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História Destiny - Todo problema tem uma solução!


Escrita por: vanessadiass e Dydyh

Notas do Autor


E ai galeraaa! Estamos muito felizes com o feedback de vocês e queríamos saber se vocês estão gostando de capítulos grandes ou se preferem que façamos menores. Deixem suas opiniões ai embaixo, pois é mega importante!
PS: Somos 10 milhões de canalhas! Parabéns, seu puto <3
Sem mais delongas, vamos pro capítulo!

Capítulo 4 - Todo problema tem uma solução!


Fanfic / Fanfiction Destiny - Todo problema tem uma solução!

POV Vanessa

– Eita, porra, a gente dormiu junto? – Júlio. Meu coração palpitou quando ele se levantou e foi acender a luz.

– Meu Deus, foi mal, Júlio. Eu acabei dormindo aqui, mas eu já tô saindo. – me levantei rapidamente da cama dele, pegando minhas coisas – Minha mãe vai arrancar meu couro! – sussurrava para mim mesma, no desespero. Comecei a ouvir risadas. Ele estava encostado no guarda–roupa e rindo baixo.

– Do que você tá rindo, garoto? – perguntei, ficando de frente pra ele. Esse menino só sabe me irritar!

– Seu olho tá mais arregalado do que aquele cara louco de droga. – ele ria muito. Só não ria alto porque todo mundo já estava dormindo.

E foi ai que eu me lembrei daquele vídeo. Comecei a rir baixo, junto com ele. Quando voltei minha atenção pra ele, ele estava imitando o cara. Eu não aguentei. Tive que tampar o rosto pra evitar que os sons das risadas saíssem.

– Eitaaaa cuzão! – ele disse baixo, ainda rindo.

– Júlio, tá muito divertido aqui, mas eu tenho que ir. Minha mãe tá ligando pela décima vez. – mostrei o visor do celular e, dessa vez, foi ele quem arregalou os olhos.

Decidi atender.

Ligação on

– Oi, mãe. – atendi já esperando a bronca.

– Vanessa, onde é que você tá? Você tem noção do horário? Você tem noção do quanto eu e seu pai estamos preocupados? – ela metralhou com palavras.

– Mãe, calma! – falei pausadamente – Eu tô bem e já estou indo pra casa. Um cliente estava passando mal e tivemos que acompanhar ele até em casa. – olhei pro Júlio com as sobrancelhas erguidas.

– Que horas você vai chegar?

– Daqui uns 30 minutos, provavelmente.

– Então vem logo, filha. São Paulo é muito perigosa nesse horário. – ela falou, mas mal sabia ela que eu estava em Osasco.

– Pode deixar, mãe. Já já eu estou aí! – nos despedimos e enfim desliguei.

Ligação off

– Quer que eu te acompanhe até em casa? – Júlio perguntou, coçando a cabeça.

– Júlio Cocielo sendo gentil? Nossa, desculpa, mas cadê as câmeras? – olhei para os lados – Porque isso só pode ser pegadinha!

– Se vira então! – ele pareceu meio ofendido.

– Eu tô brincando, Júlio. Cadê seu senso de humor? – ri fraco – Mas não precisa não. Sei me cuidar.

– Beleza então, oh independente. – ele levantou os braços.

– É sério, Júlio, eu tenho que ir mesmo. Nem era pra eu estar aqui. Tchau, até breve. – estiquei a mão para ele apertar, mas, ao invés disso, ele me abraçou. Arregalei os olhos de novo, mas retribui o abraço. O cheiro do perfume dele invadiu as minhas narinas. Era bom.

Me soltei do abraço e fui em direção a porta.

– Tchau, Larissa! – ele só podia estar zoando com minha cara. Virei pra trás e ele sorria largamente. Eu ri fraco e me virei, indo para a sala.

Me deparei com a Dy sentada meio torta no sofá e dormindo, com um Igor acabado deitado nas coxas dela. Achei até fofa a situação, mas tive que acordá–la.

– Dy, acorda! – ela acordou meio assustada, olhou para o Igor e depois pra mim – Vamos? – perguntei e ela assentiu.

Antes disso, ela acordou o Igor.

– Que foi? – ele se levantou, meio perdido – Vocês já tão indo?

– Sim, sim! – ela pegou o celular e olhou a hora – Já são 3:30, tardão. E amanhã tem trabalho, né Nessa? – eu assenti.

– Vou levar vocês lá embaixo, vai que tem algum maluco no estacionamento. – nós rimos fraco, ele passou os braços por cima dos ombros da Dy e saímos.

Assim que entramos no elevador, olhei pra cara da Dy e percebi que ela sorria bem sacana.

– Então Raissa, como foi a noite com o Mito Cocielo? Sobrou pique pra amanhã? – olhei feio pra ela e ela riu.

– Vai a merda vocês dois! – os bonitinhos riam alto de mim. Não aguentei e ri junto com eles.

Nos despedimos e fomos. Amanhã nos encontraríamos de novo.

***

O percurso foi enorme. Chegando em casa, meus pais estavam no quarto já dormindo. Pelo visto tranquilizei eles com a ligação. Mas, mesmo assim, acordei minha mãe pra ela saber que eu já tinha chegado. Ela só sorriu e voltou a dormir.

Eu estava exausta. Minhas costas estavam doendo pela posição que eu estava dormindo no quarto do Júlio. Ri me lembrando de toda a situação e cheguei à conclusão de que ele estava sendo mega chato por conta da ex–namorada. Isso não justifica o fato de ele descontar nas pessoas, mas eu entendia o lado dele e espero que minha conclusão esteja correta.

Tomei um banho rápido e quente e arrumei minha cama. Quando me deitei, recebi uma mensagem da Dy dizendo que ela havia chegado. Respondi a mesma e fui dormir.

