História Destiny (Larry Stylinson) - Midnight Memories

28- Midnight Memories

 Pov. Louis.

 Depois da cerimônia, ficamos pra casa, afinal, a festa seria apenas as 8:30pm. Não sei qual de nós estava mais feliz e animado, mas meu coração não havia parado de bater forte desde o momento que abri meus olhos de manhã.

 Tocava na TV uma música animada, não lembro o nome agora, mas lembro de batucar meu pé em seu ritmo sorrindo, pensando em como seria daqui pra frente.

 Depois de anos esperando, negando pras pessoas, fingindo que não existia nada entre a gente quando existia tudo, estávamos bem, estávamos livres, ninguém poderia intervir mais em nossa vida, continuávamos com a banda, daqui um mês começaria á turnê do último álbum, estávamos perfeitamente felizes com tudo. Tudo ia bem, agora sorrindo idiota pro nada pensando em como minha vida estava boa.

 Ah, claro, a vida. É como um montanha russa. No começo, sobe, sobe, depois vai descer, fazer curvas rápidas e vai dar uma reviravolta, mas depois do que parecem anos, vai acalmar enquanto você se recupera da adrenalina.

 Depois de tanta coisa, tantas lágrimas, tantas pessoas intervendo, tudo ia bem, calmo, e eu não tinha mais medo disso. Se acontecesse alguma coisa iríamos enfrentar juntos, unidos, como sempre deveríamos ter feito. Obstáculos? Obviamente teriam, e venceríamos juntos. Pessoas contra? Em todo lugar, mas preferíamos dar valor á quem nos ama e nos apoia, como nossos amigos e nossa família.

 -Pensando em que, amor? –Harry entrava no quarto onde eu estava sentado na cama, me tirando de meus pensamentos.

 -Em você, na nossa história. –Sorri o falar isso, ele sorriu em retribuição. Ele se sentava ao meu lado e deixava um selinho em minha bochecha, o que me fez sorrir fraco.

 -Papais? –Freddie entrava na porta, eu via meu filho tão lindo... Daqui á alguns dias ele faria três anos, ele já estava tão crescido, foi como se o tempo tivesse voado de uma forma extremamente rápida. Claro, estávamos em 2018, o tempo havia passado muito rápido.

 Freddie usava terno, assim como eu e Harry, e eu percebia o quanto eu amava aquele pequeno serzinho, na mesma intensidade que eu amava meu marido. Meu marido.

 Lembrei que eu havia preparado uma surpresa pro Harry, me levantei da cama ignorando ele me perguntando o que eu faria, fui até o closet procurando por minha pasta em um dos armários, quando finalmente á achei, tirei o envelope branco de dentro e voltei até o Harry, percebi que ele me olhava confuso.

 -O que é isso, Lou? –Ele me perguntava, olhando rapidamente pro envelope, o pegando de minhas mãos, e depois me olhava novamente. Eu estava com meus olhos cheios de lágrimas, aquele era o último passo.

 -Abre. –Pedi, ele deixou de me olhar e abriu o envelope, tirando a folha de lá de dentro. Quando começou a ler, percebi seu rosto ficando vermelho, e ele colocava uma das mãos na boca, me olhando logo depois, com um sorriso no rosto.

 -O que foi pai? –Freddie perguntava ao Harry, que o olhou deixando uma lágrima escapar. Harry se abaixava em frente ao Freddie e abria seus braços, e sorri com aquela cena.

 -Dá um abraço no papai? –Harry dava ênfase na última palavra me olhando de canto, e Freddie pulou no pescoço dele, que correspondeu ao abraço do menor de olhos fechados.

 Á umas duas semanas atrás eu havia ido no cartório e havia mandado fazer uma nova certidão de nascimento pro Freddie, já que antes como pais dele estava eu e Briana. Mas não mais. Mandei que colocassem como seus pais Harry e eu, mas obviamente deixei Briana junto, se não eu morria esfaqueado pela mesma, tenho certeza, e já sabia que entregaria á ele hoje.

