Mais uma noite tinha chegado e eu estava sozinha em uma pub qualquer da cidade, como sempre fazia aos sábados, fiquei sentada no bar tomando alguns drinks.
Olhei em direção a pista de dança e me animei em ir dançar. Assim que cheguei começou a tocar Daddy do PSY. Eu mexia os quadris no ritmo da música, sem tirar o copo da mão (já que aquele seria o último da noite).
Senti um corpo próximo ao meu e me virei para ver o rosto de quem tinha se aproximado tão repentinamente. Era um homem, muito bonito, que parecia ter em torno de seus 20 e poucos anos. Ele parecia ter uns 3 metros de altura.
-Boa noite, gatinha. -Ele disse em meu ouvido com um tom de voz elevado. Dava para sentir o bafo de bebida sem esforços.
-Boa noite, com licença. -Não iria dar bola para um bêbado, pelo jeito que ele falava e agia dava pra perceber que era encrenca na certa. Sai de perto dele e fui ao banheiro.
Retoquei a maquiagem, ajeitei meu cabelo e sai do mesmo. Estava saindo quando alguém me imprensou na parede ao lado de fora do banheiro.
-Gatinha, nem comecei o que queria fazer e você já saí assim? Não mesmo. -Era aquele cara de novo. Eu sabia que ele era encrenca!
-Será que você pode me soltar por favor? - Pedi enquanto fazia força
-Calma, gatinha. Vamos pra minha casa e lá você relaxa um pouco. -Ele começou a beijar meu pescoço, ele foi subindo até chegar na minha boca. Eu comecei a tentar empurra-lo, tudo em vão, porque ele era mais forte que eu.
-Me solta! - Pedi novamente e nada.
-Solta ela! -Alguém disse atrás do homem.
-E você, quem é? O namorado dela?
-Não te interessa. Já disse pra soltar ela. - Eu não fazia ideia de quem era aquele garoto, mas nunca agradeci tanto alguém mentalmente.
Foi tudo muito rápido, quando fui ver os dois rolavam no chão trocando socos. O homem que estava me agarrando -que estava muito bêbado para conseguir brigar- já estava quase desmaiado quando eu segurei o braço do garoto para que não desse seu último soco.
-Para, por favor. -Pedi olhando no fundo dos olhos do mesmo. Ele saiu de cima do homem e ia saindo quando segurei um de seus braços, impedindo que ele continuasse.
-Obrigada.
-De nada. Tome mais cuidado, por favor. -Ele disse sério e foi embora. O vi sair da pub e ir em direção ao estacionamento. Sinceramente, não sei o que deu em mim, quando dei por mim já estava no estacionamento a procura do garoto misterioso.
Eu olhava em volta e avistei um cabelo branco sentado no meio fio.
-Você está bem? -Perguntei me aproximando e vendo que ele estava de cabeça baixa encarando suas mãos machucadas.
-Estou. O que está fazendo aqui? -Perguntou finalmente me encarando.
-Eu também não sei. Não estou mais com clima para ficar lá dentro. -Ele assentiu e nós ficamos em silêncio, apenas com o som que vinha de dentro do local.
-Como é seu nome? -Resolvi quebrar o silêncio com um sorriso fraco.
-Min Yoongi.
-Sou Lee Hyorin. -Estendi minha mão e ele a apertou.- Sabe... Sua mão ta bastante machucada e seu rosto também. -Disse passando levemente meus dedos no machucado que estava em seu rosto.
-Esta tudo bem. -Ele disse segurando minha mão e a empurrando delicadamente.
-Vamos eu vou cuidar disso para você.
-Não precisa, já disse que está tudo bem.
-É minha maneira de agradecer pelo que você fez. -Levantei e estendi a mão para que ele fizesse o mesmo. Ele bufou derrotado e me acompanhou.
-Você dirige? -Ele perguntou assim que eu destranquei o meu carro.
-Sim, por quê? Tenho cara de ser muito nova para isso?
-Exatamente. -Ele respondeu dando um sorriso enquanto entrava no carro.
Fomos o caminho inteiro conversando sobre assuntos aleatórios. Na verdade eu conversava, ele só respondia.
-Chegamos. -Exclamei estacionando o carro. Saímos e abri a porta da entrada para que ele entrasse.
-Senta aí, vou no meu quarto pegar o kit primeiros socorros. -Deixei ele sentado na sala e fui até meu quarto. Tirei meu salto e prendi meus cabelo em um rabo de cavalo.
Voltei para sala e ele estava na mesma posição olhando para o nada. Sentei ao seu lado e ele se virou para mim
-Talvez vá arder um pouco. -Disse segurando delicadamente a mão dele. Era estranho para mim cuidar de alguém, não tenho irmãos e meus pais nunca me deram muita atenção.
Comecei a passar o remédio em suas mão e depois enfaixei, indo fazer curativos em seu rosto. Ele fazia caras e bocas o tempo todo.
Eu estava próxima de seu rosto, com uma mão segurando seu queixo enquanto a outra eu terminava de fazer o curativo.
Me assustei quando senti a mão dele na minha. Ele me encarava profundamente e acariciava minha mão delicadamente. Senti ele segurar a barra da minha blusa e do nada me puxar por ela mesmo, selando nossos lábios
Ele pediu passagem com a língua e, por mais estranho que seja, eu cedi.
Foi um beijo calmo e doce, que me fez sentir borboletas no estomago.
Ele tinha gosto de açúcar.
Depois que nos separamos continuei de olhos fechados e assim que abri dei de cara com o sorriso mais meigo que já vi. Estávamos os dois corados, mas eu só retribui o sorriso.
-Acho melhor eu ir para casa. Já esta ficando tarde.
