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História Destiny Says - Capítulo 3


Escrita por: jessgotskielli

Notas do Autor


Gente, esse capítulo tinha ficado maior, mas aí eu pensei em dividir ele em dois.

Capítulo 3 - Capítulo 3


Acordei no dia seguinte ainda não me sentindo totalmente bem. Estava na cama de Zelena e ela não estava ao meu lado, provavelmente já era um pouco tarde. Levantei com calma e fui ao banheiro, e assim que me olho no espelho percebo as pequenas manchas escuras embaixo dos meus olhos. Olheiras que ganhei por causa do choro. Lavo meu rosto e faço minha higiene, maquiando levemente meu rosto para apagar um pouco essas olheiras, que graças a deus estão bem clarinhas. Pelo espelho vejo a porta abrir lentamente e minha irmã surgir com um sorriso terno no rosto.

   - Boa tarde, meu anjo. – falou me abraçando por trás e dando um leve beijo no meu rosto.

   - Boa tarde? Quantas horas? – perguntei assustada.

   - Meio dia. Vem, o almoço esta na mesa. – falou me puxando pelo braço e levando pra fora do banheiro. 

Antes de descer pra almoçar, vesti uma roupa de Zelena para ir ao trabalho. Almoçamos e depois ela perguntou milhares de vezes se eu queria que ela fosse comigo, se estava tudo bem, essas coisas. Disse que estava tudo ótimo e que não precisava dela ir comigo. Passei na minha casa para Zel pegar o carro dela e depois fui direto para a EvilArt tentando me concentrar no trabalho. Nem entrei em casa pela grande possibilidade de encontrar Kristin.

Cheguei ao prédio, cumprimentei apenas com um aceno os funcionários que via pelo caminho e subi em direção minha sala.

   - Boa tarde, senhora Regina. – Aurora, minha secretária, cumprimentou e eu só acenei – a dona Kristin está aí dentro te esperando.

Parei bruscamente quando ouvi isso e me virei pra Aurora.

   - E quem deixou ela entrar? – falei um pouco grossa, mas depois me lembrei de que minha secretária não tinha como saber de nada, ela não tinha culpa do meu nervosismo – desculpa, ela tá aí há muito tempo?

   - Bom – falou meio sem jeito depois da minha “bronca” – ela veio mais cedo e eu disse que você não estava então ela foi embora. Voltou tem uma meia hora e disse que iria te esperar dentro da sala.

   - Ok – falei e acenei e fui em direção à porta da sala.

   - Ah, senhora Regina – olhei pra ela – outra moça veio te procurar hoje.

   - Que moça?

   - Eu não lembro o nome.... Uma loira, um corpo bonito – falou pensativa e eu fiquei também confusa, tentando assimilar quem poderia ser – ah, Emma o nome dela.

Emma? Comecei a pensar em quem eu conhecia com esse nome e quando minha ficha caiu meus olhos arregalaram instantaneamente. Será que é realmente quem eu estou pensando? Mas o que ela queria aqui?

   - Senhora Regina? – Aurora me chamou atenção.

   - Ah, Aurora, se por acaso qualquer pessoa quiser falar comigo agora diga que eu não posso atender, até segunda ordem, entendido? – falei e ela assentiu. Respirei fundo antes de entrar na sala e quando entrei, Kristin estava sentada na minha cadeira de cabeça baixa. Assim que fechei a porta, ela levantou a cabeça e me encarou.

   - Rê...

   - O que você esta fazendo aqui? – perguntei tentando não encarar seus olhos.

   - Regina, eu quero conversar, a gente precisa conversar – falou se levantando e caminhando na minha direção. Seu rosto estava meio abatido, mas tentei concentrar pra não me abalar com a imagem na minha frente.

   - Acho que a gente não tem nada pra conversar, Kristin... Mas, já que quer tanto conversar, temos realmente algo a se discutir – falei se direcionando pra minha mesa, passando por ela sem nem encarar – o divorcio.

   - Oi? – ela falou se virando assustada pra mim.

   - Você acha o que Kristin? Que eu encontro você na cama com outra e vai ficar por isso mesmo? Que eu vou continuar com você, mesmo você tendo me traído?

   - Regina, a gente pode recomeçar, me perdoa. Eu juro que eu não faço de novo. Foi só... – parou de falar e encarou o chão.

   - Foi só o que, Kristin? Eu não te dei o amor que você queria? Eu não sou a esposa que você quer? Ou eu não te satisfaço na cama? É isso? Não sou suficiente pra você? – perguntei encarando ela, tentando não mostrar quanto abalada eu estava.

