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História Destiny - Sorte


Escrita por: FemmeFatale

Notas do Autor


Olá!! Desculpem a demora. T-T
Espero que gostem desse capítulo, fiz ele grandinho como um presentinho de natal procês. HSAHSHOSA
Obrigada pelos que acompanham a fic e realmente espero que continuem até o final. Até logo, pessoal. Feliz natal (um dia atrasado) e um feliz, próspero e muito saudável ano novo para todos!!

Capítulo 20 - Sorte


 O meu coração bateu ainda mais forte, ao abrir a porta. Lá estava WooYoung, com aquele seu sorrisinho encantador de criança. Ele estava vestindo a minha camiseta, o que, obviamente, eu achei que foi uma ótima escolha para este dia.

Cumprimentamo-nos e fiz sinal para que entrasse. WooYoung aparentava estar um pouco nervoso, o que não era assim tão estranho, visto que até as minhas mãos já estavam suando de tanto nervosismo. Parece até que como se estivessemos no nosso primeiro encontro. Como se fôssemos adolescentes. Era um pouco engraçado.

Aos poucos o clima tenso estava se dissipando e ficamos mais a vontade. Conversamos bastante durante a janta, comentando dos tempos de colégio, sobre a banda e etc. Em nenhum momento algum de nós tocou no nome daquele cara, o que é um alívio porque não estava nem um pouco a fim de falar dele, por mais que esta escolha repentina tenha me surpreendido.

Sentamos no sofá e ligamos a TV. Estava passando um drama bem esquisitão e engraçado. Eu observava as reações do meu pequeno ao assistir. Como eu sentia falta dessa risada e de ter um momento só nosso novamente. Nossos olhares se cruzaram e rimos um para o outro, feito bobos. Logo em seguida começou um filme de terror – que não poderia vir em hora melhor – e WooYoung ficou todo encolhido no sofá. Fui até meu quarto e peguei um cobertor pra nós. Antes de voltar fiquei encarando-o por mais algum instante e então me surgiu uma ideia.

Aproximei-me calmamente e cuidando para não fazer barulho algum, até chegar ao pé de seu ouvido.  “1...2...3...” Contei mentalmente. “Já!”

– Dê-me a sua almaaaa –  falei com a voz mais aterrorizante que  pude e ri maléficamente.

WooYoung pulou de susto e deu um grito. Depois ficou me encarando com aquela carinha assustada.

Foi épico.

Ele começou a me xingar e bater. Segurei as suas mãos.

–  Foi tão engraçado, WooYoung. Você deveria ter visto a sua cara!

–  Não teve graça não! O meu coração quase saiu pela boca... Agora me solta.

–  Não solto, não. Você só vai me bater mais se eu fizer isso.

–  E você merece! Me solta agora.

– Nãnaninanão!  –  Puxei-o em minha direção e ele ficou bem próximo a mim. – Você é tão fraquinho...

–  Você que é forte demais  –  Virou a cara, emburrado.

Ri dele e depois o soltei. Sentei ao seu lado enquanto assistíamos ao filme. Dava pra notar claramente que ele estava morrendo de medo, mesmo tentando não deixar transparecer isso. Esse WooYoung...

Coloquei minha mão sobre a dele e ele a segurou forte. Aos poucos fomos nos aproximando mais até que ele estava praticamente agarrado em mim, escondendo de vez em quando seu rosto em meu ombro para não ver as cenas mais fortes. Confesso que mal prestei atenção no filme, pra mim, era muito mais interessante prestar atenção no que ele fazia e, melhor ainda, em seu corpo tão próximo ao meu.

– Você é tão medroso. Não consegue nem ver esse filmezinho chinelo...

Ele aproximou seu rosto ao meu, com uma cara levemente irritada.

–  Não sou, não. E esse filme não é “chinelo”, levou uns 4 oscars, ok?

– Tem muito filme ruim que ganha vários oscars hoje em dia...

