História Destinos Cruzados - Boliche

Chegamos no boliche e sentamos na lanchonete. Pedimos um suco de laranja.

Ambar - Ah, que lugarzinho de categoria você me trouxe, hein ?

Simón - É... Também acho que é de uma ótima categoria

Ambar - Eu estava sendo irônica

Simón - Eu sei, patricinha de beverlly hills. Não sou tão burro assim, afinal quem é a loira aqui é você. - Ele nem deu tempo para eu contestar porque me puxou pela mão e me levou até a pista de boliche.

Simón - Começa.

Ambar - Simón, eu não sei jogar.

Simón - Então deixa que eu te ensino - Simon pegou a bola de boliche e jogou nas garrafas brancas de alvo. Ele foi ótimo.

Ambar - Nossa, até que o trombadinha tem borogodó. Mas eu não sei

Simón - Vem cá que eu te ajudo. - Ele pegou uma bola e colocou em minhas mãos ficando por trás de mim, ele balançava o corpo e a bola mostrando como se jogava, confesso que me senti sem ar naquele momento.

Simón - E é assim! - Nós jogamos a bola e conseguimos derrubar todas as garrafas, eu comemorei o abraçando e depois vi do que tinha feito e me afastei.

Ambar - Desculpa!

Simón - Tá tudo bem. - Ele sorriu, e continuamos jogando. Ele jogava, eu enrolava. Estava me divertindo com aquilo. Até que de repente vimos uma garota morena de cabelos um pouco encaracolados vindo na direção de Simón com raiva.

Simón - Daniela ? Você voltou ?

Daniela - Sim, eu voltei. Está preocupado, né ? Afinal você não quis assumir suas responsabilidades

Simón - Daniela, o filho não era meu.

Ambar - O QUE ? Você engravidou essa garota ?

Daniela - Essa é a garota que você está ? Já não bastasse a sonsa da Luna, ainda tem essa patricinha da...

Ambar - Ambar, e eu não sou patricinha.

Daniela -  Não - Ela revirou os olhos - Não mesmo. Você é uma nojentinha fresca. Você já fez boas escolhas, Simónzinho. Tipo, na época em que você namorava comigo.

Ambar - Você namorou com essa garota ?

Simón - E-E-É

Ambar - Fala Simón. Para de gaguejar, fala de uma vez tudo. Se explica ou eu saio daqui e você nunca mais vai ver a minha cara.

Simón - É, ela foi minha namorada. Nós tinhamos 16 anos, não foi nada importante.

Daniela - Imagina se fosse. Um bebê não é importante ? Quer dizer, gêmeos não sao importantes pra você ?

Ambar - GÊMEOS ?

Simón - Eles nasceram ?

Daniela - Sim, e são maravilhosos. Pena que não puderam ver o pai, porque ele é um descarado sem moral que não assume os filhos que tem. E que prefere qualquer vadiazinha do que um relacionamento sério.

Ambar - EU NÃO SOU QUALQUER VADIAZINHA

Daniela - Querida... O assunto é pessoal, você não precisa participar.

Ambar - Ok. - Ia indo embora, porém Simón me puxou pelo braço

Simón - Ambar... Eu... Me desculpa, eu não pude assumir porque... eu... Você é...

Ambar - Eu sou diferente, né ? Não, Simón. E não me importa o que você faz da sua vida. Eu não tenho nada com você, e pelo jeito você estragou alguma possibilidade de ter. Viva feliz com seu filho e com essa... - Eu olhei para Daniela - Com essa piranha.

Saí de lá com algumas lágrimas escorrendo pelo rosto, mas eu não choraria por Simon e nem pela aquela garota rídicula. Eu não tinha motivos, eu não amava Simón. Eu... Eu... Eu só estava surpresa. Fui direto pra minha casa e me joguei em minha cama.
Apesar de tudo, ele havia me decepcionado. E muito.