POV Dy

– Dy, acorda! – abri os olhos meio assustada, era a Nessa, olhei e o Igor ainda estava apagado – Vamos?

Assenti e cutuquei o Igor.

– Que foi? – ele disse levantando meio perdido – Vocês já tão indo?

– Sim, sim – olhei a hora no celular – Já são 3:30, tardão. E amanhã tem trabalho ainda né Nessa? – ela assentiu.

– Vou levar vocês lá embaixo, vai que tem algum maluco no estacionamento. – rimos fraco, ele passou o braço sobre os meus ombros e saímos do apartamento.

Assim que entramos no elevador lembrei de zoar a Nessa.

– Então Raissa, como foi a noite com o Mito Cocielo? – o Igor me falou sobre o quanto o Júlio é famoso – Sobrou pique pra amanhã? – ela me olhou feio e eu ri.

– Vai a merda – ela olhou pro Igor que ria escandalosamente – Vocês dois! – ela disse rindo enquanto saiamos do elevador.

Chegamos no estacionamento, ele devolveu a chave do carro da Nessa, eles se despediram e ele foi até a porta do carro comigo.

– Eu não mereço nem um beijo? – ele fez cara de cachorro quando cai da mudança – Me comportei a noite inteira, e o dia também! – ele fez beicinho, foi impossível não sorrir.

– Igor, tenta entender, – ele encostou no carro – não é que eu não queira... –Deus sabe como eu queria isso – É só que...

– Eu sei, eu sei, o trabalho e blá, blá, blá. – ri da cara contrariada dele, acho que ele não está acostumado a ouvir “não” – Ó, marca meu número ai e me avisa quando chegar, beleza?

– Tá bom. – dei o celular na mão dele, ele salvou o numero, bloqueou a tela e me devolveu o celular – Boa noite viu, fica bem! – dei um beijo no rosto dele, entrei no carro e sai.

***

O trajeto foi relativamente rápido, não tinha transito na cidade, entrei sem fazer barulho, tirei a roupa me joguei na cama e mandei mensagem pra Nessa.

Mensagem on

Dy: Nessa, já cheguei! E você?

Nessa: Ei, Dy! Tô indo dormir, haha!

Dy: Ate amanha viu!

Nessa: Beijoo, até!

Mensagem off

Comecei a procurar o numero dele na agenda e não achei, meu Deus que nome será que esse garoto colocou? Tive que olhar os contatos um por um, de repente me deparo com um contato escrito “Meu <3 <3”, dei risada e mandei mensagem pra ele.

Mensagem on

Dy: “meu <3 <3” Igor, serio isso? Kkkkk

Igor: eu te disse que você podia me chamar de seu! Ah, e como o outro cara tinha 1 coração eu sou mais foda e quis 2

Dy: você é impossível kkkkkkk eu já cheguei tá!

Igor: blz, agora vou dormir sossegado!

Dy: boa noite “meu” Igor! Kkkk

Igor: boa noite morena!

Mensagem off

Sorrindo igual uma idiota eu apaguei.

POV Júlio Cocielo

Acordei com uma puta dor de cabeça e sem saber onde estava. Quando me dei conta, comecei a me lembrar do dia anterior: duas novas assistentes. Uma se chama Dydyh e a outra, se não me engano, se chama Andressa. Também me lembrei da pior parte: Rebeca. Eu tinha que extravasar toda a minha raiva em algum lugar. Eu já tava ligado que eu iria destruir naquela festa e foi o que eu fiz. Por incrível que pareça eu me lembrei de tudo. Eu tava louco e era exatamente assim que eu queria ficar. Eu estava nem aí pra nada.

Aliás, a minha assessora é bem gata. Na verdade, a mais gata que já tive até hoje. Não sei o que tinha nela, mas me senti à vontade pra despejar tudo que tava sentindo. Senti compreensão nas palavras dela e senti até vontade de pedir desculpas. Pelo visto eu fui um babaca o dia inteiro com todo mundo e, de certa forma, não foi justo.

– E ae, cuzão? – me deparei com o Igão deitado no sofá e mexendo no celular – Deve estar só a ressaca, né moleque?

– Dor de cabeça tá pesada aqui. – falei, passando a mão no local.

– Tem remédio nesse chiqueiro aqui?

– Chiqueiro o caralho! O único porco aqui é você. – falei dando um tapa na perna dele.

– Iiih, tá estressadinho, fera? – ele se levantou e eu ri.

– Rebeca ainda tá mexendo com meu psicológico.

– Cê lembra do que te falei ontem? Esquece essa desgraça logo. E nem me vem chamando ela de coitada não, porque cê tá ligado que ela merece ser chamada por coisa pior.

O interfone tocou e eu fui atender, sem nem responder o Igor.

Interfone on

– Oi?

– Júlio, sua namorada tá aqui embaixo. Posso mandar subir?

Puta que pariu.

– Pode sim.

Interfone off

– Quem é? – Igor perguntou.

– Rebeca.

– Falando em desgraça... – ele disse e riu – Vou na padaria comprar alguma coisa pra comer. Tô varado de fome nessa porra.

– Vai lá. Só torce pra eu não estrangular essa menina.

– Fica na paz ai. Qualquer coisa é só gritar que eu te ajudo a estrangular também. – ele disse e começamos a rir, até que a campainha tocou – A desgraça chegou. – ele sussurrou pra mim.

– Vai tomar no cu, Igor! – sussurrei, dando um tapa nas costas dele e ele riu, abrindo a porta.

– É agora que vai virar chiqueiro mesmo, Júlio. – ele falou quando passou ao lado dela – Falou pra vocês ai!

O Igor não presta.