–  Idiota.

–  Medroso. Medroso. Medroso. Medrosooo!

–  Cala a boca!

– Vem calar então.

Ele hesitou por um momento entendendo o que eu queria dizer com isso. Ficamos nos encarando por um tempo.

–  Eu não... –  Virou o rosto que estava levemente corado.

– Então deixa que eu calo por você.

Beijei-o quase que de surpresa. Acreditava que ele já deveria esperar por uma reação dessas, pois acho que sou um pouco previsível.

No início seus lábios nem se moviam, devido a surpresa – eu espero – mas pouco a pouco pude sentí-lo se soltar e  me beijar docemente, de um jeito que só ele consegue. Afastâmo-nos e ficamos encarando um ao outro, com um sorriso bobo no rosto. Acho que posso dizer sem medo de errar que aquele momento ficou eternizado na minha memória. Foi alí que pude sentir a sua paixão novamente, que tive certeza que era só nós e mais ninguém.

Eu estava tão feliz por isto!

 

~~ JunSu POV ~~

Já eram umas 10 horas da noite e o atrasado do Taec não chegava nunca. Ele disse que chegaria umas 9 horas... 9 HORAS ACREDITA? Já tentei ligar pro celular dele e nada de ele atender, em casa muito menos. Ele está me ignorando? Ele estaria me traindo?  Um milhão de coisas passaram pela minha mente. Ele não era do tipo que se atrasa sem aviso prévio, ainda mais um atraso tão grande. Alguma coisa havia acontecido e eu tinha certeza disto.

Meu celular vibrou em meu bolso e eu o conferi rápidamente, me senti meio decepcionado ao ver que não era ele, e sim a minha mãe. Não que eu não goste dela, eu a amo muito mesmo, mas vocês me entendem, né?

Atendi e ela parecia um  pouco aflita. Tentei acalmá-la.

– Eu preciso falar com você, JunSu... É uma coisa muito séria mesmo.

– Pode falar, mãe, estou ouvindo.

– Acho que você deveria se sentar antes. Isso não vai ser fácil... eu.. eu não queria dizer isto por telefone mas não tem outro jeito.

– Estou sentado, mãe. Pode falar...

Senti ela puxando o ar e lentamente soltando, preparando para largar a “bomba”. Estava ficando preocupado, a minha mãe estava realmente abalada com alguma coisa.

– É o seu pai, JunSu. O seu pai, ele...

Ela ficou quieta. O silencio pairou entre nós. Ninguém disse nada.

– O que aconteceu com ele?

Ela não disse nada.

– Mãe? MÃE? O que está acontecendo?

Ela continuou calada por alguns instantes até que consegui escutar algo.

 

O seu choro.

 

– Por favor mãe. Não me diz que o pai... Que o pai está...– Meus olhos encheram-se de lágrimas.– Essa brincadeira não tem graça, mãe... O pai tem uma saúde de ferro, isso não pode ter acontecido.

– Fi-Filho.. Seja forte, por favor! – Ela desligou.

Eu sabia que ela nunca brincaría com um assunto sério como aquele, mas parte de mim esperava escutar um “Pegamos você!” com a voz do meu pai. Meu amado pai... Mesmo sabendo que ele não era de fazer esse tipo de coisa mas eu não queria e nem podia acreditar que alguma coisa havia acontecido com ele.

 

Não tinha jeito.

 

A campainha tocou. Não estava nem um pouco a fim de atendê-la. Na realidade eu mal conseguia escuta-la. A minha cabeça estava completamente cheia depois desta notícia. Quanto mais eu pensava, mais lágrimas surgiam em meus olhos. Soluçava como uma criança perdida, afinal, era exatamente como eu me sentia.

 

– JunSu! JunSu!

 

Escutava alguém chamando o meu nome, mas não conseguia identificar o dono da voz.

 

– JunSu? Você está bem? JunSu, abre a porta! Sou eu, meu amor.

