1. Spirit Fanfics >
  2. Destiny >
  3. Capitulo -20-

História Destiny - Capitulo -20-


Escrita por: cassia_inez

Notas do Autor


Boa tarde amores!!
Sábado, dia de capitulo... espero que gostem!
Bjs, e ate sábado que vem, tenham uma otina semana <3

Capítulo 21 - Capitulo -20-


Parte Bruno

 

 

Olho para o relógio, e são exatamente cinco para a meia noite. Caralho, demorei demais, que desculpa eu vou inventar para engambelar a Ashley?

Entro no elevador, e tomo um susto com a minha própria cara. Estou um pouco descabelado, com a blusa amarrotada, e tem uma marca um pouco avermelhada no meu queixo. 

 

-Caralho Destiny, você disse que não iria deixar marcas porra!-me encarei no espelho passando a mão por sima.

 

Sorrio. Sorrio, por que eu sinto o seu cheiro, ele impregnou em algum lugar, não sei se na minha roupa, ou na minha pele. Só para me foder ainda mais! 

 

Sorrio ainda mais, estou satisfeito? Talvez feliz seja a palavra certa!

 

Estive com ela novamente, estive com a mulher que assombrou os meus pensamentos por muitos, e muitos anos, e sim, ela esta ainda mais gostosa do que antes. Melhor. Esta muito, muito mais gostosa do que antes, agora ela e uma mulher completa.

 

Sai do elevador quando cheguei ao térreo, passei apressado pela portaria, já estava muito tarde, eu precisava ir, e não poderia me dar ao luxo de ser parado por ninguém no meio do caminho. Entrei no meu carro, travei as portas, e relaxei. O seu cheiro emanava de algum lugar, cheirei a minha camisa, e la estava ele, cheirei os meus braços, e ele também estava la. Resultado, ela estava colada em mim, como uma sombra. Liguei o ar condicionado do carro, o tempo não esta tão quente, tampouco abafado demais, mas quem sabe não dispersa o seu cheiro de mim, no caminho ate em casa?

 

Dirijo pelas ruas escuras, e penso o que vou fazer para a Ashley, não vir cheia de questões para o meu lado. Dizer que sai para tomar um ar, ela vai brigar e muito comigo. Dizer que faltou bebida e eu fui buscar? Sozinho, serio Bruno? Consigo ouvir a sua voz em meus pensamentos. 

 

-Porra, e agora?-olho para o lado e vejo uma floricultura, noto que a moça parece estar prestes a fechar as portas. Mas do lado de fora esta escrito 24 horas. Não sabia que existia floricultura 24 horas? Bem, deve ser o salva vidas de muito marido adultero!-sorrio. Ou noivo!

 

Estaciono o carro, e entro apressadamente, a moça leva um susto, e quando me olha parece não acreditar. Eu sei, eu causo este efeito nas mulheres. Pedi o maior, e mais bonito arranjo de flores vermelhas-as preferidas da Ashley-, o mais rápido que ela pudesse arrumar para mim. Ela me olhou com uma cara que dizia tudo. Hum, este fez uma merda daquelas. Eu fiz mesmo, e quer saber? Não me arrependo!

 

Abro a porta do carro, o lado do carona, e arrumo o enorme arranjo de flores no banco. Ele e tão grande que mal consigo ser visto por trás dele. Ele não é proporcional a minha culpa, por que se fosse, seria apenas uma rosa. Sigo para casa com aquele maldito sorriso de satisfação na cara. Coisa de homem que acabou de dar aquela bela fodida muito da gostosa. Preciso retira-lo dai antes de chegar perto da Ash. Estaciono o carro, e graças a Deus, a primeira pessoa que vejo e o Phil.

 

-Onde você estava cara, esta ficando maluco? A Ashley esta uma fera!

 

-Eu imagino que sim, mas agora eu não posso!-abri a porta do carona. Toma, segura para mim, eu preciso ir ao meu quarto antes.

 

-Caralho, a merda deve ter sido astronômica!-exclamou quando viu o tamanho do buque de flores.

 

-Digamos que eu não chamaria de merda!-me encarou erguendo uma sobrancelha.

 

-Cara, o que você fez?-eu sorri de canto. Não vai me dizer que transou com a mulher que disse ter um filho seu!

 

-Ela não disse ter, ela tem! E sim, ela foi a minha paixão de adolescente, e eu não resisti, foi mais forte do que eu!-disse enquanto caminhava cozinha adentro, passando pelos garçons.

