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História Deuses lendo os 5 livros de Percy Jackson - Sem querer, transformo em pó minha professora de iniciação à


Escrita por: MikhailUzumaki

Notas do Autor


Oieeeeeee gentiiiiiii <3

Capítulo 2 - Sem querer, transformo em pó minha professora de iniciação à


Athena: Sem querer, transformo em pó minha professora de iniciação à álgebra

Jason: Quem transforma em pó um monstro sem querer?

ThalNico: É Percy (disseram os dois, como se aquela resposta bastasse)

Athena: Bem, posso continuar? (os 3 semideuses assentiram)

Olhe, eu não queria ser um meio-sangue.

Ares: Porque não?

Poseidon: Porque será? (perguntou irónico)

Se você está lendo isto porque acha que pode ser um, meu conselho é o seguinte:

Thalia: NÃOOOOOOOOOO

Órion: Credo, precisa gritar?

Piper: Você não entende, todos os que seguiram os conselhos de Percy sempre se encontram entre a vida e a morte…..

 feche este livro agora mesmo. Acredite em qualquer mentira que sua mãe ou seu pai lhe contou sobre seu nascimento, e tente levar uma vida normal.

Hera: Não funciona até uma determinada idade

Deméter: Pelo menos dura por um longo prazo

Jason: Percy Jackson dando bons conselhos? É realmente o fim do mundo (Percy cruzou os braços e fechou a cara e Poseidon deu um olhar mortal para Jason)

Ser meio-sangue é perigoso. É assustador. Na maioria das vezes, acaba com a gente de um jeito penoso e detestável.

Os semideuses concordaram

Se você é uma criança normal, que está lendo isto porque acha que é ficção, ótimo. Continue lendo. Eu o invejo por ser capaz de acreditar que nada disso aconteceu. Mas, se você se reconhecer nestas páginas – se sentir alguma coisa emocionante lá dentro – pare de ler imediatamente. Você pode ser um de nós. E, uma vez que fica sabendo disso, é apenas uma questão de tempo antes que eles também sintam isso, e venham atrás de você.

Não diga que eu não avisei.

Hades: Não diga nada (disse o deus para seu filho que ia abrir a boca)

Meu nome é Percy Jackson.

Hermes: Não me diga (disse irónico)

Tenho doze anos de idade.

Teseu: Doze? Você teve a sua primeira missão com doze? (respondeu preocupado)

Percy: Err…….Sim (Poseidon parecia que ia ter um AVC ali mesmo e Teseu e Órion se entreolharam preocupados com o seu irmão mais novo)

Até alguns meses atrás, era aluno de um internato, a Academia Yancy, uma escola particular para crianças problemáticas no norte do estado de Nova York.

Se eu sou uma criança problemática?

Clarisse: Sim

Sim. Pode-se dizer isso.

Todos riram

Eu poderia partir de qualquer ponto da minha vida curta e infeliz para prová-lo,

Poseidon franziu a testa

mas as coisas começaram a ir realmente mal no último mês de maio, quando nossa turma do sexto ano fez uma excursão a Manhattan – vinte e oito crianças alucinadas e dois professores em um ônibus escolar amarelo indo para o Museu Metropolitano de Arte, a fim de observar velharias gregas e romanas.

Athena e Annabeth: Parece interessante

Poseidon, Órion e Teseu: Parece tortura

Eu sei, parece tortura.

Athena e Annabeth fecharam a cara e Poseidon e os filhos mais velhos dele olharam com aprovação para Percy

A maior parte das excursões da Yancy era mesmo. Mas o Sr. Brunner, nosso professor de latim, estava guiando essa excursão, assim eu tinha esperanças.

O Sr. Brunner era um sujeito de meia-idade em uma cadeira de rodas motorizada. Tinha o cabelo ralo, uma barba desalinhada e usava um casaco surrado de tweed que sempre cheirava a café.

Dionísio: Quíron  

Talvez você não o achasse legal, mas ele contava histórias e piadas e nos deixava fazer brincadeiras em sala. Também tinha uma impressionante coleção de armaduras e armas romanas, portanto era o único professor cuja aula não me fazia dormir.

Athena fechou a cara na parte do dormir

Eu esperava que desse tudo certo na excursão. Pelo menos tinha esperança de não me meter em encrenca dessa vez.

