História Destiny - Um erro que levou a uma perda

-Quem é você? – pergunta Seungwoo.
-Soube que o Kihyun esteve aqui.
Seungwoo olha para trás do homem e vê dois seguranças ou muralhas já que eram enormes, mas havia mais alguém a ali, o dono do prédio, havia entregado ele.
“Filho da...” não terminou de dizer sua frase mentalmente, apenas fechou a porta na cara deles e a trancou, correu até a mesinha de centro onde se encontrava o celular, pegou e correu para o banheiro trancando a porta.
Seungwoo digitou os números do telefone de seu amigo com os dedos trêmulos, suava mais que o normal e seu rosto havia perdido a tonalidade de antes, agora está branco. É isso que o medo causa.
Suas pernas não estavam mais suportando seu peso, o garoto se encosta na parede e se abaixa lentamente até estar sentado no chão gelado do banheiro.
Sente um pouco de alivio quando seu amigo atende.
-Ele está aqui! – o celular tremia em sua mão, sua voz saiu arrastada, o medo estava o deixando paralisado – ele está aqui Kihyun! Me ajuda!
Assim que escuta a porta ser arrombada desliga o celular. Agora lágrimas escoriando pelo rosto branco do garoto. Criou força e ficou de pé, ouviu os passos pelo apartamento, sentiu um frio percorrer sua espinha e apoiou suas costas na porta.
Alguém parou em frente a porta  e chamou por mais pessoas.
-Derrubem! – ele disse.
Seungwoo vai para frente com o primeiro chute, sua costa estava ardendo, mas mesmo assim volta para seu lugar e mais um chute, ele gemia de dor e chorava alto, não conseguia gritar e sabia que ninguém iria ouvir e se ouvissem não ajudariam por medo.
No quarto chute, o menino de cabelos pretos cai no chão levando as mãos para se proteger, agora não só suas costas estavam ardendo como suas mãos e joelhos. A porta é derrubada e eles entram.
-Não devia ter tentado fugir – O garoto logo percebeu que era o pai de seu amigo que estava falando e isso o fez ficar com mais medo ainda, pois ele sabe o quão perigoso esse homem pode ser.
-Vai pro inferno – Ele tentava esconder seu medo.
-Pode ter certeza que eu vou, mas antes irei matar muita gente, sabe a viajem tem que valer apena.
O menino de cabelos negros senta corretamente e encara o seu adversário.
-Sabe meu filho está com algo que pertence a mim – SeoJun se ajoelha do lado do garoto que se encolhe – e eu pensei ele deixaria o que ele roubou com alguém de confiança, não ficaria com ele.
-Eu não sei do que esta falando – mentiu.
-Não sabe é? Então por que fugiu de mim? Por que se escondeu?
-Kihyun disse que você é perigoso.
-Não acredito em você.
-Isso não é problema meu!- Seungwoo olha nos olhos do senhor de cabelos grisalhos, esses olhos estavam sem vida, só consegui ver que algo maléfico se escondia por trás deles, algo que não devia ser visto por ninguém, mas mesmo assim o garoto expressou raiva e desprezo pelo mesmo.
-Eu realmente estava tentando tornar as coisas mais fácil, mas como você não facilita... – ele pegou o braço do garoto e lançou um sorriso assustador para o mesmo, apenas a ideia de ver alguém sentir dor o fazia feliz – espero que você saiba escrever com a esquerda. Quebrem o braço dele.

CHANGKYUN

-E-e-eu não...consigo...dirigir – digo em meio aos gemidos.
-Para o carro.
Consigo achar um estacionamento de supermercado, ainda estava aberto, mas o local estava deserto e muito escuro, paro em uma vaga.
-O que mais que meu Hyung deseja? – falo com falsa inocência e com um sorriso safado no rosto.
-Quero um beijo bem aqui – Ele vira um pouco a cabeça e aponta para seu pescoço – Você pode fazer isso para seu Hyung?
Faço que sim com a cabeça.
Solto o sinto e aproximo nossos corpos, coloco um mão em sua cintura e outra em sua nuca. Meus lábios estavam indo de encontro aquela pele branca que eu tanto adoro encher de marcas, mas o celular começa tocar e não era qualquer musica é decalcomanie da mamamoo, eu gosta dá musica, mas não num momento como esses.
Ele sorri e me afasta, pegando seu celular, depois de ter visto o numero, olha para mim sorrindo como se pedisse permissão para atender.
-A ligação é para você – falo meio irritado. Ele que começa as provocações e agora quando estava ficando serio resolve atender uma ligação.
-Desculpa – ele fala baixo e atende.
Sua expressão muda logo que ele coloca seu celular ao lado dá orelha, era um misto de emoções raiva, tristeza, preocupação, isso esta me deixando com medo.
- Quem é? – perguntei com receio.
- Não desliga...SEUNGWOO! – a respiração dele começou a ficar mais pesada e seus olhos estavam lacrimejando. “O que está acontecendo?” penso - precisamos voltar rápido para casa do Seungwoo.
Olho para mãos dele, estava tremendo muito.

