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História Deu Match - O cara da cafeteria


Escrita por: leornardu

Notas do Autor


Capitulo novo todo Sábado a noite (Durante a semana não tenho tempo de escrever, pois trabalho e estudo rs)

Capítulo 1 - O cara da cafeteria


Alguém entende como é melancólico e triste ser solteira aos vinte e poucos anos? Todas as minhas amigas namoram por diversos anos e eu me mantenho solteira. Sozinha e solteira. Mas isso não é motivo para ficar triste, eu estou bem melhor sozinha. Já dizia minha avó: "Antes só do que mal acompanhada". E ela tem razão... ou não. Meu nome é Luli e todos os dias eu olho meu abatido reflexo no espelho e penso por alguns minutos "Qual meu problema? Porque ainda estou solteira?" e a resposta é sempre a mesma, ainda estou solteira pois eu pretendo construir uma carreira sólida e bem sucedida. Eu trabalho em um escritório de advocacia no centro da cidade e nunca tenho tempo para nada, quanto mais para namorar. Eu sei que sou atraente e poderia numa boa arrumar um cara bacana nas noites badaladas de Nova Iorque, basta eu colocar meu vestido mais justo e meu salto agulha quinze (que eu nunca sei me equilibrar e sempre acabo caindo ou torcendo o pé) que vários rapazes cairiam nas minhas graças. O que não falta é pretendente. Certa vez fui na balada "Highline Ballroom" e dois caras maravilhosos brigaram pela minha atenção. Bem, não foi muito bem isso. A verdade é que meio que parece que eles eram namorados... um me ofereceu bebida e o outro começou a brigar e a gritar com ele, algo referente a "vingancinha boba", bom, o que importa é que todos pensaram que realmente eu era uma garota merecedora de uma boa briga. Mas não posso esconder que de certa forma eu não estou tão desesperada assim para desencalhar, okay, estou sim, mas ninguém precisa saber. Olho para meu rolex falsificado que eu tinha certeza que precisava de um e vejo que estou atrasada para o encontro com minha amiga, marquei com ela na cafeteria do Luke e já estou atrasada, como sempre. Pego a chave do meu carro aos tropeços. De acordo com o meado forte, devo ter pisado no rabo do Bob. Ou será que foi no corpo? Sera que foi na cabeça? Ao lembrar que estou descalça, respiro com alivio. Começo a descer as escadas e quando olho para o chão. Santo Deus, estou descalça. Corro para o meu apartamento e calço a primeira coisa que acho. Um chinelo de dedo com pompons cor de rosa, fazer o que, estou atrasada e Nena não permite atrasos. Saio correndo e novamente piso no rabo, corpo ou cabeça do Bob, "me perdoe amor, mamãe te ama" penso ao sair e fechar a porta. Chegando na cafeteria a primeira coisa que avisto (claro, tinha que ser) é o Luke, como ele sempre fica, atrás do balcão do século passado engenhosamente polido e brilhantemente brilhante. Aceno para ele de leve com a cabeça e sento desesperada na mesa do fundo onde Nena já está sentada tomando seu café.

- Oi amiga, me perdoe o atraso, eu parei para pensar na vida e quando me dei conta...
             - Se atrasou por pensar demais na sua vida lastimável - Completa Nena sorrindo.

Nena é uma tipica garota americana, alta, loira, com os olhos azuis da cor de um topázio, pele levemente bronzeada e um sorriso esbranquiçado perfeito e certinho, resultado que foi adquirido após anos de aparelho odontológico (no qual eu não me dei o luxo de usar) e nessa linda manhã ela estava com um vestido preto, um sapato de salto elegantemente vermelho e brincos maravilhosos que combinam direitinho com a cor da sua pulseira Vivara. Olho fixamente para ela imaginando o que ela tanto vê no seu iPhone, é inegável que é algo muito interessante, a julgar os pequenos sorriso e os olhares de espanto dela, deve ser algum coisa que envolve rapazes. Quando repara que estou secando o celular dela, ela vagarosamente levanta o olhar e diz com uma voz muito doce.

- É o Tunder - diz ela com um sorrisinho malicioso 
             - É o que? - digo espantada
             - Francamente Luli, não me surpreende em nada você não saber o que é isso, é um app de relacionamento dã.
            - Oh não, aqueles de namoro online? que você tem que sair com pessoas extremamente desconhecidas cuja nunca viu nem ouviu falar? É aquele app que garotas são roubadas e estupradas? - digo fingindo nojo
            - Calma amiga! É um aplicativo onde eu posso analisar quem é e quem não é atraente. Um passatempo para horas longas e chatas de espera. 
Pego o celular da mão dela e analiso por um longo período onde fico me imaginando em um app desse. Afasto logo o pensamento e abro no perfil de um cara forte e bonito.

