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História Destiny - Sterek - Phoenix: Rising


Escrita por: NateSummers

Notas do Autor


AAAAAAAAAAAAA
VOCÊS NÃO TÊM IDEIA DE COMO EU AMEI ESCREVER ESSE CAPÍTULO! Sério, na minha opinião, esse é um dos melhores capítulos da Fic. Não sei por que exatamente, mas eu só amei ele. Espero que vocês gostem também.
Kisses.
Love Y'All <3

Capítulo 37 - Phoenix: Rising


POV FAWKES 

2006 

 

Entendam o seguinte: não é fácil você ter que conviver com Jake, o cara que te matou, no Etéreo. Jake nunca fala, exceto por aquela vez em que estávamos olhando o Nemetom. Parece até que ele veio para cá sem língua. Aqui é muito chato. Têm outros espíritos aqui, espíritos de outros seres místicos; lobisomens e bruxas é o que não falta. Bem, pelo menos tem a vantagem deste lugar ter uma espaça infinito. Tipo, literalmente infinito. 

Mas tudo isso aqui, no Etéreo, não importa. Sabe, eu me sinto tão mal por ver o que está acontecendo por aí, pelo mundo, e não poder fazer nada. Eu vejo cada árvore que é derrubada, cada floresta que é incendiada, seja propositalmente ou não, vejo cada guerra, mas não posso fazer nada, posso só sofrer por tudo isso que vejo. 

Às vezes eu fico pensando se... 

- Fênix? - alguém chama. 

Eu me viro e lá está ele, em pé na minha frente. Jacob. 

- Não sabia que você falava, Tempester  - provoco. 

Sua expressão não muda com a provocação. É estranho ele estar tão impassível, afinal eu acabei de praticamente xingar ele de Mãe-Natureza. 

Nós ficamos nos olhando por um tempo, nenhum dos dois diz nada, então reviro meus olhos e volto a olhar para onde estava olhando. 

- Você também sofre, não é? - Ele fala finalmente. Dessa vez não me viro para olhá-lo. 

Pondero por um tempo minha resposta. Não sei o que ele quer. Talvez realmente só queira conversar, mas eu sou uma pessoa muito suspeita de tudo. Finalmente respondo: 

- Sempre. Não é fácil ver aquilo que você lutou tanto para defender, proteger e guardar sendo destruído dessa maneira. Se eu pudesse, eu choraria oceanos inteiros só para curar a natureza que está sendo ferida. 

Merda! Eu falei sobre chorar, o que implica em cura, o que provavelmente o lembrou de sua irmã, que eu não salvei e agora está morta. 

- É difícil pra mim também, sabe? - Ele diz e fica em pé ao meu lado. Ok, né... - Mesmo eu não tendo feito o que eu devia ter feito enquanto ainda era um Elemental, eu ainda me sinto responsável. Acho que até mais responsável ainda pelo fato de eu não ter feito nada antes. 

Tá bom. Vamos admitir: isso aqui tá muito estranho. Até agora eu só havia visto esse cara falando uma vez comigo e foi uma simples frase, agora ele quer começar uma conversa inteirinha? Alguma coisa não tá me cheirando bem... 

- Sabe, não foi nem um pouco fácil pra mim perder minha irmã, principalmente você podendo tê-la salvo... 

- Jake... - tento interromper. 

- Não me chame assim! - Ele grita. - Por favor, não me chame assim. Você não tem o direito de me chamar assim... - diz mais calmamente. 

Assinto com a cabeça levemente, sem nem perceber se ele notou ou não. 

- Como eu estava dizendo... - ele continua. - Não foi nem um pouco fácil para mim perder minha irmã. Ela era a única família que eu tinha, e eu a amava tanto... - Vi uma lágrima correr por seu rosto. Era tão estranho tudo aquilo. - Eu fiquei muito furioso com você - ele continua, mas com um leve sorriso no rosto. - Muito mesmo. Não conseguia continuar vivendo sabendo que podia estar com minha irmã ao meu lado, mas não estava porque você não quis ajudá-la. 

