História Destinos Cruzados -RUGGAROL - Capítulo 4: Esta contratada !

Narração Karol 

Eu acordo com alguns raios de luz entrando no meu quarto. Droga. Deixei as malditas cortinas abertas. Hoje eu tenho uma entrevista de emprego , e sinceramente eu espero que eu consiga esse emprego. 

Me levanto e olho minha pequena Sol em sua cama. Tão linda , tão serena e calma. Aproveito esse momento tranquilo e vou em direção ao banheiro, faço minhas higienes matinais e começo a me arrumar. Ponho uma calça jeans justa , uma blusa de mangas longa preta e uma sapatilha da mesma cor da blusa. 

Saio do banheiro e sou observada por lindos olhinhos verdes. 

- Bom dia , filha. - Digo lhe dando um beijo suave na testa. 

- Bom dia , mamãe - Ela diz com um imenso sorriso sapeca no rosto.

Eu ajeito ela e vamos diretamente para sala, onde minhas queridas amigas doidas estão a minha espera.

Valu está segurando uma bolsa preta e uns óculos escuros. E Caro está com uma xícara e um pequeno prato.

- Olá meninas. Que coisas são estas. - Falo apontando para as duas.

- Bolsa , coisa que uma mulher não pode viver sem e óculos outra coisa complementar no seu look, que devo acrescentar , você está linda. - Valu diz analisando meu visual e dando um sorriso. 

- Obrigada amiga. E você Caro o que é isso ? 

- Você precisa estar preparada psicologicamente e fisicamente. Isso é seu café da manhã - Ela diz me entregando uma xícara de café e um prato com bolo e algumas bolachas. 

- Aí meninas , obrigada. Eu não sei o que seria sem vocês. 

- É nós sabemos disso. - As duas dizem ao mesmo tempo, arrancando gargalhadas minhas. 

- Agora eu quero saber cadê a menina mais linda da face da terra. - Valu diz indo em direção a Sol , que está sentada no sofá vendo alguns desenhos.

- Sou eu titia , sou eu. - Ela fala desviando a sua atenção da TV para Valentina.

- Isso mesmo , meu amor. -Carolina fala. - Você. Está na hora de ir. - Ela diz apontando pra mim. 

- Ok. Cuidem bem Dela. Filha cuidado viu , Te amo -Dou um beijo na bochecha de Sol e um abraço nas meninas.

Após alguns minutos dirigindo , eu consigo chegar. E olha que novidade, não estou atrasada. Paro em frente ao prédio. É um prédio alto. Muito alto. Todo espelhado. Com letras grandes que dizem Pasquarelli Enterprises Holdings Inc. Não sei porque este nome não me soa estranho. Eu entro, e vejo homens de ternos e mulheres em roupas sofisticadas. Este não é o meu lugar com toda certeza. Eu ando até os elevadores. Como já sei que o andar da entrevista é o último eu vou direto pra lá.

Assim que as portas se abrem , vejo uma salas de estar muito bem decorada. Adentro no local e vejo algumas jovens esperando , acho que são outras candidatas. Uma mulher loira , muito bem vestida vem em minha direção. 

- Senhorita , em que posso lhe ajudar ? -Ela pergunta com um belo sorriso no rosto.

- Ah ... sim. Eu sou Karol Sevilla , vim para a entrevista de secretaria pessoal. 

- Ah ... ok. Pode me seguir. 

Eu sigo ela até uma bancada.

- Senhorita Sevilla , tem algumas moças na sua frente. Preencha essa ficha e pode espera sentada ali. -Ela diz pra mim e aponta para um sofá que tem no local. 

Eu preencho a tal ficha e me sento no local. Depois de alguns minutos , as outras candidatas vão saindo e incrivelmente todas saem com uma cara de boba. E logo vejo que é minha vez. 

Eu estou um pouco nervosa , mas sei do que sou capaz e acredito em mim. 