 Harry se desvencilhava do filho e me olhava, me abraçando logo depois me levantando do chão, me girando no ar, enquanto Freddie soltava uma risada gostosa.

 -Acho que o momento precisa de uma foto! –Eu dizia, Harry concordou pegando Freddie no colo e coloquei na câmera frontal do meu celular, tirando uma foto nossa, e logo depois percebemos que já passava de oito e meia, as pessoas já haviam começado a chegar e já poderíamos sair.

 Fomos em direção ao carro e em exatamente quarenta e cinco minutos estávamos lá, e praticamente todas as pessoas já haviam chegado.

 Entramos com nossas mãos entrelaçadas e Harry estava com Freddie no colo, sorrindo sempre pra todos, que nos aplaudiam.

 A primeira coisa feita, foi ter deixado Freddie com Liam e Zayn, que ficaram brincando com ele, e fomos pra pista, onde começava á tocar A Thousand Years da Christina Perry, e começávamos á dançar uma valsa ensaiada, sorrindo um pro outro, e em alguns minutos, outros casais já estavam na pista, dançando com a gente, e depois mais músicas começavam, a maioria animadas.

 Fomos á uma mesa reservada pra nós e nos sentamos, conversando.

 -Olha lá o Zayn, Hazz! –Apontei pro moreno, que brincava animadamente com Freddie em seu colo. 

 -Já tá na hora dos dois seguirem nosso exemplo! –Harry brincava, mas aí parei pra pensar, era verdade!

 Depois de jantarmos, antes de a balada começar oficialmente, vieram os discursos. Deixamos que todos fizessem antes de nós dois, seria mais emocionante, e as primeiras pessoas á irem até o palco, foram nossas mães.

 Depois de elas falarem o quanto nos amavam, que nos desejavam felicidade e muito juízo, foram a vez de nossos amigos, eu até peguei o celular pra gravar.

 Niall sabia muito bem nos fazer chorar e gargalhar ao mesmo tempo, afinal, esse foi o seu discurso:

 -Bom, linda noite, devo dizer! Depois do que pareceram milênios, esses dois gostosos resolveram explodir em arco-íris seu amor, eu pareço estar calmo, mas nos meus pensamentos, eu to voando em um unicórnio, em um arco-íris, é sério gente! Bom, acho que todos sabem aqui que por sete longos anos eu fui vela... não, não, nem é vela, é tocha olímpica mesmo dos Larry Stylinson, e não me arrependo de ter visto de pertinho a história dos meus pais! –Todos davam risada, Niall sorria porém depois olhava pro chão, depois nos olhava. –Mas saindo da brincadeira agora. Vocês dois, meus irmãos, são duas das pessoas mais fortes e persistentes que eu já conheci em toda a minha vida, e esse amor merece ser celebrado de várias formas, eu acho que não preciso dizer o quanto eu amo vocês do fundo do meu coração, né? –Ele perguntava e nós negávamos, sorrindo. Depois de um abraço, Liam foi até o microfone.

 -Lou, Hazz, finalmente... Vocês esperaram tanto, não é? Sim, é, nem respondam. Bom, eu também esperei, então sei como é. Mas depois de tudo, de brigas, obstáculos, pessoas contra, tudo o que vocês passaram, o amor de vocês foi mais forte do que tudo, e no final, tudo deu certo, não é? É, é sim. Bem, meus amigos, eu amo vocês do fundo do meu coração, vocês sabem disso! –Ele piscava pra nós, logo depois Ed falou, Shawn, e outros de nossos amigos e família, o que achei estranho, foi que o Zayn decidiu ficar por último, mas não dei muita bola, até o momento em que ele foi até o palco, pediu alguma coisa pro DJ e quando parou no microfone, o refrão de Right Now tocava, e Zayn cantava, o que fez todos o olharem com uma cara de surpresa, até que ele fazia um sinal pro Liam ir até ele, o que fez o moreno deixar Niall com Freddie e ir devagar até o namorado.