Thalia: Você não busca a encrenca……..a encrenca é quem busca você

Percy: Verdade (disse tristemente)

Cara, como eu estava errado.

Leo: Como sempre

Entenda: coisas ruins me acontecem em excursões escolares. Como na minha escola da quinta série, quando fomos para o campo de batalha de Saratoga, e eu tive aquele acidente com um canhão da Revolução Americana. Eu não estava apontando para o ônibus da escola, mas é claro que fui expulso do mesmo jeito.

Todos riram

Connor: Incrível (Ares, Apollo e Hermes olharam com aprovação para Percy)

E antes disso, na escola da quarta série, quando fizemos um passeio pelos bastidores do tanque dos tubarões do Mundo Marinho, e eu de, alguma forma, acionei a alavanca errada no passadiço e nossa turma tomou um banho inesperado.

Trevis: Inacreditável

E antes disso... Bem, já dá para você ter uma ideia.

Clarisse: Não conta mais (suplicou a mesma)

Perseus: Calma, depois pegamos ele num canto e o obrigamos a dizer tudo (disse ele com um sorriso psicopata, todos ali menos os deuses e Percy que estava encolhido no seu canto estavam com os mesmos sorrisos, mas descartaram a ideia depois de verem o olhar maléfico de Poseidon)

Nessa viagem, eu estava determinado a ser bonzinho.

Ao longo de todo o caminho para a cidade aguentei Nancy Bobofit, aquela cleptomaníaca ruiva e sardenta, acertando a nuca do meu melhor amigo, Grover, com pedaços de sanduíche de manteiga de amendoim com ketchup.

Deméter: Repugnante (disse a deusa com um olhar de nojo)  

Grover era um alvo fácil. Ele era magrelo. Chorava quando ficava frustrado. Devia ter repetido de ano muitas vezes, porque era o único na sexta série que tinha espinhas e uma barba rala começando a nascer no queixo. E, ainda por cima, era aleijado. Tinha um atestado que o dispensava da educação física pelo resto da vida, porque tinha algum tipo de doença muscular nas pernas. Andava de um jeito engraçado, como se cada passo doesse, mas não se deixe enganar por isso. Você precisa vê-lo correr quando é dia de enchilada na cantina.

Grover: Obrigado por me descrever tão bem (disse irónico)

Percy: De nada

De qualquer modo, Nancy Bobofit estava jogando bolinhas de sanduíche que grudavam no cabelo castanho cacheado dele, e ela sabia que eu não podia revidar, porque já estava sendo observado, sob o risco de ser expulso. O diretor me ameaçara de morte

Poseidon: O QUÊ?

com uma suspensão “na escola” (ou seja, sem poder assistir às aulas, mas tendo de comparecer à escola e ficar trancado numa sala fazendo tarefas de casa) caso alguma coisa ruim, embaraçosa ou até moderadamente divertida acontecesse durante a excursão.

Poseidon sentou-se envergonhado

– Eu vou matá-la – murmurei.

Ares e Clarisse: Faça isso

Grover tentou me acalmar.

– Está tudo bem. Gosto de manteiga de amendoim.

Apollo: Mas não no cabelo (disse passando a mão no cabelo dourado dele)

Ele se esquivou de outro pedaço do lanche de Nancy.

– Agora chega.

Comecei a levantar, mas Grover me puxou de volta para o assento.

Ares e Clarisse olharam malignamente pra o sátiro

– Você já está sendo observado – ele me lembrou. – Sabe que será culpado se acontecer alguma coisa.

Quando ele me lembrou daquilo, eu preferia ter acertado Nancy Bobofit no ato. A suspensão na escola não teria sido nada em comparação com a encrenca que eu estava prestes a me meter.

O Sr. Brunner guiou o passeio pelo museu.

Ele foi na frente em sua cadeira de rodas, conduzindo-nos pelas grandes galerias cheias de ecos, passando por estátuas de mármore e caixas de vidro repletas de cerâmica preta e laranja muito velhas.

Eu ficava alucinado só de pensar que aquelas coisas tinham sobrevivido por dois mil, três mil anos.

