1. Spirit Fanfics >
  2. Destiny, or nah? >
  3. Você é sempre assim?

História Destiny, or nah? - Você é sempre assim?


Escrita por: dinomattosaurs

Notas do Autor


Olá! Como estão?
Bom, algumas pessoas estão me pedindo para explicar qual é o significado de "aura" e de todas aquelas cores que venho citando ao decorrer da história... Posso dizer que, a leitura de aura atua como um catalisador bastante potente das situações que a pessoa não tinha coragem de enfrentar para resolver e que se poderiam arrastar por anos e anos, quem sabe, a vida inteira. É uma ferramenta de conexão com a intuição, uma forma de ter clareza sobre o seu momento presente. Por exemplo, em um dos capítulos, citei que a aura do Matthew estava rosa. Isso que dizer que, pode significar três coisas: amor, sinceridade ou amizade. Você vai ver qual faz mais sentido ao ler e reler várias vezes. Para entender a leitura de aura, é necessário trabalhar com a lógica. Ela será a sua melhor amiga daqui para frente. Ou seja, todas as vezes que vocês lerem alguma cor, seja ela qual for, você terá que pesquisar naquela lista que eu postei no capítulo trinta e um e ver qual fará mais sentido. É complicado no início, eu sei, foi complicado pra mim também, mas assim que vamos tentando, pegamos jeito das coisas e de uma coisa que era difícil, se torna extremamente fácil. Eu não posso dizer qual é o significado disso na história, porque se não eu estarei revelando o segredo da Mellanie. Qualquer dúvida podem me perguntar nos comentários, ou até mesmo no meu twitter (link nas notas finais). Caso vocês preferirem, eu deixo a lista das cores da aura e seus significados em todas as notas finais dos capítulos. Para isso, preciso saber da opinião de vocês. O que vocês acham?
Boa leitura!

Capítulo 32 - Você é sempre assim?


 

(AVISO: POR FAVOR, LEIAM AS NOTAS INICIAIS ANTES DE LER O CAPÍTULO. OBRIGADO!)

 

"No infinito dos teus olhos, mergulho no espaço negro em forma de circulo, a buscar tua aura, teu sentindo, sentimentos e razões. Feito criança pequena na frente de um parque de diversões, fico curioso querendo te desvendar. Mistérios que me matam, porém sobrevivo e mais forte fico, pra mais uma vez mergulhar no meu circulo predileto do espaço negro dos teus olhos. O espelho diz todo dia que tenho uma aura branca envolta no corpo, mas como? Por que não reconheço o reflexo que parece tão vívido diante de mim? E ali está quem não conheço, ela possui os olhos grandes de excitação e não dispõe de nenhuma marca de ressentimento. Sim, Mel, tua farsa começa nas pontas dos teus cabelos, desce pelos becos que percorrem teu corpo e chega ao teu coração, mostrando a todos que tua vontade de vencer e ser sempre a última a mover as peças do tabuleiro era maior do que qualquer vício de presença, e que tuas intenções vazias de serenidade acertavam em cheio os corações desesperados por manhãs ensolaradas. E tu eras uma esfinge, menina, surgia como manhã ensolarada, tarde fria, noite seca, ou qualquer outra forma que se adaptasse ao que tu ambicionavas. Teu mundo era uma mentira, assim como a fraude dos olhos doces que sucumbia os enamorados, teu vestido vermelho justo apresentava o paraíso inconsciente para os amantes insensatos. O sorriso de Mona Lisa que trazia exorbitante enfeitiçava os imaturos e persuadia os inquietos. E eu não me encontrava nessas horas de impetuosidade. E por dentro a bile esgotava-se, e a carnificina do próprio ego me destruía em pequenas frações de luto. Refluxo, refluxo, refluxo. Como o movimento da maré que se afasta da margem, como se carne e alma não estivessem mais nas pregas da mesma costura. E a sensação intrínseca que não surte mais deliberado efeito corrói a animália do ponto de não-retorno, alimentando a fera devoradora de males errantes. Aí eu me dou conta de quê guerra mesmo ocorre aqui por dentro, e as paredes do corpo não permitem a notoriedade do eco, e eu até me conformo de que minha parte sombria não seja exposta contando que a máscara de “mundo justo que no final não vale a pena” ainda instigue. E mesmo com mantras desconexos e o veneno do bálsamo escarlate, o meu arsenal de desafeto implica a morte uma fase bonita, contudo não dos sentimentos necrosados. E para continuar viva, eu precisava morrer um pouco por dentro apenas para que a minha subjetividade não alternasse. O espelho pode assumir diversos significados simbólicos e quase todos estão ligados à verdade, à sinceridade e à pureza. E eu ficava aliviada quando os seres à minha volta acreditavam na aparência do olhar que não vê direito. A porta abriu sozinha com a força do vento, e pela primeira vez pensei: “Fique tranquila, Mel, os fantasmas cá estão dentro de nós”.”

