História Destiny - Acertando o passado

-Eu gosto de você...eu me apaixonei por você Kihyun – termino.
Não foi assim que eu pretendia me declarar.
Ele solta-se. Eu continuava olhando para o chão.
-Quem você pensa que é Changkyun?! – ele fala irritado – por que você me deixa tão confuso, você acha que é só dizer belas palavras que eu vou voltar correndo pra você? Está muito enganado.
-Desculpa, eu sei...
-Não você não sabe, você tem certeza que sabe algo sobre mim? – sentia seu olhar, parecia que podia me cortar ao meio.
-Me deixe provar então! - digo alto, olhando em seus olhos agora.
-E como vai fazer isso? Me beijando? Acho difícil – notei certo desprezo em sua voz - olha se você está com medo que eu não vá ajudar você com o SeoJun está enganado, eu vou continuar trabalhando...
-Não ligo pra isso – seguro seu rosto com minhas mãos – eu quero você Kihyun ao meu lado.
Ele olhava no meus olhos e eu nos seus, não sabia o que ele estava vendo, mas eu via tristeza e solidão nos dele, isso me deixa preocupado. Não devia ter demorado tanto para abrir meus sentimentos a ele.
Kihyun segura meus pulsos e tira minhas mãos de seu rosto. Ele está tão distante e frio.
-Tenho que ir – ele olha para baixo – preciso pensar Changkyun.
-Tudo bem – digo por fim, ele venceu.

1 hora depois...

Onde ele deve estar? Será que ele comeu algo? Ele pode estar com alguém?
“Porra Changkyun você tinha que desistir e deixa-lo ir?!” falo comigo mesmo.
Estava sentado no sofá, encarando o celular que se encontra na mesinha pequena á minha frente.
Eu devia ligar para alguém e pedir ajuda?
Shownu? Não, ele vai me dar um conselho de uma hora e meia.
Pegue o celular e liguei para o primeiro nome que veio em mente.
Alguém atende e não reconheço a voz.
-Wonho? – pergunto ao estranho.
-Sim, quem é?
-É o Changkyun.
-Meu deus, deixa eu ver se não esta caindo meteoros do céu.
-Engraçadinho – reviro os olhos, podia imaginar Wonho sorrindo do outro lado da linha.
-Então, por que ligou?
-Preciso de um conselho.
-Tem haver com o Kihyun?
-Tem.
-Fala.
Conto que morávamos juntos, nessa hora tenho certeza que ele devia estar com um sorriso malicioso nos lábios, também falo o que aconteceu na casa do Shownu e do Minhyuk.
-Posso mandar a real?
-Pode.
-Se fodeu.
-Nossa obrigado por dizer o obvio – digo irônico.
-Mas eu até posso ajudar você.
-Serio? Qual sua ideia?
-Já ligou pra ele?
-Não.
-Como assim você não ligou pra ele?! – ele altera um pouco a voz – Changkyun ainda bem que estamos conversando por telefone, senão já teria batido nessa sua cabecinha pra ver se entra algo sobre relacionamento ai dentro.
-Eu estou com medo...
-Se você continuar com esse medo vai perder a pessoa com quem você se importa muito, você prefere perder esse medo ou perder a pessoa que ama?
-Preciso responder isso.
-Responde logo.
-Prefiro perder meu medo.
-Isso agora você vai me ouvir com muita atenção – ele diz calmo.
-Ok.
-Pelo que deduzi Kihyun está carente, ele precisa saber se você se importa com, ele também deseja sua atenção Chang, é nessa hora que você deve correr atrás dele, mostrar que se importa.
-Ok, mas como faço isso?
-Quanto tempo ele saiu daí?
-Uma hora...
-Vou te matar quando o encontrar na rua – podia imaginar ele colocando a mão na cabeça, olhando para o chão indignado – um erro você já cometeu.
-E qual foi?
-Você devia ter liga pra ele pelo menos quinze minutos depois, por que ele ia perceber que você está preocupado.
-Mas eu estou caralho, eu nem tenho mais unhas pra roer, estou com uma puta dor de cabeça...
- Isso não importa agora – ele faz uma pausa – sabe pra onde ele iria?
-Não faço a mínima ideia, por que você acha que estou preocupado!
-Changkyun eu realmente quero muito bater em você.
-Você com certeza não é o único.
-Faz o seguinte fica ligando para ele, uma hora ele atende.
-Essa é sua brilhante ideia?
-Tem uma melhor? – fiquei em silencio – não né, imaginei.
- E se por uma ajuda do destino, de Deus, sei lá, ele atender o que eu falo?
- O que você sente – ele diz como se fosse obvio e era.
-Só isso?
-Olha se você disser tudo que sente, ele vai falar onde esta e VOCÊ vai até ele, entendeu? – ele faz questão de dar ênfase na palavra você.
-Entendi.
Ficamos um pouco em silencio, até que escuto alguém do outro lado da linha gritar: “com quem está falando, amor?” devia ser o Hyunwoo. “Com o Changkyun!” responde Wonho. “Fala que mandei um oi’ o outro diz.
-Hyunwoo mandou um oi – Wonho entrega o recado.
-É eu ouvi, você são sempre barulhentos ou é só no telefone?
-Você é sempre reclamão ou é só quando o amor da sua vida vai embora?
-Vai se foder.
- Com o Hyunwoo.
-Nojento.
Ouço ele rir.
-Fiquei muito feliz de você ter ligado – ele disse sereno.
-Fazia tempo que não tínhamos esse tipo de conversa, admito que estava com saudades.
-Eu também estava – podia imaginar ele sorrindo, eu também estava –  a conversa está boa, mas tenho que ir!
-Ok, obrigado Wonho.
-Que isso, sempre que precisar estou aqui.
-Digo o mesmo.
Nos despedimos e desligamos.

