História Deus não está Morto - Cap 6 - Livro 2 - Amor e Perseguição

Alisa

   A chuva continuava a cair levemente sobre nossa pele, mas não servia como um incômodo, mas sim como algo para refrescar nossa pele em meio ao calor que estava.

   Seguíamos abraçados para a casa do George, no caminho meu celular vibrou umas quatro vezes – A dona Isabela é persistente.

            - George, sua mãe já está paranoica. – Disse e percebi ele segurando a risada. – Uma ligação a cada dois minutos.

            - A minha era pior. – Marrie retrucou. – Era a cada um minuto e meio. – Não aguentei e ri.

            - Sente falta deles, Marrie? –Perguntei.

            - Sim... Quero dizer um pouco. – Ela se atrapalhou na fala.

            - Não quis ser inconveniente. – Disse meio que me desculpando.

            - Não, tudo bem... – Ela respondeu. - Recebi uma nova tão boa quanto. – Ela disse colando o rosto com o do George.

            - Suas fofuras são tão doces que me dão cares. – Disse e eles dão uma risadinha. – Já vou avisando não quero ter diabetes. – Gargalhamos juntos.

            - Calada, Alisa. – Marrie disse em meio às risadas.

   Apenas dei os ombros.

            - Aff, tomara que seja uma festa pequena. – George disse. – Não gostaria de algo enorme nem grandioso.

            - Fica tranquilo é só um salão de festa. – Respondi.

            - Como assim?

            - Relaxa George, não é sempre que se faz 17 anos. – Retruquei. - Além do mais, você bem que merece uma festa.

            - Amor, vai! Vamos dançar e curtir à noite toda.

            - Tudo bem. – Ele enfim concordou e dei um soco no ar. – Minha mãe disse qual era a lista de convidados?

            - Eu, Marrie, minha mãe, o Will, o Simon se o Willian deixar, o Pedro e mais algumas pessoas, acho? – Respondi e no mesmo instante meu celular vibrou. – Deixa ver quem é? Provavelmente sua sogra Marrie. – Ela me deu um tapinha e apenas ri. – Não, é a Ju. – Digo surpresa. – Pode se encontrar comigo na minha casa? Se puder traga o George e Marrie. É importante. Acho que a Ju quer nos ver.

            - E deve ser importante. – Marrie acrescentou.

            - Vamos então.

Julia

   Meu dia não estava muito legal.

   A madrugada mal dormida, sentimentos doloridos e lagrimas pesando o rosto. Ainda pensava no fato do Pedro ter ido embora e do fato de ele dizer que me amava, - Eu achava que nunca iria o ouvir dizer essas palavras – e saber que não estaria mais com ele.

   Mandei a mensagem para a Alisa e aguardei eles chegarem.

   Desci as escadas e percebi que estava sozinha, sem mãe, pai, irmãos, estava sozinha.

   Deu alguns minutos e eles chegaram. Alisa trouxera George e Marrie com ela, fiquei feliz, ainda mais pelo fato do George ter vindo, digamos que ele é a melhor pessoa no quesito de te manter pra cima.

            - Sejam bem-vindos a minha humilde residência. – Disse.

            - Valeu Ju. – George respondeu.

            - O Pedro não vem? – Alisa perguntou en quanto se sentavam.

            - Bem... – Já vi que vou ter de ir direto ao ponto.  – É sobre ele que gostaria de falar...

            - O que houve, Ju? – Marrie perguntou.

            - Ele foi embora.

            - Como assim?

   Comecei a explicar o que havia acontecido, ou pelo menos tudo que eu sabia. Falei que ele estava fugindo do pai e que ele estava convicto de que era coisa certa. Não aguentei as lágrimas várias vezes e nisso Alisa vinha me abraçar na esperança de me confortar.

            - Não fica assim, Ju. – George disse colocando a mão no meu joelho. – Se foi do querer de Deus como ele falou, tenho certeza que Ele o honrará.

            - É. – Marrie concordou. – O que você pode fazer é orar.

            - Eu sei, mas... Ele disse que me amava.

            - Sabia. – Alisa disse o meu ouvido e dei uma risadinha.

            - Tipo, eu só queria que ele notasse e quando ele nota tem de partir. – Disse indignada. – Sou toda ferrada mesmo. – Percebi que todos deram uma risada.