-Não, fica mais um pouco. - Fiz cara de cachorro que caiu da mudança.
-Tem certeza? Não quero incomodar.
-Óbvio que você não vai incomodar. Sabe... Eu fico bastante sozinha e você me parece uma ótima companhia. -Respondi dando de ombros.
-Se você diz. -Ele riu nasalmente.
-O que você acha da gente ver um filme?
-Parece legal.
-Vem, vamos arrumar um camão aqui na sala. -O puxei até meu quarto e foi muito engraçado nós dois tentando levar o colchão até a sala sem que ninguém caisse.
-Você é muito fraco. - Disse para ele rindo.
-Fica difícil carregar um colchão se ele é maior que você.
-Não é maior que você.
-Eu estava falando de você. -Ele começou a rir. Não creio que ele zoou minha altura assim, na cara dura. Ele nem é tão alto assim.
-Muito engraçado você. Vou fazer pipoca, você que se vire para arrumar a cama aí. - Rimos e eu fui em direção a cozinha. Preparei a pipoca e quando voltei a sala estava arrumada.
-Uau, que rápido você.
-Muito obrigado. -Ele respondeu rindo.
-Vamos escolher um filme. Você gosta de terror? -Perguntei colocando a pipoca em cima do camão e indo procurar um filme descente.
-Ta de brincadeira? Meu gênero favorito. -Ele disse empolgado.
Peguei um filme de terror, apaguei a luz e me deitei ao lado dele, com o pote de pipoca entre nós dois. As vezes eu me assustava e ele ria, me fazendo dar leves tapas em seu braço.
Eu estava me sentindo muito bem. Era estranho depois de tanto tempo sozinha, finalmente, ter alguém -agradável- comigo. Mesmo que fosse por pouco tempo.
-Agora sim, acho que já está na minha hora. -Ele se levantou depois que o filme acabou. Dessa vez eu não o impedi de ir.
O levei até a porta e sentia estar esquecendo de alguma coisa, só não sabia o que era.
-Se cuide. Até a próxima. -Ele se aproximou, deixou um leve beijo no canto da minha boca e foi embora.
Depois de vê-lo partir dei uma arrumada na sala e fui para meu quarto. Tome um banho relaxante e me deitei.
Eu estava com sono e não conseguia dormir, que vida triste. Decidi então ficar mexendo no celular.
Lembrei! Ai não, mas que merda. Eu conheci um garoto super fofo e simpático e nós não trocamos nem nossos números. Eu só sabia que ele se chamava Min Yoongi.
(...)
Já tinha se passado um mês desdo ocorrido na pub e desde então eu não parei de pensar no menino de sorriso doce e cabelo branco.
Saí do trabalho e até iria pra casa mas eu não queria nem cozinhar, nem ficar no tédio e nem ficar sozinha. Optei por ir à uma cafeteria no centro da cidade.
Eu sempre ia lá, era aconchegante e eu já conhecia todos os funcionários.
-Boa tarde, Hyorin. -Era Minhyuk, um dos funcionários mais simpáticos.
-Boa tarde, Hyuk. Como ta sua irmã? -Minhyuk tinha uma irmã mais nova, a mesma tinha asma e a última vez que eu à vi ela deu crise.
-Está bem, graças a Deus.
-Diga que eu mandei lembranças à ela.
-Pode deixar. Você vai querer o de sempre?
-Sim, por favor. -Ele assentiu e se distanciou da mesa.
Fiquei esperando com cara de paisagem, até que percebi alguém se juntar a mim na mesa. Quando me dei conta de quem era me surpreendi.
-Você por aqui? -Perguntou com o mesmo sorriso doce que o daquela noite.
-Eu que o diga... Não pensei que fosse encontrá-lo aqui.
-Digo mesmo. Quando cheguei em casa aquela noite percebi que fui burro e não peguei seu número.
-Eu também só percebi isso quando estava prestes a dormir.
-Parece que o destino interferiu e nos colocou um no caminho do outro de novo. -Não sei por qual razão, mas... Essa frase me fez abrir um grande sorriso.
-É... O destino.
-Então, o que acha de me passar seu número? Antes que me esqueça de novo.
-Será um prazer, Suga.
-Suga? -Ele perguntou confuso.
-É... Você tem um sorriso tão doce e seu beijo tem gosto de açucar.
-Gostei desse apelido. -Nossos pedidos chegaram e nós, finalmente, trocamos nossos número.
-Então o que acha de irmos dar uma volta?
-Adoraria. -Ele se levantou e estendeu a mão para mim, segurei a mesma e o acompanhei.
-Você é de Seoul mesmo? -Ele perguntou enquanto caminhávamos em uma praça.
-Não, sou de Jeju.
-Nossa, que legal. Eu queria ir pra lá, passar uma tempo, conhecer o lugar.
-Eu também queria voltar, faz muito tempo que não volto pra casa.
-Quem sabe um dia não vamos.juntos? Você mata a saudade de casa e me mostra a ilha.
-Seria legal. -Respondi sorrindo.
Ficamos o resto da tarde caminhando e nos conhecendo melhor.
-Eu fico por aqui. -Disse assim que chegamos em frente à minha casa
-Foi um ótimo passeio, ficaria feliz se pudéssemos repetir. -Ele disse dando um daqueles sorrisos encantadores.
-É, Seria ótimo. -Ele se aproximou e selou nossos lábios, pedindo passagem com a língua, quele foi um beijo mas selvagem que o outro.
-Melhor pararmos por aqui. -Disse interrompendo o beijo.
-Eu te mando uma mensagem. -Ele sorriu e eu fiquei o observando ir embora.
Nunca fui de acreditar no destino, mas parece que... Ele me fez mudar de ideia.
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