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História Devil Side - Meu dongsaeng.


Escrita por: minesuga

Notas do Autor


Boa leitura ❤

Capítulo 15 - Meu dongsaeng.


“Eu mudei completamente, e agora eu não posso voltar a ser o que era antes.” 

 

Namjoon. 

 

Eu cresci isolado, ocupado com os estudos que se iniciaram desde muito cedo, que aos poucos fizeram dos meus melhores amigos os livros da biblioteca dos meus pais, que ficava no segundo andar de nossa antiga casa em Ilsan. Eu lembro bem como me sentia estando em meio as pilhas de livros, históricos, científicos, filosóficos ou do gênero que fossem. Eu me sentia bem estando sozinho no meu próprio mundo, apesar do que meus pais achavam quando diziam que eu precisava me entrosar com as outras crianças, que deveria me enturmar. 

 

Para mim as outras crianças eram entediantes, elas pareciam tão inferiores intelectualmente que eu se quer me esforçava em manter aquelas amizades, que com o passar dos anos continuaram quase inexistentes. Quando eu completei meus 16 anos nos mudamos para Busan, lugar onde meu pai abriu as portas do seu escritório de advocacia, um dos seus sonhos que agora poderia ser realizado naquela cidade que para mim, não possuía nada de especial, pelo menos foi o quê eu pensei quando coloquei meus pés sobre seu solo pela primeira vez. 

 

Em uma manhã de quinta, eu encontrei meus pais na garagem de nossa casa. O meu pai estava colocando algumas caixas de papelão no porta malas de seu carro, enquanto minha mãe impunha uma prancheta com a espécie de uma planilha onde checava ítens com uma caneta parecendo focada na tarefa que executava. Era uma doação, era a terceira doação que faziam àquele lugar desde que havíamos nos mudado, não era algo estranho para mim ver os meus pais engajados a fazer o bem, mas normalmente as doações eram feitas para instituições aleatorias, diferente do que aconteceu naquele dia. 

 

A minha mãe disse: “Vamos, Joonie, queremos que você conheça esse lugar”. À princípio eu concordei apenas por ter sido um pedido de minha mãe, ela parecia animada enquanto meu pai dirigia até o tal lugar, e eu me sentia bem a vendo tão animada com algo após ter sofrido tanto com a depressão que se deu início com a notícia dada por sua médica há alguns anos que antecederam àquela data, onde a mesma disse que minha mãe não poderia mais ter filhos, apesar desse ser um dos poucos sonhos que ela possuía. Mas apesar de ter saído de casa apenas com intenção de atender um pedido de minha mãe, quando eu cheguei naquele lugar eu senti que simplesmente era para mim estar alí, e os meus pais sabiam disso. Eu entendi o porquê das doações se repetirem para o mesmo endereço. 

 

“Precisamos da sua opinião” ela disse ao me dar um leve empurrão em direção a área externa, onde ao longe, no gramado do jardim, um garoto se sentava solitário ao se isolar dos demais jovens que pelos corredores se espalhavam. Minha aproximação aconteceu em passos incertos, sem saber como deveria agir, se minha opinião para os meus pais seria positiva, ou não. Mas mesmo hesitante eu fui até ele, e mesmo hoje, após esses anos, eu ainda me lembro exatamente a forma com a qual ele olhou para mim, era um olhar vazio, eu se quer tinha certeza se ele me olhava com indiferença, ou apenas não me enxergava como alguém que valesse a pena conhecer. Mas o fato é que por alguns minutos eu permaneci em um monólogo pausado, com hesitações e reticências à espera de uma palavra, ou qualquer sinal de reação vindo dele. O quê não aconteceu naquela primeira visita. 

 

Eu precisei voltar àquele lugar por muitas vezes até que ele decidisse transformar o meu monólogo diário, em um diálogo com suas palavras. Com o passar das visitas regulares ele começou a se tornar menos frio comigo, nós passávamos grande parte do tempo conversando sobre centenas de assuntos, e pela primeira vez eu não me sentia entediado com outra pessoa de idade tão próxima à minha. Na verdade era como se os livros que tanto gostava estivessem se materializando em um ser humano, ele era muito inteligente, usava bem suas palavras, era como se tivesse passado a infância entre as mesmas pilhas de livros daquela biblioteca. 

