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História Deus não está Morto - Cap 17 - Livro 2 - Amor e Perseguição


Escrita por: GuiBarroso

Notas do Autor


Oi pessoal, cap novo.
Boa leitura e desculpe possíveis erros...

Capítulo 29 - Cap 17 - Livro 2 - Amor e Perseguição


...

Pedro

 

O clima ainda estava pesado com a Ema. Todas as minhas tentativas de falar algo com ela foram em vão. Nossa conversa de manhã ainda me incomodava, e o que me incomodava era o modo dela ver Deus, sei que é pesado depois de seus pais morrerem e o culpado era um “cristão”. Mas isso não descaracteriza Deus. Eu tinha que falar com ela. Algo dentro de mim queria que eu falasse com ela.

E foi o que fiz.

À noite, depois que o Senhor Mendes foi embora novamente e nos deixou para a fechar loja, eu resolvi falar com ela. Ema estava em seu ateliê ainda e arrumava seus pincéis. Fiquei na porta e apenas a observando.

- Tenho cara de obra de arte? - Ema perguntou.

- Não. - Respondi.

- Então por que está me olhando? - Ela se virou para mim.

- Eu estou pensando no que aconteceu mais cedo. - Disse.

- Já disse que não quero continuar essa conversa. - Ela retrucou.

- Mas eu quero. - Disse me aproximando dela. - Você acha mesmo que Deus é o culpado pela morte dos seus pais.

- Se eu me lembro bem, na bíblia diz que o Senhor tem o controle de tudo. - Ela disse soando sarcástica.

- Isso é verdade. - Respondi. - Mas só porque seus pais morreram e Ele não impediu quer dizer que Ele não existe?

- Aonde quer chegar, Pedro? - Ela disse jogando o pincel que tinha em sua mão para o lado. - Pra você parece fácil falar. Por acaso você já passou por algo terrível no qual você pensou em desistir de tudo?

- Eu perdi minha mãe e tive que fugir de casa. Talvez isso nos deixe em planos iguais. - Retruquei.

- E você não culpou a Deus? - Ela perguntou espantada.

- Deus foi o motivo para minha mãe ser tirada de mim. Por causa Dele eu fugi de casa. Por causa dele eu provavelmente perdi o amor da minha vida.

- E ainda assim quer que eu acredite que um deus que pode nos tira coisas que nós amamos, que permite que coisas terríveis acontecerem. Você é patético. - Ela disse ficando de costas pra mim. - Talvez eu devia mesmo ligar para a polícia.

- Você citou a bíblia, agora é minha vez de cita-la. - Disse num tom mais grave. - “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.” João 16:33. Se o próprio Deus encarnado sofreu fome, perseguição, traição, por que conosco seria diferente.

- É, mas Ele não sabe a dor que eu passei. - Ela disse se virando pra mim. Percebi que ela estava nervosa e ao mesmo tempo com os olhos lacrimejando.

- Ela sabe, porque ele já sentiu isso. - Respondi. - Ele veio ao mundo e conheceu nossas dores, tudo ele sofreu em nosso lugar. Por isso, eles nos entende tão bem.

- Discordo. - Ela disse. - Se Ele conhecesse meus pai, não teria deixado que o morressem.

- Discordo. - Rebati. - A bíblia diz que Deus sabe de todos os nossos dias e que tudo o que ele faz é bom…

- Bom… Desde quando meus pais morrerem é algo bom? - Ela falou.

- Eu não sei. - Disse negando com a cabeça. - Mas os planos de Deus são maiores que os nossos.

- Ele não é Deus se fez aquilo com meus pais, esse Deus está morto, assim como eles.

- Então pra você, Deus é Deus, apenas e condicionado ao que ele faz?

- O que?

- Você realmente está perdida. - Disse e ela fechou a cara. - Deus é Deus, independente do que ele faz. Se ele te cura, se ele não cura, se ele te dá algo ou tira. Se seus pais morreram ou não. Deus é Deus.

- Saia daqui antes que eu ligue pra polícia. - Ela disse e percebi que ela estava perdendo a paciência.

- Ok. - Disse indo para a porta e parei nela. - Deus é bom, o tempo todo. E o tempo todo, Deus é bom. - E por fim me retirei.

 

 

Alisa

 

Cheguei em casa encharcada. A chuva não parava desde a passeata pela as árvores.

Seguia para casa abraçada a Josh. Como não tínhamos guarda-chuva, íamos em um ritmo acelerado, mas não impediu que ficassemos cobertos de água. Apesar da chuva, chegamos na minha casa.

Ficamos parados frente a porta, nos olhando e pensando no que falar.

- Obrigada, por me trazer até em casa. - Disse.

- De nada. - Ele agradeceu.

- Seria melhor que você entrasse. - Disse olhando para sua roupa. - Você está no mínimo ensopado. - Disse e ele riu.