 -Antes de qualquer coisa, eu falo dos dois noivos. Eles são tudo pra mim, minha família, meus amigos, meu OTP supremo, eu tenho muito orgulho de ser amigo deles, eu amo eles do fundo do meu coração, mas eu gostaria de fazer outra coisa essa noite, se me permitirem. Posso? –Ele nos olhava e eu e Harry trocamos um olhar confuso, mas obviamente assentimos ao Zayn, que sorriu e colocou sua mão no bolso, enquanto o som de Right Now ainda tocava, agora mais baixo, e Zayn se ajoelhou olhando pro Liam, que tinha uma das mãos sobre sua boca e seus olhos arregalados.

 -Liam James Payne, eu te amo, eu te amo com forças que eu não sabia que eu tinha, então, sem enrolações, você aceita se casar comigo? –Minha boca havia ficado aberta sem eu ao menos perceber, e eu olhava pros dois, sem perceber que eu sorria, enquanto Liam assentia devagar, possivelmente não acreditando no que estava acontecendo.

 Zayn colocava a aliança no dedo do moreno, e se levantava o beijando, e todos aplaudiram. Eu e Harry nos levantamos e fomos até eles os abraçando, eu estava com lagrimas nos olhos, aquele dia não podia melhorar mais, tudo era extremamente perfeito.

 Depois de tudo, a balada começava, e me lembro das coisas até no máximo uma hora da manhã, antes de eu estar quase caindo de tão bêbado.

 -Louis, você tá caindo, e metade das pessoas não foi embora, acorda! –Liam me alertava, percebi que eu estava sentado em um sofá, sozinho.

 -Liam que horas são? Cadê o Harry? Quem eu sou? Não não to brincando, eu sou Lewis, e você? –Fora de mim. Era isso que eu estava.

 -Lou, vamos lá fora tomar um ar, vem. –Liam me ajudava á me levantar e fiz o que ele disse, mesmo sem ter certeza do lugar onde eu estava.

 -OONW VOCÊ VAI CASAR, QUE FOFO! –Eu disse pegando em seus ombros, ele sorriu envergonhado.

 -Eu vou buscar um copo de água pra você, okay? –Liam disse e eu assenti, me sentando perto de um laguinho, em um banco.

 Sentia minha cabeça arder, mas estava feliz. Fora de mim? Talvez, mas estava feliz, e digo isso como se estivesse sóbrio.

 Liam voltava com um copo de água e parece que aquilo me levou de volta pra realidade, pois em meia hora parecia que eu não tinha bebido praticamente nada. Avistei Harry conversando animado com Zayn em um canto meio isolado, ele sorria pro moreno e franzi o cenho imaginando sobre o que eles falavam, então fui até ele, e pude perceber que quando eu cheguei perto, eles mudaram rapidamente de assunto, Zayn olhava assustado pro Liam, eu olhava confuso pro Harry que apenas fez um sinal pra deixar os dois sozinhos, e fomos os dois pra pista, deixando o casal conversando.

 -Do que falavam? –Perguntei.

 -Zayn está preparando uma surpresa, é confidencial sabe... –Harry disse sorrindo e assenti. Começamos á dançar de modo desajeitado enquanto tocava Last Friday Night da Katy Perry, cantando junto, até que avistei meu filho vindo até nós, e o peguei no colo, o rodando, ele dava risada, até que Doris veio correndo até ele, o chamando pra brincar, então eles foram correndo até um canto, onde pude observar as crianças brincando com peças de lego.

 -Tem como ficar melhor? –Perguntei baixinho perto de seu ouvido, ele sorriu e assentiu.

 -Sim, afinal, eu ainda não fiz meu discurso. –Sorri forte pra ele, vendo ele se afastar e ir até o palco, chamando a atenção de todos.