 

-Mais forte do que você ,serão  os tapas que a Ashley vai te dar!

 

-Que nada!-olhei para a Tathianna, e sorri maneando a cabeça em forma de agradecimento. Vai ficar tudo bem!

 

Segui para o quarto pela escada dos fundos, e me troquei. Coloquei uma outra camisa, muito parecida a que eu estava antes, e coloquei a jaqueta por sima, acho que ela não vai reparar. Passei mais uma camada de perfume por sima, e desci normalmente, dando de cara com a minha noiva em uma conversa animada com uma das amigas que estava gravida.

 

-Amor, o que houve, você sumiu!-me encarou com uma taça de alguma coisa nas mãos.

 

-Desculpa!-coloquei a minha melhor cara de culpa, mesmo não sentindo nenhuma.

 

-Onde você foi?

 

-Eu...

 

-Espera, você se trocou? Esta blusa e outra, não?

 

-Claro que não amor, você deve estar e confundindo, acho que já bebeu demais!-sorri retirando a taça de suas mãos, beijando os seus lábios, e ela sorriu concordando.

 

-Verdade!-sorri. E que marca vermelha e esta no seu queixo?

 

-Marca?-me lembrei da marca que vi no elevador. E que eu bati com o queixo na porta do carro!

 

-Nossa amor, você esta bem?-me olhou preocupada.

 

-Estou, fica tranquila!-a abracei sorrindo.

 

-Esta cheiroso!-sorriu baixinho rente ao meu pescoço.

 

-E para você minha querida!

 

-Te amo muito Bruno!

 

-Também!-sorri beijando a sua testa. Bem, eu sai para te comprar algo, tentar fazer uma surpresa. Eu queria ter lhe comprado um cordão, sabe, aquele que você ficou apaixonada quando viu na Tiffany?-amo quando penso rápido. Mas já estava fechada, por isso eu lhe trouxe flores! -a virei de frente para onde o Phil estava com as suas flores. Mas fica tranquila, ainda vou lhe comprar a sua joia!-disse rente ao seu ouvido, e indo em direção ao meu amigo.

 

-Amor, elas são tão lindas! E ele e enorme!-sorriu admirada ao pegar as flore, com certa dificuldade.

 

-Que bom que gostou! 

 

-Eu amei!

 

Ela me beijou os lábios, e eu respirei aliviado, ela não tinha percebido absolutamente nada! 

Bruno, você e um filho da puta de muita sorte!

 

 

Parte Destiny

 

 

A porta se fecha, e eu sinto um arrepio tomar o meu corpo, uma brisa, algo estranho. 

 

Olho para o chão, e a minha calcinha de renda vermelha esta ao lado da mesinha de centro. Pego a peça em minhas mãos, e me sento no sofá. Arrependimento, sera que é isso? A vaca esta deixando o meu corpo, levando o prazer, e deixando a bagunça para a santinha se virar, e dar o seu jeito de arrumar. São como irmas gêmeas, a boa, e a ma! A escolha da ordem fica a critério de quem lê.

 

Encosto a cabeça no sofá, e fecho os olhos. O seu cheiro esta aqui. Na realidade a sua presença e tão forte, que consigo sentir ate o seu corpo colado ao meu. A sua pele tocando a minha pele,  a sua boca beijando a minha boca.

 

-Mas que porra você fez? Tinha que ser com ele, logo com ele? Logo com quem fode a sua vida, e os seus pensamentos em segredo a anos?

 

Peter agora e um homem comprometido, mesmo que pareça que ele não ligue muito para fidelidade, mesmo assim, existe uma pessoa alheia a tudo isso, e que eu não sei, mas talvez, não mereça levar este belo par de chifres.

 

Agora a pergunta da gêmea ma, ou boa, não sei. 

 

Quem liga? Quem se incomoda se ela levou chifre ou não? O importante e que você fodeu duramente, com o cara, o seu cara, o seu Peter de anos atras, e se você disser que foi ruim, eu dou na sua cara, por que os gemidos que ecoaram pela sala, não eram de quem estava achando tudo ruim.

 

-Me sinto suja!-respiro fundo. Preciso de um banho urgente.

 

Me levanto do sofá e sinto o seu liquido escorrer devagar pela minha perna. Vou para o banheiro, o meu corpo esta leve, e a minha cabeça pesada. Acho que já da para notar qual gêmea comanda o que, não e?

