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História Destino incerto - A história dele


Escrita por: SraWitch

Notas do Autor


Oi gente!
Desculpa o sumiço, eu tava super doente semana passada. Mas agora já estou melhor e as coisas voltam ao ritmo normal, com mais ou menos dois capítulos por semana.
Agora o que estavam esperando.
Boa leitura!
(Nos vemos nas notas finais.)

Capítulo 38 - A história dele


Fanfic / Fanfiction Destino incerto - A história dele

Era um dia quente de verão, a umidade do ar junto com o calor fazia com que o casal de cientistas suasse muito andando entre as árvores. Eles procuravam uma espécie rara de macacos que vivia na parte mais fechada da floresta, eles já haviam estado lá e conseguido amostras de sangue dos primatas. Como não gostavam de manter os animais presos sempre que precisavam de novas amostras iam até o habitat dos pequenos macacos verdes, era uma espécie rara e extremamente resistente a várias doenças que assolavam a região, e eles estavam em busca de desenvolver uma vacina que ajudaria a todos os moradores das redondezas e até do mundo. O último teste havia sido muito promissor e eles acreditavam que com apenas algumas mudanças já poderiam iniciar os testes em cobaias vivas.

A floresta parecia mais silenciosa que o normal, mas como caminhavam conversando entre si e com o filho pequeno que ia nas costas do pai, não notaram a mudança ao seu redor. Quando chegaram ao seu destino notaram que os animais estavam agitados, como se incomodados com algo, foram pelo meio das árvores tentando descobrir o que estava deixando os animais tão agitados e acabaram encontrando um grupo de lenhadores derrubando árvores ilegalmente. Fotografaram a ação para fazer uma denúncia, afinal desmatar a área destruiria o único habitat dessa rara espécie, quando estavam indo embora, sem nem tentar colher a amostra que precisariam, para não incomodar mais os animais eles foram vistos pelos lenhadores. Correram para não serem apanhados, sabiam que eles matariam para não serem denunciados.

Os homens começaram a persegui-los e atirar contra eles, e com toda a confusão um macaco assustado com todo barulho, acabou atacando a criança carregada nas costas de seu pai, lhe deu uma mordida e logo saltou para longe, deixando o garotinho em prantos. O casal correu o mais rápido que conseguiu, e assim que se viu fora da parte mais densa da floresta entraram no jipe que haviam deixado estacionado e correram para longe, despistando os lenhadores. Apenas quando chegaram na casa-laboratório que tinham perto do rio que conseguiram descansar e então perceberam que o filho estava ferido.

- Mark. – a mulher chamou a atenção do marido olhando para o ferimento do filho. – Em que momento o Garfield se machucou?

- Ele se machucou? – o marido se aproximou do filho. – Deixe me ver.

- Parece uma mordida pequena. – ela analisava. – Não é muito funda, mas precisamos saber que animal que o mordeu.

- Filho, você viu que bicho te mordeu? – o pai perguntou sorrindo para o pequeno.

- Vi. – ele respondeu baixinho. – Foi um macaquinho verde, mas ele estava assustado, sabe, com os barulhos todos, eu estava assustado também.

Os pais se olharam preocupados, sabiam os perigos que uma mordida dessa espécie em particular oferecia.

- Vamos cuidar desse machucado? – a mãe perguntou tentando ficar calma. – Eu deixo você ser meu assistente.

- Sim! – o menininho respondeu animado. – Eu posso usar aquele coiso de ouvir o coração?

- Claro. – ela respondeu pegando ele no colo e o levando para o laboratório no andar de baixo.

Enquanto o pai limpava o ferimento a mãe tirava sangue do pequeno, conversando com ele para mantê-lo entretido, lhe deram uma dose de antibiótico e um pirulito por ser muito corajoso. Enquanto a amostra era processada a família jantou, e com a história do Livro da Selva o menino foi colocado pra dormir. Os pais voltaram apresados para o laboratório, e para seu horror viram a confirmação de que o macaco que mordera seu filho tinha sakutia, para o macaco isso não era um problema, já que era resistente a doença, mas para o menino isso era fatal. Sakutia, ou febre verde era uma doença extremamente rápida que levava a óbito, geralmente dentro de 48 horas.