 -Eu acho que todos aqui sabem, o quanto eu amei esse homem desde meus 16 anos, sabem o quão difícil foi, o quanto de lágrimas derramamos, o quanto de tempo eu quis estar com ele e não pude, por coisas sem importância, pelo menos não pra mim. Lou, eu acho que já te disse isso mil e uma vezes, mas você foi a melhor coisa que me aconteceu, eu te amo com todas as minhas forças, sério, todas mesmo, tipo, pra valer... ah, você entendeu! –Demos todos uma risada, enquanto eu limpava uma lágrima que queria cair. –Depois de tudo, hoje, essa noite, acabou. Você não tem mais como se livrar de mim, nem se quiser, porque eu sei que você me ama! –Rimos novamente, eu assenti e fui até ele.

 -Eu também te amo, minha vida... –O abracei, depois nos afastamos e obviamente ele me puxou pra um beijo, que todos aplaudiam. –Agora some, minha vez! –Brinquei, ele fez o que pedi, e se sentou onde eu estava antes.

 Puxei o microfone um pouco mais pra baixo, e comecei á falar, mas não sem antes respirar fundo pra não chorar.

 -Hoje é um grande dia, acho que isso é meio obvio, mas todos sabem que eu sou péssimo em falar coisas assim, sem nenhum ´´ensaio``. –Sorri olhando pra baixo, imaginando. –Hoje é o final de um ciclo, agora somos oficialmente eu, e você... e o Freddie, oficialmente mesmo, você entende. –Olhei diretamente pra ele, quando fui falar isso. –Você sabe disso também, mas eu te amo com todas as minhas forças, como você sempre diz, com forças que eu não sabia que eu tinha. Você é a minha vida, eu não existo sem você, você tem metade do meu coração em suas mãos, assim como eu tenho. Que seja infinito, todos esses sentimentos maravilhosos que sentimos um pelo outro, e novamente, eu te amo! –Não haviam mais palavras, eu não tinha muito o que falar, afinal, não dizem que quando se ama alguém, palavras são impossíveis de explicar? Pois então, eu sabia que era verdade.

 As pessoas aplaudiam, Harry se levantou e me beijou pela não sei quanta vez da noite, mas nada que eu não gostasse.

 A festa se estendeu até quatro horas da manhã, Freddie já dormia no carro, e Harry dirigia, afinal, eu mal conseguia ficar com os olhos abertos de cansaço e sono, muito muito sono.

 Em cinquenta minutos chegávamos em casa, Harry pegava Freddie no colo e fechava o carro, depois de entrarmos.

 -Pode ir dormir, eu cuido dele. –Harry disse e apenas assenti, sem ter nem prestado atenção no que ele havia dito, mas enfim...

 Fiz o que ele dissera, subi as escadas sentindo um peso em minhas pernas, e devo ter demorado o dobro do tempo normal pra subir até o último degrau.

 Entrei em nosso quarto e simplesmente tirei minhas roupas ficando apenas de cueca sem me importar com o frio e desmaiei na cama, colocando o cobertor por cima de mim e não vi mais nada, apenas fechei os olhos e praticamente desmaiei.

 Pov. Harry.

 Demorava á dormir, mas quando dormia, nem bomba do lado da cama acordava Freddie, nem o pai dele. Ou, quer dizer, um dos pais dele.

 Hoje certamente foi o dia mais feliz da minha vida, tudo valia o cansaço que eu estava sentindo nesse momento, sem contar o sono, eu estava caindo antes de colocar Freddie em sua caminha, e depois fui até nosso quarto.

 Meu marido já havia desmaiado na cama, e, apesar de estar tampado, parecia um bolinho encolhido de frio, então peguei outra coberta e coloquei por cima da que já tinha e tirei minhas roupas me deitando ao seu lado.

 Eu nunca esqueceria o dia de hoje, quando eu oficialmente virei marido do verdadeiro amor da minha vida, eu sabia que mais cedo ou mais tarde o destino daria uma ajudinha pra gente, e ele deu...