   - Regina, não é isso.  – falou voltando me encarar – não é nada disso. Você me deu todo amor do mundo, você é a esposa que eu sempre sonhei, e, nossa, você é incrível na cama. Você é mais que suficiente pra mim. Eu que sou insuficiente pra você, eu que sou a errada da história. E eu assumo meu erro.

   - Você assumindo ou não o erro, de qualquer forma você errou, mas até agora você não me respondeu o porquê, Kristin. Se não é nenhum desses motivos, me diz por quê? – falei me alterando, não segurando mais minhas lagrimas.

   - Por que eu fui fraca. – Falou e eu a encarei confusa – eu... Bom, eu...

   - Você? – perguntei.

   - Eu morro de ciúmes de você com a Zelena.

Soltei uma gargalhada debochada e eu a olhei incrédula.

   - A ZELENA É MINHA IRMÃ. – falei me alterando.

   - Eu sei, eu sei – respirou fundo – mas ela sempre te leva pra tanto lugar, tantos lugares que eu nem sei pra onde e porra, é a Zelena, ela pode te levar pra uns lugares que, enfim. E bom, um dia que você saiu com ela e eu estava cansada, carente, querendo atenção – me encarou chorosa – e você não estava aqui, eu não tinha minha esposa aqui comigo porque ela estava com a irmã. Decidi sair, bebi além da conta e acabei ficando com uma garota.

   - A Emma? – perguntei já sabendo a reposta.

   - Não. – falou fraca.

   - Não? – perguntei assustada – então ela não foi a única?

Aquilo apertou mais ainda meu peito. Só de imaginar ela me traindo com uma pessoa já doía e pensar que tinha sido com mais de uma me desmoronava inteira.

   - Não, foi com outra mulher, mas foi só um beijo. Mas essa mesma mulher me apresentou a Emma. – coloquei meu cotovelo na mesa e apoiei minha cabeça nas mãos, encarando ela com os olhos marejados – ela estava dançando com uma amiga e enfim, a gente acabou se envolvendo.

   - Então, vocês estão juntas há muito tempo?

   - Na verdade não. A gente ficou aquele dia, e depois não a vi por um tempo. Quer dizer, nos reencontramos tem mais ou menos um mês, ela foi ao restaurante por coincidência, e você estava trabalhando bastante esses dias, eu acabei ficando de novo e foi isso.    

   - Você já sabe por que eu estava trabalhando demais. – ela abriu a boca pra falar, mas interrompi – Então você tem chegado tarde quando você esta com ela? – ela apenas abaixou a cabeça – Kristin, você ter ciúmes por eu sair com a Zelena, minha irmã, ainda não te da nenhum motivo pra me trair. Nada justifica a traição. Não foi um dia, não foi o dia que você estava triste comigo, não foi apenas isso, e nem se fosse justificaria, mas foi um mês.

Peguei o telefone da mesa e chamei minha secretária.

   - Aurora, por favor, liga pra minha advogada e diz que eu quero uma reunião com ela, de preferência hoje. – Kristin me olhou assustada e eu desliguei – tem algum compromisso hoje? – ela apenas negou ainda assustada – então, acho que podemos resolver o divorcio hoje ainda.

   - Regina? Não, calma, por favor, me da mais uma chance. – disse desesperada.

   - Chance de que, Kristin? – falei me levantando realmente nervosa, como não havia ficado nem ontem e nem hoje – Chance pra você me fazer de trouxa de novo? Chance pra você fingir que é a esposa perfeita e que me ama? Eu não vou te dar uma chance pra você me enganar novamente. Eu te amo, Kristin. Infelizmente eu te amo. Mas agora eu não quero mais, agora eu me arrependo de algo que eu pensei que nunca fosse me arrepender. – falei com a voz fraca.

   - De que? – perguntou atentamente.

   - De ter entrado naquele restaurante há cinco anos. De ter insistido pra Zelena me levar lá pra eu conhecer, se eu soubesse que a dona dele iria ser o principal motivo do meu maior sofrimento.

As lagrimas nos seus olhos começaram a cair e eu me segurava pra não fazer o mesmo. Caminhei lentamente até a porta da minha sala e abri a porta.

   - Você pode, por favor, me da licença? Na hora que os papeis estiverem prontos eu peço pra te avisarem. – falei segurando a porta.

Kristin respirou fundo e caminhou até a porta, me olhou uma última vez e saiu. Fechei a porta, praticamente batendo e comecei a chorar, me escorando na porta e escorregando até o chão. Eu a amava e amava muito, mas sabia que não poderia ficar com ela. Ela traiu minha confiança, e isso, eu não perdoava. Mesmo essa Regina, a irracional que pensava com coração, jamais poderia aceitar isso.

