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História Destiny - Ele nem é tão babaca


Escrita por: vanessadiass e Dydyh

Notas do Autor


Oláaa galerinha! Olha quem voltamos? Hehe! Mais um capítulo feito com muito amor e em comemoração de 5 anos de CanalCanalha! <3
Esperamos que vocês gostem!
Boa leitura <3

Capítulo 3 - Ele nem é tão babaca


Fanfic / Fanfiction Destiny - Ele nem é tão babaca

POV Dy

– Esse salto tá acabando com meus pés! – a Nessa disse assim que nos encontramos, já passava das 17:50.

– Fiquei sabendo que irão distribuir chinelinhos na festa, menos mal! –uma menina tinha iluminado meu dia com essa informação.

– Aaah, moleque! O dia hoje rendeu! Tô morto! – Igor apareceu animado, por uma breve segundo até esqueci a dor do meu pé com a animação dele.

– Agora que eu tô liberado, eu vou destruir, moleque! – Júlio disse alto, esfregando as mãos, olhei pra Nessa e ela o olhava sem entender.

– Você vai o que, Júlio?

– Vanessa, né? – ele colocou uma mão no ombro dela com uma cara de maluco – Eu só vou!

– Não, mano, tá zoando! – Igor disse, e a Nessa o segurou enquanto eu olhava a tudo isso tentando assimilar.

– O que destruir significa, Igor?

– Olha, Nessinha, isso significa que ele vai te dar um puta trabalho hoje! A última vez que ele destruiu a assessora se demitiu, tá ligado? – ele saiu andando atrás do Júlio e eu fiquei com a Nessa.

– Nessa, calma! – ela estava vermelha de raiva – Vamos curtir a festa, ele não tem como fazer nada demais!

– Eu tô com um pressentimento de que vai dar bosta! Mas você tá certa, Dy! – fomos caminhando pra dentro da festa.

Passamos por um balcão, pegamos o chinelo e fomos pra dentro da festa, estava bem divertida e todo Youtube estava aqui, se esse lugar pega fogo acaba o Youtube no Brasil, ri com meu pensamento psicopata.

Mesmo estando de olho no Júlio e no Igor tentei convencer a Nessa a curtir a festa, afinal era o NOSSO PRIMEIRO DIA!

Consegui arrastar a minha parceira pro bar e ela embarcou na tequila comigo, depois fomos pra pista. Nossa, dancei demais! Depois de um tempo ela saiu e foi beber agua eu acho e eu vi de longe um garoto chegando nela, se eu vou zuar? É claro que sim! De repente começou a tocar um funk que eu adoro (não sou funkeira, só gosto no rolê) e eu comecei a dançar no ritmo da musica, ai do nada um garoto – bem bonitinho – me aborda.

– Nossa Senhora hein morena! Assim cê me mata! – olhei pra ele e ri da cara que ele fazia – Pode me chamar de Thiago, ou de seu... você que escolhe...

– Prazer, Didy! – estiquei a mão pra ele – Você vai precisar de outra cantada viu Thiago, porque essa eu já ouvi hoje! – olhei de canto e vi o Igor olhando com uma cara nada feliz – Licença, a gente se tromba por ai!

Sai pela pista ate encontrar a Nessa de novo.

– E ai rainha do baile, tava sendo xavecada? – falei e nós rimos.

– O garoto pedindo caneta pra escrever nossa historia, eu mereço? – ela disse rindo – Era gatinho, mas cantadinha...

– Nessa querida, você sabe que beijar na boca não mata né? – ela gargalhou e voltamos pra pista. Com o passar da festa o Júlio foi ficando cada vez mais bêbado e a nessa mais irritada.

***

A Nessa estava absolutamente puta com o Júlio, não era nem meia noite e ele já tava muito louco, bebendo tudo que aparecia na frente dele, acho que se alguém oferecer gasolina com açúcar ele bebe!

– Nessa, calma! Ele já tá chapado, você ficar brava não vai resolver! – virei meu 8º ou 9º xote de tequila – O melhor é a gente levar ele embora!

