1. Spirit Fanfics >
  2. Detalhes >
  3. Memórias

História Detalhes - Memórias


Escrita por: Lady_Nightmare

Notas do Autor


Hello, Hello, Hello! ~momento War Of Hormone~
A primeira fanfic de BTS que eu faço e realmente gosto! ~joga confete~

Ignorem qualquer erro e boa leitura!

PS 1: Se você não shippa Jikook, nem leia!

PS 2: Se alguém por aqui gosta de escutar músicas enquanto lê, vou deixar aqui o nome de duas músicas que escutei enquanto escrevia essa fanfic:
Fantasy - Alina Baraz & Galimatias
Make You Feel - Alina Baraz & Galimatias

#Kisses

Capítulo 1 - Memórias


 

Jeon Jungkook

15/05/2013

14:43

 

Quando eu era criança, eu costumava julgar as pessoas por sua aparência física. Aqueles que eram bonitos, e os que não eram. Geralmente, as pessoas que não tinham tanta beleza, costumavam ser as mais legais. Haviam algumas que não eram nem belas, e nem feias. E eu não sabia muito bem como nomeá-las.

 

Hoje em dia, eu aprendi que não existem pessoas com mais ou menos beleza. Todas são iguais. Sem tirar nem pôr. Mas havia uma pessoa em especial que era diferente de todas.

 

Park Jimin.

 

Há mais ou menos 9 anos atrás, enquanto caminhava pelo pátio da escola, eu o vi pela primeira vez. Sozinho, sentado em um dos balanços, com um boneco do Capitão América nas mãos. Discretamente, eu me aproximei dele, pensando que deveria ser algum aluno novo, pois eu nunca havia o visto ali antes.

 

Puxei assunto, indagando qual era o seu nome. Ele me respondeu docemente: “Jimin, mas pode me chamar de Jiminnie, se quiser”. Sua voz era suave, doce e calma. E é claro que eu optei por chamá-lo de Jiminnie.

 

-Eu me chamo Jungkook. – sorri – Quer brincar?

 

Jimin apenas assentiu e a partir dali passamos a brincar juntos sempre. O fato de eu preferir o Homem de Ferro e ele o Capitão América nos rendeu boas discussões sobre quem era melhor. Mas estas logo acabavam quando nós nos abraçávamos pedindo desculpas um pro outro.

 

Conforme fomos crescendo, eu passei a reparar mais no meu Hyung. Em como seus globos oculares sumiam quando ele sorria. Em seus dentes perfeitamente brancos. Em suas bochechas rechonchudas, as quais eu adorava apertar quando éramos menores. Em seus cabelos castanhos, tão bons de se acariciar em uma tarde qualquer, enquanto assistíamos algum filme na TV, atirados no sofá.

 

Teve um dia, quando nós tinhámos 17 anos, em que eu sugeri que Jimin pintasse os cabelos. Quando ele viu a tinta laranja em minhas mãos, apressou-se em negar freneticamente. Mas bastou eu segurar em uma de suas mãos, lhe dizendo que ele ficaria lindo de qualquer forma, que Jimin topou na hora.

 

No fim, ao vermos o resultado, eu não pude negar como Chim Chim havia ficando mais belo do que antes. O laranja combinava com o corte de seus cabelos, e com o tom claro de sua pele.

 

-Viu? Eu disse que ficaria bom. – sorri convencido – Deveria confiar mais em mim, Hyung. – mostrei-lhe a língua.

 

-Pretende pintar os seus cabelos também? – Jimin mudou de assunto, sabendo que eu estava certo.

 

-Nha – estalei a língua – Talvez eu pinte. Mas não de laranja. Eu não ficaria tão bem quanto você, Jiminnie.

 

E aquela foi uma das várias vezes em que eu fiz Park Jimin corar. Era tão adorável o modo como suas bochechas ficavam vermelhas repentinamente, e um grande sorriso surgia em seu rosto. Ele sempre desviava o olhar e mudava de assunto, ou apenas sussurrava um “Pare, Jungkook-ah!

 

Mas eu sabia que ele gostava quando eu lhe elogiava.

 

No natal daquele ano, eu estava tão cheio de trabalhos e provas escolares que me esqueci completamente de comprar o presente de Jimin, que por ser dois anos mais velho, já não estudava mais. Me lembro de ter corrido cinco quadras até a livraria mais próxima para comprar um livro que eu sabia que ele queria.

 

Depois, foram mais três quadras até a casa de Jimin. Ofegante, eu bati na porta, quase como se quisesse derrubá-la. O recente ruivo abriu-a, arregalando os olhos ao me ver tremendo de frio e coberto de neve, com um embrulho vermelho em mãos.

 

-Jungkookie? O que está fazendo? – aproximou-se de mim.

 

-Eu sinto m-muito, Hy-Hyung... Eu quase e-esqueci o seu presente... – gaguejei, devido as tremedeiras que se espalhavam pelo meu corpo.

 

E no segundo seguinte, fui surpreendido por um par de braços quentinhos e aconchegantes me abraçando. Não hesitei em abraça-lo de volta, enquanto ouvia Jimin sussurrar em minha orelha que eu acabaria ficando doente por sair na rua tão tarde da noite apenas por um presente.

 

-Não é um presente qualquer, Hyung. É o seu presente. – sussurrei de volta, sentido o corpo de Jimin tremer, e eu sabia que ele havia corado.

 

A senhora Park, mãe de Jimin, fez questão de nos colocar para dentro de sua casa, me oferecendo chocolate quente e biscoitos doces. Naquela noite, nós dividimos a mesma cama como há muito tempo não fazíamos.