- Eu não posso perder meu filho Mark! – a mulher chorava abraçada ao marido.

- Não fique assim Marie, nós vamos dar um jeito.

- Que jeito? Temos 48 horas!

- O soro já está pronto! Todos os testes mostraram que ele é efetivo.

- Mas ainda não testamos em cobaias vivas. E se não der certo? E se não funcionar em humanos?

- É nossa única chance! Eu não vou ver nosso filho morrer por medo de tentar salvá-lo!

- Vamos fazer outro exame de sangue e ver se ele realmente contraiu a doença, a mordida não foi funda, e demos o antibiótico logo, ele é um garoto forte, talvez esteja bem. Eu vou subir e buscá-lo.

- Certo. – ele falou vendo ela subir as escadas.

Um garotinho loiro e sonolento foi colocado sobre a maca, sem entender direito o que estava acontecendo reclamou ao sentir a picada da agulha no seu braço. Logo dormiu novamente sem perceber a aflição de seus pais, que trabalhavam velozmente para garantir a saúde da criança. O sono foi breve e agitado, pois antes mesmo de os exames estarem prontos, a criança acordou gritando, suada e chorosa. A febre que surgia havia lhe dado pesadelos horríveis, e confirmado as piores suspeitas do casal de cientistas.

- Mark, nem precisamos do exame, a febre confirma a sakutia. O que vamos fazer? – ela disse arrasada.

- Eu fiz um teste preliminar e o soro eliminou a sakutia da amostra de sangue dele, pode funcionar! – ele disse esperançoso.

- E se der errado?

- Não vai dar errado! Nós estamos fazendo tudo que está ao nosso alcance Marie. – ele falou segurando nos braços da mulher e tentando acalmá-la. – Nós não vamos perder nosso Garfield!

Ela assentiu em prantos, o pequeno se remexia em um sono agitado, começando a tremer por causa da febre. Se esforçando para manter a calma eles o arrumaram sobre a maca e segurando para que não se movesse aplicaram o soro. Não sabiam quais seriam as reações, do corpo então o imobilizaram para que não houvesse perigo de ele se machucar com movimentos bruscos. Durante todo o dia ele ficou sobre a cama como se estivesse em um sono pesado, já de noite começou a soar e se mexer, sua respiração estava rápida e seu coração acelerado. Seus pais cansados pela noite insone o monitoravam para garantir seu bem estar, restava apenas esperar e torcer. Quando os primeiros raios de sol entraram pela janela do laboratório o pequeno acordou.

- Mamãe? Porque eu não consigo me mexer?

- Filho! Deixa só a mamãe te tirar daí. – ela falou desamarrando os imobilizadores. – Como você está se sentindo, meu amor?

- Eu to cansado, e a minha cabeça dói. – ele disse esfregando os olhos.

- Deixa só o papai tirar um pouco de sangue e nós vamos tomar café, pode ser o seu preferido. – Mark disse se aproximando para colher uma amostra do filho.

- Pode ser panquecas?

- Claro que pode. – a mãe respondeu sorrindo.

- Prontinho campeão. – o pai falou fazendo carinho na cabeça do filho.

- Vamos tomar um banho e deixar as panquecas pro papai fazer? – ela falou pegando o filho no colo.

- Sim! E eu quero calda de chocolate! – o pequeno disse comemorando.

O pai separou a amostra e a colocou para ser analisada enquanto via a mulher e o filho subindo a escada. Deixou a máquina trabalhando e tirou o jaleco para ir a cozinha preparar a refeição da família. Quando terminou de arrumar a mesa eles desciam de banho tomado em direção a cozinha.

- Eba! Eu quero um milhão de panquecas com chocolate! – o pequeno disse correndo para a mesa.