Athena: Muito mais, Perseus Jackson

Ele nos reuniu em volta de uma coluna de pedra com quatro metros de altura e uma grande esfinge no topo, e começou a explicar que aquilo era um marco tumular, uma estela, feita para uma menina mais ou menos da nossa idade. Contou-nos sobre as inscrições laterais. Eu estava tentando ouvir o que ele tinha a dizer, porque era um pouco interessante, mas todos ao meu redor estavam falando, e cada vez que eu dizia para calarem a boca, a outra professora que nos acompanhava, a Sra. Dodds, me olhava de cara feia.

A Sra. Dodds era aquela professorinha de matemática da Geórgia que sempre usava um casaco de couro preto, apesar de ter cinquenta anos de idade. Parecia má o bastante para entrar com uma moto Harley bem dentro do seu armário. Tinha chegado em Yancy no meio do ano, quando nossa última professora de matemática teve um colapso nervoso.

Hades franziu a testa

Desde o primeiro dia, a Sra. Dodds adorou Nancy Bobofit e concluiu que eu tinha sido gerado pelo diabo. Ela me apontava o dedo torto e dizia: “Agora, meu bem”, com a maior doçura, e eu sabia que ia ficar detido depois da aula por um mês.

Certa vez, depois que ela me fez apagar as respostas em antigos livros de exercícios de matemática até a meia-noite,

“Plock”

Apollo, Hermes e seus três filhos, Travis, Connor e Luke desmaiaram

Zeus: Alguém vem acordar eles? (Héstia foi acorda-los)

eu disse a Grover que achava que a Sra. Dodds não era gente. Ele olhou para mim, muito sério, e disse:

– Você está certíssimo.

Ártemis: Vai estragar o disfarce (disse repreendedora para o Grover)

O Sr. Brunner continuou falando sobre arte funerária grega.

Finalmente, Nancy Bobofit, abafando o riso, falou algo sobre o sujeito pelado na estela, e eu me virei e disse:

– Quer calar a boca?

Saiu mais alto do que eu pretendia.

Perseus: Sempre sai (disse o filho de Zeus)

O grupo inteiro deu risada. O Sr. Brunner interrompeu seu história.

– Sr. Jackson – disse ele – fez algum comentário?

Meu rosto estava completamente vermelho.

– Não, senhor.

O Sr. Brunner apontou para uma das figuras na estela.

– Talvez possa nos dizer o que esta figura representa.

Olhei para a imagem entalhada e senti uma onda de alívio, porque de fato a reconhecera.

– É Cronos comendo os filhos, certo?

Os irmãos de Zeus, menos o mesmo gemeram

Poseidon: Foi horrível

– Sim – disse o Sr. Brunner, e obviamente não estava satisfeito. – E ele fez isso porque...

– Bem... – eu quebrei a cabeça para me lembrar. – Cronos era o deus-rei e...

Zeus: DEUS? (Percy se encolheu)

Afrodite: Ele não sabia

– Deus-rei? – perguntou o Sr. Brunner.

– Titã – eu me corrigi. – E... ele não confiava nos filhos, que eram os deuses. Então, hum, Cronos os comeu, certo? Mas sua esposa escondeu o bebê Zeus e deu a Cronos uma pedra para comer no lugar dele. E depois, quando Zeus cresceu, ele enganou o pai, Cronos, e o fez vomitar seus irmãos e irmãs.

– Eca! – disse uma das meninas atrás de mim.

– ...e então houve aquela grande briga entre os deuses e os titãs – continuei – e os deuses venceram.

Athena: Resumiu uma batalha de vários anos (disse a deusa perplexa)

Jason: É Percy

Algumas risadinhas do grupo.

Atrás de mim, Nancy Bobofit murmurou para uma amiga:

– Como se fôssemos usar isso na vida real. Como se fossem falar nas nossas entrevistas de emprego: “Por favor explique por que Cronos comeu seus filhos.”

Hermes: Deixa que eu trato disso (disse maleficamente)

– E por que, Sr. Jackson – disse o Sr. Brunner – parafraseando a excelente pergunta da Srta. Bobofit, isso importa na vida real?

Apollo: Se ferrou

– Se ferrou – murmurou Grover.

Todos riram

– Cala a boca – chiou Nancy, a cara ainda mais vermelha que seu cabelo.

Pelo menos Nancy também foi enquadrada. O Sr. Brunner era o único que a pegava dizendo algo errado. Tinha ouvidos de radar.