"Olá, meu nome é Julio, tenho trinta e dois anos e sou um renomado cirurgião plástico da área leste de Nova Iorque. Adoro praias, festas, baladas. Procuro garotas sinceras e simpáticas para um encontro casual, ou quem sabe um relacionamento; Se caso gostar de mim aperte o coraçãozinho, certeza que você vai amar dar uma volta no meu jatinho particular,"

Após terminar de ler fico boquiaberta com as poucas e objetivas palavras do "Medico renomado bonitão musculoso e riquíssimo que esta afim de uma garota sincera e simpática para poder dar voltinhas no seu jatinho particular" levemente reviro meus olhos e entrego o celular para Nena que esta me encarando com um sorriso maldoso e um olhar que eu conheço muito bem.

- Não, por favor Nena, não me olhe assim. As chances disso acontecer são praticamente nulas!
            - Vai Luli, por favor, é legal, e você tá... tá triste por estar solteira. Só uma chance - implora Nena me olhando.
            - Eu não me sinto confortável em um site de relacionamento e estou muito bem sozinha. Desista Helena, hoje não
            - Ok, não vou insistir, só digo uma coisa - com uma pausa dramática ela sussurra - É maravilhoso, MA-RA-VI-LHO-SO, bom, tenho que ir para o trabalho, hoje provavelmente vou ficar até mais tarde. Você sabe né, preciso trabalhar. Enfim, beijinhos.

Ao fazer sua saída perfeita e meticulosamente sexy, pego meu celular da bolsa e por um segundo penso em baixar o aplicativo. Sorte que estava sem internet. Meu Deus que loucura. Eu não preciso de um app para conhecer um homem legal. Preciso? Creio eu que não. Levanto aos pulos e passo por um cara alto e musculoso. Oh não! Essa não! É o medico bombado e lindo do Tunder. Paro no meio da cafeteria e o encaro por poucos minutos. Ele esta com um jaleco branco que vai até os joelhos, por baixo do jaleco esta com uma blusa da Lacoste que com toda certeza, vale mais que esse meu relogio vagabundo de lojinha de U$1,99 e uma calça de linho maravilhosa, com o cabelo meio emaranhado e com um olhar esperto e curioso. Está procurando alguém. Ao notar que está sendo observado, ele se aproxima de mim e bafora um hálito puro de menta. Sua loção pós barba me deixa tonta de prazer, sua voz levemente grossa e sensual me faz soar frio
            - Você é a Lindsey? - Prazer, sou Julio.
           Ele acha que sou a tal da Lindsey, quem sabe eu posso ser? Não! Isso é loucura, onde estou com a cabeça, e se a verdadeira Lindsey aparece e oh céus preciso lhe contar a verdade e dizer que estava de saída e apenas voltei para conferir se tinha esquecido algo.
            - Prazer, Julio, sou eu mesmo, Lindsey Marylin
         Oh Deus onde estou com a cabeça mentindo para ele. De onde tirei o Marylin? Ah, daquele filme de ação péssimo. Agora já tarde demais, então resolvo continuar.
           - Estou muito honrada em conhece-lo, mas esse encontro terá que ficar para mais tarde, você me liga? Ótimo, beijos. - digo saindo discretamente da cafeteria. Atravesso a rua e olho de relance, ele ainda esta em pé boquiaberto pela cena que acabou de ocorrer. Sou louca? Talvez! Mas ainda tenho meu juízo intacto. Chego no trabalho por volta das dez e quinze, sento na minha mesa e tudo que consigo pensar é nos músculos e na loção pós barba do Roberto, ou será que é Miguel? Ah, tanto faz, o que importa é que ele é maravilhoso. Como a Nena sempre ressalta, MA-RA-VI-LHO-SO. Após um dia intenso de muito trabalho e pensamentos (só conseguia pensar naquela pessoa maravilhosa que conheci, por poucos segundos, mas conheci) chego no meu apartamento e novamente piso no rabo do Bob. Droga! Qualquer dia mato esse gato. Faço um carinho maneando de leve sua cabeça e falo sem sair qualquer tipo de som "Me desculpe". Tomo banho, como o resto da pizza de ontem, deito na cama, pego meu celular e quando me dou conta, já estou baixando o Tunder. 


             

 



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