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História Destino traçado - Um


Escrita por: haruno-sara

Notas do Autor


mais uma fic fresquinha pra vcs
esse genero pra mim e diferente , nao sei se vai ficar bom mais espero que gostem , e me acompanhem


e se possivel nao sejam assombraçoes de sempre

Capítulo 1 - Um


 

Numa noite fria de inverno, quando o mundo ainda acreditava em superstições, completamente errôneas, uma rainha lutava para dar à luz, a linhagem real da família Haruno teria sua continuidade, e tudo continuaria como deveria e o reino prosperaria, sabendo que seus soberanos tinham um herdeiro. 


Só que essa história que aqui vos conto não é um conto de fadas onde todos vivem felizes para sempre. 


Mebuki Haruno era a atual rainha da Grécia , já era de idade avançada, e nunca conseguiu levar uma gravidez até o final, sua saúde sempre muito frágil, era um problema. 


Sua majestade Kizashi Haruno, nunca amou sua rainha, a única coisa que esperava quando desposou a única filha do rei de Creta, era que ela lhe desse um herdeiro, mas nem isso ela tinha sido capaz, e a julgar pelos gritos estrondosos que ela dava no quarto ao lado, podia se dizer que não seria dessa vez que conseguiria, mesmo que a sacerdotisa que servia o reino a gerações dissesse o contrário, ele não acreditava, e mais que isso, podia jurar que em breve teria que encontrar outra, para ocupar o lugar da mulher a quem por anos chamou de esposa. 


Do outro lado da grande e pesada porta de madeira, a mulher de longas madeixas loiras, e olhos tão verdes quanto uma esmeralda, fazia cada vez mais força, para pôr ao mundo seu tesouro mais valioso, que mesmo sem o conhecer já o amava mas do que a si mesma. 


O único som ouvido no cômodo era do ar que a rainha puxava entre uma contração e outra, e da voz de sua parteira, e amiga de longa data Tsunade Senju que a ajudava nessa tarefa difícil, sozinha. 


Apenas elas duas e sob o olhar dos deuses que naquela noite parecia brincar com o destino daquela mãe. 


Com a fraca luz que as velas já gastas pelo tempo de uso forneciam podia se ver os fios dourados grudados a testa alva da mulher de Kizashi, e toda a força que ela punha, para pôr seu rebento de uma vez por todas para fora. A mais de seis horas estavam nessa batalha, e parecia aos olhos da parteira, que o beijo da morte se aproximava cada vez mais da mãe, e do herdeiro ao trono, a loira de olhos verdes já não tinha mais a mesma força que no começo dessa jornada, e seus olhos já não tinha mais o brilho, estavam opacos e sem vida. Ela estava se entregando. 


- Força majestade, já está quase lá , só mais um pouco - encorajava a parteira apoiada em seus joelhos enquanto observava entre as pernas da mulher que gritava. 

- Eu não consigo, não tenho mais forças, que os deuses me perdoem, mais sinto que minha vida não passa de hoje, e com minha partida, sinto que irei levar junto comigo meu tesouro... dói muito AAAHHHHH! - Confessou a rainha antes de mais uma contração - não o deixe morrer junto comigo. 

- Não diga isso, ele já está coroando, é só empurrar mais uma vez o mais forte que você puder, vamos minha rainha, e assim que ele estiver em seus braços essa dor acabara, confie em mim - disse. 

- Tsu.nade por favor... Me prometa.. Que... Se eu não... Resistir... Você irá me cortar... E salvar meu tesouro. 

- Majestade... 

- Prometa AAAAHHHH! 

- Esqueça essa besteira, e force, já posso ver a cabecinha - tentou mais uma vez desvencilhar daquele assunto. 
- AAHHAAAAAAAAAAHHHHHHHHHH- um último e longo empurrão. 

Depois de tanto tempo de espera Tsunade não conseguia acreditar quando suas mãos seguraram a frágil criança que de início não se movia, mas após um tapa sua pele alva, agora dava seus sinais de vida em forma de um choro forte e agudo que preenchia todo o ambiente. 