Ao ouvir aquilo eu realmente quis interrompê-lo, chamando-o novamente pelo nome, mas me conti. Ele continuou: 

- Foi aí que eu descobri o que eu era: um dos últimos da linhagem dos Elementais. Só pode existir um de nós por vez, sabia? - Dessa vez ele disse isso olhando para mim. - Eu seria o penúltimo a nascer, então deveria ter mais um depois de mim. Mas eu estava sendo tão egoísta por causa de tudo... No momento em que eu tirei a minha própria vida, eu sabia que tinha sido rompido. A linhagem, eu digo. Agora, por causa do meu egoísmo, o último Elemental não vai nascer. Sabe como eu me sinto quanto a isso? Me sinto péssimo. Eu tenho culpa em tantas coisas, mas em nada eu sinto mais do que com isso e com o fato de eu ter abusado da natureza. Se a natureza foi uma pessoa viva e eu pudesse falar com ela... - ele enxuga outra lágrima que sai rolando. - Bem, eu iria me ajoelhar na frente dela e implorar seu perdão, e jamais iria perdoar a mim mesmo se não o conseguisse. 

Eu ouvia a tudo com muita atenção. Era demasiado estranho ouviu tudo aquilo, tudo aquilo vindo dele. Não que ele fosse exatamente mau, acho que não, ele só estava com raiva. Muita raiva. Eu até entendo, mas acho que ele foi um pouco longe de mais. Não por causa da minha morte, mas por ter abusado da natureza, como ele havia dito. Mas é claro que eu mantive esses pensamentos comigo. 

- Pode dizer alguma coisa agora. Se você quiser, é claro – ele diz. 

Será que eu devo dizer alguma coisa? Se sim, o quê? 

- Tudo bem – as palavras saem automaticamente de minha boca. 

Ele me olha com uma expressão confusa. O pior é que eu também estou confusa, não faço ideia de por que disse aquilo. 

- Como assim "tudo bem"? - Ele pergunta. 

As palavras saem novamente, automaticamente: 

- Tudo bem você ter feito o que você fez. Quer dizer, não exatamente bem porque agora a natureza não possui mais um Guardião para tomar conta dela. Mas, se você quiser ouvir, eu te perdoo, e sei que a natureza também perdoaria. - Ele acena com a cabeça. - Mas eu também queria que você soubesse de outra coisa... 

Ele volta a olhar para mim, curioso. Eu não tinha percebido antes, mas seus olhos são lindos. Verdes. Um verde vibrante, penetrante. 

- Eu queria salvar a Jamille – quando eu digo o nome de sua irmã vejo que ele ficou tenso, retesou os músculos das costas. Continuei mesmo assim. - Eu a conhecia, a considerava uma amiga. Ela nunca me viu na forma humana, mas mesmo assim ela gostava de mim, e eu gostava dela também. Eu queria tanto salvar ela... Mas ela engoliu uma fruta que não devia, acho que ela não conhecia a fruta e... - respiro fundo, pois estava começando a falar muito rápido, de um jeito bem verborrágico. - Eu queria... Mas eu não podia. Eu não conseguiria. Ela engoliu, então estava dentro dela. Mesmo que eu conseguisse chorar, ela teria que engolir as minhas lágrimas, e eu não sei se conseguiria chorar o suficiente. 

- Mas você podia ao menos ter tentado – ele diz, calmo. 

- Sim, eu podia – concordo e dou um suspiro. - Mas eu tinha quase certeza que não conseguiria. Mas eu fiquei devastada com a morte dela. Ela foi minha primeira amiga, ela era tão simpática... - deixo uma lágrima escapar de meu olho esquerdo. - Sinto muito mesmo por ela – digo, encarando-o. - Mas eu não podia fazer nada, e não podia vê-la morrer, então eu fugi. Eu fugi porque me senti impotente e... - paro de falar porque sinto braços me envolverem. Os braços de Jake. 

- Tudo bem – ele diz próximo ao meu ouvido. 

Tudo bem? Hã? Eu perdi alguma coisa? Ah é, acabei de desabafar um pouco aqui. Jamais pensei que Jake iria me tocar por pura vontade, muito menos me abraçar. Era estranho... mas era bom. 