Eu me aproximo da porta e olho pra moça loira que me atendeu e ela acena com a cabeça em sinal de que eu deva entrar.

Eu abro a grande porta com um certo esforço , por causa do peso da mesma. Assim que abro , eu fico impressionada com a grandeza da sala. Ela é maior do que todo o apartamento em que moro. É em tons de cinza, tem um sofá no canto e no centro uma grande mesa , com um computador , telefone , papéis e outras coisas. Tem duas cadeiras à frente da mesa e atras Dela uma bela poltrona. Logo atras da poltrona tem janelas de vidro que vão do chão ao teto. A poltrona rapidamente se vira, mostrando um moço de cabelos um pouco loiros , que não são naturais. Ele me olha atenciosamente. Oh não , não posso acreditar. É ele. O cara que esbarrei na loja há alguns anos atrás. Um dos fornecedores da loja que eu trabalhava antes de vir pra cá. Não pode ser. 

- Você ? -Nós falamos juntos.

Ruggero Pasquarelli

Hoje meu dia começou cedo. Me acordei às 5:00 da manhã, fiz minha higiene e pus meu habitual terno e gravata. Segui logo pra minha empresa.

Hoje temos algumas entrevistas pra minha secretária. Eu não consegui ter nenhuma secretaria competente, elas não estão no meu nível. Por isso eu exijo urgente uma secretaria que tenha responsabilidade s esteja a minha altura.

Começamos as entrevistas logo cedo. Praticamente todas as candidatas vinham aqui com intenções a mais. Elas me olhavam como águias, até agora , somente duas me agradaram. Mais Ainda sinto que falta algo. Tem somente mais uma candidata e espero que ela seja a certa. 

Estou em minha sala esperando , quando escuto o barulho da porta abrindo e se fechando rapidamente. Eu giro na minha cadeira pra encarar a candidata. Mas me surpreendo. É ela. A menina desastre. Há jovem que esbarrei em uma das lojas revendedoras da minha empresa. A dona dos maravilhosos cabelos castanhos e olhos verdes. 

- Você ? -Nos dizemos ao mesmo tempo. 

- Aah .. Des..desculpa. - Ela diz abaixando a cabeça , mas posso notar que ela está corada. 

- Ora ora , veja quem está aqui. Menina desastre é você. Sente-se -Eu aponto pra uma cadeira e ela ligeiramente se senta.

- Olha eu sei que nós não nos conhecemos do melhor jeito mas estou aqui pra uma entrevista de emprego e prendendo ser o mais profissional o possível. Então o senhor me desculpe pelo o que aconteceu há alguns anos. -Ela diz me surpreendo. Gostei dessa atitude. Ela tem um ponto comigo

- Você está certa. Já faz tempo. E não me interessa. -Resolvo voltar pra minha pose de empresário. E solto em um tom frio. Ela levanta os olhos pra mim. Talvez ... confusa ?

- A-ah .. sim. -Ela fala. Sim com certeza ela tá confusa. 

- Vamos lá. Você trabalhava em que ? 

- Eu trabalhava como enfermeira em um hospital público aqui da cidade. -Ela diz e eu arqueio a sobrancelha.

- Ah. E o que te levou a mudar para um ramo tão diferente ?

- O governo cortou algumas verbas do hospital. E eu fui demitida. E a essa área foi a que mais me identifiquei. Sempre gostei de trabalhar com isso. 

- E você já teve alguma experiência ? - Falo olhando bem pra ela. A fim de analisar cada uma de suas reações.

- Não. Pode parecer loucura, mas nunca tive experiência. Fiz dois cursos na área mas nunca exerci. Digamos que eu me dou muito bem com a administração. 

- Nós aqui não precisamos que você "Se dê bem", precisamos que seja boa suficiente para trabalhar comigo. -Digo secamente. Preciso que ela saiba com quem está lhe dando. Ela levanta novamente o rosto e olha profundamente nos meus olhos. 

