- AZARATH. METRION. ZINTOS!
Uma energia negra se espalhou a partir do centro da sala fazendo brilhar os escritos e símbolos que foram feitos no chão, quando todos os símbolos estavam iluminados a energia se dissipou e eu caí no chão, pela décima vez naquela tarde.
- Eu não sei o que está errado! É como se faltasse algo, mas eu revisei as imagens, pesquisei todos os símbolos sei exatamente o que isso deveria fazer, só que nada acontece, é como se faltasse uma chave de ativação, sem essa chave a conexão é cortada e a magia não funciona.
- Tá tudo bem Rae.
- Não, não tá Victor! Eu levei, literalmente, semanas pra desvendar todos os símbolos, entender porque tudo estava aí e pra que servia, e no fim não serviu pra nada! De que me serve um circulo de transporte se ele não me leva a lugar algum?
- Talvez a ideia não seja você segui-la.
- Eu não sei qual é a ideia dela, eu nunca soube! Eu me sinto como João e Maria seguindo uma trilha de migalhas de pão que os pássaros já comeram. Daqui a nove meses eu vou destruir o mundo, e a única pessoa que tinha alguma mínima ideia de como pensar em parar isso está desaparecida, e não parece nem um pouco a fim de compartilhar seus conhecimentos! Eu não sei o que é que eu to fazendo.
- Rae, eu sei que você está preocupada com tudo que tem acontecido, e que as coisas parecem não ter solução agora, mas você não está sozinha, você tem amigos que vão estar do seu lado em todos os momentos e vão te ajudar a superar os todos os desafios.
- É isso que me preocupa, eu vou colocar todos vocês em perigo!
- Nós vamos lutar ao seu lado se for preciso, você é minha maninha. Não fique se cobrando tanto, nós vamos ajudá-la a descobrir uma forma de vencer. Mas agora vai pra casa e descansa, segunda continuamos as pesquisas.
- Obrigada Victor.
Fui pra casa pensando na minha conversa com o Victor, o tempo está passando tão rápido e parece que eu estou sendo puxada em direção a um destino que foi escrito pra mim, como se eu me debatesse contra uma corrente e só ficasse cada vez mais cansada, e eu tenho medo de arrastar comigo todas essas pessoas que se importam comigo e querem o meu bem. Eu não sei se sou forte o bastante, mas vou continuar lutando para proteger todos eles, vou treinar mais, pesquisar mais, lutar mais e acabar com essa profecia, vou provar que sou eu que faço me destino.
Em meio as ruínas de uma cidade antiga um grupo de velhos encapuzados se reuniam, recitando cantos em línguas ancestrais eles erguiam suas mãos para o céu, o canto prosseguia e um deles se deslocou para o centro do círculo que eles formavam. Com uma adaga de prata cortou a garganta de uma garota que se encontrava inconsciente, o sangue escorreu pelo chão encontrando ranhuras e se fixando nelas, logo todos os símbolos entalhados no chão já se encontravam preenchidos com sangue e uma fumaça se ergueu. O corpo sem vida da garota foi atirado em um canto qualquer e todos se concentraram na nuvem espessa que se erguia do chão, onde uma forma demoníaca começava a aparecer.
- Salve Trigon, o Terrível! – disseram todos.
- Que querem vermes insignificantes? – bradou o demônio.
- A Gema tem sido ajudada por um grupo de heróis, e seus poderes estão crescendo, ela está buscando a mãe. – falou o mais alto dos encapuzados.
- Não permitam que ela encontre aquela vadia, ela precisa ser capturada, seus truquezinhos estão me irritando! E quanto aos poderes, deixem que ela os aprimore e os melhore, mandarei mais cães para que ela continue se aprimorando, preciso que ela esteja em sua força plena para que sirva como portal para a destruição desse mundo, farei da terra meu novo reino.
- Assim faremos Mestre.
- Meu tempo de conquistas está chegando, espalhem o caos e me fortaleçam, quando a hora chegar nada ficará no meu caminho!
O demônio desapareceu enquanto a fumaça era absorvida pelo grupo de homens, quando já não havia nada eles se espalharam pela noite deixando para trás apenas o corpo ensangüentado da garota.
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