Tomo um banho da cabeça aos pés, tentando dar um equilíbrio coerente a tudo dentro, e fora de mim.

 

-Ele continua tão... gostoso!-sorrio mordendo os lábios. Mas e comprometido, e isso não pode mais acontecer!

 

Me arrumo já no quarto, coloco um novo vestido, aquele esta sujo. Vou para a cozinha, e faço um chá. Serio, um chá? Por que não um shot? Já fez a merda mesmo! 

Ligo a TV em um canal de musica, toca uma seleção de musicas com a pegada mais hot, e depois de passar Justin Timberlake – Sexy Back, adivinha quem começou a tocar? 

]Isso mesmo ele, cantando Gorilla, enquanto se esfrega com uma linda mulher dentro de um carro. O filho da mãe e sexy ate dando uns amassos. Me pergunto o que a agora noiva dele achou deste clip?

 Eu iria adorar, mas só se fosse eu ali. 

 

Que foi? Não sou tão santa assim, só não gosto de "filha da putagem"!

 

-Ainda acordada?-Tathi tranca a porta atras de si. Um, ele tem esta pegada mesmo?-olha para a TV. Sempre quis te perguntar isso!

 

-O que?-olhei para ela, mesmo ela sendo minha amiga a anos, não pretendia contar isso a ela.

 

-O que o que, cara pálida? Não me olhe com esta cara, o meu apartamento esta cheirando a sexo, e a sua cara não me engana, nos conhecemos a vinte anos!-esqueci que não consigo mentir para ela. Usaram camisinha não e?

 

-Você sabe que uso contraceptivo injetável!-revirei os olhos, burra, admiti mesmo sem querer. De quem são as flores?-mudo de assunto.

 

-Não adianta tentar mudar de assunto, ate por que elas são suas!-praticamente joga em meu colo o buque de rosas de um vermelho intenso. E eu tenho certeza de quem seja!

 

-Impossível, não existe floricultura 24 horas. Existe?

 

-A umas duas quadras daqui!-sorriu.

 

-Uau, o índice me mulher chifruda na cidade deve ser altíssimo!-comentei distraída encarando as minhas flores.

 

-Sem duvidas! E pelo tamanho do buque que uma certa aniversariante recebeu hoje, sei que mais uma chifruda foi coroada com sucesso!-sentou ao meu lado no dofa.

 

Digo a ela que fodemos loucamente em seu sofá? Não!

 

-Não fala assim, me sinto péssima!-baixei a cabeça, e vi o cartão.

 

-Amanha passa!-sorriu batendo na minha perna. Ainda tem vinho?-se levantou indo para a cozinha.

 

-Sim! "Obrigado por me receber tão bem, estou com o seu cheiro grudado em meu corpo! Não esqueça do que me prometeu. Beijos, Peter"-li em voz alta ela iria ler o cartão de qualquer forma mesmo.

 

-O que prometeu a ele, um segundo encontro?-sorriu.

 

-Contar ao Nick a verdade!

 

-Graças a Deus! -se aproxima. Isso já era para ter sido feito!

 

-Eu sei, eu sei! Vou contar a ele amanha, assim que chegar em casa.

 

-Precisa de apoio moral? 

 

-Sempre!-sorri, e ela me abraçou.

 

-E ai, ele ainda e como antes?

 

-Melhor!-gargalhamos.

 

Não consegui dormir direito durante a noite, estava ansiosa, receosa, com medo na realidade. Não sei qual sera a reação do meu filho, mas só de pensar nisso já me deixa morta de medo. Acho que eu piro se ele não entender o meu lado, serei a mãe mais infeliz deste mundo. E a culpa sera unica, e exclusivamente minha! 

 

Eram quatro da manha quando recebi um alerta de mensagem, olhei no celular, e era o Peter.

 

"Preferi mandar mensagem, não sei se ainda esta acordada, mas, provavelmente não. Gostou das flores? Espero que sim! Estou ansioso para o nosso proximo contato, e eu espero que seja muito em breve. Beijos Peter."

 

Penso por alguns minutos o que responder, e se devo responder. Olho mais uma vez a sua mensagem, as flores ao lado da cama, e por fim respondo.

 

"Amei as flores, obrigada! Sera, eu prometo, a não ser que ele não esteja preparado para falar com você! Beijos Des."