Meus olhos ainda estavam fechados, mas eu já me encontrava acordada, justamente por causa do Sr. Mikael entregando as correspondências na caixinha do correio do lado de fora de minha casa. Abri os olhos lentamente e varri-os ao redor da sala, tentando procurar meu celular. Eram 9 horas, eu sabia disso pois era uma segunda-feira, mas eu só queria saber se Jack teve a cara de pau de me mandar alguma mensagem depois da noite anterior. Tentei me mexer e senti um peso insuportável em cima de minha cintura. Filha da mãe, era o braço de Matthew! Havia me esquecido completamente que essa criatura havia pernoitado em minha casa. Talvez isso fosse sintomas de uma bela ressaca causada por apenas três latinhas de Red Bull. Respirei fundo e retirei o braço do folgado de cima de mim. Tentei fazer o mínimo de barulho e movimentos bruscos possíveis, pois Matthew dormia como um anjo. Minha cabeça estava explodindo, cada passo que eu dava, sentia uma martelada em meu cérebro. Caminhei até ao banheiro do final do corredor e juntei minhas duas mãos, formando uma concha. Joguei um tanto de água em meu rosto, deixando-o completamente ensopado. Depois de ter secado-o, voltei para a sala e subi às escadas, rumo ao meu quarto. Adentrei o cômodo e caminhei até meu próprio banheiro. Acabei por fazer minhas necessidades, escovei meus dentes e penteei meus cabelos. Deixei o banheiro dormindo em pé ainda. Tinha total certeza de que a água não havia me ajudado em nada, a não ser à molhar o meu pijama. "Merda, meus planos para ficar o dia todo de pijama, debaixo das cobertas, foram de água a baixo!", pensei. Optei em vestir uma roupa simples, Matthew não iria ligar mesmo. Bom, pelo menos espero que não. Desci às escadas e encontrei Matthew ainda no vigésimo nono sono. "Meu Deus, esse garoto dorme como uma pedra!", ri com meus pensamentos. Sem pensar duas vezes, me joguei em cima dele, sem dó nem piedade, e sem me preocupar se machucaria ou não.  

— BOM DIA, FLOR DO DIA! — gritei. Agora ele não poderia reclamar, já era 9 horas da manhã e não 3 horas da madrugada.

— Oi, sua gorda, sai de cima de mim. — resmungou, coçando os olhos e tentando se esconder debaixo do cobertor. Tentativa fail já que puxei-o rapidamente, revelando um Matthew encolhido na posição fetal. — Ok, já pode parar de me olhar, sua tarada. Obrigado. 

— Não me recordo de ter dormido agarrada com você. — cruzei o cenho.

— Também não me recordo. Achei que fosse uma almofada. — riu.

— Matthew!

— Uma almofada bastante confortável, aliás, muito macia...

— MATTHEW!

— Ah, cala a boca, vai... Você gostou do meu cafuné. — deu uma piscadela.

— Eu sou uma moça de família, ok? Já estou em um relacionamento sério. — cruzei os braços na altura do peito.

