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História Destiny Says - Capítulo 2


Escrita por: jessgotskielli

Notas do Autor


Ola, amores! Segundo capítulo tá aí, beijosss <3

Capítulo 2 - Capítulo 2


“ – Quer saber – falou já saindo do carro – vamos entrar nessa porra.”

 - Calma garota. Vamos entrar como? Deve está trancada. E outra, deixa. Como você disse daqui a pouco ela vai pra casa. Eu a espero lá.

    - Desde quando minha irmã ficou tão trouxa, senhor? – falou Zelena olhando para o céu, o que me fez revirar os olhos, depois voltando olhar pra mim – Aliás, por que você não tem a porra da chave do restaurante da sua esposa?

    - Exatamente por isso que você falou. O restaurante é da minha esposa, não meu.  

    - Ai, que seja. Vem, vamos ver se está aberto.

Já falou saindo de perto do carro e atravessando a rua, em direção ao restaurante. Saí do carro e fui atrás. Ela mexeu na porta e viu que estava destrancada e me olhou com cara de “não falei?”. Estava tudo escuro, a não ser pela luz da lua que invadia os vidros. Passamos no escritório de Kristin, mas ela não estava o que começou me preocupar. Fomos em direção ao quarto que tinha na parte de cima do restaurante, a qual eu e ela já passamos várias noites na época que apenas namorávamos. Uma pequena fresta de luz saia por debaixo da porta, como se o abajur estivesse ligado. Nenhum som vinha lá de dentro, o que indica que ela provavelmente esteja dormindo. Assim que entrei, meu coração bate descompensado. Não via mais nada, não ouvia mais nada. Só via Kristin, minha esposa, deitada na cama com outra mulher. Eu estava sem reação. Não conseguia nem me movimentar, só em pensar na mulher que eu amo, na cama com outra. Estava estática, encarando as duas, quando ouço distante a voz de Zelena. Era mesmo a voz da Zelena? Nessa hora já não tinha mais certeza de nada.

   - Vadia!

No mesmo momento, Kristin abriu os olhos e quase pulou da cama. O que levou a garota a levantar, também assustada.

   - Calma! Regina, eu posso explicar. – Kristin falou olhando diretamente pra mim, se levantando rapidamente e vindo em minha direção, apenas com uma camisola. Eu não tinha reação, não conseguia me mexer.

   - Calma? – Zelena perguntou ironicamente – Você está pedindo que ela fique calma? Sempre soube a vadia que você era.

A ruiva gritava. Enquanto eu não tirava os olhos da cama, onde a garota estava com a cara mais confusa do mundo. Eu não sabia o que pensar, não sabia como agir. A mulher que eu amo.

   - Abaixa esse tom de voz comigo, Zelena. – falou Kristin.

   - Quem são essas, Kristin? – a garota se intrometeu, levantando da cama. Eu a conhecia. Era a mesma que eu vi mais cedo entrando no restaurante.

   - Quem é? Não se faça de desentendida agora, garota. – minha irmã falou quase rosnando pra garota enquanto eu continuava parada, tentando raciocinar o que acontecia. – essa aqui do meu lado, é a esposa dessa vagabunda que estava na cama com você.

   Kristin me olhava perdida, ignorando tudo que a Zelena falava enquanto a garota arregalava os olhos com a resposta.

   - Esposa?

   - Ah, não venha fazer de desentendida agora não, querida. – a ruiva ainda gritava.

   - Regina, fala alguma coisa, eu posso explicar, tentar explicar – Kristin interrompeu antes que a garota se pronunciasse, olhando diretamente nos meus olhos, vindo pegar na minha mão. Não me movi, não conseguia.

   - Não encosta nela.

   - Fica quieta, Zelena. – Kristin respondeu gritando.

   - QUIETA AS DUAS.

As três olharam para mim. Zelena parecendo que a qualquer momento ia socar a cara de alguém, Kristin com os olhos marejados e a garota totalmente confusa, pelo menos era oque parecia.

    - Como você pôde fazer isso comigo, Kristin? – eu falava quase desesperada – como você pôde fazer isso com a gente?

A loira abaixou os olhos, não olhava direto para mim.

   - Eu não...

   - Eu que sempre me preocupei com você, sempre fiz as coisas pensando no seu bem, na sua felicidade. – eu chorava.

