História Destiny - Capítulo 01

“Papai, vamos tomar sorvete hoje?”

“Não amor, talvez amanhã” Viu a pequena formar um biquinho que em sua concepção a deixava mais adorável do que era.

“Agora eu vou te levar a escola, ok princesa?” Terminou de ajeitar o pequeno laço na cabeça da garotinha. Moonbin sorriu ao ver a filha -Soyeon- de seis anos se olhar no espelho e fazer “ok” com os pequenos dedos.

“Vamos? Papai precisa ir trabalhar.” Olhou o relógio no pulso e percebeu que se demorassem mais, ambos iam se atrasar. Com mochila e lancheira em mãos, pegou a filha no colo e seguiu em direção à porta.

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Depois de ter deixado a pequena Yeon na escola, Moonbin seguiu em direção a seu paraíso e inferno: A empresa onde administrava. Ainda não era o chefe, mas logo seu pai lhe passaria esse cargo. Gostava do lugar e ate mesmo dos funcionários, mas odiava a parte das reuniões e de seu pai falando de cinco em cinco minutos o que devia ou não fazer.

O fato de ser rico e herdeiro da empresa do pai não o impediu de se esforçar e conseguir as coisas por mérito próprio, apesar de muitos o verem apenas como um riquinho mandado pelo pai para não perder a herança. Em certas partes era verdade, muitas das decisões tomadas em sua vida foram feitas por seu pai como ter se formado em administração e ter se casado com a filha de um sócio de seu pai.

Gostava da vida que levava, mas se arrependerá de ter aceitado a proposta de se casar com Sohyun, a mulher era bonita e inteligente, mas não a amava e não sentia vontade alguma de ter alguma coisa a mais, não negava que sentia atração física por ela, mas era só isso. Depois de cinco anos o casamento acabou depois de muitas lutas por parte de Soohyun, que insistia continuar casada com Moonbin mesmo sabendo que seria infeliz.

A única coisa de que não se arrependia, era de ter feito a coisa mais preciosa de sua vida, sua pequena filha Soyeon, amava-a mais que tudo. Soohyun não se deu o trabalho de pedir a guarda apenas a entregou para o pai, pegou suas coisas e foi embora. Ela gostava da filha, mas não sentia aquele amor de mãe, o que deixava Moonbin totalmente intrigado. A pequena Soyeon sentia falta de Soohyun e sempre perguntava por ela, mas recebia a resposta de que a mãe estava viajando.

A filha ficava triste e ate mesmo chorava com saudades da mãe e isso lhe partia o coração. Soohyun só aparecia nos finais de semana para leva-la para passear ou para, como ela mesmo dizia, matar a saudades do ex-marido. As vezes ela passava mais dias na casa de Moonbin, o que de certa forma deixava Soyeon muito feliz, porque na cabecinha da menina, ela finalmente teria uma família completa. “Mamãe, papai e eu” era o que ela desenhava quando estava sozinha.

Sempre foi um pai presente, sempre fez questão de ser, em todos os momentos importantes da filha estava lá, já chegou até mesmo a faltar uma reunião para prestigiar uma peça infantil em que sua menininha era a protagonista, tudo pelo sorriso de seu tesouro. Mas isso iria mudar, a carga horária de seu trabalho iria aumentar e isso significava menos tempo com a filha, o que lhe deixava frustrado. Alem de que não teria com quem a deixar.

Enquanto esperava o elevador parar em seu andar sua mente vasculhava uma possível ideia para solucionar o problema. Sua mãe estava fora de cogitação, ela não parava em um lugar, assim como sua ex-mulher, vivia viajando. Não queria ter que recorrer a uma babá, pelo visto essa seria sua única opção no momento.

Ouviu o elevador apitar indicando que tinha chegado a seu destino, saiu e procurou com os olhos sua secretaria, Sejung, que estava atendendo uma ligação. Parou em frente à mesa da garota e a esperou encerrar a ligação o que não demorou muito.

“Bom dia senhor, o investidor ligou e pediu para marcar uma reunião quinta-feira” Sejung comunicou ao chefe.

“Bom dia, diga a ele que esta confirmada essa reunião. Antes de acabar o expediente quero uma lista das melhores babás de Seul em cima da minha mesa, com numero de telefone e endereço” Pediu gentilmente.

“A-ah, acho que posso lhe recomendar um ótimo babá, é um dos melhores, posso lhe garantir”.

“Mande a ficha dele com tudo ok? Ate” Apesar de estranhar o fato de que era um babá e não umA babá, daria uma chance já que estava um pouco em cima da hora para resolver a situação mas antes conversaria com o rapaz para ter certeza que estaria deixando sua filha em boas mãos.

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Sentiu o celular vibrar embaixo do travesseiro, de maneira lenta e preguiçosa pegou o aparelho e verificou quem estava ligando. “Sejung Noona”. Atendeu rapidamente e esperou a mais velha falar.

“Bom dia Woozinho, advinha quem conseguiu algo pra você?” a voz da mulher estava animada.

“Bom dia noona, an.. acho que você?” Sua mente ainda estava meio lenta pelo fato de ter acabado de acordar.

“Sim, eu. Agora pode dizer que me ama, sim? Se arrume e venha para a empresa onde trabalho, meu chefe quer fazer uma entrevista com você. Bye~”.

“Serio? Muito obrigado Noona! Te amo, ate mais” Se despediu da amiga, levantou e seguiu para o banheiro para fazer sua higiene matinal. Depois de dois meses sem conseguir bicos como babá já estava quase desistindo de procurar algo nessa área, mas a sorte parecia estar do seu lado e agradeceu internamente por isso. Pensou que agora sua vida voltaria a ser como era antes.

 Faltava apenas um ano e meio para se formar e terminar sua especialização em pediatria, mas isso estava em risco pelo fato de não conseguir um emprego alem do de garçom em um restaurante chic aos finais de semana, ainda tinha que pagar metade da bolsa que se esforçou para ganhar no entanto a mensalidade ainda era um pouco cara, e ainda tinha as despesas do apartamento.

Seus pais até poderiam lhe ajudar a ter uma vida fácil e confortável, mas negou, o apartamento que eles deram estava de bom tamanho e não aceitaria mais nada, amava demais os pais e achava injusto ter que viver sempre as custas deles. É por isso que quando completou dezoito procurou a tão famosa independência e resolveu seguir a vida, não cortando contanto com os pais que vinham lhe visitar as sextas-feiras.

Tomou o banho rapidamente e foi em busca de uma roupa mais formal afinal encontraria com o chefe de sua amiga. Não poderia “fazer feio” como sua mãe dizia. Vestiu uma calça preta e uma camisa social branca, ao se olhar no espelho constatou que estava bonito ate porque sua boa aparecia lhe deixava bem com tudo. Apesar de negar e ficar corado com elogios sobre isso.

Caminhou para a cozinha e pegou apenas uma maçã, iria comer enquanto esperava o ônibus que lhe levaria ate o local. Calçou seu all star favorito, que já estava na porta do apartamento, trancou a porta e finalmente seguiu seu caminho.

Desejou sorte para si mesmo para que passasse na entrevista e fosse contratado.