é desceu para jantar. Durante a janta fez perguntas sobre as tais assombrações que os trouxeram ali, as respostas eram confusas, a única coisa que lhe chamou atenção foi a citação de lobos, aquilo era impossível, pois não havia lobos naquela região.

Após o banho o Hyuga voltara para o quarto que dividiria com a prima. Ela estava sentada na cama, usava uma espécie de camisola meio baloné e nada sensual, sem decote, não era de alça e o tecido era grosso, era uma peça caipira que parecia mais infantil do que adulta. Ele se sentiu constrangido ao ve-la com tais vestes, não havia nada de mais, mas Neji nunca há viu vestida para dormir.

Envergonhada, Hinata sorrio sem jeito para ele. --- Oi, parece que... que a gente vai dormir na mesma cama. - Ela tentava disfarça o nervosismo, mas só sendo tonto para não perceber.
--- Não Hinata-sama, você pode dormir na cama, eu dormirei no chão. - Neji a olhou como se fosse um absurdo aquilo que ela propôs.
--- O que ? Mas porque? 
--- Não seria certo, Hiashi-sama não me perdoaria, o meu dever é-.

--- Meu pai não está aqui... - Interrompeu a herdeira. --- Estamos em uma missão Neji, aqui eu sou apenas uma companheira. - O semblante de Hinata era calmo, ela estava cansada daquelas regalias, não se sentia confortável em dividir a cama com o primo, mas estavam juntos em missão e deviam ser parceiros.

--- Sim Hinata-sama, e a gente nem devia dormir, - Ele há olhava pensativo, estava cansado mas não concordara com a ideia, mas sabia que não faria diferença, não havia ninguém dos Hyugas para julga-lo. Ele não contaria se Hinata não contasse, era só virar para o lado e agir como se fosse tudo normal, mas no fundo sabia que era.

Se aproximou da cama pensando em como se sentia idiota por seguir fielmente as regras, sendo que ele mesmo odiava tudo isso. "Por que estou tão preocupado? " pensou ele em conflito com seus próprios pensamentos.

Hinata o olhava confusa, o primo se aproximou calado e sentou ao seu lado. Ele se quer a olhou, não tirava os olhos do teto. Qual era o problema dele? Se quer disse um boa noite, poderiam conversar um pouco.
--- Neji, vo-você pode conversar ... - Disse a Hinata corada.

--- Não tenho nada pra falar. - Neji não pretendia passar a noite conversando, estava tarde e era durante a noite que as tais assombrações apareciam. Aliás, ele nem pensava em dormir, queria resolver o problema para ir embora, ao contrário de Hinata que estava exausta e com sono.

Hinata o olhou fazendo biquinho. Ela já estava desacreditando que poderia se aproximar de Neji, ele era tão rabugento. Por que se manter tão distante?
--- Neji, você se importa de fazer o primeiro turno? .- perguntou exausta.
--- Não, nem o segundo. - respondeu sem emoção.
Ela se deitou virada para ele e cobriu o corpo até a cintura, Bocejou algumas vezes antes de pegar no sono.

Ao perceber que a prima dormiu, Neji resolve olha-la. Ela estava calma e parecia um anjo dormindo, os lábios entre abertos possuíam o mais belo tom de rosa. A franja volumosa se espalhava pelo pequeno rosto da Hyuga, ela estava tão linda.

Com o passar da noite o frio foi ficando mais forte, Hinata agora tremia, seus ombros a mostra estavam encolhido, ela abraçava o próprio corpo. 

Neji não podia fechar a janela, precisava ouvir bem caso algo acontecesse lá fora. Cuidadosamente puxou o cobertor e a cobriu até os ombros. Ao perceber que o cabelo da prima tampava o próprio rosto, levou a mão ate suas bochechas, colocando os cabelos da mesma atrás de sua orelha. Ele não pode deixar de notar o quanto era macia a pele de Hinata. Já estava distraído com a beleza da prima e nem percebia.





 



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