Ela me olhou sem entender e eu fiquei olhando pra ela, me perguntando o que eu fiz de errado.

– Entra aí. – pedi e ela fez.

– Júlio, – ela começou a falar quando se sentou – eu queria dizer que tô muito arrependida. – reparei que ela ainda usava a aliança.

– E pra que seu arrependimento serve agora, Rebeca? – me sentei no sofá, de frente pra ela – Você coloca um par de chifres na minha cabeça e depois vem dizer que tá arrependida? Faça–me um favor né?

– Eu tô falando sério, Júlio. O que eu fiz foi errado!

– Caralho, senhora da obviedade!

– Você tá sendo ridículo, Júlio.

– Eu tô sendo ridículo? Rebeca, pra começo de conversa eu nem sei o que você tá fazendo aqui. Suas desculpas e arrependimentos não valerão de nada.  – comecei a ficar estressado – Você escolheu me trair. Ninguém te forçou a porra nenhuma! E você ainda pega e me aparece com aquele filha da puta na festa? Sinceramente, se eu fosse você, eu saia daqui agora. – me levantei a apontei pra porta.

– Amor, para com isso! – ela levantou e pegou meu braço, mas eu soltei – Eu não acredito que você vai me tratar assim! 

– Eu é que não acredito que você tá se fazendo de inocente. 

– Não é inocente, amor! – ela se levantou e ficou em frente a mim – Eu só queria que você me desculpasse e voltasse pra mim. Eu te amo, Júlio! 

– Manda esse amor pra casa do caralho e aproveita e vai você também! – perdi a paciência e fui abrir a porta, o que acabou sendo com violência. 

– Júlio, você é um babaca, ignorante e mal educado! – ela gritou, apontando pra mim – O dia que você sentir a minha falta vai ser tarde demais! – ela saiu andando rápido, indo em direção ao elevador. 

– Vai se foder! – fechei a porta com força. 

Nem almocei ainda e o dia já começou uma merda!

Sentei no sofá pra dar uma relaxada e depois decidi ir tomar café. Acabei só tomando o café mesmo, já que o puto do Igor não chegou com os pães da padaria. Decidi mandar uma mensagem pra ele. 

Mensagem on

Júlio Cocielo: Porra, vc foi fabricar o pão ou comprar, cuzão? Demora da porra

Igor Cavalo: trombei com contatinho na rua ajaiahja aguarda aí mano

Júlio Cocielo: se foder hein mano

Mensagem off

Desisti de esperar pelo Igor e fui arrumar minhas malas. Quando aquele cara encontra alguma mina que ele quer pegar, já era. Não tem hora pra voltar.

Peguei uma mala em cima do guarda–roupa e coloquei tudo o que precisaria para passar o fim de semana no Rio. Algumas blusas, calças, bermudas, cuecas e afins. Ficou meio bagunçado mas foda–se. Eu me encontro na minha bagunça.

Depois de tudo, decidi terminar de editar o vídeo novo. Dependendo da situação, já dava pra atualizar o canal antes da viagem.

POV Igor Cavalari

Esperei elas saírem do estacionamento e voltei pro apartamento. Cheguei lá e fui direto no quarto do Júlio.

– E ai viado, tá melhor? – ele me olhou e mostrou o dedo e eu ri.

– E ai, pegou? – ele perguntou pra me provocar.

– Peguei nada, mas agora é uma questão de honra! – ele riu alto.

Sai e me joguei no sofá da sala, ela deve ter ido voando porque de repente chegou mensagem dela.

Mensagem on

Morena: “meu <3 <3” Igor, serio isso? Kkkkk – ela riu, é um bom começo.

Igor: eu te disse que você podia me chamar de seu! Ah, e como o outro cara tinha 1 coração eu sou mais foda e quis 2 – eu tinha visto na hora que ela foi ver as mensagens.

Morena: você é impossível kkkkkkk eu já cheguei tá!

Igor: blz, agora vou dormir sossegado!

Morena: boa noite “meu” Igor! Kkkk

Igor: boa noite morena!

Mensagem off

Coloquei o celular pra carregar e apaguei.

***

Acordei, fui no banheiro lavar a cara e voltei pro sofá, fiquei lá respondendo um pessoa no snap, postando umas coisas no twitter e criando coragem pra caçar algo pra comer, depois de um tempo vi o Júlio vindo pelo corredor fazendo cosplay de TWD.

– E ae, cuzão? – falei pra ele que tava com uma cara de pão amanhecido que só Deus – Deve estar só a ressaca, né moleque?

– Dor de cabeça tá pesada aqui. – ele disse e eu ri.

– Tem remédio nesse chiqueiro aqui? – já perguntei esperando o coice.

– Chiqueiro o caralho! O único porco aqui é você.

– Iiih, tá estressadinho, fera? – quando ele tá estressado é pior que mulher.

– Rebeca ainda tá mexendo com meu psicológico. – lá vem ele com essa menina de novo, vocação pra corno é foda.

– Cê lembra do que te falei ontem? Esquece essa desgraça logo. E nem me vem chamando ela de coitada não, porque cê tá ligado que ela merece ser chamada por coisa pior – falei pela milésima vez nos últimos 3 dias.

Ele atendeu o interfone me olhando feio, quando ele disse que era a Rebeca foi minha deixa pra sumir dali, o cara é meu irmão então eu não tava nada feliz com ela.

Falei pra ele que ia na padoca compra pão e encontrei com ela na porta.

– É agora que vai virar chiqueiro mesmo, Júlio. – falei e sai enquanto ela me olhava com cara de cu, foda–se!

Assim que dobrei a esquina encontrei com a Marcela, ai Deus que mulher! Contatinho fixo de um bom tempo.

– Oi amor, que saudade! – ela disse e eu ri.