– Eu vou matar esse garoto, ele tá agindo como um moleque! – ela virou pra onde ele tava em um grande momento de vergonha alheia e bufou – Bom, vou no banheiro e na volta amarramos ele, jogamos num Uber e vamos embora, beleza? – assenti enquanto ela saía.

Continuei sentada ali no bar, olhava na direção do Igor as vezes, só pra checar que ele não tava fazendo merda, do nada uma garota se aproximou, escutei a voz e sabia que já tinha escutado em algum lugar, mas nem me virei.

– Acho que o pescoço do Igor vai quebrar de tanto olhar pra cá! – olhei e sorri, era a Pathy dos Reis – Você é nova assessora dele né?

– Sou sim! – ri e chequei o ambiente mais uma vez – Ele é o típico pegador, quando ele entender que trabalho e prazer não se misturam ele escolhe um novo lugar pra olhar! – rimos alto, escutei um tumulto e vi a Nessa passar apressada – Licença, vou ali ver o que tá pegando!

Fui atrás dela, saímos da festa e no estacionamento havia um grande circo armado, de um lado o Júlio, o Igor e a Nessa e do outro uma menina que não tenho ideia de quem é e ou outro garoto, já peguei a discussão acontecendo.

– Vai embora Rebeca, você já tá causando demais! – o Igor disse pra menina – E você fica de boa ai Júlio!

– Você aparece aqui e ainda traz esse maluco, tá doida? – o Igor segurou ele pela camisa – Me solta caralho!

– Ele me deu a pulseira, e até onde eu sei posso ir onde eu quiser Igor, não se mete! – que nojinho da voz dela, cheguei perto da Nessa – Ele é só meu amigo amor, volta pra mim, foi só momento!

– Nessa, acho que já deu né? Bora resolver isso? – falei pra ela enquanto eles ainda discutiam, ela assentiu.

– Júlio, – ele virou pra ela – vamos embora. Daqui a pouco aparece gente aqui e você se fode! – ele ameaçou protestar – Igor me ajuda vai!

– E você ai – falei pra garota – não sei o que tá acontecendo, mas aqui não é lugar pra resolver!

Deixei–a falando e fui atrás do pessoal, chegamos a porta principal e o Júlio tremia de raiva, mas mal conseguia se manter em pé. Ele estava resmungando perto do Igor.

– E agora Nessa, o que a gente faz? – ela suspirou.

– Sei lá, não da pra largar ele assim – ela olhou pra ele com raiva – Bom, pegamos o Uber e vamos lá na empresa, você e o Igor pegam os carros e eu vou pra casa desse idiota e espero vocês lá. – é, ela estava muito puta – Depois a gente vê no que dá. Pode ser? – concordei com um aceno enquanto entravamos no carro.

O trajeto foi curto, eu e o Igor descemos, ele deu algumas instruções pro motorista e eles saíram.

– Igor, – ele olhou pra mim – o que aconteceu lá? – ele foi me contando enquanto caminhávamos pelo enorme estacionamento.

– Ah, aquela mina lá é a ex do Júlio, ela traiu ele com aquele maluco, ele era nosso parça e ai você já tá ligada né? – eu tava ligada? Eu tava era chocada – quando o Júlio descobriu deu merda, ai ele terminou com ela e quase saiu na mão com o vacilão, talarico do caralho! – segurei o riso, a situação seria engraçada se não fosse trágica – Ai aquela bisca apareceu e o Júlio perdeu a cabeça!

– Nossa, ele deve gostar muito dela... – ele revirou os olhos e eu ri, chegamos no carro – Bora lá, eu te sigo!

Ele entrou no carro da Nessa e eu fui dirigindo atrás dele, meu Deus, como Osasco é longe! Depois de uma meia hora chegamos a um prédio, o segurança aparentemente já conhecia o Igor e liberou nossa entrada. Ele estacionou em uma vaga e eu fiquei esperando, ele trancou o carro e me mostrou uma vaga onde eu poderia estacionar.