Não demoro nem um minuto e já ligo para Kihyun. Ele não atende. Eu ligo de novo, de novo, de novo...
Estava começando a perder a esperança. Perdia as contas de quantas vezes havia ligado. E quando estava desistindo alguém atende.
-Caralho, o que você quer? – diz uma voz desconhecida, eu podia reconhecer a voz do Kihyun em qualquer lugar, eu tinha certeza que aquela voz não pertence a ele e também Kihyun nunca ia atender o celular assim.
-Quem fala?
-Um amigo do Kihyun.
-Posso falar com ele?
-Primeiro, ele esta no banho e disse que não era pra mim atender suas ligações, mas eu não aquentava mais esse barulho irritante e segundo, ele não quer falar com você.
-Por favor, eu só quero ouvir que ele esta bem sem mim, só quero dizer que sinto a falta dele e que ele é especial demais pra mim para sair assim dá minha vida, eu ficaria feliz só de ouvir a voz dele, mesmo que ele me xingasse até não houver mais palavrão, mesmo que ele quebre meu coração em mil pedaços, eu só quero saber se ele esta bem, eu só quero me desculpar por ter sido idiota e não ter enxergado o que estava na frente dos meus olhos, por não ter dado o devido valor, por ter tido medo de abrir meus sentimentos com alguém que amo, com quem me importo, com alguém que daria a minha vida parar vê-lo feliz –  paro e respiro fundo, estava quase chorando – eu só quero que ele saiba...
-Ele sabe, Kihyun estava esse tempo todo ouvindo.
-QUE?! – grito.
-Achei fofo e pela cara dele, também achou.
“Desliga esse telefone agora” ouço a voz de Kihyun.
Antes de desligar ele passa o endereço dele.

Chego no endereço que o desconhecido havia passado para mim.
Era um prédio, ele disse que o numero do seu apartamento era 13.
Vou ate um grande porta e na parede ao lado havia vários botões com os números dos apartamentos presumo.
Aperto o que continha o numero 13.
Fico apertando até alguém atender.
-Changkyun? – ouço alguém dizer, o desconhecido sussurrava.
-Sim – respondo aproximando-me do lugar onde saia o som que fica ao lado de onde eu fala para ele me escutar.
-Pode subir, quinto andar – ele falou ainda mais baixo.

A porta que antes estava trancada se abre com um barulho horrível, entro e fecho a porta e vou direto para o elevador. Paro no quinto andar e vou em direção a porta que em cima tinha o numero treze.
Minha mão suava frio e estava tremendo. Parecia um adolescente que estava preste a conhecer a família da(o) namorada(o).
Agora é tudo ou nada.