- Graças aos deuses - agradeceu aliviada a parteira - olhe Mebuki, é um menino - mostrava Tsunade a sua rainha que continuava a se contorcer sob os lençóis da cama. 

- Tsunade, tem algo errado AAAAAHH! - a rainha mais uma vez gritava em agonia. 

- O que sente minha rainha? - já questionava aflita com as feições de sua senhora. 

- As dores não passaram, estão aumentando AAAAAHHHHH! - ela gritava muito mais auto que antes, e agora tinha ali saindo de Mebuki uma quantidade absurda de sangue que já começava a atingir o chão de vermelho. 

- Pelos deuses! 

Exclamou Tsunade pondo o recém-nascido na cama após lhe cortar o cordão que o unia a mãe e o cobrindo com o lençol ainda sujo pelo sangue da mesma, e logo pousou as mãos sob o ventre ainda volumoso da rainha, sentindo os movimentos agonizados do ser que ainda tinha ali. 



- Minha senhora, tenho que pedir para que aguente um pouco mais, e se esforce, creio que há outra criança em vosso ventre - disse Tsunade tentando acalmar a mulher que agora tinha os olhos esbugalhados pela informação que recebera. 

- Não posso Tsunade eu não aguento mais, estou muito cansada, não tenho mais força - dizia ela com lágrimas banhando sua face suada. 

- Mebuki minha amiga, eu vou te ajudar, mas preciso que a senhora me ajude também, eu não posso fazer isso por você, esse será mais rápido, você já está totalmente dilatada - disse a mais velha das duas retornando a seu posto inicial, que era entre as pernas de Mebuki- FORÇA! 

- Não da AAAAHHH... 

- Não diga isso, vamos empurre o irmão dele para fora, você é forte - disse a parteira olhando o menino de olhos inquietos e curiosos que agora permanecia quieto ao sentir o cheiro de sua mãe. 

- ... - a rainha nada disse e Tsunade pode sentir suas pernas amolecerem e tombarem para o lado. 

- Mebuki? - ela se levantou rápido, e viu os olhos fechados de sua senhora - Mebuki, para com isso, seja forte, não se entregue agora, você está quase lá, logo poderá descansar com seus filhos, mais agora preciso que fique acordada - sacudia a loira mais velha - droga 


Tsunade se levantou com agilidade e foi até o criado mudo de madeira escurecida aonde tinha uma bacia de barro com algumas toalhas sujas de sangue dentro e ao seu lado a faca também suja pelo liquido vermelho que foi usada pra cortar o cordão umbilical do pequeno príncipe. 



Retornou ainda mais rápido do que foi com o instrumento cortante em mãos e o pousou sob a superfície macia se posicionando ao lado da cama, ajeitou o corpo desfalecido de sua senhora mais confortavelmente na mesma enquanto via seu ventre mexer freneticamente 


Ela tinha pouco tempo e precisava agir ou sua senhora e a criança inesperada iriam morrer. Tsunade sabia o que iria acontecer com a segunda criança. 


O pequeno ser iria morrer assim que o rei pousasse seus olhos sobre ela, pois uma alma não pode ser dividida por dois seres isso traria má sorte ao reino, não era certo que o feto indesejado tomasse a metade da vida do próximo soberano daquelas terras e sendo assim não viveria nem se quer um dia então depois.

Então depois da morte de seu irmão mais novo o herdeiro poderia viver com a outra metade de sua alma que lhe fora roubada

A parteira tomou em suas mãos habilidosas o objeto afiado e, pois sob o ventre de Mebuki e iniciou ali um corte um pouco profundo, mais com cuidado para não acertar a criança ali dentro. Suas mãos aos poucos eram tingidas de vermelho vivo pelo líquido quente e espesso do sangue de sua senhora. Quanto mais a lamina deslizava mais aquela cena fica pior, temia por não poder salvar aquelas vidas que agora estavam dependendo dela 


Assim que o corte se mostrou suficiente para retirar o pequeno ser dali, Tsunade deixou de lado a faca e usou as mãos para trazer ao mundo seu segundo príncipe, e nesse mesmo instante a rainha recobrou os sentidos gritando mais do que antes. 