– Vish, nem fala em saudade hein! – fomos caminhando em direção a padaria e conversando, já era fi, esquema certo pra hoje.

– Mas e ai quando vamos repetir aquela dose? – ela disse mordendo a boca, eita cuzão! É hoje!

Antes de responder ela, respondi a mensagem do Júlio, ele tava puto pela minha demora.

– Pode ser hoje à tarde se você quiser! – ela riu com uma cara de sacana – No lugar de sempre?

– Perfeito! – ela deu um beijo canto da boca e eu me arrepiei todo – Te vejo lá as 14:00! Não atrasa.

E saiu andando, linda de frente e mais linda ainda de costas.

Voltei pro apê, peguei minhas coisas e voltei pra casa, precisava arrumar minhas malas pra viagem.

Cheguei em casa já era quase 12h, tomei um come da minha vó “você não para em casa” “fica mesmo pelo mundo” “arruma uma aids ai filho da puta, ou pior, arruma um filho pra você ver”.

Rindo com a loucura dela fui pro meu quarto, juntei meia dúzia de roupas joguei na mala de um jeito que deixaria minha mãe furiosa, pronto foi só falar.

– Igor, pelo amor né? Essa mala tá uma zona, vão achar que você não tem mãe! – eu ri e ela ficou mais irritada.

– Mãe relaxa, são só 3 dias! – olhei a mala e tava mais zoneada do que eu lembrava.

– Relaxa porque não é você que lava e passa essas merdas né moleque?! – ela começou a mexer na mala – Some daqui, vai tomar banho que você tá com cara de ontem!

Deixei ela no quarto e fui rindo pro banho.

13:45 botei uma roupa daquele jeito, perfume, camisinha na carteira e saí, fui pro lugar onde tinha combinado com a Marcela, cheguei lá e ela já tinha chego. Loira linda da porra! Estilo panicat... NossSinhora! Saia curtinha, barriga de fora, fiquei tão abobado que quase me esqueci de cumprimentar ela.

– Oi lindo, quanto tempo né? – eu ri, passei o braço ao redor do pescoço dela e entramos, era um quarto simples, na casa de um amigo que mora sozinho, mas serve.

– Tempo demais na minha opinião! – disse trancando a porta, me virei pra ela – Vem cá pra matar essa saudade! – já grudei! Sacoméné?!

Eita pegação boa! Era um fogo sem tamanho, sempre foi assim entre eu e ela, desde a primeira vez. Nós já estávamos sem camiseta quando vi meu celular vibrar na mesa de cabeceira, olhei de relance e enxerguei “Morena”. Ai caralho, eu paro? Vibrou de novo, deve ser importante.

– Sério que você vai mexer no celular? – ela perguntou cruzando os braços.

– É minha assessora, deve ser importante! – sentei na cama com o celular na mão, e ela continuou deitada meio emburrada.

Mensagem on

Morena: Igor... tá ocupado?
                  Esquece, não sei nem por que to te mandando msg...

Igor: oi princesa, pode falar. Ta tudo bem?

Morena: não ta nada bem... to tão perdida...

Igor: ta aonde?

Morena: no escritório, por quê?

Igor: compra 2 cafés ai que to chegando!

Mensagem off

Levantei e coloquei minha camisa, comecei a procurar meu tênis e por um momento tinha esquecido que não tava ali sozinho.

– Você tá indo aonde? – olhei pra ela, e agora?

– Gata, preciso resolver uma parada urgente! – me debrucei na cama e dei um selinho nela.

– Você vai me deixar aqui assim Igor? – olhei pra todo aquele monumento só de soutien em cima da cama e SABE DEUS POR QUE MOTIVO confirmei com um aceno – Nem me procura mais!

– Tranca tudo quando sair beleza? – disse já saindo.

Entrei no carro e fui direto pro escritório, cheguei lá era 14:55 estacionei e mandei mensagem.

Mensagem on

Igor: to te esperando aqui na cafeteria

Morena: to indo!

Mensagem off

POV Dy

Acordei 9h (pra quem foi dormir às 4h, era madrugada). Olhei a tela do celular e tinha algumas notificações, mas as única que eu abri foi uma do twitter do Igor (sim stalkeei e ativei notificações, me julguem).

@Igor_cavalari
Mina difícil, gostei de você!

Sorri ao ler isso e mesmo estando com uma leve ressaca, comemorei internamente o fato de hoje trabalhar a tarde (das 13h as 18h) e de como só falta o estagio pra eu me formar não preciso ir à faculdade todo dia: OBRIGADA DEUS!

 Levantei e fui pedir a banheira da minha irmã emprestada, um banho na hidro dela era exatamente o que eu precisava pra ficar nova, sai do quarto de roupão e quando cheguei na porta do quarto da minha irmã escutei ela falando ao telefone (sei que é feio ouvir atrás da porta, mas foi inevitável).

Mãe, a Dy não vai pra Floripa! (...) a senhora é louca! Ela tá trabalhado e terminando a faculdade (...) é, e tem a Lua também! (...) eu sei mãe, na hora certa (...) nós vamos dar um jeito, tô vendo com o Fê (...) meio tarde pra senhora querer ser mãe da dela, não? (...) tinha que ter pensado nisso antes de resolver ser adolescente de novo e me deixar criando a Dy (...) foi bem antes do casamento e a senhora sabe disso (...) bem lembro o que ela passou quando eu casei e a senhora não deixou ela morar comigo (...) tá bom mãe, vou desligar!

Minha vontade era de entrar no quarto já questionando, mas vou dar de doida e fingir que não ouvi!

– Bom dia Duda! – ela me olhou meio assustada, me joguei na cama dela – O que foi? Viu fantasma?