Dionísio: Ouvidos de cavalo

Pensei na pergunta dele, e encolhi os ombros.

– Não sei, senhor.

– Entendo. – O Sr. Brunner pareceu desapontado. – Bem, meio ponto, Sr. Jackson. Zeus, na verdade, deu a Cronos uma mistura de mostarda e vinho, o que o fez vomitar as outras cinco crianças, que, é claro, sendo deuses imortais, estavam vivendo e crescendo sem serem digeridas no estômago do titã. Os deuses derrotaram o pai deles, cortando-o em pedaços com sua própria foice e espalharam os restos no Tártaro, a parte mais escura do Mundo Inferior. E com esse alegre comentário, é hora do almoço. Sra. Dodds, quer nos levar de volta para fora?

A turma foi retirada, as meninas segurando a barriga, os garotos empurrando uns aos outros e agindo como bobões.

Ártemis murmurou algo como meninos são todos iguais

Grover e eu estávamos prestes a segui-los quando o Sr. Brunner disse:

– Sr. Jackson.

Eu sabia o que vinha a seguir.

Disse a Grover para ir andando. Então me voltei para o professor.

– Senhor?

O Sr. Brunner tinha aquele olhar que não deixa a gente ir embora – olhos castanhos intensos que poderiam ter mil anos de idade e já ter visto de tudo.

Hera: Realmente viu tudo

– Você precisa aprender a responder à minha pergunta – disse ele.

– Sobre os titãs?

– Sobre a vida real. E como seus estudos se aplicam a ela.

– Ah.

– O que você aprende comigo – disse ele – é de uma importância vital. Espero que trate o assunto como tal. De você, aceitarei apenas o melhor, Percy Jackson.

Eu queria ficar zangado, aquele sujeito me pressionava demais.

Athena: É para o seu bem

Quer dizer, claro, era legal em dias de torneio, quando ele vestia uma armadura romana, bradava “Olé!” e nos desafiava, ponta de espada contra o giz a correr para o quadro-negro e citar pelo nome cada pessoa grega ou romana que já viveu, o nome de sua mãe e que deuses cultuavam. Mas o Sr. Brunner esperava que eu fosse tão bom quanto todos os outros a despeito do fato de que tenho dislexia e transtorno do déficit de atenção, e de que nunca na vida tirei uma nota acima de C-.

Athena olhou irritada para Percy

Annabeth: EU VOU FAZER VOCÊ ESTUDAR TANTO QUE PASSARÁ A TER A+

Não – ele não esperava que eu fosse tão bom quanto; ele esperava que eu fosse melhor. E eu simplesmente não podia aprender todos aqueles nomes e fatos, e muito menos escrevê-los direito.

Murmurei alguma coisa sobre me esforçar mais, enquanto o Sr. Brunner lançava um olhar longo e triste para a estela, como se tivesse estado no funeral daquela menina.

Afrodite: E esteve

Ele me disse para sair e comer meu lanche.

A turma se reuniu nos degraus da frente do museu, de onde podíamos assistir ao trânsito de pedestres pela Quinta Avenida.

Acima de nós, uma imensa tempestade estava se formando, com as nuvens mais escuras que eu já tinha visto sobre a cidade. Imaginei que talvez fosse o aquecimento global ou qualquer coisa assim, porque o tempo em todo o estado de Nova York estava esquisito desde o Natal. Tivemos nevascas pesadas, inundações, incêndios nas florestas causados por raios. Eu não teria ficado surpreso se fosse um furacão chegando.

Todos olharam pra Zeus

Ninguém mais pareceu notar. Alguns dos garotos estavam jogando biscoitos para os pombos. Nancy Bobofit tentava afanar alguma coisa da bolsa de uma senhora e, é claro, a Sra. Dodds não via nada.

Grover e eu nos sentamos na beirada do chafariz, longe dos outros. Pensamos que, se fizéssemos isso, talvez ninguém descobrisse que éramos daquela escola – a escola para esquisitões lesados que não davam certo em nenhum outro lugar.

– Detenção? – perguntou Grover.

– Não. Não do Brunner. Eu só gostaria que ele às vezes me desse um tempo. Quer dizer, não sou um gênio.

Thalia: Notasse

Grover não disse nada por algum tempo. Então, quando achei que ele ia me brindar com algum comentário filosófico profundo para me fazer sentir melhor, ele disse:

– Posso comer sua maçã?

