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História Deus não está Morto - Cap 2 - Livro 1 - Graça e fé


Escrita por: GuiBarroso

Capítulo 2 - Cap 2 - Livro 1 - Graça e fé


 

George

 

   Sentei no fundo sala, ultima cadeira colada na parede, atrás de uma menina, não a conhecia, mas era bonita.

   A sala conversava enquanto a professora de português havia saído. Todos menos eu. Fiquei quieto, peguei meu smartphone, deslizei com o dedo pela tela formando um “G” e a tela desbloqueou. Liguei meus dados moveis e acessei a internet.

   “Os que acreditam na fé cristã podem ser condenados à morte.”

   Foi a primeira noticia que apareceu. Fiquei assustado, mas me recuperei aos poucos.

   Continuei lendo.

   “O estado está deliberando para a aprovação dessa lei, que no qual diz que toda pessoa, seja criança, mulher, homem ou idoso será sentenciado à morte.” E eu achando que não podia piorar. “Ainda não sabemos se será realmente efetivado, mas parece ser bem provável.”

   Ainda não entendi o motivo dessa lei contra a fé cristã. Outras religiões podem realizar cultos, mulçumanos e judeus. Acho que eles não sabem que os judeus são o povo escolhido por Deus, desde o antigo testamento...

            - Me empresta uma caneta? - A menina que estava sentada na minha frente me pediu.

   Bloqueei a tela imediatamente e tentei não agir assustado, vasculhei meu estojo tremendo.

            - Você está bem? – Ela me perguntou.

            - Estou.  – Disse entregando a caneta na mão dela. – É que você tinha me assustado. – Ela riu.

            - Prazer. – Ela estendeu a mão. – Sou Alisa.

            - George. – Respondi a seu jeito e ela se virou para frente.

            - Ei... – Ela virou pra mim sussurrando. – Não é bom deixar esse textinho no seu estojo. – Depois virou novamente.

   “E agora? Ela viu.” Pensei.

   Fiquei parado olhando para o textinho do meu estojo, “O senhor é meu pastor e nada me faltará. Salmos 23.1”. O que ela iria fazer? Contar para a professora e depois eu iria direto para cadeia? Ou ela ficaria calada?

   Bateu-me um desespero.

   Debrucei-me sobre a carteira e comecei a orar. Sozinho, só eu e Deus.

   Ela olhou pra trás, mas se virou rapidamente quando ergui a cabeça. Ela chamou uma menina, acho que era amiga dela, consegui ouvir o nome dela, “Julia”. Logo chegou um garoto e começou a conversar com elas, também ouvi o nome “Pedro”.

    “Me ferrei.” Pensei. ”Devem estar conversando quem vai contar pra diretora.”

   A professora pediu silêncio e começou a explicar a matéria, eles voltaram para seus lugares.

   Minhas mãos tremiam, não conseguia esconder meu medo, não tinha vergonha da minha fé, mas também não queria ser preso. Ela virou, ficou olhando pra mim e eu olhei para ela.

            - Fica calmo, não vou dizer nada. – Ela disse e isso me acalmou, um pouco.

            - Por quê?... Quero dizer, por que não vai me dedurar? Seria o que qualquer faria. – Perguntei desconfiado.

            - Bem não sou qualquer um, alem do mais nunca fui a favor do governo... E ainda você me odiaria, desse jeito não seriamos amigos.

            - Ei, nos somos amigos? – Perguntei espantado.

            - Podemos ser. – Ela respondeu abrindo um sorriso.

            - O assunto está ótimo aí atrás, querem dividir o assunto com a classe com a classe? – A professora nos interrompeu.

            - Não. – Ela disse antes de mim. – Desculpe professora.

   Olhamos-nos e, em seguida, prestamos atenção na aula.

 

...

 

            - Hoje estou aqui, falando direto com o famoso político e ateu, John Patrick.

            - Obrigado, Ben, é bom estar no seu programa. – Ele agradeceu.

            - Hoje você veio dar uma rápida entrevista, certo?

            - Sim.

            - Bem, John, nesse vários anos de lei Anti-deus, você já ouviu muitas argumentações sobre a existência de Deus...

            - Sim.

            - Nos pesquisamos um pouquinho e achamos alguns argumentos que tentam provar a existência de um deus superior... – Ele disse com o tom de desgosto. - E queríamos que você debatesse a seguinte afirmação: “Uma das grandes afirmações que podemos dar que Deus existe é fato da existência do Diabo.” O que você tem a dizer sobre isso John?

            - Bem, muitos acreditam que pelo fato dizermos que o Diabo existiu ou ainda existi seja uma prova que Deus existe, já que Deus criou Lucifer como anjo e depois de sua queda ele virou o Diabo, Satanás. Mas eu prefiro dizer que Deus é o Diabo, por exemplo, se eu tenho um filho na maternidade e outro casal tem um filho também, os dois tem uma doença, o deles vive e o meu morre, como posso acreditar que um Deus passivo, misericordioso, amoroso, onisciente, onipresente e onipotente, que construiu o céu e a terra em sete dias, não conseguiria salvar meu filho, assim como do outro casal. Sendo que ele poderia fazer algo isso sendo que tem o poder pra salvar, por isso Deus é o Diabo.