Desci do carro e ele já estava encostado do lado da porta do elevador, fui ao seu encontro e ele abriu a porta pra mim, eu sorri e entrei. Se eu disser que não deu vontade de beijar ele assim que a porta do elevador fechou, eu estaria mentindo covardemente, mas eu não estava bêbada o suficiente pra achar que posso pegar meu cliente. De repente deu um tranco, confesso que tremi de medo, era o elevador travando, droga!

– ODEIO ELEVADOR! – ele me olhou e riu da minha cara de medo.

– Você fica linda assustada! – tive que rir – Eu tô apaixonado por você! – ri ainda mais alto – Não ri morena, é verdade!

– Pra começar você está bêbado, segundo você nem me conhece direito. – o elevador destravou e eu suspirei de felicidade, a porta se abriu e o apartamento do Júlio era o primeiro do corredor, ele encostou na parede fazendo aquela cara de safado, cheguei bem pertinho do ouvido dele e sussurrei – E terceiro, onde se ganha o pão não se come a carne meu amor!

Isso só o fez ficar com uma cara mais safada e rir, ele abriu a porta, eu entrei na frente.

– Caralhoooooo! – ele disse de um jeito muito engraçado – Você está demitida gata, agora! – eu ri e me joguei no sofá.

– Não tô não! – olhei pra ele e ri – Pelo menos ainda não! – ele foi pro corredor que imagino dar no quarto do Júlio balançando a cabeça em negativa e rindo.

Fiquei sentada no sofá esperado ele ou a Vanessa aparecerem, escutei risadas e logo o Igor voltou, e sentou do meu lado, ficamos lá em silencio por um tempo.

– Tá tudo bem lá? – perguntei preocupada.

– Tá sim, a Raissa tá cuidando do Júlio. – ele disse rindo, o olhei sem entender – Depois a Vanessa te conta! – fez uma pausa e me olhou – Acho que a gente pode continuar nossa conversa da van! – eu nem lembrava mais disso – Você tava me dizendo que não é uma boa garota... – eu ri alto.

– Sim senhor investigador, eu já fui, mas não sou mais do tipo boazinha. – me virei de frente pra ele e coloquei uma almofada no colo – O que mais você quer saber? – ele riu malicioso.

– O que te aconteceu? – me espantei com a seriedade da pergunta – É, pra você deixar de ser boazinha...

– Tem álcool ai? Se vamos falar dessas coisas eu vou precisar. – ele riu alto, levantou e pegou uma garrafa de Askov e um copo.

– Aqui falta comida, mas não falta pinga! – rimos, ele encheu o copo e me deu – Vai ficar chapada ai!

– Me derrubar com vodka? Só se você bater com a garrafa na minha cabeça! – ri.

– E ai, você vai me contar ou não? Quero conhecer a pessoa que vai me seguir por toda a quebrada! – ri da cara dele, respirei fundo.

– A historia é a seguinte, eu tinha uns 15 anos e gamei no crush, pra minha “sorte” ele também tinha interesse em mim, por uns 6 meses era a coisa mais fofa do mundo, ai um dia ele começou a ter muito ciúme de tudo, quebrou meu celular, me proibia de sair, me fez mudar de escola... – senti meu estomago virar só de lembrar, ele me ouvia atentamente – E pra lacrar ele me bateu! – ele estava de boca aberta – Ele não fez igual nas novelas com raquetes de tênis e talz, ele me deu um tapa e me empurrou no aniversario de um amigo, depois que eu me recuperei do “trauma” fiquei assim, vivendo a vida um contatinho de cada vez. – rimos alto.

– Porra, eu nunca imaginaria uma coisa dessas! – passei o copo e ele deu um gole – Que tipo de cara tem a sorte de ter uma morena como você e faz isso? – ele perguntou mais para si mesmo do que pra mim.

– O tipo de cara babaca que tá solto por ai. – olhei o celular e tinha umas mensagens do Ricardo e uma da minha irmã – Preciso responder aqui rapidinho.

– É seu namorado ou sei lá como você chama? – acho que ele viu o nome na tela com coraçãozinho, eu ri.