– Bom dia nega, é só a mamãe me deixando louca como sempre! – ela riu fraco e sentou do meu lado – Preciso conversar com você!

– Sério Du? Assim cedo? – ela riu fraco – Ok, deve ser sério! Sou toda ouvidos!

– Lembra que o Felipe estava expandindo a construtora? – ele falou como se eu fosse uma criança.

– Duda, ei, sou eu lembra? Sem rodeios, por favor! – os olhos dela encheram de lágrimas, ela engoliu o choro e mesmo sem saber o motivo já formou um nó na minha garganta.

– Beleza, rápido e indolor. – respirou fundo – Nós vamos nos mudar pra Toronto!

– Oi? – tô tentado acreditar que tô louca e não ouvi isso – Eu não vou pra lugar nenhum! Que historia é essa?

– O Felipe esta expandindo a construtora e pra isso vamos ter que ficar um ano fora. – ela já chorava – E eu sei que você não vai querer ir com a gente, e era por isso que eu estava falando com a mamãe, ela quer que você vá pra Floripa!

– Eu não vou morar com a mãe de novo, nem morta! – podia sentir a crise de asma vindo, respirei fundo – O que vai ser de mim Duda? Só tenho vocês!

– Calma meu amor! – ela sempre foi uma mãe pra mim, a abracei e choramos juntas – O Felipe teve uma ideia, mas não sei se você vai querer! – ela enxugou meu rosto – Bom, ele está entregando essa semana um prédio em Osasco, é bem legal o condomínio, disse que ainda tem alguns apartamentos vagos e decorados. Se você quiser pode ficar lá.

– Eu não tenho como pagar um apartamento nos prédios do Fê, você sabe disso! Eu tenho a pensão do seu pai. – ela revirou os olhos, pra mim ele era só pai dela, eu não me lembro nem do rosto dele – E agora o meu trabalho... não posso... não consigo – minha voz foi morrendo.

– Encare somente como um empréstimo! Quando estivermos de volta você volta pra cá! – ela levantou, beijou minha testa – Vai lá tomar seu banho e pensa nisso.

Ela me conhece bem, sabe que depois desses tiros todos eu ia precisar de um tempo pra me recuperar. Entrei na banheira e tentei esvaziar minha mente... parece que todo mundo que eu conheço tá indo embora! Primeiro a Josi, agora eles...

***

O banho não ajudou em nada pra clarear minhas ideias, então decidi me arrumar e caçar o que fazer ate dar a hora de ir pro trabalho.

Tava bem sem cabeça pra escolher roupa então peguei um vestido branco básico, coloquei uma meia preta, coturno preto e um quimono florido por cima, arrumei o cabelo, fiz a make (confesso que foi o básico: esconder as olheiras e ficar com cara de humano) e desci.

Minha irmã não estava mais em casa, deve ter ido pra academia sei lá! Mas tinha um café bem bonitinho na mesa, sentei pra esperar a hora passar. Fiquei olhando as redes sociais distraída, minha cabeça estava a mil. Quando menos esperei já era 12h. peguei minha bolsa, e fui pro trabalho.

***

Estacionei ao lado do carro da Vanessa (SERÁ QUE SOU SEMPRE A ULTIMA?). Entrei no prédio e a secretaria me levou até uma sala, com uma placa bem sugestiva na porta “sala dos estagiários”, entrei e a Nessa já estava. Nos cumprimentamos, e ela perguntou se eu estava bem, algo me diz que eu não tô sabendo disfarçar minha cara, disse que depois explicava, assim que eu sentei o “chefinho” chegou.

– Boa tarde minhas pupilas, soube que ontem foi tudo certo, parabéns! – sorri para o apelidinho e peguei o envelope que ele nos entregou – Vocês embarcam pro Rio amanhã de manhã! Ai estão as passagens, hospedagens, cronogramas e cartão de viajem pros gastos. Boa viagem! – ele disse simples, levantou e saiu, a Nessa me olhou chocada e eu ri, era exatamente isso que eu precisava pra botar minha cabeça no lugar!

– Calma lá, como assim vamos pro Rio? – ela me disse em tom baixo para que os outros estagiários que estavam na sala não ouvissem, enquanto ela falava eu abria o envelope e ela também – Geralmente levo meses pra me organizar pra ir ali na praia! – ri fraco.

– Nessa... Nessa, relaxa! – se ela pudesse me enforcar com certeza o faria agora – Olha só, evento da Coca! 3 dias no Rio trabalhado, três noites livres e pagas no RIO DE JANEIRO... é disso que eu preciso!

– É festa, é viagem... – ela disse rindo – Acho que não existe melhor trabalho que esse! Só tirando a parte do cliente ser meio babaca e tal. – ri disso, ela e o Júlio precisam mesmo se entender.

– Coitado! – falei rindo – Virou corno, ficou bêbado... Dá uma segunda chance pra ele, Raissa!

– Nossa, Dy! Eu não mereço isso! – rimos alto – Mas vamos ver... Acho que ele não deve ser tão ridículo assim.

Passamos metade da tarde lidando com alguns relatórios que o Fernando tinha nos passado. Me peguei mandando mensagem pro Igor: POR QUE? NEM EU SEI!

Mensagem on

Dy: Igor... ta ocupado?– mandei e me arrependi na sequencia! Comecei a rezar pra ele não responder
           Esquece, não sei nem por que to te mandando msg...

Igor: oi princesa, pode falar. Ta tudo bem? – droga, ele respondeu!

Dy: não ta nada bem... to tão  perdida... – tem algo muito errado comigo, por que to falando essas coisas pra ele?

Igor: ta aonde?

Dy: no escritório, por quê?

Igor: compra 2 cafés ai que to chegando!

Mensagem off

Não entendi foi nada!