Ouvi uns toques na porta e levantei. Respirando fundo e ajeitando tudo para não parecer que eu estava chorando. Abri a porta e minha secretária estava lá.

   - Senhora Regina, precisa de alguma coisa? Eu ouvi o choro.

   - Não, está tudo bem Aurora. Coisa minha.

   - Você e a dona Kristin brigaram?

   - A gente se divorciou. Mas eu não quero falar sobre isso. – falei indo pra minha mesa – ah, se por acaso alguém me procurar, pode me avisar.

   - Tudo bem. – saiu e fechou a porta.

Fiquei sentada, olhando pra cima e pensando. Não tinha cabeça pra trabalhar, não tinha cabeça pra nada. Mas, tinha que mudar meus pensamentos, comecei a olhar uns papeis que estavam em cima da minha mesa. Olhei tudo e fui me distraindo, nem vi o tempo passar, até que o telefone da minha mesa chama.

   - Fala Aurora.

   - A Doutora Ariel está aqui. Posso mandar entrar?

   - Pode. Estou esperando ela.

Ouço leves batidas na porta. Soltou apenas um “entra” e suavemente a porta se abre. Ela sorri pra mim e fecha a porta. Ariel era uma mulher muito bonita, com um sorriso encantador. Retribui o sorriso e convido-a a se sentar a minha frente.

   - Boa tarde, Regina.

   - Boa tarde.

   - Em que posso ajudar? Sua secretária me disse que era urgente.

   - Mais ou menos – respondi sorrindo – bom, eu quero um pedido de divorcio.

Ela arregalou os olhos e logo se recompôs. Dei um sorriso de canto de boca e continuei.

   - Bom, eu não sei bem como isso funciona.

   - É, bom, eu vou entrar com o pedido. Entrego-te os papeis amanhã e bom, podemos marcar as audiências pra divisão de bem e afins. – falou retirando coisas da bolsa dela – o bom é que vocês não têm filhos, ou seja, vai ser uma audiência mais fácil.

Entregou-me uns relatórios e resolvemos tudo que tinha pra resolver.

   - Bom, eu já estou indo – respondeu com calma e sem tirar o sorriso do rosto. – qualquer coisa que precisar, você sabe, pode me chamar.

   - Obrigada, Ariel. – fui até a porta e abri pra ela – bom, até amanhã.

   - Até – sorriu e me cumprimentou com um beijo demorado no rosto.

Assim que ela saiu, voltei pra dentro e fiquei analisando os papeis que ela me entregou.

--

Já na hora de ir embora, o telefone mais uma vez toca e eu atendo. Aurora anuncia que a moça que veio mais cedo queria falar comigo. Emma. Permito a entrada dela e respiro fundo já me preparando para o que vinha. Com suaves batidas na porta, ela a abre também suavemente.

Entrou com um sorriso e já foi se sentando na minha frente.

   - O que você quer?

   - Só vim ver como você esta.

   - Oi? – perguntei incrédula – você nem me conhece, por que se preocuparia?

   - Eu me preocupo por que eu causei isso em você.

   - Como você sabia que me encontraria aqui?

   - Bom, eu perguntei a Kristin tudo. O porquê ela fez isso, a história de vocês, e ela falou que você era dona daqui.

   - Entendi – respondi apenas isso.

   - Olha, Regina, eu sei que você deve ter muita raiva de mim, eu entendo, eu estava naquela cama com sua mulher. Mas, eu queria que você não guardasse magoa de mim. Não queria que você pensasse que eu sou a vadia que você deve esta pensando.  

   - Eu não penso que você é uma vadia. – respondi e ela sorriu timidamente – e por que você quer tanto que eu não guarde magoa de você? Como eu já disse, a gente nem se conhece, não vai fazer diferença nenhuma isso pra você.

   - Sabe, não sei. Só senti que eu precisava disso, senti que não queria você assim comigo.

   - Sentiu? –perguntei arqueando a sobrancelha.

   - É eu senti. Senti que eu precisava vir aqui. Senti que não era pra ser desse jeito. Eu acredito muito em destino, sabia?

   - E?

   - Bom, apenas acredito. – riu da minha expressão de confusão – bom, eu vou ir. Aqui, meu número. – me entregou um papel com seu número escrito – se precisar me ligar e antes que você me pergunte por que me ligaria, não sei, só senti.

Piscou pra mim e foi embora.

Fiquei pensando no que ela disse, e sorri. Louca!

