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História Deus não está Morto - Cap 15 - Livro 2 - Amor e Perseguição


Escrita por: GuiBarroso

Notas do Autor


Oi leitores, desculpe a demora, mas tá entregue.
Boa leitura a todos e desculpe possíveis erros.

Capítulo 27 - Cap 15 - Livro 2 - Amor e Perseguição


Aquilo estava me incomodando e não sabia dizer se era verdade ou não. Seria a Júlia a causadora de tudo isso? Ou mais um truque do Carlos?

Não. Júlia não faria isso. E desde quando confio em alguma palavra do Carlos? Mesmo tendo ciência que era mentira chamei a Júlia no canto para conversar a sós.

- Júlia, você tem alguma coisa a ver com a prisão do George?

- Claro que não, por quê? - Ela me respondeu imediatamente. - De onde você tirou essa ideia?

- De lugar nenhum.. eu sei lá.

- Foi alguém que te disse isso?

- Carlos.

- E por que ele te diria isso? E por que você o ouviria?

- Eu não sei . - Disse friamente. - Eu não sei...

- Você está bem, Marrie? - Júlia me perguntou.

Eu olhei pra ela e esperei achar alguma resposta correta, mas não me veio nada a mente. George tinha sido preso, Dona Isabela estava de coração partido, meus amigos estavam comigo, mas realmente não sabia o que sentir. Podia estar bem. Talvez deprimida?

- Por que ele me diria algo desse tipo? - Perguntei, tentando ignorar meus pensamentos.

- O quê? - Ela perguntou.

- Por que o carlos me diria isso?

- Não sei, de repente ele quer… - Ela parou.

- Ele quer?...  

- Marrie... ontem ele havia me dito que foi culpa da Alisa, que ela tinha nos denunciado na delegacia. - Ela terminou.

- Ele quer nos separar. - Disse.

- Mas por que ele nos denúncia logo?

    - Nada seria pior do que nós nos destruíssemos. - Respondi. - Colocando intrigas entre a gente, para que nós mesmos nos destruamos.

    - E o que vamos fazer?

         - Nada.

- Como assim? - Julia me perguntou incrédula.

- Apenas vamos ignorar suas tentativas. - Disse.

- Ok. - Ela deu de ombros.

- E não diga aos outros.

- Por que?

- Apenas diremos se ele tentar outro ataque. - Disse e ela assentiu.

 

George

 

Eu me sento bem apesar de tudo.

Ser preso por ser do corpo de Cristo, por que seria um motivo de tristeza? Ou vergonha? Digo, é certo que perdi minha família, amigos e a Marrie. Mas jamais negaria minha fé.

Se Cristo morreu por mim, porque eu não poderia ser preso em nome dele?

O guarda da ala onde eu estava, Fábio, acabou sendo gentil comigo, me deu um caderno pequeno e uma caneta. Ele me disse que ajudaria com a sensação de solidão. Embora tivesse ciência de que Deus estava comigo aqui, eu iria sentir falta do meu lar e das pessoas que eu amo. Por isso aceitei. Ficava com a caneta na mão e o caderno, porém não sabia o que escrever.

Resolvi ficar apenas olhando a folha em branco e tentando achar o que devia escrever. Mas o barulho da grade me trouxe de volta ao mundo.

- Olá, George. - Disse o Fábio, empurrando um rapaz para dentro da minha cela. -  Colega de quarto. - Em seguida, ele trancou novamente a cela e saiu cantarolando alguma coisa.

Olhei para o rapaz e ele me olhou, e ficamos nos encarando.

- Oi. - Disse.

- Oi. - Ele disse, me parecia tímido.

- George. - Me apresentei.

- Allan. - Ele disse e depois olhou para as duas camas na cela. - Posso ficar com a cama perto janela?

- Claro. - Respondi. - Eu já vinha aquecendo essa aqui. - Ele abriu um sorriso.

Allan me pareceu não ser perigoso. Ele era branco, cabelo loiro e olhos verdes. Não deveria pesar mais de 60 quilos e levando em consideração seus braços finos também não era muito forte. E aparentava ter uns vinte e quatro anos.

Ele caminhou até a cama perto da janela, e se sentou nela. E ficou me olhando.

- O que você fez, pirralho? - Ele me perguntou. Achei meio grosseiro o fato dele me ter chamado de “pirralho”, mas decidi ignorar.

- Eu acredito em Deus. - Respondi. - E creio que com dezessete anos eu não seja um pirralho.

- Foi mal, pirralho.

- Você está me provocando? - Disse ligeiramente incomodado, a ponto de começar a me irritar.

- Não… Eu costumava chamar meus irmãos mais novos assim. - Ele respondeu e eu apenas dei de ombros. - Então você acredita num Deus todo poderoso?

- Sim, E você? Digo por quê está aqui?

- Homicidio.

- Ata....

- Eu não vou matá-lo, se for o que está pensando. - Ele disse.

- E por que te jogaram nessa ala? - Perguntei.

- Fábio é gente boa, ele acreditou em mim. - Ele falou. - E agora possuo alguns favores. - Ele disse encostando as costas na parede.

- E no que ele acreditou? - Perguntei.

- Que eu não matei ninguém. - Ele respondeu.

- Não entendi....

- Olha, pirralho, eu só te conheço agora, e não vou ficar num interrogatório com você, certo?

- Ok. - Respeitei a privacidade dele. - Quando quiser conversar… - Disse e ele deitou na cama e fechou os olhos, e percebi que ele não queria mais me ouvir.

 

Isabela

 

Eu estava sozinha em casa, meu marido foi trabalhar com um peso no coração. Me levantei da minha cama e me pus de joelhos. Minhas lágrimas me incomodavam, mas eu não me importei.

- Meu Deus, por quê? - Gritei em meio ao meu quarto. - Por que o Senhor permitiu isso? Por quê, Deus? - Minhas lágrimas representavam meu coração partido e amargurado. - Por quê, Deus? Por que, o meu garoto? - Limpei as lágrimas do rosto deixando espaço para mais caírem. - Ele é um bom garoto. O Senhor sabe que ele é. Tinha uma vida inteira pela frente… - Meu choro me bloqueou por um instante. - Eu não quero perder meu filho. Meu Deus, eu não quero. Eu não quero perder meu menino. Oh Pai, como vou seguir sem ele? Oh Deus me dá forças. - Deixei meu corpo cair no chão, minha lágrimas corriam do meu rosto para o piso, e minhas mãos fechadas batiam contra o piso. - Meu Deus, me ajude. Me dá forças, Senhor, senão vou aguentar. - Disse e me calei, apenas o chorei na presença Dele. - Deus, que a sua vontade seja feita, mas se for do teu querer, traga meu filho de volta… Por favor, Deus.... Por fa…

Meu choro tampou minha boca e me detive apenas a… Chorar.

 

ra  


Notas Finais


Olá espero que tenham gostado.
Esse capitulo não foi um baita desenvolvimento para a trama, mas precisava adicionar umas coisas que estavam faltando.
Então a baixo o mesmo de sempre.

Não esqueçam de deixar os comentários, favoritem se ainda não favoritaram.
Fiquem com Deus e Bjs...
Tchau.
Até Breve


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