- Acho que não é necessário. - Ele disse e se aproximou de mim, me fazendo colar na parede.

Fechei os olhos e senti seus lábios encostarem os meus num beijo curto. Sua boca se afastou e de olhos fechados sentia sua respiração frente ao meu rosto.

- Eu não sei se deveria fazer isso. - Ele falou quebrando o clima. - Seus pais podem nos ver.

- Que vejam. - Disse o puxando para mim e lhe beijando, porém dessa vez um beijo um pouco mais longo. Nosso beijo era quente e prazeroso. Josh mandava bem no quesito beijo. Mas novamente ele recuou.

- Acho que eu devo ir agora que a chuva está diminuindo. - Ele falou e eu abri os olhos.

- Tem certeza? - Perguntei.

- Sim. - Ele disse me beijando novamente. Um breve e gostoso beijo. - Até amanhã. - Ele completou se afastando de mim.

- Até. - Respondi e ele foi se aventurar na chuva.

Ainda estática, abri a porta, entrei e fechei a mesma. Quando virei para ir pro meu quarto, minha mãe estava parada me olhando com os braços cruzados.

- Oi, mãe. - Disse, mas ela não respondeu. - Você viu alguma coisa?

- Quem era aquele gato. - Ela perguntou e eu abri um sorriso, assim com ela.

Ela me puxou pelo braço e corremos até o sofá. Nos sentamos e eu contei tudo sobre o Josh.

- Ele parece ser um partidão. - Ela disse.

- Valeu. - Respondi levemente corada.

- Então vai convidá-lo?

- Convidá-lo para o quê? - Perguntei.

- Willian e eu nos decidimos… - Ela fez uma pausa. Creio que foi para aumentar a expectativa. - Nosso casamento será daqui a duas semanas.

- O que?! - Gritei.

- Silêncio. - Ela disse. - Simon, tá dormindo lá em cima.

- Foi mal.

- Eu preciso que você me ajude com a lista de convidados e com a damas de honra,... - Ela disse e começou a listar um monte de coisas, porém minha cabeça estava em outro lugar, em outra pessoa, em um Josh.

 

...

 

George

 

A noite havia chegado, e como programação, dez horas da noite, todas as luzes estavam desligadas.

Estava um pouco nervoso por estar com Allan na mesma cela, afinal até onde eu sabia o cara foi preso por homicídio. Mas ele não me aparentava um homicida.

- Com sono, pirralho? - Ele perguntou.

- Não. - Respondi. - Costumo dormir tarde, mas aqui não tem nada pra fazer. - Disse me sentando na cama.

- As primeiras noites são as piores. - Ele retrucou. - Com tempo você se acostuma.

- Posso perguntar algo pessoal?

- Vai em frente, pirralho. - Ele disse.

- Por que foi preso? - Perguntei.

- Eu já disse, homicídio.

- Sei, mas não foi isso que você deixou aparecer na primeira impressão. - Rebati.

- Mas é isso que você precisa saber. - Ele disse.

- Acho que se vamos ser colegas de quarto temos que confiar um no outro. - Disse.

- Errado. - Ele disse se virando para a parede.

Percebi que ele não ia se abrir. então voltei a deitar e fiquei olhando para o teto.

- Sabe o que mais sinto falta? - Perguntei.

- Do silêncio…

- Não, da minha namorada. - Disse. - O nome dela é Marrie. Eu a conheci a cerca de uns seis meses atrás, quando ela foi abandonada pelos pais dela. Ela é perfeita sabe. Cada momento ao lado dela se torna perfeito. Mas aqui estou eu. E segundo a lei, eu não posso receber visitas, ou seja, acho que nunca mais vou vê-la.

- Sinto muito. - Ele disse.

- Obrigado. - Disse apenas olhando para cima.

- Eu também tenho alguém importante lá fora. - Ele disse e percebi que minha técnica deus certo. - Eu era casado. Joel, era de mais. Ele fazia eu me sentir bem, acho que mais do que bem.

- Você é gay? - Perguntei.

- Sim, e não espalhe isso com os outros detentos. Seria o fim da minha reputação de durão. - Apenas ri.

- Joel era tudo de bom. Tínhamos uma criança, um filho, Daniel, ele era nosso anjinho.

- E você não pode ver seu filho? - Perguntei.

- Quando fui preso pela morte do Joel, o estado definiu que Daniel ia para um lar adotivo, porém ele não poderia mais me ver.

- Lamento. - Disse. - Pelo os dois.

- É, e o pior de tudo é que meu filho acha que o pai dele matou o seu segundo pai. - Ele disse e eu senti um pesar.

- Você não matou ele? - Perguntei.

- Boa noite, pirralho. - Ele disse e depois não falou mais nada. Eu percebi que não ia conseguir tirar essa informação dele. Hoje não.

 


Notas Finais


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Até breve...


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