 

Quando eu finalmente possuía um parecer sobre ele para os meus pais, as minhas impressões não poderiam ser melhores. Jimin, foi adotado pelos meus pais quando tinha 15 anos, com a ajuda de uma psicóloga, Dra. Gong. Ela contatou os meus pais, ela contou de Jimin para eles, e explicou toda a situação que o mantinha naquela clínica. “Ele só pode sair daqui com um atestado de óbito.” ela disse, então Jimin foi morto como deveria ser, nos papéis, é claro. “Johyun” foi o nome que a minha mãe havia guardado para o filho que tanto desejava ter, e esse era Jimin, o filho que ela desejava tanto ter, e agora tinha. Ele sempre foi um bom dongsaeng, mas nunca deixou seu passado ser enterrado juntamente com seu nome. Uma parte de quem ele havia sido ainda vivia nele, e isso era o que me causava preocupações às vezes pois eu  não conhecia Jimin, eu conhecia apenas Kim Johyun. 

 

— Hyung? - o ouvi me chamar, parecia ter chegado em fim. 

 

— Na sala. - respondi esperando por ele. - Como foi? - perguntei enquanto ele afrouxava o nó de sua gravata. 

 

— Como deveria ter sido, o seu amigo… Jungkook precisa de ajuda, estão querendo pegar ele. - Johyun respondeu parecendo tenso, diferente do seu normal. 

 

— Como assim? Você está bem? - ele respirava profundamente enquanto mirava a mesa de centro. 

 

— Já disse à você que tipo de pessoa o pai dele é, tem muita gente que teve a vida fodida por culpa desse cara. Mandar o filho de volta pra Busan foi como por a cabeça de Jungkook à prêmio. Você precisa ficar atento, precisa cuidar dele, hyung. - ele não costumava se importar com ninguém fora de nossa família, e agora me pedia algo assim. 

 

— Ele já é alto o suficiente, vou ficar de babá… 

 

— Ele vai acabar pagando pelos erros que o pai dele cometeu, e isso não pode acontecer, Namjoon. - ele disse me interrompendo. - Se algo acontecer com ele eu vou estar falhando novamente, e eu não posso falhar mais. - de repente Jungkook era importante pra ele, mas porquê era tão importante? 

 

— Do quê está falando? 

 

— Da minha carreira, ele é meu cliente agora, logo não posso permitir que ele acabe sendo pego por essas pessoas. - ele respondeu se levantando da poltrona onde até então se sentava. 

 

— Entendo. - concordei apesar de sua resposta não ter me convencido. 

 

— Eu vou dar uma volta, se precisar de mim, me ligue. - ele avisou já saindo sem esperar por uma resposta. 

 

Em todos aqueles anos eu jamais o tinha visto falar daquela maneira. O meu irmão não era assim, não o lado dele que eu conhecia. 


Notas Finais


Revisei agora, se tiver erros me perdoem.
Por hoje é só esse cap pois não tive tempo ainda pra adiantar a estória (Sorry🎶) mas vou adiantar ela ainda, tenham paciência 🙏
Agora, olha, por isso eu disse que os detalhes eram importantes u.u a dica da cor do cabelo, ces tinham muito que ter percebido que Jiminie tava ae vivo da silva u.u (eu sou lerda e tapada, nunca cato os spoiler nas fic gente) 😬 agora vou deixar vocês com a cabeça cheia das intriga do tipo: Será que vai ter treta por culpa de mulher? Será que o Jungkook fará altas revelações? E o shipp Yerin + Jungkook, rola ou não rola? E se rolar o quê acontece com Taerin? 🤔 bem, irei agradecer aqui os fav's marotos, e os comentários de vocês, serhumanuzinhos de luz 😘 e dizer que estarei de volta em breve com as respostas para essas perguntas ae 🤗 até o próximo capítulo ~ chu chu


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