– Não mesmo! – voltei minha atenção pra tela do celular.

Mensagem on

Duda: Cadê você dy?

Didy: Du, to na casa de um amigo. Ele deu PT. Logo mais to em casa!

Mensagem off

Passei os olhos pelas mensagens do Ricardo mas decidi que isso era uma coisa pra eu resolver depois, o papo aqui tava mais interessante.

– Caralho, 1:30 ainda. Chegamos cedo né? – ele falou e eu sorri.

– Agradece ao Júlio! – rimos alto – A festa tava ótima!

– Eu vi mesmo que você tava se divertindo... – ergui uma sobrancelha esperado ele continuar – O Mítico tava te dando ideia?

– É esse o nome dele? – ele riu – Ele me disse que era Thiago! – ele revirou os olhos e eu ri – Seu amigo ele? Parece gente boa...

– Ah não mano, para! – ele disse meio revoltado e eu segurei o riso – Não foi você que disse que “onde se ganha o pão não se come a carne”? – ele disse afinando a voz e fui obrigada a rir alto – Ele também é do Youtube, você não pode ficar com ele!

– Essa é a questão lindinho, você é meu cliente e não o Youtube! – rimos e ele deitou no meu colo, congelei por uns segundos, salto de intimidade – E eu não disse nada sobre ficar, disse que ele parece legal!

– Ah ta, menos mal! – ele tirou o bone e automaticamente comecei a mexer no cabelo dele, ele sorriu – O gordinho é zica fi, vacila na dele pra você ver!

– Obrigada pai! – me recoste no sofá e tentei relaxar – Valeu pelo toque!

Nós rimos e depois ficamos em silencio, ele é muito fofinho, da vontade de guardar ele num potinho bem na estante do meu quarto, no meio desses pensamentos eu apaguei.

POV Vanessa

– O que destruir significa, Igor?

– Olha, Nessinha, isso significa que ele vai te dar um puta trabalho hoje! A última vez que ele destruiu a assessora se demitiu, tá ligado? – ele terminou de dizer e eu já estava me remoendo antecipadamente. Meu Deus, onde é que eu fui parar?!

– Nessa, calma! – a Dy virou pra mim e falou. Eu estava morrendo de raiva! – Vamos curtir a festa, ele não tem como fazer nada demais!

– Eu tô com um pressentimento de que vai dar bosta! Mas você tá certa, Dy! – fomos caminhando pra dentro da festa.

Fomos em um balcão, pegamos nossos chinelos e adentramos na festa. O Youtube inteiro estava aqui, mas confesso que não conhecia muita gente.

– Olha aqui, lindona, você vai esquecer esse menino e vai curtir essa festa, ouviu? Temos que comemorar nosso primeiro dia! – a Dy falava com uma felicidade que chegava a contagiar. Eu ri com o que ela disse e acabamos indo até o bar para pegar algumas bebidas. A Dy começou a virar uns xotes de tequila e eu acabei acompanhando. Dançamos muito, até que chegou uma hora que eu não aguentei e fui pegar uma água no barzinho.  

Enquanto dava uma golada, senti uma cutucada no braço e olhei pra trás rapidamente, me deparando com um dos garotos que estava conversando com o Júlio mais cedo.

– Opa, e ai?! – ele deu um sorrisinho de lado, enquanto levantava as sobrancelhas.

– Oi! – eu sorri também.

– Deixa eu te perguntar, hmm – ele deu uma coçada na cabeça – Você por acaso tem uma caneta ai?

– Pra que? – eu perguntei sem entender.

– Pra começar a escrever nossa história! – ele riu de lado e eu não aguentei! Comecei a rir da cara dele e ele ficou rindo sem graça, passando a mão na nuca.

– Olha, desculpa, mas essa foi a cantada mais engraçada que eu já recebi!

– Eu acho que eu comecei errado, né? – ele continuava a rir sem graça e eu assenti com a cabeça – Meu nome é Arnaldo, mas pode me chamar de Naldo, porque o Ar eu perdi quando eu te vi.

Eu não mereço isso, Jesus!

