Rafael
Voltar pra casa era o que eu mais queria no momento; depois de passar alguns anos fora estudando e trabalhando decidirá que era hora de voltar, além da saudade da minha família não tem nada melhor que nosso lar.
Cheguei no Brasil e a recepção não poderia ser melhor, meus pais e minha irmã já me aguardavam no aeroporto com um cartaz gigantesco, cheio de brilho, escrito "Rafael Vitti" arrisco dizer que isso seria ideia da minha irmã. Não contive o sorriso ao ver meus pais e minha irmã, depois de tanto tempo sem vê-los a saudade não cabia mais no peito.
Depois de muitos abraços e beijos, decidimos continuar a conversa e matar a saudade em casa. O caminho do aeroporto até em casa nunca havia sido tão rápido, não sei se por conta de passarmos o caminho todo contando as novidades ou se era por fazer muito tempo que não passava por ali. Chegamos em casa e a primeira coisa feita foi eu fechar meus olhos e dar um suspiro.
- Lar doce lar - abri os olhos e entrei em casa.
- Nada melhor que nossa casa não é filho? - senti a mão de meu pai sobre meu ombro, assenti e lhe dei um abraço apertado.
Fui para meu quarto deixar minhas coisas e aproveitar e tomar um bom banho, estava cansado da viagem e para dar uma boa relaxada nada melhor que um banho.
Minha mãe fizera um jantar especial, segundo ela, o fato deu ter voltado ao Brasil era motivo de comemoração. Depois do jantar ficamos conversando sobre vários assuntos, como havia sido esses anos fora, o que tinha feito, pessoas que conheci, como estava a cidade, se havido mudado algo, coisas aleatórias sobre nossas vidas. Depois de muita conversa ajudei mamãe tirar e mesa e fui para meu quarto, queria poder deitar na minha cama e aí sim relaxar.
Já de manhã como era esperado, minha irmã fez questão me acordar como quando éramos crianças.
- Rafael não vai levantar não meu filho, já mais de 12:00 - ouvi minha irmã bem no fundo, como se estivesse bem distante
- Já vou levantar irmã, só mais dez minutinhos e eu já levanto - resmunguei e me virei para o outro lado da cama.
- Rafael não me faça fazer como nos velhos tempos - ouvi sua voz mais alta e mas próxima de mim também.
- Você não vai fazer isso, não teria coragem né ?! - perguntei ainda de olhos fechados.
- Você não vai querer pagar pra ver né ? - ouvi ela rindo e sorri ao me lembrar. Quando éramos crianças sempre que ela me chamava e eu não levantava ela vinha com um copinho de água do banheiro e jogava em mim.
- Tá legal, você venceu maninha - levantei da cama ficando sobre a mesma e a encarando - E qual o real motivo pra querer tanto que eu levantasse? - me espreguicei e a chamei para sentar ao meu lado na cama.
- Você sabe que.. - vi ela sentar ao meu lado e sorrir de canto - faz tempo que não conversamos, papo de irmãos estava com saudades - disse já deitando em meu colo.
- Ah sim, só é saudades de conversar com seu irmão? Não tem nada que queira me contar? Ou perguntar? - A olhei curioso e comecei alisar seus cabelos sobre meu colo.
- É só saudade sim Rafa.. - ela sorriu e fechou os olhos sentindo meu carinho nos cabelos.
- Ok! Então sobre o que os irmãos vão conversar? - ri fraco esperando que ela respondesse
- Rafa você sabe que eu gosto de ficar com mulheres também né, isso não é novidade.. - ela respirou fundo e levantou ficando de frente pra mim - E eu não me apego você também sabe disso né?! - vi ela sorrir sem jeito e me encarar - Só que essa mulher tá me deixando maluca, depois que fiquei com ela, não tiro ela da cabeça, o que faço? - ela me olhava com aquela cara de cachorro que cai da mudança sabe?! eu não aguentei e comecei a rir - Nossa que irmão que você é hein?! Eu aqui abrindo meu coração pra você e o que você faz? Isso mesmo, você ri da minha desgraçada - ela fez cara de emburrada e cruzou os braços me olhando seria.
- Ei ei.. calma aí nervosinha, tô rindo porque você está aí toda apaixonadinha - segurei a risada e me aproximei dela puxando ela pra um abraço. - Já falou com essa tal " mulher " que não está te deixando em paz? - desfiz o abraço e a olhei. - As coisas vão se resolver só quando vocês conversarem irmã. - sorri pra ela e depositei um beijo em sua testa.
- Rafa eu tenho certeza que pra ela eu fui só mais uma, sem contar que estávamos tri loucas, aquele dia bebemos horrores - ela sorriu de canto e desviou o olhar para a janela.
- E não vai nem tentar Anaju? - segurei seu rosto fazendo a olhar pra mim. - Se não ir falar com ela não vai saber se você foi só uma ou não - sorri de canto me levantando e a vi se jogar de costas na minha cama.
- Obrigada Rafa, senti sua falta.
- Também senti a sua.
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