História Destinos Cruzados (HIATUS) - O quarto mistério

Realmente aquele era um quarto muito misterioso, estava vazio, a única coisa que aquele quarto tinha era uma janela. Não entendia porque Mérope me tinha mandado ver aquilo. Uma desilusão. Suspirei.Caminhei pelo quarto, as tábuas do chão rangiam a medida que eu andava.

-Vamos, você é inteligente, vai descobrir alguma coisa - disse Mérope que agora se encontrava em outro quadro ali no quarto.

-Me assustou e este quarto não tem nada, se esta brincando comigo, não está sendo divertido - disse olhando ela e cruzando os braços

- Está vendo aquela janela ? levante a última tábua, aquela que está bem encostada na parede, quero ver o que acha do quarto depois - ela disse

Assenti, achava aquilo tudo muito estranho, mas fui até ao lugar indicado e por incrível que pareça a tábua levantou rapidamente mal eu toquei nela, parecia até magia, coloquei a tábua de lado e meti a mão no buraco, tirei para fora um caixa de latão com uma cobra desenhada, tentei abrir a caixa, mas não consegui, estava trancada.

- Está trancada - disse para Mérope

- Claro, precisa da chave, agradeça por não ser preciso magia.

- E onde eu vou encontrar a chave ?

- No mesmo lugar de onde tirou a caixa, a chave deve estar por ai, tem que estar - ela disse

Meti novamente a mão no buraco do chão e procurei a chave, passados alguns minutos encontrei ela, peguei e abri a caixa com alguma dificuldade, dentro estava um diário "Dário de Juliet Gaunt" , um álbum de fotos e uma carta, comecei por ler a carta.

" Como tudo o que acontece na vida, um dia desses me apaixonei, foi de repente, sem querer. Ao te ver senti uma coisa muito quente e sem explicação, o coração forte começou a bater. Esse amor foi crescendo, logo me envolvendo. Num simples dia me peguei em um sonho, unicamente sem razão. Onde olho vejo você, mas dói viver se não for nos teus braços, estar sem poder te tocar. Sempre que nos encontramos, perco os sentidos, logo me vejo ao seu lado, sonhando com nós dois, em um único sonho, dentro de um único coração.
Não era a única que te amava, me vi triste ao te ver nos braços de outra. Te querer e não te ter para mim é o fim. Meu amor passou por vários motivos de aflição. Por ti chorei, mas estou firme na luta do viver. Em meus pensamentos, imagens de quem por minutos fui feliz.
Tudo em você é tão perfeito, seus olhos, sua boca, você... Não sei se tu me amas, mas o meu amor por ti é imortal. Por ti faço loucuras, só para demonstrar o meu amor, pena que não sou correspondida, só sonhos, tudo em vão. Mas ainda te amo.
Todo momento da minha vida, passo chorando por um amor de ilusão, por uma vida triste e pela família que tenho de suportar. Se teu coração a mim não pertence, o meu é inteiramente seu. Se mesmo assim não sabes o quanto te amo: Não vou poder viver, sem ter você. Você é a minha vida, minha razão de viver, tudo isso porque... Eu amo você. Sou capaz de fazer todas as loucuras para ficar do seu lado, incluindo esquecer a minha família e seus preconceitos. "

Juliet Gaunt

Terminei de ler a carta, quem tivesse escrito isso estava verdadeiramente apaixonada e capaz de fazer qualquer coisa pela pessoa amada, eu não sabia nada sobre o amor, era muito jovem também. Peguei no álbum de fotos e comecei a ver, em todas elas uma garota aparecia, tinha um rosto estranhamente familiar, até era um pouco parecida comigo, eu tinha que admitir.

- você conhece a Juliet ? - perguntei para Mérope

- Sim, era a minha neta, não conheci ela, morri quando meu filho nasceu- disse ela triste 

- Seu filho? Era o garoto que estava no quadro do seu lado? Tom Riddle ? - perguntei curiosa

- Sim, era ele, Thomas Riddle ou como ficou conhecido, Lord Voldemort 

Naquele momento meu cérebro travou, aquela era a casa de Voldemort? Aquela mulher era a mãe dele??

- Eu não deveria estar aqui - disse arrumando tudo rapidamente na caixa e colocando no mesmo lugar e colocando a tábua no lugar - vou indo, foi um prazer - disse me dirigindo para a porta 

- você não pode ir, você precisa saber mais sobre os Gaunt, a Juliet ... TUDO, espe ..... - dizia ela.