 

O rosto de Jimin passou a noite inteira enterrado em meu peito, sua respiração calma me causando algumas pequenas cócegas de vez em quando, enquanto eu acariciava seus fios alaranjados. Naquela noite eu não dormi nem por um minuto sequer. Eu simplesmente não conseguia. Não quando eu o tinha tão próximo de mim. Com os tentadores lábios carnudos e rosados entreabertos...

 

No ano novo, eu precisei convencer os pais de Jimin a deixarem ele ir até a praia comigo para ver os fogos de artifício. Foi uma eternidade até que a senhora Park aceitasse, isso só depois de encher o filho de agasalhos pesados e proteger sua cabeleira ruiva com uma touca.

 

De mãos dadas, nós nos sentamos na areia, que agora estava misturada com a neve que caía em Seul, e com as cabeças encostadas uma na outra, vimos as explosões de luzes coloridas dominarem o céu noturno.

 

Vez ou outra, eu acabava rindo dos sustos que Jimin levava quando algum dos fogos de artifício fazia um barulho muito alto ao “estourar”. E o ruivo sempre acabava ficando com as bochechas vermelhas, enquanto murmurava para mim:

 

-Você é um idiota, Jungkook-ah.

 

Mas eu sabia que ele dizia aquilo só para não perder o costume. No fundo, Jimin também ria junto comigo.

 

O ano seguinte, foi tranquilo. Nós continuamos nos encontrando diariamente, e como eu havia completado meus estudos, costumava passar o dia enfurnado na casa de Jimin, que nunca se recusava em me receber.

 

Só que passarmos o dia inteiro trancados dentro de casa não parecia mais tão divertido quanto no início. Pensei então que Jimin gostaria de sair um pouco, já que ele não costumava fazer isso muitas vezes.

 

Comprei dois ingressos para um filme, cujo o título era “Kiss & Tell”. Apenas pelo nome eu já sabia que seria uma perda de tempo, mas eu apenas queria passar o maior tempo possível com meu Hyung.

 

Nos sentamos nas cadeiras mais altas do cinema, que ficavam no fundo, na parte mais escura da sala. O filme se resumia a história de um casal briguento que não sabia o que fazer para melhorar sua relação. Eu não estava prestando nenhum pouco de atenção, e Jimin parecia não ter gostado muito do filme também.

 

E foi naquela sala escura e fria de número 4 do cinema, que nós nos beijamos pela primeira vez. Quem tomou a iniciativa havia sido eu, e é claro que Jimin ficou assustado no início. Teria sido apenas um selar, se o ruivo não tivesse aberto mais os seus lábios. E eu não resisti ao empurrar minha língua para dentro de sua boca cálida, que me recebeu de bom grado.

 

Nenhum de nós havia beijado antes, então foi extremamente estranho. Assim que o ar em nossos pulmões se tornou escasso, nós nos separamos, um olhando nos olhos do outro. E Jimin fez questão de me surpreender ao grudar nossos lábios novamente.

 

Passamos o filme inteiro trocando carícias e selares sem que ninguém percebesse. No fim da tarde, saímos do cinema ofegantes e vermelhos pelos beijos trocados. Eu, com certeza, nunca mais esqueceria o número 4.

 

Conforme o tempo foi passando, nossa relação mudou de uma simples amizade, para uma amizade colorida. Eu não passava apenas a tarde com Jimin, mas sim o dia inteiro. Era incrível como eu não conseguia ficar muito tempo afastado dele, e vice-versa. Quando não estávamos juntos, como em dias chuvosos por exemplo, em que nossas mães não nos deixavam sair de casa, conversávamos pelo Kakao Talk.

 

E eu percebi que a voz de Jimin permanecia doce e suave até mesmo por um aplicativo de celular.

 

Recentemente, eu criei coragem o suficiente para pedi-lo em namoro. A reação de Jimin fora arregalar os olhos, e esconder a boca com a mão, completamente em choque. Levou alguns bons minutos até que ele murmurasse um “Sim, Jungkookie”.

 

Agora, neste exato momento, estou observando Jimin sair do banheiro, secando os cabelos alaranjados com uma toalha azul. Sim, Jimin continuava ruivo. Pelo visto, ele havia gostado da minha ideia.

 

-Está escrevendo de novo, Jungkook-ah? – aproximou-se do sofá onde eu estava sentado, com uma caneta entre os dentes e um caderno apoiado em minhas coxas.

 

-Exato. – sorri, colocando o caderno em cima do criado-mudo, deixando minhas pernas livres para que Jimin pudesse sentar-se sobre elas.

 

-Posso ler? – indagou, já estendendo o braço em direção ao caderno.

 

-Quem sabe um dia. – dei uma piscadela, afastando sua mão delicadamente.

 

E eu realmente pretendia deixar Jimin ler o que eu escrevia. Mas não agora. Não antes de eu poder preencher as linhas daquele caderno com mais acontecimentos especiais entre nós dois.

 

Não antes de eu criar coragem para lhe dizer que o amo.

 


Notas Finais


Tópicos::::
-Vi uma fanfic que tinha esse mesmo tipo de escrita, como se fossem memórias, e gostei :D
Resolvi testá-la :v
-Acho que esse jeito tímido e fofo combina com o Jimin <3 :3
-Eu quero um dongsaeng como o Jungkook ( ͡° ͜ʖ ͡°)

Obrigada por lerem :D
Até a próxima!!
#Kisses


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...