 

Era Taec. Ótima hora que ele resolveu aparecer. Só agora que ele lembra que em namorado? Só agora que ele lembra do nosso encontro? Não estava em condições de atendê-lo. Além da raiva, outra coisa maior me impedia disto: Fraqueza. A notícia que recebi removeu o pilar que me deixava em pé, ela me desabou totalmente.

 

– Por favor, JunSu... Meu pandinha. Eu sei que você está aí e que provavelmente está brabo comigo mas... eu juro que eu posso explicar. Apenas abra a porta pra mim. –  Ele batia forte na porta. Batia, batia e batia sem parar.

No momento em que senti um pouco de força resolvi tentar me levantar. Agora as batidas estavam forte demais, o que aumentava ainda mais a chance de a minha cabeça explodir de vez.

Abri a porta encarando o chão e me direcionei novamente para o sofá, antes que o restante de força que ainda tinha se acabasse e me fizesse cair no chão. Daria tempo, se ele não tivesse me segurado. Bastou isso, apenas isso, para que eu perdesse o equilíbrio e caísse. Ele me segurou a tempo, mas isso fez com que ele visse o meu rosto inchado e encharcado de lágrimas.

– Junsu.. –  Ele ficou triste –  me desculpe, por favor. Eu não sabia que você poderia ficar assim, eu não tive culpa. O transito estava de matar, demorei muito pra conseguir chegar aqui por isso. Tentei te avisar, eu juro, mas quando fui te ligar percebi que havia esquecido o celular em casa. Eu não queria te deixar assim...

Perdoei com facilidade, afinal, que força eu tinha pra me irritar? Pra fazer um barraco? Agora com certeza não era hora disso. O que eu precisava era bem diferente: um abraço, calor humano, qualquer coisa que me fizesse sentir seguro, que restaurasse minha força; e eu sei que ele era capaz disso.

– Tudo bem. –  Abracei-o e ele retribuiu. Pegou-me no colo e me levou a minha cama.

Ele me deitou de lado e se deitou na minha frente. Ficamos nos olhando.

–  Há mais alguma coisa, não é? Tudo isso não é só por minha culpa...

Concordei com a cabeça.

– Se não quiser me dizer agora eu entendo. Se acalme primeiro e depois você me conta.

Taec puxou meu rosto até seu peito e acariciou minha cabeça. Pude sentir seu coração bater. Fechei meus olhos e me deixei adormecer em meio de seus carinhos.

 

~~ JunSu Pov OFF~~  

 

Acordei com os raios de sol batendo em meu rosto, esfreguei os olhos e quando os abri percebi onde e com quem eu estava. Ele estava dormindo com a cabeça apoiada no sofá. Acabamos dormindo alí mesmo, esquanto assistíamos alguns filmes que passavam na tv.