O sátiro estava envergonhado e todos menos ele riram

Eu não estava com muito apetite, então a entreguei a ele.

Observei os táxis que passavam descendo a Quinta Avenida e pensei no apartamento de minha mãe, na área residencial próxima ao lugar onde estávamos sentados. Eu não a via desde o Natal. Tive muita vontade de pular em um táxi e ir para casa. Ela me abraçaria e ficaria contente de me ver, mas também ficaria desapontada. Imediatamente me mandaria de volta para Yancy e me lembraria que preciso me esforçar mais, ainda que aquela fosse minha sexta escola em seis anos e que, provavelmente, eu seria chutado para fora de novo. Não conseguiria suportar o olhar triste que ela me lançaria.

Todas as mulheres disseram “Awwwwn” e Poseidon sorriu para o filho

O Sr. Brunner estacionou a cadeira de rodas na base da rampa para deficientes. Comia aipo enquanto lia um romance. Um guarda-chuva vermelho estava enfiado nas costas da cadeira, fazendo-a parecer uma mesa de café motorizada.

Eu estava prestes a desembrulhar meu sanduíche quando Nancy Bobofit apareceu diante de mim com as amigas feiosas – imagino que tivesse se cansado de roubar dos turistas – e deixou seu lanche, já comido pela metade, cair no colo de Grover.

– Oops.

Todos olharam com ódio para o livro, até mesmo Héstia

Ela arreganhou um sorriso para mim, com os dentes tortos. As sardas eram alaranjadas, como se alguém tivesse pintado o rosto dela com um spray de Cheetos líquido.

Apollo: Atraente (disse irónico com um olhar de nojo)

Tentei ficar calmo. O orientador da escola me dissera um milhão de vezes: “Conte até dez, controle seu gênio.” Não me lembro de ter tocado nela, mas quando dei por mim, Nancy estava sentada com o traseiro no chafariz, berrando:

– Percy me empurrou!

A Sra. Dodds se materializou ao nosso lado. Algumas das crianças estavam sussurrando:

– Você viu...

– ...a água...

– ...parece que a agarrou...

Teseu: Nossa, eu com a sua idade nem conseguia fazer isso, você deve ser poderoso (Zeus não gostou nada)

Eu não sabia do que elas estavam falando. Tudo o que sabia era que eu estava encrencado outra vez.

Assim que se certificou de que a pobre Nancy estava bem, prometendo dar–lhe uma blusa nova da loja de presentes do museu etc. e tal, a Sra. Dodds se voltou para mim. Havia um fogo triunfante em seus olhos, como se eu tivesse feito algo pelo ela esperara o semestre inteiro.

– Agora, meu bem...

– Eu sei – resmunguei. – Um mês apagando livros de exercícios.

Não foi a coisa certa para dizer.

– Venha comigo – disse a Sra. Dodds.

– Espere! – guinchou Grover. – Fui eu. Eu a empurrei.

Olhei para ele perplexo. Não podia acreditar que estivesse tentando me proteger. Ele morria de medo da Sra. Dodds.

Hera: Isso eu chamo de lealdade

Ela lançou um olhar tão furioso que fez o queixo dele tremer.

– Acho que não, Sr. Underwood – disse ela.

– Mas...

– Você... vai... ficar... aqui.

Grover me olhou desesperadamente,

– Tudo bem, cara – disse a ele. – Obrigado por tentar.

– Meu bem – latiu a Sra. Dodds para mim. – Agora.

Nancy Bobofit deu um sorriso falso.

Lancei-lhe meu melhor olhar de  “vou acabar com a sua raça”.

Os semideuses que já viram essa cara estremeceram

Então me virei para enfrentar a Sra. Dodds, mas ela não estava lá. Estava postada à entrada do museu, lá no alto dos degraus, gesticulando impaciente para mim.

Como ela chegou lá tão depressa?

Tenho milhares de momentos desse tipo – meu cérebro adormece ou algo assim e, quando me dou conta, vejo que perdi alguma coisa, como se uma peça do quebra-cabeça desaparecesse e me deixasse olhando para o espaço vazio atrás dela. O orientador da escola me disse que isso era parte do transtorno do déficit de atenção, era meu cérebro que interpretava tudo errado.