- Calma aí, leãozinho, tem pra todo mundo. – o pai falou rindo e servindo o filho.

- Hmm, parece uma delícia. – a mãe falou falsamente animada.

- Acho que vamos ter que ir na cidade. Uma visita ao hospital não seria ruim, um checape completo. – Mark falou tentando não chamar a atenção do filho, que comia alegremente.

- Concordo, podemos sair no início da próxima semana. – Marie respondeu.

- Talvez passar um tempo visitando os seus pais.

- Por mim está ótimo, um ano sabático. Faremos um relatório do incidente?

- Preciso pensar sobre isso, as conseqüências de um relatório podem ser maiores do que gostaríamos.

- Ok.

Aos poucos eles foram se arrumando para sair da casa-laboratório, fizeram mais exames no filho, que mostrou não haver mais traços da doença no pequeno. No primeiro dia um dente canino caiu, mas era só um dente de leite. Logo os olhos foram se modificando, a pupila foi se alongando, como a de um felino, a iris ficando levemente esverdeada. Mais exames foram feitos, a mudança parecia estar se dando na estrutura do DNA da criança. Logo ele estava mais rápido, o outro canino caiu, sua pele foi ganhando uma tonalidade esverdeada, os caninos voltaram pontudos, e a raiz do cabelo crescia verde, como grama.  O casal não sabia o que fazer, estavam perdendo as esperanças, não sabiam o que estava acontecendo com o filho, nem como ajudá-lo.

Na quarta feira da semana seguinte pegaram o barco e foram em direção a cidade, enquanto desciam o rio foram atacados pelos madeireiros com tiros vindos das duas margens, eles tentaram fugir, aceleraram o barco e deram tudo de si, mas o barco foi atingido e Marie Logan também, caindo do barco e se perdendo para sempre nas profundezas do rio. O barco seguiu, ainda estava sobre fogo cerrado, a criança assustada se escondia encolhida na cabine, o pai tentava protegê-lo com seu próprio corpo. Muitos metros a frente o tiroteio parou e eles seguiram viajem chocados com tudo que tinha acontecido.

Quando chegaram na cidade, pai e filho pegaram as malas e foram em direção a estação rodoviária da cidade, no caminho Mark Logan fez uma ligação. O pequeno não entendia o eu estava acontecendo, mesmo com todo o calor ele usava calças compridas e casaco com capuz, que o pai não o deixava tirar, ele estava cansado e triste, não sabia onde estava a mãe, se ela estivesse ali explicaria tudo pra ele. A viajem foi longa e o garotinho acabou dormindo, nessa hora o pai se permitiu chorar baixinho, colocar pra fora a dor que estava sentindo, ele não sabia o que fazer, como prosseguir, ela era o norte, o bastião da família, sem ela ele ficava perdido. Quando chegaram na capital já era noite, e a criança reclamava de fome, “Já vamos comer alguma coisa, prometo.” o pai dizia a todo instante. Foram em direção ao aeroporto e entraram em uma pista particular, um jato pequeno, mas incrivelmente moderno, aguardava alguns metros adiante.

- Sr. Logan. – disse o homem uniformizado ao lado das escadas da aeronave. – O Sr. Wayne pede desculpa por não poder vir pessoalmente, mas o aguardará em Gotham.

- Obrigado. – Mark respondeu receoso. – Ele entendeu meu pedido?

- Sim senhor. Ele cuidará da papelada e o senhor e seu filho podem viajar imediatamente.

- Ótimo. Ótimo.

- Entrem e fiquem a vontade, o jantar será servido assim que solicitado. Sairemos dentro de meia hora.

- Obrigado. –ele falou mais aliviado. – Venha Garfield, vamos comer alguma coisa?


Notas Finais


E então? O que acharam?
Comentem aí!
Lembrando que eu não estou usando o canon da história do Mutano, mas criando com base nas histórias da origem dele.
Enfim, eu estava morrendo de saudade vocês!
Beijinhos!


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