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História Destiny - Prologue


Escrita por: sonyeondream

Notas do Autor


Oláááá. Como sempre, não pude aguentar guardar o capítulo pronto. Eu espero que vocês gostem ♥

Capítulo 1 - Prologue


O jovem homem dirigia o carro rapidamente pela rodovia. A noite estava caindo, e o sol poente criava uma linha de fogo no horizonte. A mulher, sentada ao seu lado, cantarolava baixinho uma música antiga qualquer. A cada poucos segundos eles se olhavam e sorriam. Nunca antes estiveram tão felizes.

No banco de trás seu bebê dormia tranquilamente, alheio a tudo que acontecia à sua volta. Sua mãe o olhava pelo espelho do carro, uma expressão do mais profundo amor em seus olhos. A criança era o seu pequeno tesouro, e com apenas seis meses já havia tomado completamente o coração de ambos os pais. Eles agora viajavam para, pela primeira vez, mostrar seu pequeno filho aos avós, que os importunaram até que finalmente o fizessem.

A estrada estava escorregadia devido à chuva que caíra mais cedo, e o dia se esvaia rapidamente em tons de laranja.

-Sabe, se eu soubesse que ficaria tão feliz, teria me casado antes... –O pai disse, olhando de canto para a mulher sentada ao seu lado.

-Se você tivesse se casado antes, não teria me conhecido, e, portanto, não seria tão feliz. –Ela disse, rindo.

-Ah, eu não teria tanta certeza. Onde você aprendeu a ser tão convencida? –Ele retrucou, apesar de também estar sorrindo.

-Aish, seu... CUIDADO!

Os olhos dela se arregalaram repentinamente, fitando um ponto da estrada à frente. Em seus orbes castanhos a cena se repetiu, a duplicata perfeita da tragédia iminente. Um outro carro vinha de encontro à eles. Os poucos segundos antes da colisão foram suficientes apenas para que o jovem casal desse as mãos e trocasse um olhar apaixonado, antes de sentirem o impacto.

O carro rodopiou no ar uma, duas, três vezes antes de cair com força sobre os restos do que outrora foram rodas. A cabeça da mulher pendeu para o lado, um filete de sangue escorrendo de um corte profundo em sua testa. O homem, por algum milagre, ainda estava consciente. A criança, firmemente amarrada à cadeirinha no banco de trás, agora berrava a plenos pulmões.

O homem sentiu cheiro de gasolina, e apavorou-se. Sofregamente soltou-se do cinto de segurança e segurou no colo a pequena criança enrolada em cobertores. Desceu do carro, arrastando a perna que com toda a certeza estava quebrada. Naquele momento, não sentiu nenhuma dor física. A dor maior estava em sua mente, seu coração. A dor maior provinha da perspectiva do inevitável.

Meio andou, meio se arrastou até onde pode, completamente ignorante à cena que se desenvolvia ao seu redor. Acariciou de leve a bochecha rosada da pequena criança em seu colo. Admirou uma última vez o pequeno nariz, herdado da mãe, e os olhos, no formato dos seus. Sentiu as lágrimas quentes começarem a escorrer.

-Min... Yoongi... –Ele parou, sentindo uma pontada do seu lado esquerdo, sorvendo o ar com dificuldade crescente. –Nós... O... Amamos...

Ele depositou um beijo suave na testa do pequeno bebê, e sentindo o coração se despedaçar, largou-o sob a grama no acostamento da estrada.

Sabia que ia morrer. Sabia que, se saísse dali, morreria de qualquer jeito. Portanto, escolheu ficar, até o fim. Arrastou-se novamente até o carro, a visão cada vez mais turva. Sentou-se no banco e prendeu o cinto de segurança, como se nunca tivesse saído dali. Puxou a mão da esposa e a apertou. Ficou surpreso quando viu os olhos dela se abrirem um pouco.

-Você... –Ela parecia ter ainda mais dificuldade para respirar do que ele. Parecia estar se agarrando ao último sopro de vida. –Você o levou?

-Sim... Ele está... A salvo... –O homem respondeu, ofegante.

A mulher assentiu, e sua expressão se suavizou. Olhou nos olhos do homem que tanto amou, e com quem agora compartilhava seu ultimo suspiro.

-Eu te amo. –Ela sussurrou, apertando a mão dele com o que lhe restava de força.

-Até que a morte nos separe. –O homem citou, enquanto fitava pela ultima vez os olhos da mulher que fora o amor de sua vida.

E, então, o carro explodiu.

 

***

O outro jovem casal, que viajava logo atrás, observava atônito os acontecimentos se desenrolarem. Quando viu o que estava prestes a acontecer à sua frente, o homem freou o carro bruscamente, agradecendo mentalmente a todos os deuses por seus instintos aguçados.

