Em um dos quartos da antiga casa Trigon colocava delicadamente Arella na cama, e deitando-se sobre ela a beijava calmamente, ela respirava ofegante sentindo os lábios dele descerem até seu pescoço em beijos leves, sua boca seguia em direção ao colo enquanto suas mãos tiravam o vestido dela enquanto passeavam por seu corpo. Ela estava nervosa e excitada, e seus lábios tremiam levemente enquanto gemia o nome dele, seu sangue fervia e timidamente ela levou suas mãos a tirarem a roupa dele enquanto ele voltava a beijar intensamente sua boca. Logo ela estava vestindo apenas uma lingerie branca de renda e ele uma cueca box preta, as mãos dele passeavam ávidas pelo corpo dela enquanto ela puxava o cabelo dele a arranhava suas costas, ele dava chupões no pescoço dela enquanto ela gemia o nome dele.
- Eu... eu... eu quero ser sua... – ela ofegava e gemia.
- Tem certeza? – ele perguntou com a voz roca no ouvido dela.
- S... sim. Eu quero que você me torne mulher. A sua mulher. – os olhos dela brilhavam olhando no poço sem fundo que eram os olhos negros dele.
Diante dos olhos, agora, assustados da garota o demônio revelou sua verdadeira forma. Seu cabelo se tornou branco, chifres surgiram na sua cabeça, sua pele agora era vermelha e ele tinha quatro olhos vermelhos no lugar de seus olhos negros e o sorriso no seu rosto era assustador.
- Que seja feita a sua vontade. – ele respondeu a beijando ferozmente.
Naquela noite ele a possuiu, consumando o casamento profano entre a humana Arella e o demônio Trigon, e naquela noite uma criança foi gerada.
Quando o dia amanheceu a garota chorava abraçando as próprias pernas no chão do quarto. Ela não sabia o que aconteceria na sua vida agora, o que deveria ser um conto de fadas havia se revelado um inferno, e ela não sabia como fugir disso. Semanas se passaram e ela permaneceu trancada no quarto, a todo instante ela chorava e agora tinha enjôos freqüentes, Trigon não voltou a aparecer, mas os homens de mantos que antes se diziam amigos de Trigon circulavam pela casa todo o tempo, levando comida até ela e a vigiando. Mas ela não comia e a cada dia ficava mais fraca, os enjôos e tonturas eram constantes e em vários momentos ela desmaiava e acordava horas depois sem saber o que tinha acontecido.
Depois de um desses desmaios ela acordou em um quarto diferente, não era mais na antiga mansão, era um quarto arejado e claro, pela janela ela via um céu azul e límpido, água e frutas estavam a disposição em uma mesa no quarto, além de roupas limpas para ela se trocar. Antes que ela pudesse sair da cama ouviu a porta ser aberta e um homem baixinho e careca usando vestes claras de monge entrar no quarto.
- Que bom que acordou menina. Ficamos preocupados ao ver como estava fraca. Se quiser tomar um banho e trocar de roupa tem um banheiro na porta da esquerda, vou pedir para alguém vir lhe ajudar. Depois que você estiver se sentindo melhor e estiver alimentada nós responderemos as suas perguntas. – ele falou sorrindo e saindo do quarto.
Uma garota sorridente entrou logo depois e a ajudou a se banhar, já que de tão fraca ela mal conseguia se manter de pé. Comeu algumas frutas e bebeu água ao perceber quão sedenta estava. Quando terminou de comer e voltou a se sentar na cama o monge baixinho apareceu no quarto novamente.
- Acho que você quer conversar um pouco não é Arella?
Ela assentiu com a cabeça e respirou fundo antes de enchê-lo de perguntas.
Naquela conversa ela descobriu que Trigon era um demônio, cultuado a muito tempo e em muitas culturas por pessoas que buscavam poder, e que um desses cultos, a Igreja de Sangue havia, a pouco tempo, conseguido invocá-lo, materializando-o no plano terrestre. Mas a forma que ele tomou na terra não era sua forma plena, pois pra isso ele precisava de um condutor poderoso, alguém estivesse tanto ligado a terra quanto ao plano infernal. Ela havia sido escolhida pelo culto por sua linhagem, pois descendia de uma poderosa bruxa, e Trigon se aproximou dela para que ela participasse do ritual por vontade própria, pois o amor e a felicidade que Arella sentiu durante o casamento sagrado, serviria de proteção para que ela não pudesse matar a criança que seria gerada. Quando essa criança, se tornasse adulta Trigon poderia usá-la como portal para vir a terra e conquistá-la.
Os monges de Azarath, que haviam salvo Arella, queriam impedir que isso acontecesse, e pra isso decidiram que a melhor solução seria educar a criança e treiná-la para que ela não fosse influência por Trigon. E foi isso que fizeram, por 15 anos a criança foi ensinada a controlar seus poderes, pois eles eram fortes demais, ela foi ensinada a controlar seus sentimentos, para que Trigon não pudesse influenciá-la. E durante esses 15 anos Arella, com a ajuda dos monges, buscou formas de livrar a criança da profecia que a acompanhava desde o nascimento, e que dizia que ela seria a fonte da destruição do mundo.
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