- Só de você ter lembrado do nome dela durante todos esses anos, só de você saber do nome dela... Isso já mostra que você se importava com ela – ele diz olhando em meus olhos e começa a se afastar. - Eu queria te perguntar uma coisa, Fênix... 

- Fawkes – digo. - Meu nome é Fawkes. Por favor, use-o. 

Jake abre um leve sorriso e acena com a cabeça. 

- Claro – ele diz. - Então, Flocos, você sentiu alguma coisa estranha ultimamente? 

- Bem, eu... - começo a responder, mas paro de repente. - Espera aí... Flocos? 

- Você acabou de dizer que era seu nome, não foi? - Ele diz com um sorriso no rosto. Reviro os olhos. 

- Enfim, sim. Eu senti alguma coisa estranha ultimamente, mas não sei dizer o que é. 

Jake balança a cabeça de modo afirmativo. 

- O que tem em mente? - Pergunto. 

Ele fica calado por alguns momentos, mas responde: 

- Eu acho que alguma coisa vai acontecer. Algo sobrenatural. Eu não sei como, mas ainda consigo sentir um fragmente de ligação com a natureza, com o mundo dos vivos. Mas eu não saberia dizer o que pode acontecer. 

Estranho... Eu também percebi isso, que ainda havia sobrado um fragmento da nosso ligação com a vida. No começo eu pensei que era apenas paranoia pós-morte, mas depois de uns séculos tive uma quase certeza. Agora é certeza absoluta. Mas o que será isso? O que significa? E por que... 

- O que foi isso? - Pergunto ao sentir ao como... um terremoto? 

- Parece um terremoto, mas é impossível. Não dá pra sentir essas coisas do Etéreo - Jake comenta, também sentindo. 

E então eu penso a partir do que ele diz... 

- E se for aqui? No Etéreo? - Pergunto, ainda sentindo os tremores. 

- Mas isso é impossível! - Ouço Jake gritar. O terremoto está assumindo som, dá para ouvi-lo. Os outros seres sobrenaturais também o sentem. 

Olho para a frente, mas não vejo mais o lugar onde eu estava. Vejo... o Nemetom? Ele virou apenas um tronco. Fazia tantos anos que eu nem olhava essa árvore... Um segundo após ver que era o Nemetom sou transportada para outro lugar, para de baixo do Nemetom. Parece um porão. 

Estranho. Olho ao redor, mas não vejo nenhum dos outros seres que estavam no Etéreo, apenas Jake, ele ainda está do meu lado. O terremoto passou. Olho ao redor do porão e vejo que tenho um garoto segurando uma menina em seus braços, encostado nas raízes do Nemetom. 

- Paige... - o nome sai simplesmente da minha boca. 

- Você a conhece? - Jake pergunta me olhando, confuso. Nego com a cabeça. 

Mas é estranho. É como se eu a conhecesse. Como se eu tivesse que conhecê-la. 

Fico olhando para os dois ali e... Espera aí, o que você está fazendo, garoto? 

- NÃO! - grito. 

Ele a matou. Por que ele a matou? Eu vi seus olhos... ele era um lobisomem. Mas por que ele a matou? 

Alguns segundos depois de ver o brilho deixar os olhos da garota sinto algo estranho. É como se eu estivesse sendo puxada até ela... O quê?! Eu estou sendo puxada até ela! Olho para gente, que está com uma expressão de assustado e com certeza não sabe o que fazer. Ele segura minha mão. Ele tenta segurá-la para que eu não seja levada, mas não adianta. Acho que nós dois já entendemos o que está acontecendo. 

- Por favor, se você realmente me perdoou, me ajude. Eu preciso voltar e compensar tudo que fiz e deixei de fazer – ele diz e então me solta. Eu sinto quando adentro o corpo de Paige. O corpo morto de Paige. Eu sei o que vai acontecer. Não sei como nem por quê, mas sei que vai e eu vou fazer o meu melhor para tudo e todos, assim como fazia antes. 

Vita, me aguarde, pois voltarei para você daqui a sete anos. Eu ascenderei de volta à vida!



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