            - Fica assim não tá. – Alisa me disse e me abraçou bem forte. George e Marrie a seguiram e ficamos um tempinho abraçados até que nos soltamos.

            - Estraguei a festa, né?

            - Que nada, Ju, é uma alegria poder te ajudar e de você poder contar com a gente. – George retrucou.

            - Agora se troque, temos a festa do George pra ir. – Disse Alisa.

            - Ok, Já volto.

...

Marrie

            - George, sua mãe vai nos matar.

            - Calma May, só atrasamos uma horinha.

         - Vem pra festa. Vocês estão atrasados. Cadê o George? – Disse Alisa olhando o celular e depois o guardou no bolso. – Será que sua mãe vai te dar um presente ou uma surra?

            - Aff... – George bufou.

   Íamos a uma velocidade de certo modo rápida, mas parecia que a Dona Isabela queria mais rapidez. Ju ia com a gente e ela estava... bem... não consegui descobrir ao certo. Ele parecia triste, mas ao mesmo tempo animada. Tinha certeza que era por causa do Pedro, afinal se fosse George ficaria do mesmo jeito.

...

   Chegamos ao salão e a dona Isabela nos esperava na porta, tentamos entrar sem puxar conversa, mas ela nos chamou.

            - Fala mãe. - George disse mansamente.

            - Onde vocês estavam?

            - Resolvendo alguns problemas na casa da Ju. – Ele respondeu. Ela ficou nos encarando e por fim nos deixou entrar.

   Entramos e já tinha maior galera. A mãe da Alisa, o Willian, os pais da Ju, – Nossa! – alguns amigos de escola, um Dj maneiro e algumas pessoas que não conhecia. O ambiente era iluminado por uma bola de espelhos que refletia feixes de luz de várias cores, o som das musicas contagiavam o lugar, em sua maioria musicas eletrônicas e internacionais, mas ninguém estava dançando, a maioria estava sentado comendo ou apenas comendo.

            - Pessoal, vou pegar algo pra comer e vou falar com minha mãe e o meu futuro pai. – Alisa disse.

            - Vai lá. – Respondi e ela se foi.

            - Vou sentar. – Ju disse sem muito animo. Pedro, com certeza. Sinceramente aquilo estava dando desanimo.

            - Vamos dançar? – Perguntei pro George.

            - Sério?

            - Por que não? É uma festa! Vamos curtir!

            - Ok. – Ele disse abrindo um sorriso e me puxando para a área de dança.

   O Dj percebeu que nos aproximamos da pista e aumentou o som. George pegou na cintura e eu segurei em seu ombro. E começamos a nos mexer. Eu dançava no meu ritmo e ele me acompanhava. Ele sorria enquanto dançava com forme a musica. Os convidados começaram a gritar pra nós como se fossemos o centro da festa,... Peraí... O George é o centro da festa.  Continuamos dançando, senti George me puxar e nos beijamos, foi muito bom, de certa forma mágico, quando paramos só ouvia os gritos da plateia.

Alisa entrou na pista e começou a dançar sozinha, até que alguém lhe puxou pelo braço e ela deu de cara com um colega de turma acho que era o Josh.

Alisa

            - Josh? – Perguntei surpresa.

            - Quer dançar?

            - Quero. – Concordei.

   Ele me puxou e começamos a dançar do lado do George e Marrie, pude ver um piscar de olhos da Marrie, mas nem liguei, apenas continuei dançando. Não demorou muito e a pista foi se enchendo. Will e mamãe vieram para pista e seguidos dos pais da Ju que insistiram e, eu não sei como, a trouxeram junto. Dona Isabela se animou e puxou o pai do George para a dança. E de pouco a pouco a pista se encheu e ficou muito demais.

   Josh sempre permanecia olhando para mim com um sorriso bobo no rosto, eu sorria de volta, dancei mais timidamente no começo, mas com o tempo me soltei e dancei sem medo junto dele.

Marrie

   A cada troca de musica a festa ficava melhor e eu dançava alegremente do lado do George.

            - May.

            - Sim, amor.

            - Eu te amo.

            - Eu também te amo.

   Disse e nos beijamos, um longo beijo intenso, e depois que nossos lábios se separavam só via o belo sorriso dele e ele o meu.

   E seguimos dançando e curtindo a festa, e no momento certo cortamos o bolo e entregamos os presentes, e pouco antes das duas horas da manha já estava de volta a minha cama pensando naquela noite inesquecível.