Ontem foi uma noite boa que me fez pensar que ChanSung me fez tomar a decisão certa afinal. Era assim que deveria ser desde o início. Eu e  Khunnie tinhamos, de certa forma, uma história juntos. Eramos amigos desde pequenos e sempre tivemos uma conexão diferente dos outros (mais ou menos parecida com Taec e Junsu), nos davamos muito melhor. Inicialmente pensei que era porque considerava ele o melhor dos meus melhores amigos, se é que vocês me entendem. Achei que era só amizade mesmo, até porque na minha idade eu nem pensava na possibilidade de me apaixonar por uma garota, então por um garoto muito menos. Na real eu nem sabia direito o que era toda essa coisa de amor. Pra mim, o único amor que eu tinha na época era o que sentia pelos meus pais. No entanto... Bem, as coisas foram mudando e eu fui crescendo e descobrindo coisas novas. Acho que eu tinha uns 14 quase 15 anos, quando eu senti que alguma coisa estranha estava acontecendo. Eu e Khunnie estavamos indo pra aula de natação pela primeira vez, – até ai tudo bem – mas, então, na hora de colocar a roupa de banho me bateu uma curiosidade, sei lá, deu vontade de olhá-lo, vocês sabem pra onde. Dei uma leve espiada, mas era tarde, ele já havia colocado a sunga – que do mesmo jeito deixava transparecer um pouco sua parte intima e que, de algum modo, aumentou a minha curiosidade sobre o assunto. Depois que saímos da piscina chegou a hora do banho. Essa era a minha chance! Eu poderia vê-lo e por mais tempo. Ele estaria totalmente exposto. Resolvi ficar no chuveiro ao lado do dele, para ter uma visão melhor. Sorte que era tudo aberto, assim não teria que espiar de um jeito mais descarado –  o que não estava disposto a fazer, eu espero. Não me preocupei com o fato de ele querer me ver também porque eu acreditava que essa possibilidade nem deveria existir. Enfim, comecei o meu banho e discretamente olhei para o “amiguinho” dele. Senti uma coisa estranha, não queria parar de olhá-lo, ele era bem grande (mesmo sem estar ereto) e... bonito! Meu deus. Eu realmente estava gostando do pênis de outro cara, queria tocá-lo, mesmo sabendo que não podia. Discretamente olhei para o restante de seu corpo, mesmo estando em plena adolescencia seu corpo já era provocante e muito atraente. Olhei para o meu “amiguinho” e percebi que estava ficando realmente animado. NINGUÉM PODERIA VER ISSO. Eu estaria perdido se isso acontecesse. Seria zoado pelo resto da minha vida, sem falar que se Khunnie percebesse que isso era por causa dele... eu nem queria imaginar o que aconteceria! Terminei o meu banho depressa, peguei a minha toalha e o tapei. Vesti-me e disse que o esperaria lá fora – onde era mais seguro.  Não tive curiosidade alguma que conferir os outros “amiguinhos” do banheiro. Não sabia o porque disto, mas o único que eu queria ver no momento era o dele.

Tentei tirar tudo aquilo da minha cabeça durante semanas, meses e alguns poucos anos até. Chegou uma hora que decidi que não dava mais para evitar, eu estava muito atraído por ele e não tinha dúvida alguma sobre isto. Nenhuma mulher me interessava. Já tentei até espiar algumas no vestiário do banheiro feminino – por que eu estava extremamente desesperado, ok? –  e também acessar sites pornos coisa que não me adiantou nada. Bem, na verdade adiantou sim. Fez-me perceber que aquilo com certeza não era pra mim. E mais uma vez a curiosidade me atiçou novamente...  Pensei que, como não senti nada ao ver os sites pornográficos héteros, talvez, isso também acontecesse se eu acessasse os gays. Foi aí que eu percebi que eu estava errado. Fiquei excitado facilmente, pelo menos comparado ao outro tipo de site que acessava. Eu definitivamente e sem sombra de dúvida alguma era homossexual.

Khunnie, que estava em sua plena puberdade e era um dos populares da escola, vivia saindo com várias garotas. Pelo que eu acreditava, ele comia umas 4 por semana no mínimo. Achava que era melhor arrumar um jeito de esquecê-lo, mas não conseguiria a menos que eu me afastasse. O que eu não estava disposto a fazer de maneira alguma.

Uma certa noite ele se auto convidou pra dormir lá em casa. Passamos quase a noite inteira jogando video games e assistindo animes. Era quase umas 4 da manhã quando decidimos “dormir”. Dormimos na mesma cama (pois ela era de casal e supostamente os dois eram heteros o que não seria estranho pra ele), eu estava virado de costas pra ele e ele de costas pra mim.

– Young? Você está dormindo?

– Estou sim, não ta vendo?

Ele se virou e bateu na minha bunda forte.

– Seu idiota! – xingou baixo, rindo. – Vira pra mim.

Virei, mesmo sabendo que, se eu não virasse talvez pudesse receber outro tapa daqueles e que, por sinal, eu havia gostado.