Mas fiz como ele pediu, avisei a Nessa que ia encontrar com o Igor no café e ela fez uma carinha saliente, revirei os olhos pra ela e ela riu. Cinco pras três ele avisou que tinha chego, desci com ela, comprei os cafés e fui ao encontro dele em uma mesa do outro lado da cafeteria.

– Oi! – disse tímida – Você não precisava mesmo vir ate aqui!

– Ah linda, eu sei que não precisava. – sentei na cadeira em frente a ele – Mas eu quis! – ele sorriu torto e eu suspirei involuntariamente – Diga lá, por que não está tudo bem?

– Ah... – dei um gole no meu café – Minha melhor amiga foi embora e eu mal me despedi, toda a minha família vai embora do país, minha mãe quer que eu volte pra Floripa pra morar com ela e muito provavelmente quer que eu volte a ser a “mãe” dela. – disparei de uma vez e aparentemente ele estava digerindo as palavras – Nada demais! – senti um nó se formar na minha garganta, respirei fundo, lembrei–me do preço do meu rímel e engoli as lagrimas.

– Caralho, que fita hein?! – foi impossível não rir com a cara dele, é obvio que ele não sabia o que dizer – Eu posso te ajudar de algum jeito?

– Já tá ajudando, acredite! Acho que eu só precisava botar tudo isso pra fora! – sorri pra ele, ficamos em silencio por um momento e reparei que ele estava muito bonito – Você tá bonitão hein? Vai sair com alguma novinha? – olhei no celular e já estava dando a hora de voltar. Ele riu.

– Depende, você se considera novinha? – eu ri alto – Porque tudo isso aqui foi pra você! – eu ri já me levantando, ele me acompanhou e me abraçou.

– Vou fingir que acredito, Igor Cavalari. – ainda abraçada senti o perfume dele, que delicia – Obrigada por tudo, de verdade!

– Por nada morena, tamo junto! – soltei do abraço – Vai “sigurano”! – rimos juntos.

– Vou voltar, já deu minha hora! – dei um beijo no rosto dele.

– Te ligo mais tarde pra ver como você tá! – ele disse enquanto eu me afastava.

– Beleza! – entrei no elevador e voltei pro trabalho.

***

A tarde se arrastou, e junto com ela veio a bad... Tentei me distrair fazendo o relatório do evento, mas o nó que estava na minha garganta crescia a cada minuto, comecei a contar o segundos pra ir embora. Quando finalmente deu 18h eu já podia sentir as lagrimas querendo sair.

– Tchau Nessa!  – disse e sai sem nem ouvir a resposta.

Peguei o elevador segurando o choro igual criança e torcendo pra não encontrar ninguém no caminho, andei apressadamente até o meu carro, entrei fechei a porta e abaixei o espelho, e foi a conta: Lá estava uma foto minha com a Lua, desabei!

Depois de alguns minutos escutei uma batidinha no vidro, olhei e era a Nessa, abaixei o vidro e a olhei.

– Quer conversar? – sorri, ela realmente é uma fofa – Tem um Mc aqui perto. Bora lá que ai você me conta o que tá acontecendo!

Respirei fundo, enxuguei o rosto e desci do carro, o Mc fica do outro lado da rua.

– Vamos lá então, afinal não se rejeita um fast food né? – tentei rir, mas não convenci ninguém.

Fomos em silencio até lá. Pedi meu Mil Shake de morango e uma batata grande, ela pediu um MC Flurry de Kit Kat e fomos nos sentar.

– E ai, dona Dy. – ela disse. – O que tá acontecendo? E nem vem me dizer que não foi nada porque já te conheço o suficiente pra saber que tem algo errado!

– É que... – respirei fundo e enxuguei uma lágrima que queria escorrer – Tá acontecendo muita coisa ao mesmo tempo, minha vida tá uma bagunça! – disse e tomei um gole do meu Milk Shake.

– Dy, você sabe que pode confiar em mim, né? – ela disse e apertou minha mão por cima da mesa. Senti uma coisa tão boa que suspirei aliviada. Acho que encontrei uma nova amiga.

– Sei sim! E obrigada por isso. – sorri pra ela – Minha família vai embora do país! – ri fraco da cara que ela fez – A louca da minha mãe quer que eu vá pra Floripa morar com ela e com o jovem e viril marido dela. – foi inevitável não rir e ela me acompanhou – Então estou entre morar sozinha, sem grana, pela primeira vez na vida ou ir pra Floripa ser mãe da minha mãe.

– Pera ai, você disse que sua família vai embora do país, mas sua mãe te quer em Floripa. – só nessa hora me toquei que ainda não tínhamos falado sobre isso – Acho que preciso de uma luz aqui! – rimos alto – Você mora com quem?

– Eu moro com minha irmã, meu cunhado e minha sobrinha. – sorri me lembrando do rosto dela – Minha mãe é meio louca, então minha irmã faz o papel dela desde que eu tenho 5 anos. Não nos damos bem! Às vezes acho que ela me culpa porque o genitor foi embora quando eu nasci.

– Genitor? Seu pai, quer dizer? – a cara confusa dela era muito engraçada! Esse papo estava me fazendo tão bem.

– Não, Nessa, pai é outra coisa. – ela riu – Ele foi só o cara que colaborou na concepção. Tem 20 anos que só sei que ele tá vivo porque o dinheiro cai na conta, mas isso não importa. – rimos alto – Bom, no fim das contas eu não sei o que vou fazer...

– Ah, eu iria morar sozinha! – ela disse animada – É meu sonho! Voce vai sentir falta da sua família, mas é melhor sentir saudade sozinha do que no inferno, né? – olha, até que faz sentido. Obrigada Deus pela Nessa na minha vida!