 

Coloco o celular de lado, e mais uma vez tento fechar os olhos, mas algumas lembranças voltam a minha cabeça. Lembranças boas, não de agora, de anos. Como o dia em que o Nick, perguntou pela primeira vez do pai, o seu primeiro tombo, o seu nascimento, a gestação, coisas que já passei, e passo com ele. As suas crises de asma. Senhor como já te pedi que guardasse o meu filho, e permaneço a pedir que o proteja sempre de todo o mal.

 

 

(***)

 

 

Entro em casa, e o Nick ainda não chegou da escola. Subi direto para o meu quarto, deixo a mala no canto, e retiro os sapatos, jogando a bolsa sobre a cama. Preciso de um banho, necessito relaxar um pouco, estou tensa demais com a minha futura conversa.

Vou ao meu closet, e escolho uma roupa fresca para colocar depois do banho. Vejo uma conhecida caixa, e os meus pensamentos e emoções me levam para outro lugar, me levam para um certo momento. Abro a caixa e vejo o porta retrato, o mesmo que ganhei dele no meu ultimo dia no Havaí. Na imagem a perfeita visão que eu tinha todas as vezes em que estava em seus braços. Hoje, vejo que a foto foi proposital, só pode! Ela me faz sentir tudo o que eu sentia em seus braço, tudo o que senti ontem quando estive em seus braços.

 

-Mãe?-coloco a foto no lugar.

 

-Nick?

 

-Oi, sai mais cedo hoje!-sorri.

 

-O que houve?

 

-Não tivemos os últimos dois tempos, e ao invés de ficar la, eu voltei pra casa.

 

-Quem te trouxe?-o encarei.

 

-Eu estava vindo para casa andando, mas a mãe do meu amigo, me trouxe.

 

-Poderia ter me ligado.

 

-Não sabia que já tinha voltado!

 

-Certo, também acabei de chegar!-o abracei. Como foi ontem?

 

-Bem! E com a senhora?-respirei fundo.

 

-Bem! Filho, eu preciso conversar com você!-segurei em sua mão, e nos sentamos na cama. Droga, nem deu tempo de tomar um banho.

 

-O que houve mãe?-me encara parecendo confuso.

 

-Eu quero começar te pedindo desculpas!

 

-Pelo o que?

 

-Seu pai, desculpas por ter te escondido isso por tanto tempo!

 

-Esta tudo bem! Eu vou enfim, saber quem ele e?-me olha todo serio, lindo como o pai.

 

-Vai! Eu estive com ele ontem novamente.

 

-Ontem? Então a senhora não foi trabalhar?

 

-Sim, eu fui, na realidade, ontem o nosso trabalho no Buffet, era para ele!

 

-Pra ele?

 

-Bem, era para a namorada dele, na realidade noiva!

 

-O meu pai já tem uma outra família?

 

-Não uma família, por que de filho, ele só tem a você, mas ele construiu muito mais do que você imagina!-sorri.

 

-Quem ele e mãe? Eu só quero conhece-lo, saber quem ele e!

 

-Você já o conhece, ate já falou com ele!-me encarou, e eu estava me borrando de medo.

 

-Fala mãe, estou ansioso!

 

-E o Peter!

 

-Que Peter?

 

-Aquele meu "amigo".

 

-O seu amigo Peter?

 

-Isso!

 

-O que te ligou naquele dia?-apenas confirmei com a cabeça. Então foi por isso que a senhora quase bateu com o carro?

 

-Foi!

 

-Caramba mãe, passei tão mal naquele dia!-me encara seriamente.

 

-Me desculpa!

 

-Por que não me disse logo que era ele?

 

-Por que eu fiquei com medo de você não me compreender, não compreender os motivos de eu não ter lhes dado a oportunidade de conviver com ele.

 

-Eu não entendo o por que a senhora fez isso! A senhora diz que não foi culpa dele...

 

-Não, ela foi minha! Eu fui completamente apaixonada pelo seu pai, e quando eu engravidei dele, eu fiquei confusa, eu liguei para a sua avo, que na época ainda era viva, e ela me deu o numero do seu pai, e quando eu liguei para ele, eu perdi a coragem de falar...

 

-Por que?

 

-Ele disse que estava correndo atras do sonho dele, e que nada, e nem ninguém iria fazer com que ele desistisse!

 

-Então ele não quis saber de mim?

 

-Não e isso, eu que não contei, ele não sabia sobre você ate um mês e meio atras!

 

-Ele já sabe sobre mim?-confirmei. E por que não me procurou?