– Ao seu dispor, principezinho.

Inicialmente ele me encarou um pouco, parecia querer dizer algo que não conseguia. Achei que era apenas impressão minha.

– WooYoung, você é virgem?

Abri meus olhos surpreso com a pergunta. Se eu estivesse bebendo algo certamente teria cuspido na cara dele.

– QUÊ?

– shhh. Quer acordar todo mundo? – Ele colocou seus dedos em minha boca em sinal de silêncio. – Só fiz uma pergunta...

– Hm... – Pensei em mentir, mas não faria sentido algum em fazer isso. Não o traria pra mim, bem pelo contrário, talvez apenas afastasse mais a possíbilidade. – Até onde eu saiba sou virgem sim. – forcei um sorrisinho.

Ele concordou com a cabeça, como se já estivesse esperando por isso.

– Sabe, sempre pensei que a minha primeira vez devia ser com alguém especial, mas acabei fazendo uma grande bobagem esses dias, achando que me faria esquecer outra pessoa. – ele não me olhava nos olhos – Eu transei com uma garota qualquer pra esquecer outra pessoa, dá pra acreditar?

Senti ciúme, sem dúvida alguma. Porém, não tinha muita certeza do que exatamente. Era pelo fato de ele ter perdido sua virgindade com alguém que ele não gosta ou por ele gostar de uma garota? Ou pelo fato de que ele havia confirmado pra mim naquele momento que era hétero? O que na minha cabeça era isso que ele tinha dito.

– Você não deveria ter feito isso. – Falei um pouco alterado, mas tentei disfarçar.

– Eu sei.. sei muito bem que fiz uma grande merda. Eu queria que, sabe, eu e a pessoa que eu amo perdessemos a virgindade juntos, sabe. Só que isso não ia dar certo nunca. Essa pessoa nem ao menos gosta de mim do mesmo jeito que gosto dela.

Tentei controlar meu ciúmes, o que não era nada fácil, e tentei aconcelhá-lo. Se eu tivesse prestado mais atenção na época teria percebido que ele nunca havia falado que estava apaixonado por uma garota, apenas que havia transado com uma e que nem gostava. Ou seja, eu poderia ter mais esperanças. Só que, obviamente, nunca passou pela minha cabeça que eu pudesse ser correspondido.

Outras várias noites parecidas com aquela ocorreram, onde ele me pedia ajuda com a pessoa que ele era tão apaixonado.

 Lembrei-me então, novamente, daquele dia marcante. No qual eu esperava ser apenas outro dia que eu teria que ajudá-lo com suas paixões (o que não tava assim tão errado). O dia em que ele se declarou. Quando senti que estava começando uma nova vida.

 

O destino nos juntou quando ele se mudou pra cá, ou talvez ele talvez nem exista de verdade. Afinal, o que é destino? Segundo o dicionário é a sucessão dos fatos, supostamente necessários;  uma fatalidade; e até mesmo sorte. Não sei dizer o que é certo. Será que uma pessoa só tem um destino? Ou será que poderia ter mais de um? O que até que faz sentido, pois, com uma simples mudança o destino se altera. É o que eu acho pelo menos. Ou não. Talvez tenhamos destinos diferentes e, mesmo alterando o seus caminhos, possamos escolher o que é melhor pra gente. É. Talvez seja isso mesmo. O meu melhor destino deve ser com Khunnie. Haveria menos problemas, seria tudo mais fácil. Seria tudo muito melhor. Coloquei-me a pensar novamente agora...

 

Será que o caminho mais fácil é realmente o melhor a se seguir?

 

Ele então acordou, com a cara meio amassada e os olhos enramelados e os coçando levemente, conseguindo finalmente abri-los.

– Bom dia! – Sorriu ao me ver enquanto se espreguiçava.

– Bom dia, Khunnie. – Retribui seu sorriso.

Ele me olhou mais um pouco e me beijou forte e rápidamente, levantando em seguida.