– Olha, você até que tem razão. – ela sorriu – Bora morar comigo? Meu cunhado me ofereceu um apê emprestado lá em Osasco City! – gargalhamos – Ri não, é sério!

– Vamos conversar sobre isso! – olhei a hora e já tinha um tempão que estávamos lá.

– Eita, acho que temos que ir. Você viu? As passagens são pras 7hrs.

– Cedo pra caramba! – ela disse e eu ri alto – Bom, então vamos? – levantamos, jogamos o lixo fora e fomos caminhando até o estacionamento da empresa. Chegamos no carro e ela me abraçou.

– Obrigada, Nessa, por tudo! Tudo mesmo! – separamos o abraço.

– Dy, deixa de ser boba! Tô aqui se precisar! – entramos no carro, demos tchau pelo vidro e voltei pra casa de decisão tomada.

POV Vanessa

9hrs da manhã e já acordo com o celular apitando alto. Não era nem o despertador e sim o Pedro. Me lembrei que estava ainda tretada com ele e que depois da situação daquele dia, a gente ainda não se falou. Mesmo com a voz um pouco falha por conta da festa, decidi atender.

Ligação on

– Alô?

– Até que enfim você atendeu, hein Vanessa? Já tava ficando preocupado.

– O que você quer, Pedro?

– Santa ignorância, hein? – ele disse e eu bufei – Tá, o lance é o seguinte, eu sei que houve aquela treta anteontem e eu queria te falar que eu e a Renata terminamos.

– Até que enfim você se tocou que ela não era certa pra você, né?

– Cê sabe muito bem quem é a certa né? Vou nem falar nada porque você sabe.

– Pedro, não começa não. Sério. Eu tô cansada do trabalho de ontem, que por acaso você não deu a mínima, né?

– Eita, é verdade! Como é que foi?

– Foi ótimo, maravilhoso! – falei com um pouco de tom de ironia.

– Você vai trabalhar hoje? – ele perguntou depois de bufar.

– Sim, de 13 às 18hrs.

– Ótimo, estarei ai às 19hrs. Beijo! – ele disse e simplesmente desligou na minha cara.

Ligação off

Tive que levantar, pois perdi o sono. Essa do Pedro ficar dizendo que eu sei quem é a certa pra ele me dá nos nervos. Quando ele se declarou pra mim há uns anos, eu fiquei paranoica achando que eu também sentia alguma coisa por ele, mas eu sabia que aquilo não passava de amizade. Eu pensei que tudo mudaria quando ele começou a sair com a Renata, mas pelo visto tudo não passava de uma ilusão. Eu não vou negar que o Pedro é lindo e tudo mais, mas eu considero ele como um irmão. Ficar com ele seria mais ou menos como um incesto e isso não é certo. Eu sei, ainda continuo paranoica, mas é a verdade.

Como meus pais já haviam saído para trabalhar, tomei café rapidinho e fui arrumar o meu quarto. Tomei outro banho bem quente e logo depois fiquei fazendo hora assistindo a algum programa na tv. Como assistir Ana Maria Braga estava sendo completamente tedioso, entrei no twitter e fiquei navegando por lá até encontrar um outro retuite do Pedro.

@cocielo
não é meu aniversário, mas eu tô de parabéns pelo papel de otário.

Cocielo? Nossa, a vida é capaz de fazer hora com sua cara mesmo! Então eu conhecia o Júlio um pouco antes de realmente conhece–lo? Ri com os meus pensamentos e ri me lembrando dos twittes “Devo ter atirado na cruz, pq n é possível” “Mas amanhã... Aaah amanhã promete” “Me aguarde Fanfest”. Então era planejado a bebedeira dele. Realmente a tal Rebeca fez um estrago com a cabeça dele.

Olhei o relógio, 11:30. Levantei e fui fazer almoço. Depois de comer, fui procurar uma roupa pra vestir. Achei um vestidinho jeans simples, mas fofo e combinei com um tênis branco. Vesti tudo e fui me maquiar. Uma maquiagem bem fraca por assim dizer, mas bonitinha. Feito isso, peguei minha bolsa escrito NO, as chaves do carro, celular e mandei uma mensagem para a Dy antes de descer.

Mensagem on

Vanessa: Pronta pra mais um dia?

Mensagem off

Desci o elevador, peguei o carro e sai. Assim que cheguei na empresa, uma secretaria me levou até uma sala que dizia “Sala dos Estagiários”. Provavelmente aquele seria meu canto nos próximos meses. Quando entrei ali, me deparei com mais outras pessoas. Cumprimentei todos e me sentei, no aguardo da Dy. Logo ela chegou com uma cara meio séria, perguntei se tava tudo bem e ela disse que depois me explicava. Mal sentamos e o Fernando apareceu.

– Boa tarde minhas pupilas, soube que ontem foi tudo certo, parabéns! – ele nos entregou dois envelopes – Vocês embarcam pro Rio amanhã de manhã! Ai estão as passagens, hospedagens, cronogramas e cartão de viajem pros gastos. Boa viagem! – ele disse simples, levantou e saiu. Olhei para a Dy com uma cara tipo “oi?” e ela soltou uma risada.

– Calma lá, como assim vamos pro Rio? – sussurrei pra Dy. Ela começou a abrir os envelopes e a olhar os cronogramas – Geralmente eu levo meses pra me organizar pra ir ali na praia! – ela riu.

– Nessa... Nessa, relaxa! – é incrível como a Dy leva tudo no melhor jeito possível – Olha só, evento da Coca! 3 dias no Rio trabalhado, três noites livres e pagas no RIO DE JANEIRO... é disso que eu preciso!

– É festa, é viagem... – falei rindo e contando nos dedos – Acho que não existe melhor trabalho que esse! Só tirando a parte do cliente ser meio babaca e tal. – fiz cara feia, me lembrando do Júlio.