– Não era Arlindo? – eu questionei, rindo da situação e ele ficou vermelho.

– Putz, é mesmo! – ele riu também.

– Vou dar um pulinho ali, Arnaldo, e quem sabe a gente esbarra por ai, né? – tentei sair daquela situação.

– É Christian! – ele sorriu e eu acenei, andando rápido indo em direção a Dy.

Acabei tombando com a Dy no meio da pista.

– E ai rainha do baile, tava sendo xavecada? – a Dy falou e nós rimos.

– O garoto pedindo caneta pra escrever nossa história, eu mereço? – eu disse rindo, me lembrando da cena – Era gatinho, mas cantadinha...

– Nessa querida, você sabe que beijar na boca não mata né? – eu ri e então voltamos pra pista.

***

A festa continuava a rolar e o Júlio começou a pagar micos. Tive a infelicidade de olhar para o lado e ver ele dançando, empinando a bunda e virando vários xotes de alguma coisa, que, naquela altura, se fosse veneno eu não me assustaria.

– Eu vou matar esse garoto, Dy! Ele tá agindo como um moleque! – me virei para onde ele estava e bufei – Bom, vou no banheiro e na volta amarramos ele, jogamos num Uber e vamos embora, beleza? – disse e ela assentiu.

Fui andando em passos largos até o banheiro, até que vi o Júlio gritando e indo em direção a porta de saída.

– Eu não tô acreditando que aquela vagabunda tá aqui! – ele falava todo embolado por conta da bebida. Igor estava levando ele para fora.

Andei apressadamente até a saída e me deparei com uma menina baixinha e um garoto alto. Eles estavam se beijando e o Júlio e o Igor estavam observando a situação. Fiquei atrás dos dois, tentando entender o que estava acontecendo e o porquê de eles estarem assistindo aquela cena.

– Que cena mais ridícula! – Júlio praticamente gritou, o que foi de proposito pelo o que pareceu – Eu não tô acreditando que você tá fazendo isso, Rebeca.

– Júlio! – ela gritou, parecendo um pouco desesperada e se soltando do menino rapidamente.

– Agora você vai me dizer que não é isso que eu tô pensando? Eu fui feito de otário esse tempo todo!

Olhei pro lado e vi a Dy correndo em nossa direção.

– Vai embora Rebeca, você já tá causando demais! – o Igor disse pra menina – E você fica de boa ai Júlio!

– Você aparece aqui e ainda traz esse maluco, tá doida? – Júlio estava com uma fúria que me assustou. O Igor segurou ele pela camisa – Me solta caralho!

– Ele me deu a pulseira, e até onde eu sei posso ir onde eu quiser Igor, não se mete! – a tal Rebeca gritava. Deu uma vontade repentina de jogar ela de uma ponte, sabe? – Ele é só meu amigo amor, volta pra mim, foi só momento! – que vozinha insuportável!

– Nessa, acho que já deu né? Bora resolver isso? – Dy disse pra mim, enquanto os outros três ainda batiam boca e eu assenti.

– Júlio, vamos embora! Daqui a pouco aparece gente aqui e você se fode! – ele ameaçou protestar – Igor me ajuda, vai!

Igor puxou ele pelo braço e o levou até um canto. Eu já estava com o celular na mão, chamando um Uber e andando de um lado para o outro. Enquanto chamava, eu conseguia ouvir o que eles conversavam.

– Júlio, você precisa esquecer essa garota, mano! (...) e você ainda vai ficar correndo atrás dela? Foda–se essa garota! – não consegui ouvir uma parte do que ele falou.

Chamei o Uber e ficamos esperando na porta principal. Júlio tremia de raiva e sua sanidade estava longe de chegar ao normal. Assim que a Dy se aproximou, eu aliviei.

– E agora, Nessa, o que a gente faz? – ela perguntou.

– Sei lá, não dá pra largar ele assim! – olhei pra ele com raiva – Bom, pegamos o Uber e vamos lá na empresa, você e o Igor pegam os carros e eu vou pra casa desse idiota e espero vocês lá. Depois a gente vê no que dá. Pode ser? – ela concordou com um aceno e nós entramos no carro.