Athena: Não tenha a certeza

Eu não tinha tanta certeza.

Todos riram e Athena corou

Fui atrás da Sra. Dodds.

No meio da escadaria, olhei para Grover lá atrás. Ele parecia pálido, movendo os olhos entre mim e o Sr. Brunner, como se quisesse que o Sr. Brunner reparasse no que estava acontecendo, mas o professor estava absorto em seu romance.

Poseidon ficou com raiva do centauro

Voltei a olhar para cima. A Sra. Dodds desaparecera de novo. Estava agora dentro do edifício, no fim do hall de entrada.

Certo, pensei. Ela vai me fazer comprar uma blusa nova para Nancy na loja de presentes. Mas aparentemente não era esse o plano.

Hermes: Error, nunca adivinhe o castigo, senão vai ser pior

Eu a segui museu adentro. Quando finalmente a alcancei, estávamos de volta à seção greco-romana.

A não ser por nós, a galeria estava vazia.

Poseidon ficou pálido e tenso e murmurou “seu monstro filho da puta, é melhor você não fazer nada com o meu bebê” (Autor: Sim, isso mesmo……..Poseidon chama o Percy de bebê)

A Sra. Dodds estava postada de braços cruzados na frente de um grande friso de mármore com os deuses gregos. Ela fazia um som estranho com a garganta, como um rosnado.

Mesmo sem o ruído, eu teria ficado nervoso. É esquisito estar sozinho com uma professora, especialmente a Sra. Dodds. Algo no modo como ela olhava para o friso, como se quisesse pulverizá-lo...

– Você está nos criando problemas, meu bem – disse ela.

Fiz o que era seguro. Disse:

– Sim, senhora.

Ela ajeitou os punhos de seu casaco de couro.

– Você achou mesmo que ia se safar desta?

A expressão em seus olhos era mais que furiosa. Era perversa. Ela é uma professora, pensei, nervoso. Não é provável que vá me machucar.

Zeus: Vai sim

Eu disse:

– Eu... eu vou me esforçar mais, senhora.

Um trovão sacudiu o edifício.

Todos olharam pra Zeus

– Nós não somos bobos, Percy Jackson – a Sra. Dodds disse. – Seria apenas uma questão de tempo até que o descobríssemos. Confesse, e você sentirá menos dor.

Eu não sabia do que ela estava falando.

Tudo o que pude pensar foi que os professores haviam descoberto o estoque ilegal de doces que eu estava vendendo no meu dormitório.

Hermes: Você tem um filho de ouro Tio P (disse ele com olhar de “eu vou fazer você meu filho” para Percy e Poseidon olhou para Hermes com um olhar de “tire os olhos dele seu pedófilo”)

Ou talvez tivessem descoberto que eu pegara meu trabalho sobre Tom Sawyer na Internet sem ter nem lido o livro, e agora iam retirar minha nota. Ou pior, iam me obrigar a ler o livro.

Athena: É um bom livro (resmungou a deusa)

Annabeth: Eu o obriguei a ler o livro mãe (disse ela feliz)

– E então? – exigiu.

– Senhora, eu não...

– O seu tempo se esgotou – sibilou ela.

Então algo muito estranho aconteceu. Os olhos dela começaram a brilhar como carvão de churrasco. Os dedos se esticaram, transformando-se em garras. O casaco se fundiu em grandes asas de couro. Ela não era humana. Era uma bruxa má e enrugada, com asas e garras de morcego e com uma boca repleta de presas amareladas – e estava prestes a me fazer em pedaços.

Hades: Alecto

Poseidon: VOCÊ MANDOU UMA FÚRIA PARA O MEU FILHO

Hades: Nem sei porque eu mandei

Então as coisas ficaram ainda mais esquisitas.

Grover: Só com o Percy para acontecer coisas ainda mais esquisitas

Percy: É…… (disse triste e Poseidon não gostou nada de vê-lo assim)

O Sr. Brunner, que estava na frente do museu um minuto antes, foi com a cadeira de rodas até o vão da porta da galeria, segurando uma caneta.

– Olá, Percy! – gritou ele, e lançou a caneta pelo ar.

A Sra. Dodds deu um bote para cima de mim.

