História Destinos entrelaçados - Ainda pode piorar?

Quando minha consciência voltou, fui abrindo os olhos aos poucos, ainda com dificuldade, a primeira coisa que eu vi foi o teto branco e logo em seguida o par de olhos ônix novamente, os olhos mais incríveis que eu já vi, tão profundos que eu podia jurar que via a alma daquele sujeito, depois fui reparando no resto do seu rosto, era lindo! Tanto quanto os olhos, sua pele alva e limpa, sem nenhum defeito, um anjo esculpido por outro anjo..... pera ai!!!! Que anjo o que? Esse demônio tentou me matar!

- você está bem? * ouvi a mesma voz rouca* - você pode falar?

-P.posso. * minha voz me traiu novamente* - v.você tentou me matar e agora está dizendo que sou muda?

- não exagere, você se jogou em cima do meu carro e...

- o quê? Você me atropelou, tentou me matar, eu posso te colocar na cadeia se eu quiser.

- sugiro que não faça isso. * uma voz familiar e feminina invadiu o quarto junto com uma morena.- ele não estava errado, Hina você atravessou a rua com o sinal vermelho e fora da faixa* Kurenai uma amiga bem próxima da familia, tinha sido a melhor amiga da minha mãe, quando criança eu costumava chamar ela de tia, ela sempre teve um senso de humor incrível e se dava muito bem com crianças, não entendia por quê ela ainda não havia tido nenhuma*

- o quê, isso não é verdade! Ele que falou isso?

- sim...

- Ora, ele está mentindo e... *me sentei na cama e até então o moreno nada falou, ficou apenas com os olhos fechados e com o semblante aborrecido*

- sim, ele falou e checamos a câmera de segurança da rua, ele fez tudo certo* ela se aproximou e disse* - outra coisa, a família dele é bilionária e só ele é dono da companhia de advogados mais respeitada do pais, no máximo o que conseguirá é um processo por ter amassado o capô da Ferrari dele.

- Não acredito que falou isso * disse escondendo uma risada e tentando fingir indignação.* - ele tentou me matar

- não tentou não,ele freiou há tempo, foi apenas uma batida pequena,você provavelmente desmaiou pelo susto.

- Kurenai, você é uma médica, não deveria está fazendo descaso de uma paciente, se meu pai soub....* der repente eu congelei. Oh meu Kami, eu estava no hospital do meu pai, eu não acredito. Se eu não morri no acidente, provavelmente ele iria me matar! A Kurenai percebeu meu choque mas não falou nada apenas balançou a cabeça e abriu um pouco mais os olhos*

- não, por favor, não fala para ele, ele nem está no hospital hoje, ele não precisa saber, por fav....

- Então eu não preciso saber, não é? * uma voz fria e açuda disse entrando no meu leito e eu só consegui ouvi a engraçada da Kurenai sussurrar" desculpe, tarde demais"

HINATA OFF/ SASUKE ON:

Por um instante me arrependi de ter conseguido frear o carro a tempo e não ter matado aquela garota irritante, enquanto ela conversava com uma das medicas que parecia ser bem próxima dela, eu a observava, realmente a batida não tinha sido tão forte como pensei, sim quando eu a vi no chão ela estava sangrando muito, mas depois uma das enfermeiras me falou que o corte tinha sido pequeno e que levaria 1 ou 2 pontos no máximo. Ela tinha um curativo na testa e algumas escoriações no braço e eu pude perceber que estavam vermelhos e alguns arroxeados mas isso não era culpa minha, a garota parecia um fantasma, até um belisco ia criar um hematoma naquela pele de neve. Só voltei a prestar atenção na conversa das morenas quando o rosto da garota se apavorou.

- não, por favor, não fala para ele, e nem está no hospital hoje, ele não precisa saber, por favor...* de repente a implicância da garota havia sumido e estava parecendo agora uma criança apavorada, tipo quando a mãe a proíbe de tocar em um vaso caro e a criança teimosa pega e o deixa cair no chão. Pensei em sair dali, eu tinha muito a fazer e alí eu já tinha feito tudo o que eu podia.

-Então eu não preciso saber, não é? *uma voz fria falou em um tom alto e que depois fora diminuindo*

- p.PA.papai, eu...

O quê? Esse general de jaleco branco, disfarçado de medico era o pai dela? Depois notei a semelhança nos olhos e pensei"sem dúvidas""

- Quieta! Você parece um bebê! Não consegue nem atravessar uma rua? Será que eu preciso reencontrar a antiga babá da Hanabi pra ficar te monitorando? * ele disse irritado, aquele homem de coração de gelo se parecia um pouco com meu pai e isso me deixou desconfortável, eu queria sair logo daquele lugar, sempre odiei hospitais, aqueles lugares mórbidos me davam náuseas.*

- você foi o rapaz? * ele agora estava olhando para mim e não se encomodou nenhum pouco em ser gentil. Se ele tratou a própria filha atropelada assim, o que iria fazer comigo? Arrancar minha pele com um bisturi?*

-sim. *falei sem hesitar, esperando e pronto para a discussão*

- lamento pelo carro. * ele falou agora calmo* - eu vou lhe reembolsar pelo prejuízo, já fiz o cheque...

-Não!* Eu o interropi* - não quero, não se preocupe com o meu carro, se preocupe com a sua filha* falei meio irritado saindo daquele quarto, era como se aquele homem fosse a cópia perfeita do meu pai só que de cabelos compridos e disfarçado de médico. Sai o mais rápido possível daquele lugar.

Como ele pode ser tão frio? Não era para menos que a garota estava transtornada na rua, eu no lugar dela também me jogaria no carro ou ate mesmo em um caminhão. Que diabos eu estou pensando? Que se foda, não tenho nada haver com isso!