-Você está bem? –Ele perguntou para a mulher ao seu lado, que olhava fixamente para a estrada com uma expressão chocada. –Ei... –Ele disse, também olhando para frente. Sentiu seu queixo cair ante a cena que presenciava.

Um homem, lavado de sangue da cabeça aos pés, carregava em seus braços uma trouxinha de cobertores amontoados. O casal viu quando ele falou algo para o que quer que estivesse em seus braços, e quando ele depositou um beijo suave entre as cobertas. Viu também que ele chorava, e que seu peito se erguia com grande dificuldade. Viu quando ele depositou o pequeno embrulho na grama à beira da estrada, e voltou arrastando-se para o carro. Quis gritar para ele, mas suas vozes estavam perdidas em algum lugar entre o choque e a emoção. Viu quando o carro explodiu em chamas cor de laranja, mesclando-se com os tons do sol poente. Viu tudo isso, completamente alheios ao que se passava dentro do carro, que agora já não passava de uma massa de metal retorcido.

O som da explosão pareceu acordar a mulher do seu transe. Trêmula, ela soltou o cinto de segurança e correu até à beira da estrada, onde o homem estivera pouco tempo atrás. Voltou para o carro segurando firmemente a trouxa de cobertores nos braços; nos olhos, uma expressão decidida.

-O que você está... –O homem começou a perguntar, mas sua voz emudeceu assim que viu o que sua esposa carregava nos braços. –Oh, meu deus...

Ali estava um bebê os olhando com os pequenos olhinhos castanhos arregalados. Seu pequeno rostinho estava lavado por lagrimas, e em sua testa havia a marca de um beijo sangrento. Os olhos do homem marejaram. Aquele homem havia se sacrificado para salvar seu filho.

-O que nós faremos? –Ele balbuciou, ainda estupefato.

-O que nós faremos? –Sua mulher o olhou como se ele fosse demente. –Nós o criaremos, é óbvio.

-Nós... O que? –O homem pareceu finalmente ter recuperado a sensatez, depois de tantos choques seguidos.

-Você não vê? É um sinal. Nós estávamos indo em busca de uma criança para adotar, mas a criança que nós devemos adotar veio até nós. –Ela falou, a convicção explícita em cada uma das suas palavras.

O homem pensou em discutir, mas olhando nos olhos assustados da criança aninhada nos braços de sua esposa, não pode deixar de sentir a verdade nas palavras dela. Uma pessoa havia se sacrificado por aquela pequena criaturinha, que agora estava desamparada e só. A vida lhes dera uma chance, e eles não podiam ignorá-la.

 

~~DOIS ANOS DEPOIS~~

 

-Querido! QUERIDO!

O homem, que estivera ocupado brincando com o seu pequeno filhinho, saiu correndo assim que ouviu sua esposa gritar. Depois de dois anos, já nem se importava mais que a criança fosse adotada; amava aquele menino com todas as suas forças, como nunca pensou que seria capaz de amar.

Correu desabalado, esbarrando nas paredes e escorregando nos tapetes, até que chegou ao quarto. Analisou demoradamente as faces de sua esposa, tentando descobrir o que havia de errado. Ela estava pálida, os olhos arregalados e a boca escancarada. A mão esquerda repousava sobre o peito, logo acima do coração, enquanto a direita balançava instável ao lado do seu corpo. Dela pendia frouxamente um pequeno objeto que de imediato capturou sua atenção.

-Isso... Isso é...

-Deu positivo... O resultado deu positivo... Eu estou grávida...

-Oh, meu deus... –O homem puxou sua esposa para um abraço apertado, as lagrimas de emoção jorrando largamente de seus olhos. Sentiu o ombro de sua camisa ficar molhado pouco a pouco, e soube que sua amada também se desmanchava em lagrimas.

-Appa? Omma? – A pequena criança, usando um pijama de dinossauros, apareceu na porta esfregando um dos olhos com as costas da mão.

O homem se desvencilhou da esposa e caminhou rapidamente até onde o menininho estava parado, confuso e assustado.

-Está tudo bem, Yoongi. Eu e sua omma só estamos muito, muito, muito felizes. Logo, logo você terá alguém para brincar com você...


Notas Finais


Então, gente. Como o nome do capítulo já diz, isso foi só um prólogo. Mas esse cap. vai ser completamente essencial pro desenvolvimento da história, então deem atenção à ele. E me desculpem pelo meninos ainda não terem aparecido, Eu pretendo introduzir eles na história pouco a pouco, começando à partir do capítulo que vem. Obrigada por lerem e beijinhos ♥


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