- Eu posso não ter experiência nenhuma. Mas você nunca vai saber se eu sou "Boa o suficiente" se não me der uma chance. Eu não vou lhe decepcionar. Eu me conheço e sei que posso dar conta desse emprego divinamente bem. E lhe garanto que minhas intenções não são as mesmas das moças que saem daqui, com um sorriso bobo na cara. É tudo totalmente profissional. -Ela diz. Uau. Ela é ... confrontante. Ótimo , agora ela tem dois pontos comigo. 

- Hum... certo. Gostei de você, mas não será fácil assim. -Eu digo me levantando.

- Eu não imaginei que seria. -Ela diz também se levantando e me encarando. Ela é bem decidida. 

- Eu vou te dar uma chance. Espero que não me decepcione. E eu exijo uma coisa de você. Hoje à tarde tenho uma reunião com sócios. Preciso convencê-los a comprar parte de uns produtos. Será um tipo de teste. E você me acompanhará. -Quero ver até onde ela vai. 

- Será um prazer acompanhá-lo, Senhor Pasquarelli. -Ele estende a mão pra mim.

Eu olho pra mão Dela e depois digo: 

- Não gosto de aproximação. -Digo sério. Ela solta uma risada baixa. 

- Já imaginei. Como desejar , Senhor Pasquarelli.

- Por enquanto é só isso. Passe na recepção e pegue as informações necessárias. Quero você aqui na empresa as 15:00. Não tolero atrasos. E novamente digo. Espero que não me decepcione.

- Pode deixar. -Ela diz assentindo e saindo da minha sala. 

Essa garota é diferente. Ela tem algo que as outras não tem. Ela não abaixa a cabeça , mesmo com meu jeito frio de tratá-la. Mas não posso maneirar. Ela tem que merecer estar aqui. 

Narração Karol

Confesso que ele é bastante... intimidador. Mas não vou sair por baixo. Principalmente sabendo que ele é o mauricinho da loja. Eu vou me sair bem. E ele vai ver isso. 

Passo na recepção e a moça loira me entrega as informações necessárias. E eu novamente volto pra casa. Quando chego , vejo que só a Caro está acordada. 

- Oi amiga. Nossa isso aqui tá tão calmo. Cadê a criança da casa ? -Pergunto abrindo a porta. 

- Amigaaaa. Como foi ? Conseguiu ? Me conta tudo. Ah .. e sobre a casa, a Sol está dormindo. 

- Eu não estava falando na Sol. E sim na Valentina. -Digo e ela dá uma gargalhada. 

- Ah essa , também está dormindo. 

- Amiga... eu vou fazer tipo um teste hoje à tarde. Vou participar de uma reunião importante com ele e ele vai meio que me avaliar. 

- NÃO CREIO. SENHOR QUE NOTÍCIA BOA. -Ela fala gritando e pulando freneticamente no sofá 

- Cala a boca sua louca. Quer que as duas acordem ? -Digo rindo e ela se senta.

- Tô muito feliz por você , Kah. Ah.. seu almoço está ali. Vou procurar uma roupa decente pra você usar -Ela diz e não me dá tempo de responder, sai logo correndo em direção ao quarto. 

Eu almoço, e descanso um pouco. Logo olho no relógio e vejo que é 13:00. Ótimo. Hora de me arrumar. Vou para o meu quarto e vejo um vestido em cima da cama. Eu olho e sorrio. Carolina. Vou para banheiro , tomo um banho e me visto. O vestido é como se fosse um casaco, só que no modelo de vestido. Ele é azul. É realmente muito bonito. Eu visto e penteio meus cabelos , deixando eles como nuvens soltas pôs cima de meus ombros. 

Faço uma maquiagem leve e ponho um batom nude. Termino tudo, arrumo minha bolsa com tudo que é necessário. E vou pra sala. Agora lá estão Valu é Caro. 

- Amiga você tá um arraso. -Valo fala batendo palminhas que nem uma criança. 

- Obrigada Valu. Agora preciso ir.

