História Destinos entrelaçados - Coração em pedaços

"O amor é cego, parece está certo quando na verdade está errado"

Eu ainda não acredito como pude ser tão idiota, achei que para ele a Sakura não passava de um passado que já tinha sido apagado há tempos, que ridícula !

-Hinata! Espera. *O loiro se levantou do sofá e foi atrás da morena, quando ela pegou a marçaneta da porta e puxou, ele empurrou trancando-a novamente.* 

-O que é? * A voz dela saiu firme e sem gagueijar como era de costume * - É dela, não é?* Hinata apontou para uma calcinha vermelha que estava no chão da sala, Naruto ficou em silêncio e apenas olhou para a peça íntima que até então sua namorada Hinata tinha achado atrás de uma almofada no sofá de couro preto, por discuido seu ou por um ato premeditado de sua amante.* -Responda !! *ela gritou empurrando-o com força a ponto de fazê lo dá um pequeno passo para trás.*

- Você está LOUCA! Pare de escândalo, quer que o prédio inteiro escute? *ele a segurou pelos braços e sussurrou * - Isso não é para tanto.

- não é pra tanto? Eu achei uma calcinha no seu sofá, seu cretino!

- ora... Isso deve... Deve ser seu...

- O QUÊ? Você é um desgraçado mesmo! Acha que sou igual essa sua prostituta que deixa peças íntimas por ai *ela se soltou* -a gente nunca nem transou, como eu poderia ter deixado uma calcinha aqui?

- Deve ser por isso que essa calcinha está aí... *ele a observou com cuidado antes de terminar a frase e ela o olhou com os olhos perolados arregalados ,incrédula ,revoltada e prestes a ser destruída por completo * - ... Se você tivesse concordado em liberar o sinal, talvez isso não estaria acontecendo, a culpa é....

- o quê? * ela interrompeu * - o quê você quer dizer? Que você transa com sua ex e a culpa ainda é minha? *seus olhos agora estavam cheios de lagrimas e na sua garganta tinha um nó*- v.você... *lágrimas começavam a inundar seu rosto* - N.naruto v.você... É um desgraçado , v.você f.foi a pior coisa que aconteceu na minha vida * ela passou a mão no rosto limpando algumas lágrimas, mas foi em vão já que outras estavam caindo logo em seguida.

- a pior coisa ? Ora hina! Eu estava te fazendo um favor ,olha só pra você... *ele falou com desdém * - Quem namoraria com você? Cara, você é toda sem graça ,se veste com roupa mais folgadas do que minha vó, o que você quer esconder? Gagueija e ainda por cima não transa, é virgem! Acha mesmo que eu ia ficar namorando só você? Que eu aguentaria por "amor"? Você é estup.... *ele não conseguiu terminar a frase, recebeu uma bofetada da garota e virou todo o rosto, permaneceu assim por alguns segundos e sorriu de lado* - Qual é a surpresa ? Você sabe bem disso.

- C.cale a boca, s.seu... * ele segurou o rosto da garota com um pouco de força*

-cale a boca você, quer saber? Vá embora! Isso não vale mais a pena. * ele a soltou dando um leve empurrão no rosto da morena e foi em direção ao sofá ,sentando-se lá e pegando a calcinha do chão ,ela o olhou incrédula queria sair dali mas estava paralisada, suas pernas estavam bambas, seu corpo todo tremia em uma mistura de pânico e raiva* - não ouviu? Vá embora daqui, estou esperando uma visita * ele segurou a calcinha vermelha e levou em direção ao nariz e começou a cheirar, no mesmo instante o estômago da morena começou a embrulhar*

- E.eu tenho nojo d.de você, v.você é desprezível , v.você...

- Cale a boca, não venha me xingar na minha casa, olhe pra você ,não vai encontrar ninguém como eu * ele deu uma risada* - você não tem capacidade para isso, aguazinha sem sal. * ele deitou-se no sofá ainda com a peça minúscula em mão, de repente as lágrimas que não cessavam, pararam de correr pelo rosto pálido e a garota respirou fundo e disse calmamente ,sem interrupções e nem gagueijos :

- Você não sabe nada sobre mim , arranjo outro melhor que você em um segundo. *ela já estava segurando a maçaneta da porta e ouviu apenas as gargalhadas do loiro.*

           HINATA ON:

Sai daquele lugar correndo o mais rápido que podia, tentando conter as lágrimas, para minha sorte ou azar minha casa não ficava longe do apartamento do Uzumaki, continuei correndo  agradecendo a Kami por não ter ninguém nas ruas , era feriado e quase todos da cidade tinham ido viajar para o litoral ou estavam vendo o desfile no centro, continuei correndo e secando algumas lágrimas teimosas que insistiam em cair no meu rosto, não me importei de ir olhando o caminho afinal eu já sabia de có, não tinha problema, para falar a verdade eu não estava pensando nisso, com um turbilhão de pensamentos na minha cabeça, me  perder do caminho de casa estava mais para uma solução, se bem que com apenas 5 ou 6 quarteirões de percurso era meio impossível . Ora! Mas no que eu estou pensando, estou destruída , meu coração em pedacos dentro de mim, eu sou uma idiota, eu queria morrer, morrer....

- BIIIIIIIIIII

Recebo um baque muito forte do lado esquerdo e tudo fica preto. Chega a ser cômico ,será que minhas preces foram enfim ouvidas ? Bom se fosse isso, teria sido a primeira vez.

- Mas que droga!!! *ouvi uma voz rouca masculina * - Ei, ei fala comigo! Por Kami, fala comigo ! * a voz foi ficando mais desesperada * - Por Kami, você está sangrando muito* a voz se apavorou* - Alguém, Alguém? ALGUÉM AJUDA! QUE DROGA! Que merda de cidade, isso daqui é um deserto? Não tem ninguém?* Senti meu corpo sem levantado cuidadosamente * - Por Kami, será que eu podia estar mechendo em um corpo atropelado? Que se foda! Tenho que levá-lá para um hospital... Puta merda, onde tem um hospital aqui?

Eu fiz um esforço sobrehumano para abir meus olhos , para ver quem havia atendido meu desejo e tentado me matar, consegui! E me deparei com um par de olhos ônix inebriantes olhando para mim com um desespero visível, fiquei olhando por segundos fixamente, ainda pude ouvi-lo

-ei, ei um hospital? Me fala onde tem um hospital ?ei ei! *tentei abrir a boca*

-A. Aven... *a dor que eu sentir foi indescritível e a primeira coisa que veio na minha cabeça foi:

"Ora, você não quer morrer? Não dê chances a ele de te salvar, se polpe da dor..."

-Avenida ? AVENIDA, O QUÊ? Me fala! Mas que droga! Blz, vamo nessa! * meus olhos já estavam fechados e senti ele me colocando no banco de trás do carro.*

-Aguenta aí, você não pode morrer não!