   - Calma Regi

   - EU PRETENDIA ME MUDAR COM VOCÊ PRA ITÁLIA PORQUE VOCÊ SEMPRE QUIS.

   - O que? – falaram Zelena e Kristin ao mesmo tempo ambas surpresas.

   - Pois é eu ia mudar minha vida por você, ia largar toda minha estabilidade aqui, minha casa, pra ir pra onde você quer morar, fazer a sua vontade e é desse jeito que você me agradece? Desse jeito que você se preocupa comigo? DESSE JEITO QUE VOCÊ ME AMA? – eu falava chorando, com a voz quase um sussurro.

Kristin fitou o chão, enquanto a garota entrava no banheiro, para se trocar ou sei lá o que. Zelena ainda me olhava surpresa, pois nem ela sabia desses meus planos, mas ao mesmo tempo dava pra ver a raiva em seus olhos.

   - Meu amor

   - Não me chame de meu amor, Kristin. Eu não o seu amor, apesar de você ser o meu. Talvez eu nunca tenha sido o seu amor.

   - Regina, não fala assim.

   - Chega! – Zelena falou gritando – vamos, Regina. Deixa essas duas aí. Essa daí não merece nem a sua presença.

   Zelena começou me puxar e eu ia me deixar levar por ela, até que as mãos de Kristin me seguram.

   - Olha aqui! – Zelena puxou braço de Kristin do meu e chegou seu rosto bem perto dela – não encosta nela. Você não merece nada do que ela já fez por você, não merece nem um terço de todo amor que ela te deu. Então escuta que eu só vou falar uma vez: se você ousar encostar o dedo nela, ou dirigir a palavra a ela, eu acabo com você Kristin. Eu acho bom ela nunca mais ver a sua cara, você esta me escutando?

Nem esperou resposta e já me puxou pra fora, descendo as escadas correndo. Já estávamos perto da saída, quando escuto a voz da garota e paro.  

   - Ei, espera!

   - O que você quer garota?

    - Calma ruiva, eu não vou machucar a sua amiga. Regina, né? – falou se direcionando pra mim. Eu apenas assenti, ainda com os olhos marejados e levantei a mão quando Zelena ameaçou se intrometer. – Bom, eu juro que não sabia que a Kristin era casada. – dei uma risada irônica, ainda com o rosto transbordando lágrimas – sério e eu queria pedir mil perdões. Eu nunca aceitaria uma coisa dessas se eu soubesse o status da Kristin. Quando nos conhecemos ela nem tocou em casamento, e não usava aliança, talvez tenha tirado por que já tinha outras intenções, enfim. Saiba que tudo que tem entre mim e ela acabam aqui.

   - Não precisa acabar com seu relacionamento, ela é toda sua se quiser. – respondi debochada.

   - Não, eu não quero. Não da pra ser assim. O que ela fez com você não é certo – sorriu pra mim. Sorriu? – bom, faça o que você achar que for melhor pra você. Entre mim e ela não tem mais nada. E por outro lado, acredito que ela também me traiu. Pode não ter sido uma traição como foi com você, mas de alguma forma eu também fui traída.  

   - Eu acredito em você. – respondi baixo e ela sorriu. Assentiu e foi em direção à saída do restaurante. Pegou um capacete que eu nem tinha reparado em uma das primeiras mesas e antes de sair, se virou.

   - Ah, a proposito, me chamo Emma. – saiu e segundos depois ouvimos o barulho de moto.

Zelena me olhava arqueando a sobrancelha.

   - Regina! Vamos conversar. – Kristin estava no pé escada. Só de ver ela, meu choro voltou a cair. Estava me preparando pra sair do restaurante, quando vejo Zelena indo a sua direção. No segundo seguinte, a mão da minha amiga já estava no rosto de Kristin, que estava com o rosto virado por causa do tapa.

   - Eu falei pra você não falar com ela.

Antes mesmo de Kristin virar o rosto, Zelena passou como um furacão do meu lado. Eu fiquei parada, olhando pra minha esposa. Nossos olhos se encontraram e ela começou a chorar. Enxuguei as lagrimas que caiam pelo meu rosto e saí do restaurante. Graças a Deus a rua não estava movimentada, pois do jeito que eu estava era capaz de ser atropelada. Entrei no banco do passageiro, e deixei que as lágrimas caíssem de verdade, lembrando-se de tudo que a gente já viveu. Sentia os rápidos olhares de Zelena sobre mim enquanto ela dirigia. Pouco tempo depois, paramos em frente a sua casa e guardou o carro na garagem.