            - Muito obrigado, John.

 

 

...

 

George

 

   Depois da escola, Alisa e eu andamos pelo um parque perto da escola.

   Fizemos perguntas um para o outro, ela me contou sobre seu pai e como sua mãe ficara depois de sua morte, senti tristeza nas palavras e no olhar dela, lamentei pelo fato de ela ter abandonado a fé. Contei sobre minha família, minha fé, evitei falar muito, porque de fato ainda não confiava nela. Ela parecia se sentir feliz.

    Ela se ofereceu para comprar sorvete e eu assenti, escolhi de chocolate e ela foi comprar recusando o meu pedido de pagar a minha parte.

    Sentei num banco e a esperei, mas foi ai que senti uma dor no peito de relance. Bizarro. Olhei pra cima e o sol cegou meus olhos. Balancei a cabeça piscando rapidamente meus olhos.

    Quando recuperei a vista olhei para o lado e vi Alisa comprando os sorvetes na barraca, depois dei uma leve olhada para a direita e vi uma menina chorando debaixo de uma arvore. Foquei meus olhos nela. Seus cabelos cacheados, pele negra, parecia amargurada, ela segurava algo na mão, me esforcei e vi que era medalhão com uma cruz bem desbotada no centro. Nem eu acreditei na minha visão, como enxerguei tão longe.

    Caminhei até ela lentamente.

            - Boa tarde. – Disse. – Você está bem?

            - Não sei dizer. – Ela respondeu enxugando as lagrimas.

            - Por que está chorando? – Perguntei.

            - Não posso falar, se não você pode me levar para... – Ela voltou a chorar compulsivamente. – Isso já me fez muito mal.

    Imediatamente notei o que era.

            - Você acredita em Deus? – Perguntei baixinho me assentando do lado dela.

            - Sim. – Ela respondeu baixo entre as lagrimas e choro.

            - O que foi que ti fizeram?

            - Por que quer saber? – Ela perguntou escondendo o rosto entre as pernas.

            - Porque acho que foi pro sua causa que senti uma dor forte no peito. – Eu lhe disse.

            - Como? – Ela levantou o rosto com seu cabelo cacheado cobrindo parte do rosto. – Eu nunca te vi antes.

            - Mas Deus te viu antes de mim e me mostrou você. – Ela moveu cabelo para trás deixando todo o rosto amostra. – O que foi que ti fizeram? - Perguntei novamente.

            - Meu pai me colocou pra fora de casa. – Seus olhos se encheram de lagrimas. – Porque descobriu minha fé. Eu me sinto uma idiota por ter confiado em Deus. – Ela disse levemente irada.

            - Não diga isso...

            - Pra você é fácil falar, você não está na rua, sem casa... Sem ninguém. – Ela deixou escorrer uma lagrima.

            - Não, mas Daniel do mesmo modo foi condenado à cova dos leões...

            - Mas Deus o livrou. – Ela completou.

            - De fato, fechou a boca dos leões e o manteve vivo.

            - É... – Ela murmurou, vi que seu rosto já parecia mais feliz.

            – Olha, não sei de fato o que está passando, mas não pense que Deus te abandonou, ele usou de sua graça e amor com você.

            - Como? – Ela perguntou espantada.

            - Seu pai poderia muito bem ter te levado para as autoridades e você estaria presa.

            - É mesmo. – Ela concordou.

            - Olha meu nome é George... – Me levantei e a levantei. - E se quiser pode ir comigo para minha casa, sei que meus pais vão te acolher bem, com muito carinho. – Ela abriu um sorriso.

            - Tudo bem. – Ela disse sorridente. - A propósito meu nome Marrie. – Ela disse e me abraçou.

            - Caramba George você sumiu... – Alisa disse me vendo abraçado com a Marrie. – Desculpa, mas quem é ela?

   Marrie e eu nos olhamos.

            - Ela é Marrie minha irmã.

   Alisa sorriu e a cumprimentou. Depois andamos, comprei um sorvete para Marrie, agora vi que não era para eu ter pagado o meu. E saímos andando e o rosto de Marrie já era de felicidade.

 


Notas Finais


pessoal, toamra que tenham gostado.
Queria dizer tambem que o argumento do "deus é o diabo" eu ouvi isso em uma conversa com um amigo. é.
E esperem a proxima e deixei comentários, se não favoritou favoritem, e... sei lá. diz o que tão achando, se tão gostando ou não, se querem crushs na história ou se ja shipam alguem ( alerta não sei escrever ship, sei la com se escreve) ok?
flw pessoal.


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