– E aí, meu garotinho já tomou café ou ficou só me olhando dormir a manhã inteira?

Peguei uma almofada do sofá e toquei nele.

– Engraçadinho! Eu estava assistindo tv.

Ele olhou pra ela e me olhou de volta.

– Mas ela está desligada...

– Eu desliguei agora a pouco, para não te acordar, mas vai saber porque você acordou bem na hora...

Ele fingiu acreditar e foi preparar o nosso café da manhã. Eu me levantei e peguei o meu celular para conferir o horário, eram umas 8 e meia. Olhei para o dia da semana, era segunda-feira, e depois para data e me liguei que faltava apenas uma semana para a audição. Seria na segunda que vem, as três horas da tarde em um auditório da cidade. Além da banda A.N.Jell, grandes produtores e artistas também presenciariam aquilo. Ouvi dizer que até apareceria na tv, o que me deixava ainda mais nervoso.

Corri até NichKhun e mostrei a data de hoje para ele,.

– Falta só uma semana... – comentou e pelo jeito eu não havia sido o único a perceber isso só agora. – Precisamos nos esforçar mais nessa semana! – Concordei com a cabeça

Depois do café (maravilhoso como sempre) de NichKhun passei em casa para pegar os meus materiais da faculdade e os trabalhos que tinha que entregar e saí. Não vi sinal algum de ChanSung, mas não me importei muito pois já estava atrasado.

Ao chegar junto a NichKhun – de mãos dadas e tudo – na faculdade algumas pessoas nos olhavam torto, outras apenas fofocavam e tinha até gente tirando foto. Falando em foto, uma garota, que eu não tinha certeza  se estudava aqui, nos parou para tirar uma com a gente. Ela dizia que nos adorava e, mesmo com ciúmes, apoiava o nosso namoro. Até disse o famoso “fighting” pra gente.

 Os membros acharam melhor nem comentar nada sobre o que havia acontecido e sobre a nossa volta repentina de namoro. Sabiam que não era hora e nem lugar. Conversamos apenas sobre a audição e marcamos ensaios mais longos nessa semana. O nosso dia estava chegando e eu esperava não ter colocado tudo a perder e nisso se resumiu a nossa semana. Os dias se passaram muito depressa, quando me dei conta já era domingo. Estava no meu quarto preparando o meu figurino para o dia seguinte e escutei algum barulho no apartamento da frente.

ChanSung finalmente havia aparecido?!?

Não o via desde a coletiva de imprensa. Não tive noticia alguma de onde ele estaria e o que estaria fazendo, só sei que não apareceu em seu apartamento desde então. Eu imaginava que ele deveria estar em seu escritório, bastante ocupado, mas achei que seria melhor eu ficar na minha.

Sem pensar já estava abrindo a porta de casa para cumprimentá-lo e eis tenho uma surpresa. Era no apartamento da frente, sim, mas não era ele. Alguém estava se mudando pra lá. Um casal (hétero) que eu desconhecia. Eles olharam pra mim e me cumprimentaram, retribui educadamente.

 

– Com licença, desculpe intrometer, mas vocês estão se mudando para este apartamento?

Eles concordaram.

– Você deve ser WooYoung, não é? ChanSung falou sobre você e, bem, temos tv também. Espero que tudo se acerte entre vocês.

Agradeci e eles voltaram a sua mudança. Pareciam ser boa gente e, pelo jeito, próximos a ChanSung, mas me entrigava essa história de ele ter se mudado assim de repente. Deve ter aproveitado um horário em que eu não estava em casa para isso...


Ele estava me evitando?

 


Notas Finais


E aí? Que que acharam do WooYoung relembrando o passado? Espero que tenham gostado.
Sobre o JunSu vocês já sabem porque coloquei isso, né? Vou mudar, mesmo que no final da fic, para MinJun, o seu nome. ^_^ /esse spoiler pode né?
Fiquem bem pessoal!!!
Beijão.


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