- Bem... No que vou trabalhar?
- Você tem alguma habilidade com arte?
- Não muita. – Respondi.
- Então vai ser atendente. – Ela riu.
- Comunicação não é o meu forte. – Retruquei.
- Finja pelo menos. – Abri um sorriso. – Esse sorriso é de verdade?
- Sim. – Respondi.
- Deixa eu te mostrar a loja. – Ela disse e eu concordei balançando a cabeça.
Ela seguiu para dentro da loja e eu a segui. Ema me mostrou cada lugar da loja, a área apenas para pinturas fica na parte da direita e a área de artesanato ficava logo na entrada, na parte esquerda da loja era a parte de vasos e várias outras coisas feitas a barro. Na parte de trás era o ateliê dela e numa salinha do lado um ateliê só para o senhor que descobrir que seu nome era Joel Mendes, mas só devia chamá-lo de senhor Mendes. Depois do tour pela loja, ela me mostrou o lugar onde iria morar, uma casa simples de dois cômodos, uma cozinha grande, um quarto da mesma largura e um banheiro bem espaçoso. Ainda estava bem cuidada, mesmo sendo uma casinha de madeira não aparentava cupim nem mofo nem algo do gênero. E era toda mobilhada, com uma cama grande e um guarda-roupa no quarto, uma pia, fogão, geladeira na cozinha e banheiro normal.
- Nossa! – Disse. – Esse é uma bela de uma mini casa.
- É já fiquei aqui por uns dias. – Ela disse
- Massa. – Exclamei.
- Se me permite perguntar, qual é a sua história? – Ela perguntou.
- Como assim? – Retruquei.
- O que te trouxe pra cá?
- Como sabe que eu não sou daqui? – Perguntei.
- Sua roupa e o seu jeito de falar.
- Aff... – Não queria falar disso agora, aliás, com essa atualização da lei em vigor nem a pau que contaria a ela. – Eu estou dando uma volta pelo mundo. – Menti. – Sempre quis conhecer lugares novos e fazer novas amizades.
- Legal. – Ela acreditou em mim? – Queria também poder também fazer isso.
- E porque não fez? - Perguntei
- Não sei, nada no mundo me interessa, às vezes acho que vou ficar aqui pra sempre.
- E qual é o problema de ficar aqui?
- Nada. – Ela disse com o rosto triste.
- Não quis lhe ofender nem...
- Não tudo bem... – Ela disse. – Se organize, eu te espero na loja. – Ela disse se retirando.
Melissa
- Aff, não dá.
- O que foi, Mel?
- Willian, não dá pra fazer esse casamento.
- Mas, amor, estamos planejando ainda.
- Mas não poderemos casar numa igreja nem haverá um pastor que conduzirá ele nem o mesmo pastor, no qual não temos, poderá dizer que somos casados no nome do pai, do filho...
- Mel, calma!
- Eu sei estou surtando. – Ele riu.
- Você tem que relaxar, vamos nos casar, mas você precisa ser paciente, além do mais Alisa e Simon tem de se acostumar com ainda mais com a ideia.
- Tá, mas não consigo relaxar. – Disse.
- Vem.
Ele falou me puxando até a piscina e me empurrou pra dentro da água.
- Você é doido! – Gritei. – Essa era uma das minhas saias favoritas e nem vou falar da minha camisa.
- Você tem milhares dessas. – Ele disse tirando a camisa e pulando na água comigo. – Vire-se! – Ele pediu e eu o fiz. – Relaxe. – Ele tirou minha camisa deixando apenas com a regatinha que estava por baixo e atirou a camisa para fora da piscina, depois pôs as mãos nos meus ombros e começou a me massagear. – Melhor?
- Por favor, não para. – Ele riu.
- Ok. – Ele continuou, agora fazia movimentos com a mão em forma de conchas.
- Isso tá muito bom, mas porque na piscina? – Perguntei meio que em transe hipnótico, Deus, como ele sabe fazer massagem tão bem?
- A piscina deixa você mais relaxada, na verdade a água faz isso, você não se sente melhor?
- Não sei, só não para.
- Vira. – Eu obedeci.
- Mel, fica tranquila, vai dar tudo certo. – Ele me disse me dando um beijo e ficamos assim por um bom tempo.
- Obrigado. – Disse entre nossos beijos.
- De nada. – Ele sussurrou dando um sorriso e nos beijamos.
- Agora vamos, temos que buscar a Alisa na escola, e não se esquece de que tem sessão pipoca em casa hoje à noite, traga o Simon.
- Ok. - Demos um ultimo beijo e saímos da piscina.
Eu toda encharcada.
Marrie.
A aula enfim chegara ao fim, mas não faltaram indiretas dos Carlos a tarde toda, esse cara quer de verdade arrumar briga. No intervalo, em tempo em tempo ele esbarrava na gente, ele e uns amigos deles cercaram George nos fundos da escola, ele só não apanhou porque eu, Julia, Alisa e o Josh chegamos na última hora. Enquanto estivéssemos juntos nada aconteceria.
Na saída, passamos, eu e George, pelo portão com Carlos nos olhando de cima a baixo, esperamos Alisa e os outros que chegaram todos juntos.
- Vamos direto pra casa. – Avisei aos outros.
- Ok. – Assentiu Alisa. – Minha mãe vai vir me buscar.
- Certo, tchau Ju, tchau Lisa, tchau Josh. – Eu e George nos despedimos dos outros.
Alisa
- Vou indo, tá, Alisa? – Disse a Ju.
- Não quer carona? – Perguntei.
- Não, eu quero andar. – Ela disse indo embora.
- Tchau. – Disse enquanto ela virava a esquina e me virei para o Josh.
- É... – Ele começou a dizer, mas parou. – É...
- É...? – Incentivei.
- É... Você... Sabe...
- Sim.
- É... A gente podia... – Balancei a cabeça. – Sabe... Fazer isso ou talvez outra coisa?
- Claro! É por que não.
- Não, o que eu tô dizendo?... Você quer...? Você sabe... Tipo... Fazer aquilo... Ou outra coisa... Tipo...
- Para! – Disse contendo a risada. – A gente ta pior que Peter Parker e Gwen Stacy em O Espetacular Homem-Aranha. – Ele riu.
- Estava tentando marcar um encontro ou algo assim.
- Deixe-me tentar, minha mãe vai fazer uma sessão pipoca hoje à noite e eu gostaria que você fosse.
- Sério.
- Se quiser, esse é o meu endereço. – Entreguei uma folha de papel pra ele.
- Pode deixar. – Ele disse e me deu um beijo na bochecha. – Bye.
- Bye. – Disse enquanto ele ia embora.
Marrie
A noite chegou e tomei um banho, estava muito cansada, a água serviu como um calmante e também me relaxou bastante. Assim que sai do chuveiro, vesti minha camisa rosa e uma calça legging, nada descolado. Desci as escadas e estavam colocando a comida na mesa.
- Marrie. – George se aproximou de mim. – Você está bem?
- Tô, sim. – Disse me aproximando para lhe dar um beijo, mas ele parou. – O que foi?
- Meus pais. – Ele disse.
- Podem se beijar, querido. – Dona Isabela interveio.
- Valeu, dona Isabela. – Agradeci e nos beijamos.
A campainha tocou.
- Deve ser seu pai, George. – Disse dona Isabela.
- Deixe que eu atendo. – Disse me dirigindo a porta e abri. – Oi...
- Marrie...
- Mãe? Pai?
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