   - Vem. – me chamou estendendo a mão, já fora do carro.

Segurei sua mão e saí do carro, sendo levada por ela até seu quarto. Encolhi-me em sua cama e comecei a chorar com a ruiva se sentando ao meu lado e puxando minha cabeça para sua perna, enquanto eu deixava as lagrima cair. Era duro me lembrar da cena que presenciei minutos antes, era dolorido lembrar-me de que, eu fora traída pela mulher que eu amava, pela mulher que eu entregava minha total devoção, minha lealdade. A mulher que dormia ao meu lado, que eu confiava minha vida, saber que essa mesma mulher, é o atual motivo do meu sofrimento, quebrava todas as barreiras do meu coração.

Senti Zelena depositar um beijo calmo no rosto e sussurrar.

   - Não chora. Ela não merece nem as lágrimas que você deixa cair.

Olhei pra ela e sorri fraco. Zelena sempre esteve do meu lado nos melhores e piores momentos, ela era meu ponto forte, meu porto seguro. Minha base, uma irmã e uma amiga. Sempre fui mais apegada a ela do que aos outros irmãos e isso nos fazia eternas confidentes.

   - Não sei qual o pior, me sentir desse jeito pela cena ou por ter a certeza de que você sempre esteve certa. – falei tentando sorrir, parar dissipar toda essas nuvem de tristeza que me cobria, mas não adiantou muito. Logo eu já estava imersa novamente em lágrimas. Era doloroso pensar nisso, e eu me sentia tola, sim, além de todo sofrimento, eu me sentia tola e culpada. Eu não quis acreditar, mesmo Zelena insistindo em achar defeito em Kristin, insistindo em me mostrar que de um tempo pra cá, Kristin se mostrara distante. Realmente, pensando agora, eu via que a loira dava todos os indícios de traição. Ela chegava tarde, com desculpas de problema no trabalho e constantemente recusava minhas chamadas. Mas eu, cega pelo amor, insistia em dizer que era tudo por causa do acaso, dizer que ela estava ocupada, ou em dizer que ela não viu minhas ligações. O que era burrice. Eu sempre fui racional, sempre pensei realmente com a razão e não com os sentimentos. Mas, isso mudou no momento que meus olhos pousaram na loira, num restaurante novo que abrira na cidade, hoje, o melhor. Apesar de sempre mostrar seu desgosto por Kristin, Zelena sabia admitir que não houvesse muito tempo que Kristin tinha se tornado assim, tão distante. Há quanto tempo ela me traíra, eu não sei, mas sabia que mesmo que fossem anos, só agora, só de uns meses pra cá, ela tinha se afastado. E doía também saber que, talvez eu não fosse suficiente, e se eu não era suficiente pra mulher que me jurou fidelidade, pra quem mais eu seria?

   - Ei, não se deixe abater assim, meu anjo! – Zelena sussurrou no meu ouvido, de uma forma carinhosa, de uma forma protetora, e eu pude entender que pelo menos pra ela eu era suficiente. Sabia que com ela, eu poderia confiar minha vida, meus segredos.  – te ver assim me machuca demais. E aquela mulher não merece nada de você, muito menos as lágrimas. – acariciava delicadamente meu rosto – te falei que era pra ter pegado a menina na balada.

Ela disse como se fosse à coisa mais normal do mundo e eu comecei rir.

   - Só você mesmo pra me fazer rir numa hora dessas.

   - É eu sou demais. – falou e deu de ombros segurando pra não rir.

   - Na verdade, é uma palhaça.

Levantei ainda chorosa e segui em direção ao banheiro, olhei pra trás e ela estava sorrindo. Entrei e fui tirando minha roupa, precisava muito de um banho quente, pra tentar me esquecer de tudo. Entrei com calma no Box e deixei que água quente caísse no meu corpo, levando toda tristeza que tinha em mim. Nesse banho, cheguei a conclusão de que ia tentar não deixar isso me abalar, chegaria na minha empresa e tentaria ficar de cabeça erguida. Sem deixar que nada dessa noite atrapalhasse meu dia, mas sabia que, era uma missão quase impossível. Me deitei na cama e permitir sonhar com um loira, mas, estranhamente, não era minha esposa.



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