Assim que chegamos na porta do apartamento do garoto percebi que não podia esperar coisa boa, pela primeira  vez não quero estar certo.
Kihyun entrou correndo pelo apartamento, que se encontrava com a porta arrombada e todo destruído por dentro.
Ele correu de cômodo em cômodo e eu também, mas só havia sangue, muito sangue.
Ouço ele soluçar.
-Ei Kihyun – ele se encontrava parado na minha frente de costas com a cabeça baixa.
-Temos que encontrá-lo...eu...eu...
O abraço por trás, envolvendo meus braços em sua cintura e apoiando meu queixo em seu ombro.
-Nós vamos encontrá-lo, mas você tem que se acalmar – ele parava de chorar, então continuo – alguém pode já ter levado para o hospital...
Vejo que um sorriso se forma em seus lábios, mas era um sorriso de deboche.
-Desde quando você se tornou tão otimista? Seja honesto, você não liga.
Solto ele e antes que pudesse contrariar o que ele havia me dito, o telefone toca. Nós nos entreolhamos.
-Melhor você atender – digo.
Ele revira os olhos e vai cautelosamente em direção ao telefone. Pegando-o e atendendo rápido como se a cada segundo um pouco de sua coragem sai de seu corpo.
-Alô?

KIHYUN

-Alô?
-Você é rápido.
Sabia a quem pertencia aquela voz. SeoJun.
-Onde ele está? – minha voz sai tremida, mas do que espera.
-Ele sofreu um acidente e eu trouxe ele para o hospital.
-Não estou falando do meu amigo – menti, é claro que estava falando dele, mas não posso demonstrar fraqueza.
-Você escondeu bem, até demais – notei que ele estava um pouco irritado.
-Você nunca vai achar.
-Apenas aguarde meu filho.
Como ele ousa me chamar de filho?!
Apenas desligo e seguro o celular com força, não consigo controlar a raiva que estava sentindo, ela passa por minhas veias, estava em todo meu corpo, eu só queria gritar e quebrar algo.
Arremesso o telefone na parede, isso faz com que um pouco dá raiva passe.
Olho para o lado e vejo que Changkyun me olhava assustado.
-Vamos para o hospital mais próximo – disse tentando não chorar.

Seungwoo estava deitado imóvel em uma cama de hospital, havia apenas um corte em seu rosto e se encontrava em sua bochecha, queria poder dizer o mesmo do seu corpo, mas não podia. Ele tinha duas costelas quebradas, mais um braço e uma perna engessada e hematomas por todo o corpo.
Isso é tudo culpa minha. Como fui tão descuidado?
Viro-me e vejo Changkyun olhando para mim, eu conhecia aquele olhar, era pena. Por que ele está tão longe?
-Eu lamento – ele disse olhando nos meus olhos – eu já paguei a conta e liguei para os pais dele.
-Obrigado – digo baixo – e me desculpe, eu estava errado.
-Você estava nervoso, eu entendo.
Não, ele não entendia, por que ele não está sendo sincero? Changkyun, eu sei quando está mentindo.
-Amanhã nós vamos acabar com ele.
-Como? – ele pergunta assustado franzindo o cenho.
-Eu vou fazer isso por você, pelo Seungwoo e por todos que já tiveram suas vidas interrompidas por ele – abaixo a cabeça, minha garganta estava doendo de tanto segurar o choro. Sem perceber uma lágrima escorre.
Percebo que Changkyun vem até mim e me aperta com si.
-Ei, nós vamos conseguir – ele passa a mão pelos meus cabelos e seguro sua camisa com força – temos que sair daqui antes que os pais dele apareçam.
-Tá bom – me afasto.
Ele sorri e pega minha mão.
-O que é isso? – olho para as mãos entrelaçadas.
-É o que namorados fazem.
-Desde quando estamos namorando?
-Os pais dele já vão chegar vamos – ele começa a me puxar e eu dou uma ultima olhada em Seungwoo. Quando ele ver a carta e ele ira me ligar.

Depois desse dia longo e cansativo a única coisa que eu quero fazer é dormir. Mas não conseguia, minha mente fica formulando perguntas que não havia respostas, eu apenas olhava para o teto e tentava responde-las.
Estava deitado em minha cama, quando ouço alguém bater na porta. Olho e me deparo com Changkyun me olhando curioso.
-O que foi? – pergunto estranhando a forma como ele me olhava.
-O que está fazendo aqui?
-Dormindo – repondo como se fosse obvio e era.
-Mas por que aqui?
-Você quer que eu durma com você? – pergunto sorrindo.
Ele confirma fazendo que sim com a cabeça, o que foi bem fofo e infantil pra alguém dá idade dele.
Levanto e vou até ele e pego seu braço
-Vamos logo dormir – sorrio e viro o rosto para ele não ver que estava sorrindo, pude ouvir ele rindo baixinho.

Eu fui o primeiro a deitar e me cobri até a cabeça, caso ele tente algo. Changkyun deitou devagar e cobriu igualmente a cabeça, pude sentir sua mão na minha bochecha, meu coração disparou e fechei os olhos tentando me controlar, não queria que ele soubesse que fico assim só com um simples toque. Ele se aproxima mais e deixa um rápido selar em meus lábios.
-Boa noite – ele diz com a voz rouca.
-B-boa noite.
Ele tirar o coberto de nossas cabeças e eu vou para mais perto dele me aconchegar em seus braços.