— Ah, é mesmo? Com quem? Jack Johnson ou o...

— Minha cama. — estirei a língua. — Traí ela esta noite com o sofá. Será que ela ainda me perdoa? — fiz cara de dúvida, cocei o queixo.

Você é sempre assim? — perguntou, sentando-se no sofá. 

— Assim como? — estranhei sua pergunta. O que diabos ele quis dizer?

Idiota, meia louca, sei lá, eu não sei. — deu de ombros. — Por que você não é assim no colégio? Você vive se escondendo atrás de um capuz, roupas largas e escuras. Não tem amigos, responde apenas o necessário. Há algo que eu posso fazer para ajudar? — fitou-me. "Não.", seria a resposta, mas optei em não dizer absolutamente nada, apenas abaixei minha cabeça e tentei segurar as lágrimas que estavam prestes a deslizar pelas minhas bochechas. — Mellanie?

— Sabe, Matthew... — respirei fundo. — Eu só queria poder deletar o meu passado e não ter medo do presente e pavor do futuro. As pessoas vivem julgando coisas que não as interessam. Acho injusto receber tanto ódio e não poder fazer nada, absolutamente nada para amenizar a dor de ser menosprezada. — deixei uma lágrima escapar, Matthew a enxugou rapidamente com o seu polegar.

— Me responde uma coisa? — levantou meu rosto com o seu dedo indicador em meu queixo. Fitei seus olhos cor de mel e assenti lentamente.

Você gosta do Cameron? — e suas palavras me atingiram como uma flecha no alvo em época de olimpíadas. Baixei minha cabeça novamente. Um silêncio apavorante permaneceu no cômodo e aquilo só fazia o meu estômago revirar, como se tivesse um filhote de dinossauro alojado ali, sambando em pleno Sambódromo da Marquês de Sapucaí em tempos de carnaval no Brasil. — Olha, Mel, se você não responder nada, eu vou considerar o seu silêncio em um sim.

Por que eu iria gostar dele? — digo rapidamente, Matthew arregala os olhos. "Porque ele é maravilhoso. Porque ele é o dono de todos os meus pensamentos e dúvidas intermináveis. Porque é ele que está presente em todos os meus sonhos, até mesmo os meus pesadelos. Ele, somente ele, Cameron Dallas.", penso.

"A dor que sinto pelo desprezo e pela crueldade das palavras, talvez não me doam mais que o olhar. O olhar diz mais que as palavras. Procuro evitar olhar-te nos olhos, pois seus olhos me mostram a inocência que muitas vezes duvido que exista, e na duvida é melhor não cruzar os meus aos seus. Eu sei quando estou te ferindo, mas, sera que você sabe quando está a fazer o mesmo comigo? Foi de proposito? Sem querer? É complicado dizer que o amor chegou ao fim, mesmo sem começo. Não nos deixe mal, porque mesmo sem inicio se iludia a expectativa de que poderia ter sido bom. Bom mesmo é se estivesse acontecido! Pelo menos teria do que me arrepender por fatos e não por teorias! Agora eu me pego a perguntar a mim mesmo: Sera que era verdade? Ou sera que só eu sofri nesta história? Ficção ou realidade? Prefiro acreditar que era ficção. Pelo menos me conforta de certa forma. Não penses que te quero mal, afinal, quem foi o culpado? Eu por amar de mais ou você por fingir não amar? Ou ser verdade em não amar e me deixar se iludir só? Não quero mais! A distancia vai me machucar, mas é melhor me ferir agora, pois amanhã eu posso não ter mais tempo pra me curar. O fim raramente é bom, principalmente se não tiver começo. 
Fim sem começo."


Notas Finais


TRAILER HERE: https://www.youtube.com/watch?v=a3wulHXShvY

Espero que tenham gostado, até o próximo capítulo!
Meu Twitter: https://twitter.com/dinomattosaurs
Beijos, xoxo Panda :)


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...