Com um gemido agudo, eu me esquivei e senti as garras cortando o ar ao lado do meu ouvido. Agarrei a caneta esferográfica no alto, mas quando ela atingiu minha mão, já não era mais uma caneta. Era uma espada – a espada de bronze do Sr. Brunner, que ele sempre usava em dias de torneio.

Órion: Contracorrente

A Sra. Dodds virou-se na minha direção com uma expressão assassina nos olhos. Meus joelhos ficaram bambos. As mãos tremiam tanto que quase deixei a espada cair.

Ares: Molenga

Ela rosnou:

– Morra, meu bem!

E voou para cima de mim.

Um terror absoluto percorreu meu corpo. Fiz a única coisa que me ocorreu naturalmente: desferi um golpe com a espada.

Apollo: Isso veio naturalmente? (perguntou surpreso)

A lâmina de metal atingiu o ombro dela e passou direto por seu corpo, como se ela fosse feita de água: Zás!

A Sra. Dodds era um castelo de areia debaixo de um ventilador. Ela explodiu em areia amarela, reduziu-se a pó, sem deixar nada do cheiro de enxofre, um grito estridente que foi sumindo e um calafrio de maldade no ar, como se aqueles olhos vermelhos incandescentes ainda estivessem me olhando.

Os semideuses estremeceram

Eu estava sozinho.

Havia uma caneta esferográfica na minha mão.

Héstia: A névoa ainda fazia efeito?

O Sr. Brunner não estava lá. Não havia ninguém lá além de mim.

Minhas mãos ainda estavam tremendo. Meu lanche devia estar contaminado com cogumelos mágicos ou coisa assim. Será que eu havia imaginado tudo aquilo?

Nico: Só o Percy para pensar assim

Voltei para o lado de fora.

Tinha começado a chover.

Grover estava sentado junto ao chafariz com um mapa do museu formando uma tenda em cima de sua cabeça. Nancy Bobofit ainda estava lá, encharcada do banho no chafariz, resmungando para as amigas feiosas. Quando me viu, disse:

– Espero que a Sra. Kerr tenha chicoteado seu traseiro.

Nico e Thalia: Quem?

– Quem? – respondi.

Nico e Thalia: APANHAMOS PERCITIS (disseram com horror)

Poseidon: Percitis?

Jason: É uma doença que nem se sabe que pode ter cura, os efeitos são pensar como o Percy (Poseidon fechou a cara irritado e murmurou “bullying é crime, especialmente com o meu filhinho”)

– Nossa professora. Dãã!

Eu pisquei. Não tínhamos nenhuma professora chamada Sra. Kerr. Perguntei a Nancy de quem ela estava falando. Ela simplesmente revirou os olhos e me deu as costas.

Hera: Mal educada

Perguntei a Grover onde estava a Sra. Dodds.

– Quem? – respondeu ele.

Mas Grover primeiro fez uma pausa, e não olhou para mim, portanto, pensei que estivesse me enganando.

Hermes: Alguém tem que ensinar a esse sátiro mentir

– Não tem graça, cara – disse a ele. – Isso é sério.

Um trovão estourou no alto.

Olharam pra Zeus de novo

Vi o Sr. Brunner sentado embaixo do guarda-chuva vermelho, lendo seu livro, como se nunca tivesse se mexido. Fui até ele. Ele ergueu os olhos, um pouco distraído.

– Ah, é a minha caneta. Por favor, traga seu próprio instrumento de escrita no futuro, Sr. Jackson.

Hermes: Ele sabe mentir

Entreguei a caneta ao Sr. Brunner. Não tinha notado que ainda a estava segurando.

– Senhor – disse eu – onde está a Sra. Dodds?

Ele olhou para mim com a expressão vazia.

– Quem?

– A outra professora que nos acompanhava. A Sra. Dodds. Professora de iniciação à álgebra.

Ele franziu a testa e se inclinou para a frente, parecendo ligeiramente preocupado.

– Percy, não há nenhuma Sra. Dodds nesta excursão. Até onde sei, nunca houve uma Sra. Dodds na Academia Yancy. Está se sentindo bem?

Athena: Acabou, quem quer ler o próximo capitulo?

Apollo: EU (pegou o livro da mão da deusa)

Apollo: Capitulo-2: “Três velhas senhoras tricotam as meias da morte”

 

Continua……..


Notas Finais


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