 

-Eu o impedi, fiquei com medo!

 

-Medo de que mãe?-nos seus olhos eu ja vejo a decepção, e sinceramente, a vontade de desistir de contar vem a tona.

 

-De você ficar aborrecido comigo. Meu filho entenda, você e tudo o que eu tenho!-os meus olhos marejaram.

 

-A senhora esta com medo de eu me apegar ao meu pai, e te deixar?-parece ler os meus pensamentos.

 

-Eu... Eu não quero isso!

 

-Mãe? Isso e... Isso e uma coisa horrível! A senhora esta me privando de conhecer o meu pai, por puro egoismo?-ele se levanta. A senhora sempre me ensinou a ser o mais correto possível, o mais justo, e no fim das contas, a senhora que esta sendo injusta comigo?-a sua decepção e mais do que obvia.

 

-Me desculpa!

 

-Eu quero falar com ele!-me encara, ele esta muito serio. Isso e, se ele quiser falar comigo!

 

-Ele quer, ele me pressionou, ate me ameaçou, que se eu não te contasse a verdade, ele iria descobrir onde moramos, e iria vir atras de você!-endureço a minha voz. E isso que você quer?-o encaro também. Um pai obsessivo, possessivo, que diz ser capaz de tudo, e ainda me ameaça? 

 

-A senhora esta ouvindo o que esta falando? Pior, o que esta fazendo?-vejo os seus olhos marejarem. Tentando me colocar contra o pai que eu  acabei de descobrir que existe?-eu coloquei a mão sobre a boca me arrependendo imediatamente.

 

-Eu não quero te perder, eu só tenho você!-a minha voz sai falha por entre os dedos.

 

-Eu não fui, ou vou a lugar nenhum ainda! Mãe, isso doentio!-a primeira lagrima escorre dos seus olhos, ele esta muito decepcionado comigo.

 

-Eu sei, eu estou sendo exagerada, mas me entenda, eu só estou com medo!-e neste momento eu também choro.

 

-A senhora não tinha o direito de me esconder isso! A senhora não tinha o direito de me privar de te-lo perto de mim!

 

-Eu só o reencontrei agora!

 

-Mas teve a chance de falar com ele no passado! Antes de eu nascer.

 

-Eu pensei nele, no sonho dele!

 

-E qual era o sonho dele?

 

-Ser musico!

 

-E ele alcançou o seu sonho?-ele passa as mãos nos olhos vermelhos.

 

-Sim! Hoje ele e um cantor muito famoso, e conhecido!-ele me encarou, parecia procurar em sua memoria, algum cantor com o nome Peter.

 

-Eu não...

 

-Você e a cara dele, e a cara do seu pai!-ele foi em direção a minha penteadeira onde tinha um enorme espelho. A unica diferença e que você tem a pele um pouco mais clara, e os olhos verdes!

 

-A senhora quer dizer que...

 

-Sim meu filho, o ele e o seu pai! O Bruno Mars, ele e o seu pai!-ele me encarou através do espelho.

 

-Não, isso e brincadeira!-ele saiu de perto do espelho. A senhora esta brincando comigo!

 

-Eu não estou Nícolas! Peter e eu, nos conhecemos no inicio de 2003, muito antes dele se enfiar neste mundo atras dos seus sonhos. Ele sempre teve uma vida artística muito intensa, desde pequeno se dedicou a musica. Quando nos conhecemos ele formava um trio com mais dois amigos, e enfim, nos apaixonamos! De inicio seria apenas um namorico de ferias, mas quando eu voltei, eu descobri que estava gravida!

 

-A senhora deveria ter contado a ele!

 

-Eu sei meu amor, e me culpo por isso! Não me culpe também!

 

-E impossível mãe!-ele voltou a chorar.

 

-Nícolas!-dei um passo em sua direção.

 

-Por favor mãe, eu preciso ficar sozinho!-deu as costas.

 

-Nick, por favor!

 

-Desculpa mãe, eu estou confuso!-simplesmente deu as costas saindo do quarto, e batendo a porta com força!

 

Me sentei na cama, e senti o chão desabar bem embaixo dos meus pés. Eu nunca, jamais poderei me perdoar se o meu filho ficar tão decepcionado, ao ponto de parar de falar comigo. Eu acho que piro se ele me ignorar, ou não me perdoar. 

 

Escondi o rosto entre as mãos e chorei, chorei um choro doido, magoado, um choro de arrependimento.


Notas Finais




Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...