Juntei minhas coisas para ir embora e fui levantando quando vejo uma bolsa em cima da mesa. Será que era da Ariel? Abri a bolsa e vi uma identidade, ”Emma Swan Nolan”. Ri ironicamente. O celular dela não estava na bolsa “aqui meu número, se precisar me ligar e antes que você me pergunte por que me ligaria, não sei, só senti”. Não sabia o porquê, mas tinha a certeza de que ela tinha deixado àquela bolsa de proposito. Saí do escritório com a bolsa na mão e pensei em mandar minha secretária ligar e entregar a bolsa, mas, sem saber um motivo concreto, preferi eu mesma entregar. Despedi de Aurora que também estava arrumando para sair e fui em direção ao estacionamento. Dentro do carro, peguei meu celular e o papel com o número de Emma e pensei se realmente ligava. Deixei meu celular com o número no banco de passageiro e fui pra casa, antes de decidir. Passei por um caminho que passava em frente o restaurante de Kristin, talvez não propositalmente, mas meu inconsciente me levou até ali. Seu carro estava na porta e o restaurante estava relativamente cheio. Normal assim, apesar de ser sábado, ainda eram seis horas da noite. Minha irmã Tinker, que adorava ficar lá no restaurante ajudando os cozinheiros, saiu do restaurante no momento que eu estava lá olhando e ela me avistou e sorriu, vindo em minha direção.

   - Oi, mocinha! – falou se apoiando na janela e sorrindo.

   - Oi, meu anjo! Tudo bem? – perguntei com um sorriso fraco.

   - Tudo ótimo. E você parece que não né? O que houve? Kristin está tão abalada hoje, brigaram?

   - A gente vai se divorciar. – respondi simplesmente, encarando o horizonte na minha frente.

   - Oi? – a encarei novamente e seus olhos estavam arregalados – por quê? Vocês eram tão perfeitinhas juntas.

   - Ela me traiu – respondi e quase comecei a chorar – mas não quero falar disso, eu vou pra casa.

   - Traiu? – eu apenas assenti – Nossa, eu não podia imaginar. Eu conheço a garota? É alguém conhecido entre a gente?

   - Você talvez conheça, ela parece que vem aqui no restaurante e como você vive aí. Mas não quero falar disso, Tinker, estou indo pra casa, ta? Depois a gente conversa.

   - Tudo bem. – ela respondeu com pesar na voz – depois eu vou lá, esta bem? Eu te amo.

   - Ok. Também te amo maninha.

Sorri e fui embora. Chegando em casa, subi para meu quarto e tudo estava como antes, tirando a cama bagunçada, o que indicava que Kristin dormiu aqui. Sentei na cama e suspirei pesadamente. Tinha vontade de chorar, mas não queria, não queria ser tão vulnerável assim. Peguei meu celular com o numero da menina e liguei pra ela, sem pensar muito, por que se pensasse não iria ligar.

   - Alô!? – atendeu.

   - Emma?

   - Regina – falou animada. Como ela reconheceu minha voz de primeira? – não falei que você iria precisar me ligar?

   - É engraçadinha. – falei e ela riu – você esqueceu sua bolsa comigo e não sei por que, eu sinto que você fez de proposito. Procede? – dei ênfase no sinto.

   -Ta sentindo bem, Senhora Regina. Então, vai vir me entregar à bolsa ou quer que eu vá buscar.

   - Estava pensando em mandar meu motorista ir te entregar o que acha? Bom que nenhuma de nos duas cansamos. – falei debochada.

   - Claro que não. Você vai deixar minha bolsa Prada com um motorista?

   ­- Ei, essa bolsa não é Prada.

   - Detalhes, mocinha. Eu vou aí, está em casa? Passa o endereço que eu vou aí.

  ­ - Muito atrevida você, já se oferecendo dessa forma? – falei me deitando na cama.

   - Nossa só estou querendo minha bolsa de volta. – falou com um falso tom de ofensa.

   - Sei. Ta bom, eu vou levar ela aí. Me passa o seu endereço?

   - Ok, eu vou passar por mensagem. Vou me arrumar então, beijos.

   - Se arrumar pra que menina? Eu só vou ai te entregar sua bolsa.

   - Ah, me deixa. Tchau, passarei por mensagem.

Desligou antes mesmo de eu responder e em menos de um minuto, uma mensagem chegou ao meu celular. Era o endereço. Eu fitei o celular e fiquei pensando na vida. Estranhamente, eu não tinha raiva dela, que era pra ser o normal. Eu a encontrei na cama com minha esposa, eu deveria, sei lá, sentir ao menos raiva dela. Mas não sentia, e por incrível que pareça, eu estava até achando ela legal. Balancei a cabeça tentando afastar esses pensamentos e fui tomar um banho. 


Notas Finais


Ps: Não se enganem com a Kristin :x hahaha
Bom, acho q posto a segunda parte hoje ainda, blz? <3


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