– Coitado! – a Dy riu – Virou corno, ficou bêbado... Dá uma segunda chance pra ele, Raissa!

– Nossa, Dy! Eu não mereço isso! – ri com ela – Mas vamos ver... Acho que ele não deve ser tão ridículo assim.

Ficamos conversando mais um pouco e depois guardamos os envelopes. Fernando pediu pra gente fazer algumas coisas e disse que as 15hrs seria nosso intervalo. Rapidinho deu a hora. A Dy disse que o Igor estava lá embaixo na cafeteria e que iria falar com ele. Desci com ela, cumprimentei ele de longe, comprei pão de queijo e suco e fiquei sentada num canto fazendo meu lanche.

***

Depois que voltamos do intervalo, notei que a Dy estava mais tristinha que antes. Depois que acabar o expediente é certo que vou falar com ela!

Fernando pediu pra que fizéssemos um relatório sobre ontem. Fiquei pensando no que escrever.

“Cliente Júlio Cocielo foi chifrado pela namorada e descontou toda sua raiva em mim com má educação. Na festa, o cliente bebeu até encontrar–se bêbado. Começou a se comportar como um babaca, infantil. Discutiu com pessoas e precisou ser levado pra casa acompanhado por mim e pela Dydyh.”

Ok, eu não sou tão má assim. Ri com o que pensei e terminei de escrever o relatório, descente por sinal. Quando dei por mim, o relógio já apontava 18hrs. Desliguei o computador, arrumei minhas coisas e ouvi a Dy dar tchau pra mim. Quando me virei, ela não estava mais lá. Desci rapidamente e quando cheguei no estacionamento, encontrei com ela dentro do carro e chorando muito. Na mesma hora fui até ela para perguntar o que estava acontecendo. Bati no vidro do carro e ela olhou pra mim, abaixando o vidro logo em seguida.

– Quer conversar? – perguntei e ela assentiu.

Decidimos ir comer num McDonalds que havia ali perto. Assim que chegamos, ela pediu um MIlk Shake e batatas e eu acabei pedindo só um Mc Flurry de Kit Kat, meu preferido. Pegamos tudo e nos sentamos. Ela me contou que toda a família dela iria morar fora do país e que ela teria que morar com a mãe em Floripa. Fiquei sem entender, mas ai ela me explicou que mora há muito tempo com a irmã e o cunhado. Eu disse que, seu eu fosse ela, moraria sozinha e foi ai que ela me chamou pra morar com ela. Eu achei a ideia sensacional! Iremos conversar direitinho e decidir se realmente vai dar certo. Conheço a Dy há poucos dias, mas parece que conheço há anos. Com certeza já a considero muito!

Quando ela já estava se sentindo melhor e vimos que já estava tarde, nos levantamos e fomos até o estacionamento da empresa. Pegamos nossos carros, nos despedimos e fomos embora.

O transito estava um pouco caótico, mas nada que me fizesse  ficar muito tempo parada. Cheguei em casa e já era 20:10. Assim que abri a porta, encontrei meus pais na sala assistindo TV.

– Ei filha! – minha mãe disse sorrindo.

– Como foi o trabalho hoje? – meu pai perguntou.

– Foi tudo certo! Aliás, amanhã eu vou pro Rio passar o fim de semana a trabalho.

– Nossa, mas assim tão em cima da hora? – minha mãe perguntou.

– É, mas tá tudo pago. É só ir, cumprir com o cronograma e voltar. Vai ser um evento da Coca Cola! – sorri e eles concordaram – Tô meio cansada. – bocejei involuntariamente – Acho que vou pro quarto.

– Vai mesmo, filha. Aliás, tem uma surpresa pra você lá! – ela sorriu e eu fiquei meio “an?”.

– Tá... Vou lá!

Ouvi umas risadas deles e fui até meu quarto. A porta estava fechada. Assim que abri, dei de cara com o Pedro sentado na minha cama, segurando uma rosa na mão. Jesus amado!

– Pedro, o que você tá fazendo aqui?

– Que demora hein? – ele se levantou rápido – Eu disse que eu estaria aqui as 7.

– Eu esqueci, foi mal... – falei suspirando, deixando minha bolsa na cama.

– Pra você! – ele estendeu a flor e uma barra de Diamante Negro pra mim. Ri com a situação.

– Fico muito feliz pelos mimos, Pê... – ri fraco – Mas não acha que você deveria estar dando isso pra Renata e não pra mim? Tem certeza que não errou o número do apartamento?

– Larga de ser boba, Vanessa! – ele riu – Cê sabe que você é mais importante pra mim do que qualquer outra pessoa. – ele se aproximou de mim – Além de que a Renata não merece nada disso.

Eu sorri involuntariamente. Tem vezes que o Pedro é um fofo. Cheirei a rosa e confesso que estava muito cheirosa.

– Não sabia que rosas cheiravam a Quasar Fire. – ri. Era o perfume dele.

– É pra você se lembrar de mim, poxa. – ele riu fraco, passando a mão na nuca.

– Como se eu não te visse quase todos os dias né? Sorte que seu perfume é bom. – ri e fui em direção a penteadeira, deixando a rosa e a barra em cima dela. Ele veio atrás de mim.

– Nessa, preciso fazer uma coisa agora e é urgente.

– O que Pedro? – me virei pra ele rapidamente. E no mesmo instante sou surpreendida com os lábios dele tocando os meus.

QUE PORRA ESTÁ ACONTECENDO AQUI?!


Notas Finais


Esperamos que tenham gostado! Não se esqueçam de dizer o que estão achando, hein?
Um beijo, Vanessa e Dy! <3


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