Graças a Deus o trajeto foi bastante rápido. Igor foi na frente e eu, o Júlio e a Dy fomos atrás, nessa mesma ordem. Quando chegamos, eu e a Dy explicamos o que aconteceria e, então, joguei as chaves do meu carro pra ele. Ele passou umas instruções rápidas para o motorista e logo depois os dois saíram do carro, deixando só eu e o Júlio. Ele estava encostado com a cabeça no encosto do banco e assim que o carro saiu, ele colocou a cabeça no meu ombro. Corei levemente, porque foi do nada.

Assim que chegamos, paguei o motorista e tentei acordar o Júlio, que dormia no meu ombro que nem um bebê.

– Júlio, acorda! – dei leves batidinhas no ombro dele – Moço, espera aí só um instante. – ri fraco, de vergonha. O motorista nos olhava pelo retrovisor interno.

– Não, Rebeca, tá bom aqui! – ele resmungou. Só me faltava essa! Ele me chamar pelo nome daquela garota!

– Júlio, anda logo, não tô brincando! – abri a porta e levantei rápido. Ele deu uma leve caída pro lado, mas despertou.

– Cuida bem do seu namorado, moça! Ele vai precisar! – o motorista disse, quando Júlio já havia descido do carro.

– Essa coisa não é meu namorado! – eu gritei quando o cara já tinha dado a partida.

– É sim! Você é linda, Andressa! – ele me abraçou.

– Júlio, dá pra parar de brincadeira e vamos subir logo? Já perdi a paciência com você! – me soltei dele – E meu nome é Vanessa! V–A–N–E–S–S–A! – soletrei e ele riu alto. Virei palhaça pra ele rir de mim, é?

Finalmente conseguimos subir pro apartamento dele e quando chegamos lá, pedi pra que ele fosse tomar um banho frio.

– Só se você tomar comigo! – ele sorriu. Santa paciência!

Pensei em um modo que ele fosse tomar o banho e falei.

– Vamos fazer o seguinte? Você vai lá, entra no banho e depois eu vou, pode ser?

– Opa! – ele sorriu de canto e começou a tirar a camisa, na minha frente.

– Não, Júlio! Tira lá no banheiro! – segurei os braços dele e ele assentiu.

Finalmente ele entrou pro banho e eu me sentei na cama dele.

– Larissa, tô te esperando aqui! – ele gritou do banheiro e eu bufei.

Decidi não falar nada e apenas ficar esperando ele ter a boa vontade de sair de lá.

Uns 10 minutos depois ele apareceu no quarto, secando o cabelo com a toalha. Me levantei na mesma hora.

– Você vai embora? – ele perguntou, deixando a toalha em uma cadeira.

– Vou. Já tá ficando tarde. Só dorme ai e fica bem, tá? – falei olhando pra ele e sai, mas ele puxou meu braço de leve.

– Não, não, não! Fica aqui comigo um pouquinho, Melissa! Só até eu dormir. – ele fez um biquinho mega fofo, que eu até me esqueci do modo como ele me tratou o dia inteiro e como ele erra meu nome a cada minuto – Se quiser eu te explico o que aconteceu hoje. – eu bufei de leve e resolvi aceitar a proposta.

– Olha, eu só queria te perguntar uma coisa, Júlio. – voltei a me sentar na cama dele e ele fez o mesmo.

– Pode perguntar!

– Você é arrogante e ignorante 24 horas por dia? – era inevitável não querer saber sobre aquilo. Perguntei do jeito que deu e ele começou a rir.

De repente o Igor apareceu no quarto, sem deixar ele responder.

– Tá melhor ai, cuzão? – ele perguntou e eu ri fraco.

– A Raissa tá cuidando de mim aqui. – Júlio disse e o Igor começou a rir alto.

– Essa noite te fez mal mesmo, hein, mano? É Vanessa o nome dela!

– Aaah! – ele começou a rir e Igor o acompanhou. Eu fiquei rindo fraco, me perguntando sobre a merda em que me meti.