A parteira não pensou duas vezes, cortou o cordão umbilical e sorriu com o que viu, nunca tinha visto mais era lindo. Pois a criança silenciosa que não emitia som ao lado do irmão que agora chorava alto por se assustar com os berros da mãe e colocou na boca da mulher o cabo da faca para que ela mordesse e gritasse menos. 



- Mebuki, sinto muito, não tive outra alternativa, a não ser lhe cortar. 

- Como eles estão? AAAAAAAAAHH! 

- Deixe isso pra depois, agora tenho que fechar isso ou você não poderá os ver crescer. 


A mulher de Kizashi se calou mordendo o cabo da faca enquanto sentia sua amiga lhe costurar, com uma linha e uma agulha que há dias ela tinha usado para enfeitar o enxoval de seu bebê, as lágrimas rolavam livremente, sem encontrar nenhum obstáculo. Após finalizado, Mebuki já não sentia mais nada, estava tão cansada que se sentia anestesiada. Olhou para seu lado e com a visão embaçada podia jurar que um de seus filhos tinha o cabelo cor de rosa, e chorou mais ainda quando um estalo tomou conta de seu ser. 


Ela tinha dois filhos que dividiram o mesmo ventre e a mesma alma. 


Já amava os dois igualmente, mais só poderia ficar com um. 



O mais velho, viveria, e o outro não. 


- Sinto muito - disse sua amiga já vendo o pavor em seus olhos. 

- Não posso o deixar morrer, ele não tem culpa de vir ao mundo junto do irmão. O que eu faço minha amiga? - ela já chorava compulsivamente. 

Tsunade pegou o ser de cabelos rosa, junto de uma toalha lhe envolvendo. 

- Ela não vai morrer, eu tenho uma ideia, que tenho certeza... é nossa única opção. 

-Ela? 

- Sim, ela. É uma menina, já vi casos em partos de mais de uma criança, mais nunca de sexos diferentes - a parteira entregou a menina nos braços da mãe chorosa. 

- Ela é linda, minha princesinha, a mamãe te ama muito! 

-Mebuki. 

-Sim? 

- Temos que ser rápidas, se alguém a ver, ela não terá chance alguma, eu posso levar ela daqui, e deixa-la sob os cuidados de uma conhecida minha, ela mora nos arredores da cidade, e há anos sofre por não poder gerar um filho com seu marido, tenho certeza ela irá amá-la. 

-Essa é a única opção? 

-Sim minha senhora - lamentou. 

- Se é isso que os deuses querem para ela, que assim seja - Mebuki estendeu os braços para segurar a menina. 

Tsunade depois pegou o menino loiro como o pai de olhos cor de mel, e sorri. 

-Vossa majestade deseja escolher os nomes? 

- Não posso esse dever cabe ao rei, deixarei isso com meu marido, mais pelo menos o de minha princesa eu escolherei. 

- Tem algo em mente? - pergunta Tsunade sentindo um vento frio do inverno entrar pelas janelas abertas e balançar de leve as cortinas. 

Mebuki olhou diretamente ao exterior do castelo e viu ali perto uma única árvore que sobrevivera ao frio rigoroso daqueles dias frios. 

Uma cerejeira 


A menina em seus braços abriu os lindos olhinhos. 


Tão verdes quanto os seus. 


- Sakura, seu nome será Sakura - disse entregando sua princesa aos braços de Tsunade, para que pudesse livrá-la de um destino cruel. 




 


Notas Finais


gostaram ?
pode criticar e me matar por deixar a sakura começar a vida assim , sei que e cruel , mais é preciso

comentem pf

a proxima


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