Descia agora as escadas em direção a saída, sai fechando a porta e correndo para a floresta, eu tinha um dom de estar sempre em sarilhos, mas isto esta sem dúvida o mais de todos, eu sabia que o cara da cobra tinha morrido, mas mesmo assim não me agradava estar ali, não sabia o motivo da insistência de Mérope, eu era uma nascida trouxa e eles odiavam trouxas, eu sabia disso, já li muitos livros que falavam do desagrado de Voldemort em relação aos trouxas e nascidos trouxas, ele só gostava de raças puras. Continuei correndo, não sabia se estava indo pela direção certa, mas continuei correndo, não sabia que horas eram, nem sabia quanto tempo tinha ficado fora da casa dos Malfoy, continuei correndo e beti em alguém, olhei e vi que era o Scorpius.

-Claire !!!  estava preocupado, achei que se tinha perdido - disse ele

- eu eu .. estive, eu me perdi e fui ter na casa do Voldemort - sussurrei o nome 

- O QUE ? COMO FOI LÁ TER? É AQUI PERTO? EU NUNCA SOUBE !

- Não sei se é perto - me sentei no chão- me perdi e já corri muito, não deve ser muito perto daqui

- como é lá ? - ele perguntou se sentando do meu lado

- escuro, cheiro a mofo, quadros estranhos, tinha uma tal de Mérope que insistia que eu ficasse lá e descobrisse coisas sobre uma tal de Juliet que pelos vistos era filha do cara da cobra - disse 

- Ele teve filhas ?! - perguntou ele chocado

- Parece que sim, pelos vistos ela se apaixonou e queria fugir da família para ir ter com o garoto, eu li uma carta que estava dentro de uma caixa de latão, que estava em baixo do chão de um quarto estranho - disse rapidamente 

- Você mexeu nas coisas dele ????

- Não, eram da tal Juliet - disse me defendendo- e foi essa tal de Mérope que insistiu 

- mesmo assim, não deveria ter mexido, imagina que essa caixa tinha qualquer coisa do mal? das trevas? feitiços .... - disse ele

- Não tinha, so tinha um diário, uma carta e um álbum de fotos - disse

-hum

- sabe, a garota das fotos, a juliet, tive a sensação que a conhecia de algum lugar, acha que já a vi por ai ? -perguntei

- duvido, você deve é estar com fome. esquece isso  e não volte lá - disse ele se levantando

-uhum, é - me levantei também

- minha mãe estava preocupada, quando acordamos você não estava no quarto, nem apareceu na hora do almoço,ela me mandou procurar você

- Fiquei assim tanto tempo fora ? - perguntei admirada

-Sim, espero que tenha uma boa história para ela e não fale no cara da cobra 

Assenti e caminhei do lado dele durante alguns minutos, entramos dentro dos portões Malfoy, a mãe dele já esperava do lado de fora, caminhamos até ela.

-quero saber o que houve - perguntou a mãe do Scor

- ela se perdeu na floresta, ela so queria dar uma olhada, acordou com dor de cabeça - disse ele rapidamente 

Olhei para ele de forma agradecida e depois olhei de novo Astoria.

- Certo. Para a próxima nos avise, Claire.

-Sim, desculpe - disse timida 

- Agora entrem, chega de passeios por hoje - disse ela entrando em casa.

Eu e Scor a seguimos, subimos as escadas da mansão e entramos os três no quarto de Scor.

- Fiquem aqui quietos, façam trabalhos para a escola, qualquer coisa, mas não saiam de casa- ela disse e fechou a porta de seguida saindo do quarto.

- Acho que irritei a sua mãe- disse

- Um pouco, mas ela melhora rápido. O que quer fazer?

- Não temos trabalhos, então não sei- disse dando de ombros

- Falou com o Alvo? - ele perguntou sorrindo

- Não. - disse seca

-Ok, entendi, nada de falar de Alvo Severus Potter - ele riu

- Isso mesmo - me levantei e fui pegar um livro sobreDcat- eu vou ler- sentei no sofá

- e eu vou .... na biblioteca, já volto

Abri o livro, não tinha vontade de ler, meu pensamento estava no Alvo, no James, na Mérope e na Juliet

- Um dia eu volto lá- disse baixo.

Morrendo de medo e morrendo de curiosidade. A curiosidade ganha.