– Vou voltar lá pra sala porque tem uma moreninha maravilhosa me esperando! Beijo pra vocês! – ele mandou beijinho no ar e saiu. Agradeci mentalmente pela Dy não ter me largado aqui sozinha. 

Quando Igor saiu, Júlio se levantou para buscar alguma coisa e se sentou ao meu lado de novo. Era um anel.

– Cê tá ligada no que é namorar por dois anos e depois levar um chifre? – ele rodava o anel na mão. 

– Na verdade não, porque nunca namorei, mas deve ser uma situação bem chata, né? Você é fiel, ama, é companheiro e a pessoa faz isso sem mais nem menos... 

– Pois é, mano... – ele suspirou e colocou o anel na palma da minha mão – Eu fui fiel, abri mão de quase tudo pra ficar com ela, era elogiado pelos pais... – ele contava nos dedos enquanto eu lia o que estava escrito dentro do anel "Rebeca Marthello 09/08/2013" – A gente tinha tudo pra dar certo, tá ligado? Mas aí ela jogou tudo pela janela e me traiu com um cara que eu considerava pra caralho! 

Foi instantâneo: eu arregalei os olhos e olhei pra ele.

 – E quando você descobriu?

– Ontem. E hoje ela tava com ele na festa. 

– Ela é meio louca né? Se sujeitou a um papel bem ridículo. Eu achei que você ia voar no pescoço dela aquela hora. – ele riu fraco.

– Eu fiquei puto de verdade. – ele suspirou, olhando pra baixo – Nessa brincadeira eu devo ter tratado todo mundo mal hoje.

– Nada, que isso! Você foi um doce de pessoa! – eu não podia perder a oportunidade de ser irônica.

– Porra, ainda bem! – ele colocou a mão no peito como se estivesse aliviado. 

– Na verdade você me tratou como um lixo o dia todo, Júlio. – mandei a real e ele levantou as sobrancelhas – Mas eu entendo a sua situação, então eu vou tentar relevar isso tudo. 

– Foi mal mesmo, Larissa, de verdade. – ele levantou a mão pra que eu apertasse. 

– Eu te desculpo, mas você pode aprender o meu nome por favor? – eu disse com um pouco de raiva mas acabei apertando a mão dele mesmo assim. Ele começou a rir.

– Eu tô zoando, Vanessa! – ele riu fraco e se levantou, pegando a aliança da minha mão. Me levantei também, com um sorriso de canto. 

Fiquei observando ele tirar a colcha da cama e colocar um travesseiro e um lençol em seguida. Ele simplesmente se jogou na cama e ficou me encarando. 

– Eu tô indo então, Júlio. 

– Que? – ele levantou a cabeça – Pode sentar aqui! – ele bateu com a mão na cama do lado de onde ele estava deitado. 

– Não Júlio! – ri fraco – Já tá tarde. 

– Não vai assegurar que seu cliente vai estar dormindo com segurança? 

– Ah, agora você é meu cliente né? – cruzei os braços e ele riu. Acabei me sentando, apoiando as costas no encosto da cama. Como eu estava com o chinelinho da festa, acabei colocando uma perna em cima da cama. 

Ele começou a se ajeitar no travesseiro e quando eu me dei conta, ele estava com a cabeça apoiada na minha coxa. Eu ri silenciosamente com a audácia dele, mas relevei. Quando me dei por mim, eu já havia pegado no sono. 

***

Acordei com meu celular vibrando enlouquecidamente. Ainda meio assustada demorei pra me situar. Quando finalmente alcancei o celular: 6 ligações perdidas da dona Elisa. Suspirei já esperando o sermão quando eu chegar em casa, mas aí fui interrompida dos meus pensamentos quando ouvi uma voz. 

– Eita, porra, a gente dormiu junto?! – Júlio.


Notas Finais


Não se esqueçam de dizer o que acharam, hein? É muito importante pra gente! Aliás, estamos muito felizes com o feedback de vocês! Vocês são incríveis!
Um beijo, Vanessa e Dy <3


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