- Amiga vai e mostra seu melhor. Eu sei que você pode. Estou torcendo por você. -Dessa vez é Caro quem fala.

- Obrigada , o apoio de vocês é crucial pra mim. 

Abraço as duas e me apresso. Olho meu relógio e vejo que são 14:25. Perfeito. Tenho tempo de sobra. Chamo um táxi. E durante a viajem até a empresa Pasquarelli , eu reviso as pautas da negociação.

Chego na empresa, quinze minutos antes. Subo até o último andar. E fico esperando na sala de estar. E em fim vejo a porta se abrir e meu possível futuro chefe gato e arrogante sair de lá. Ele me olha de cabeça a baixo e eu vejo um sorriso surgir em seus lábios. Mas logo ele sumi. 

- Pontal. Começou bem , Senhorita Sevilla. -Ele diz e eu apenas aceno com a cabeça. -Espero que tenha lido sobre as informações do negócio.

- Li sim, e já estou por dentro do assunto. 

- Ótimo. Agora vamos. -Ele segue na frente. E eu o sigo. Nós descemos apenas alguns andares e chegamos na sala de reunião. 

Entramos lá e eu vejo um monte homens engravatados , falando no celular. Por que eles sempre tem que ser tão sérios. Acordo dos meus devaneios ao ver o Pasquarelli andando de um falado pro outro falando no celular.

- Como assim não tem tradutor ? ... Não, eu não sei falar inglês fluente... cala a boca e dá um jei... -Eu o interrompo.

- Com licença , Senhor Pasquarelli. 

- Estou ocupado. Não me interrompa. -Ele diz frio.

- Mas é sobre isso mesmo ... Ah.. eu sei falar Inglês fluente. Posso traduzir pro senhor. -Ele olha surpreso pra mim.

- Já resolvi aqui. Até mais. -Ele desliga e continua me olhando. -Ótimo. 

A reunião começa. E posso ver que muitos dos empresários estão indecisos em relação à proposta.

- Senhores eu falei , o lucro de vocês será de 30% e o gasto será menos da metade. -O Pasquarelli fala um tanto que impaciente. -Traduza pra eles. 

- Gentlemen, I said, your profit will be 30% and the expense will be less than half. - Eles Ainda parecem indecisos. Eu olho pro Ruggero. -Posso falar com eles ? -Ele pensa um pouco e acena com a cabeça. 

-  Ok Sirs, come on. Pasquarelli is the most renowned company in this field. You will not regret it, your profits will rise and you will have fewer expenses than what you had. You can trust. So, what do you say? (Tradução: Ok Senhores , vamos lá. A espresa Pasquarelli é a empresa mais renomada nesse ramo. Os senhores nao irão se arrepender , seus lucros subirão e vocês terão menos gastos do que o que tinham. Podem confiar. Entao , O que me dizem ?) -Eu digo. 

Eles se olham Entre si. Se levantam e o representante estende a mão para meu futuro chefe. Ele me olha, não entendendo muito. 

- We accept. You were very convinced. (Tradução: Nós aceitamos. A senhorita foi muito convincente.) -Ele diz. 

-  Thanks. -Ruggero diz e dá um aperto de mão com cada um. 

Pouco a pouco. Um á um vão saído, sobrando só eu e Ruggero. Ele para de juntar uns papéis em cima da mesa e me olha. 

- Pelo o pouco que entendo de inglês ele me disse que você os convenceu. -Ele diz 

- Sim , ele disse isso. -Eu falo terminando de recolher os papéis. 

- Você está contratada. 

Eu paro rapidamente de juntar as coisas e olho pra ele. 

- Isso é sério ? -Ele acena positivamente. -Oh Meu Deus... obrigada. 

- Foi mérito seu. Daqui a dois dias você começa. -Ele diz e sai da sala.

Acho que vai ser difícil me acostumar com o gênio do meu chefinho. Mas eu vou conseguir, eu sou pior do que ele.