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História Destino incerto - Pesadelo


Escrita por: SraWitch

Notas do Autor


Oi
:D

Capítulo 4 - Pesadelo


Fanfic / Fanfiction Destino incerto - Pesadelo

 Depois de uma eternidade, ou foi o que pareceu, a aula finalmente acabou e eu pude voltar pra casa. Eu estava exausta, ficar perto de muita gente é cansativo demais, mas eu não consegui deixar de sorrir ao lembrar da Kori e da Tara, eu nunca imaginei que fosse encontrar pessoas tão legais nessa escola. Meu apartamento fica a poucos quarteirões da escola, o que é ótimo, assim posso ir e voltar caminhando todos os dias. Coloquei uma playlist animada pra tocar e quando percebi já tinha chegado. Subi as escadas, dei oi pra Sra. Winters, que mora no mesmo andar que eu e sempre cuida da vida de todo mundo no prédio, e entrei em casa. Como eu adoro o silencio da minha casa. Larguei a mochila em cima do sofá e fui até a cozinha preparar um chá, enquanto a água fervia liguei o computador e fiz uma chamada para minha mãe, se eu não ligasse todo dia ela surtava e achava que eu estava perdendo o controle.

- Oi mãe. – falei quando ela apareceu na tela com o rosto cansado. – Parece que você está trabalhando demais por aí. Está tudo bem?

- Oi filha, está tudo ótimo por aqui. – ela respondeu forçando um sorriso. – Como foi seu primeiro dia de aula?

- Foi bom.

- Fez algum amigo? – perguntou esperançosa

- Bom, conversei um pouco com uma garota. Ela parece ser legal. – respondi tentando animá-la. Funcionou, ela abriu um sorriso enorme.

- Que ótimo filha. Tenho certeza que ela será uma ótima amiga pra você.

Percebi que ela olhava para o canto da tela o tempo todo, devia estar cuidando a hora. A chaleira começou a apitar e eu aproveitei para encerrar a ligação.

- Vou fazer um chá agora mãe. Me ligue quando puder. Tchau.

- Tchau Rachel. Cuide-se, e me ligue para contar as novidades amanhã.

Fechei a janela de conversa e fui até a cozinha, não sei o que minha mãe está fazendo, mas ela me deixou preocupada. Eu sei que ela disse que ia pesquisar como me ajudar com meu... problema, vamos dizer assim, mas acho que ela não está achando nada muito animador. Pela cara de preocupação, que ela estava tentando esconder, meu próximo aniversário será uma festa de arromba.

A cidade estava em ruínas, o céu estava vermelho e havia corpos dilacerados forrando o chão. Demônios caminhavam e voavam livremente em meio ao caos, se alimentando de pedaços sangrentos de seres humanos. Gritos horríveis enchiam o ar, mas eu não conseguia ver se haviam pessoas ainda vivas em meio a carnificina que me cercava. Me virei e vi algo gigantesco se aproximando com uma risada triunfante.

- Venha comigo minha filha. Vamos reinar sobre esse novo inferno. – disse a criatura com uma voz inumana.

Ele era imenso, vermelho com quatro braços e quatro olhos cor de sangue. O sorriso mais horrível que eu jamais imaginara com dentes pontiagudos, chifres saia de sua testa e sua pele era repleta de símbolos profanos. Ele estendeu uma de suas mãos pra mim e eu vi Kori muito machucada e chorando, implorando por sua vida. Antes que eu pudesse me conter estendi a mão e perfurando seu peito arranquei seu coração, que pulsou em minha mão antes de ser displicentemente jogado ao chão. O corpo dela com uma expressão de surpresa tombou para o lado despencando e juntando-se a massa de corpos que era aos poucos devorada por demônios. Uma gargalhada maníaca saiu de minha boca.

Olhei nos olhos da besta, que eu sabia ser meu pai, e vi meu reflexo. Quatro olhos vermelhos em meu rosto, minha pele vermelha e coberta de símbolos e chifres saindo de minha testa. Acordei aos gritos. Aos poucos fui me acalmando e tentando me convencer de que era apenas um sonho. Peguei meu telefone na mesa de centro, 4:30 da manhã. Eu havia dormido no sofá, meu livro estava caído no chão. O juntei e fui até a cozinha preparar um chá de camomila, eu não conseguiria mais dormir. Olhei para o computador e pensei se devia ligar para minha mãe, melhor não, ela não precisa ficar mais preocupada do que já está.

Terminei de preparar o chá e me sentei em frente a mesa com um livro de capa vermelha nas mãos, eu não gostava de chamar de diário, mas o propósito era basicamente esse. Comecei a escrever o sonho com o máximo de detalhes que consegui me lembrar, mas não consegui colocar o nome da Kori no diário. Eu sabia que não era uma coisa boa ficar perto das pessoas, vou me afastar dela e de Tara, não quero fazer mal a elas. Quando terminei de escrever o que restava do meu chá estava frio, joguei fora, coloquei a xícara na pia e fui tomar um banho, o chá de camomila não havia sido calmante o bastante.

Fiquei na banheira até a água começar a esfriar. Me enrolei na toalha e parei em frente ao espelho, minha aparência não podia ser pior. Meu cabelo violeta estava completamente sem brilho, havia olheiras profundas ao redor dos meus olhos cor de ametistas e minha pele parecia ainda mais pálida, se é que isso era possível. Vesti a primeira roupa que achei, que como a maioria das roupas do meu guarda-roupas limitado era uma calça jeans preta e uma blusa de manga longa azul escura. Penteei os cabelos e com uma xícara de café me sentei na varanda ver o sol nascer. Gotham é uma cidade sombria, mas vendo o sol surgir assim por entre os prédios faz ela  quase parecer um lugar tranqüilo.


Notas Finais


Comentem, critiquem, sugiram, especulem, compartilhem...
E obrigado aos que favoritaram.
Amo vocês.
Beijinhos.


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