P. O. V. Garfield.
A aula acabou e eu fui procurar a Rae, ela não estava em lugar algum, encontrei a Tara que está na turma de geografia dela e resolvi perguntar.
- Oi Tara, viu a Rae?
- Ela teve que ir pra secretária no meio da aula e não voltou, deve estar em casa já. Liga pra ela. – Tara sugeriu vendo minha cara de preocupado.
- Eu não tenho o número dela ainda.
- A Kori tem, acho que ela tava pro estacionamento pegar carona com o Dick.
- Valeu Tara, fico te devendo essa. – falei enquanto saia correndo em direção ao estacionamento da escola, alguma coisa deve ter acontecido pra Rae ir embora assim e não falar nada.
Cheguei no estacionamento e Kori já estava subindo na moto, chamei pra que ela não saísse antes de eu falar com ela.
- Kori! Espera. – cheguei perto da moto e parei um segundo pra respirar.
- Oi Gar, fala. – ela respondeu com o sorriso aparecendo dentro do capacete.
- Me passa o numero da Rae, ela foi mais cedo pra casa hoje.
- Mas como é que você não tem o numero da namoradinha? – Dick falou debochado. – Talvez ela não saiba que tenha sido mais que uma transa pra você.
Minha vontade era socar a cara daquele idiota de novo, mas eu não tinha tempo pra isso agora.
- Eu não com paciência pra você agora Richard, então me deixa em paz. – falei irritado
Kori olhou pra nós sem entender o que estava acontecendo e me alcançou o telefone pra eu copiar o numero.
- Valeu Kori. Até amanhã.- falei sem olhar pro Richard e fui em direção ao meu carro.
- Depois me fala se ta tudo bem com ela. – Kori gritou enquanto eu me afastava e eu acenei positivamente pra ela.
Cheguei no carro e disquei o numero, chamou, chamou e ninguém atendeu. Tentei mais algumas vezes e na ultima ligação resolvi deixar recado.
- Rae, você tá legal? Não to conseguindo falar contigo então to indo aí na tua casa te ver. O que quer que tenha acontecido eu vou te ajudar, ok. Fica bem, eu já to chegando. Beijos.
Desliguei o telefone e sai com o carro, eu precisava muito saber se ela estava bem. Estacionei em frente ao prédio e toquei o interfone, a porta abriu e eu subi até quarto andar, bati na porta com o numero 42 e chamei o nome dela.
- Rae, abre a porta.
Ouvi a tranca sendo aberta e empurrei a porta, ela estava encolhida no sofá abraçando as próprias pernas. Fechei a porta e me sentei ao seu lado, passei o braço nos seus ombros e a puxei pra junto de mim.
- Eu to aqui Rae, vai ficar tudo bem. – falei segurando-a em meus braços, ela começou a chorar e soluçar se aninhando em meu peito, eu abracei apertado.
Ela parece tão frágil aqui nos meus braços, tudo que eu mais quero é protegê-la. Não importa o que ou quem fez mal a ela vai pagar muito caro por isso.
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