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História Devil Side - O diário.


Escrita por: minesuga

Notas do Autor


Boa leitura ❤ (notas finais)

Capítulo 36 - O diário.


“Estivemos batendo de frente, quando na verdade queríamos apenas alcançar um ao outro.”

 

Jungkook. 

 

Eu não consegui dormir quase nada naquela noite, fiquei preso naquele momento no parque o qual havia sido reprisado em minha mente por centenas de vezes. Eu pensava nas palavras de Yerin, tentava concordar com elas, mas eu continuava me sentindo mal por ainda me importar com o bem estar do meu pai, quando os únicos afetados naquele sentido eram Jimin, e eu. 

 

— Ainda não foi dormir? - a pergunta vinda dele quebrou o silêncio que me cercava até aquele momento. 

 

— Insônia. - respondi ao encarar a pouca água que restava no interior do meu copo. 

 

— Não tem problemas para dormir desde pequeno, tem algo lhe preocupando, ou… - eu guiei meu olhar até o seu, e pude notar algo estranho em seus olhos. Era como se ele quisesse saber de algo, mas indiretamente. 

 

— Acho que é um efeito colateral da paixão, só isso. - eu menti, ao me levantar e seguir até a pia, onde deixei meu copo. 

 

— Heo será outro efeito colateral, é a única filha dele. - eu dei de ombros, pois na verdade só queria deixar a cozinha e retornar para o meu quarto. - Soube que ela terminou com o antigo namorado, vejo que é tão determinado quanto eu quando quer algo… - eu sorri com um assentir negativo, o quê lhe causou hesitação em terminar sua frase. 

 

— Taehyung, e Yerin terminaram por algum desentendimento entre eles, eu não tive absolutamente nada a ver com o ocorrido, pai. É errado interferir na vida das pessoas, principalmente por motivos próprios, é egoísmo. - eu disse voltando a olhá-lo. - Nós somos diferentes, já deveria ter percebido isso. 

 

— Não, espere… - ele pediu ao segurar meu braço direito, assim evitando minha saída. - Por que disse isso de interferir na vida das pessoas? 

 

— Foi um comentário aleatório, pai. - não, não foi. - Só quis deixar claro que eu jamais teria “trapaceado” pra ficar com Yerin, se ela amasse Taehyung, eu teria respeitado a vontade dela de permanecer com ele. Seria o certo, não acha? 

 

[...] 

 

Dentre as pendências daquele dia, além das aulas, e da visita a qual eu faria a casa do meu avô, uma mensagem enviada ao meu celular durante a manhã fez com que eu saísse mais cedo de casa com destino a cafeteria próxima a universidade. 

 

— Bom dia. - Namjoon desejou assim que me aproximei de sua mesa. 

 

— Bom dia. - respondi, me acomodando na cadeira vaga diante dele. - Aconteceu algo…

 

— Johyun… - ele fechou os olhos com força, ao hesitar em continuar sua frase. - Jimin, Jimin me contou a verdade sobre o quê aconteceu com vocês. - eu fui pego de surpresa, o mesmo não havia me avisado. 

 

— E você…

 

— Ele é o meu irmão, Jungkook. - ele disse ao me interromper. - E se eu chamei você para me encontrar aqui, é porque eu não quero perder o meu dongsaeng. 

 

— Eu não entendo o porquê de estar dizendo isso. 

 

— Eu não faço ideia do quê ele tenha planejado para o seu pai, mas existe algo, e você pode ter certeza disso. - eu desvie o olhar ao pensar sobre. - E isso me preocupa, pois eu sei que nada o iria parar se ele chegasse a ter a chance de… - eu entendia. 

 

— Ele deveria ser parado? 

 

— Para o próprio bem. - Namjoon respondeu. - Eu passei a noite estudando casos onde as vítimas de alguns crimes tiveram de mudar a identidade, e uma grande porcentagem conseguiu se livrar da prisão quando os indícios mostraram a tentativa de viver uma vida honesta, e comum… 

 

— Se Jimin fizer algo contra o meu pai, algo contra a lei…

 

— Ele vai acabar preso novamente, e dessa vez não será apenas por seis anos. 

 

— Eu entendo. 

 

— Olha, eu não quero que o seu pai fique impune pelas coisas as quais fez, mas eu também não quero que o meu irmão vá parar na prisão. - Namjoon realmente era um bom hyung, Jimin estava certo. - Eu sei o quanto você é importante pra ele, e por isso eu o chamei, eu sinto que você é a única pessoa que poderia o impedir de perder a sanidade pelos poucos segundos que fosse…

 

— Se for preciso eu irei interceder, pois não quero que nada de ruim aconteça à Jimin tanto quanto você. - eu disse o interrompendo. - Mas fique tranquilo, se Jimin não perdeu a sanidade quando foi abandonado naquela clínica, não será hoje que ele irá perdê-la. 

 

[...] 

 

Eu estava mais uma vez no quarto o qual havia pertencido a minha mãe durante sua juventude, e eu não conseguia deixar de ficar fascinado com toda aquela parte da existência dela que havia sido deixada alí, naqueles poucos metros quadrados preservados pelo meu avô. Eu quase conseguia imaginá-la transitando pelo quarto, agindo como uma garota da sua idade agiria naquela época…

 

— Aqui está. - meu avô disse ao retirar um livro de capa azul de entre os demais que estavam naquela prateleira presa a parede. 

 

— Um livro? - perguntei confuso, enquanto recebia o mesmo em mãos. 

 

— Eu estava limpando as prateleiras quando me deparei com isso, ele estava escondido, sendo envolto por uma capa de um outro livro… 

 

— O senhor nunca havia notado ele? 

 

— Sim, mas pensava que se tratava do livro da capa que o cobria, e não que fosse um diário. - um diário…

 

— É o diário dela? - perguntei voltando meus olhos a capa azul do livro. 

 

— Creio que seja, eu não li mais do que as primeiras linhas da primeira página, pois acredito que isso nunca tenha sido escrito para que eu lesse. - ele contou. - Mas você, e principalmente o seu irmão possuem o direito de terem acesso à isso.

 

— Por que principalmente o Jimin? 

 

— Se esse diário possue anotações dos últimos anos os quais ela passou nessa casa, provavelmente ela escreveu muito sobre o pai dele, sobre coisas que talvez ele gostaria de saber sobre ambos. - ele explicou. 

 

— Sim, o senhor tem razão. - assenti com um suspiro. 

 

— Ainda sim são as palavras de sua mãe, deveria conhecê-la melhor. - ele comentou pouco antes de me deixar sozinho no quarto. 

 

Eu me sentei sobre o limite de sua cama, e olhei para o diário mais uma vez entre minhas mãos. Eu estava nervoso, nervoso como se estivesse prestes a reencontrá-la após todos aqueles anos. Ainda hesitante eu abri o livro, e logo me deparei com sua caligrafia surpreendentemente parecida com a minha, até mesmo a mania em começar os parágrafos com dois dedos de distância da margem também parecia uma herança dela. Eu sorri a isso, senti uma pequena alegria em perceber que eu tinha um pouco dela em mim. 

 

“06.02.91. 

 

Eu sinto falta dele, sinto muita falta mesmo. Chego a pensar que não irei conseguir sobreviver até a manhã seguinte sabendo que ele está tão longe de mim, a distância é cruel, e a saudade que enche meu coração só faz minha dor aumentar… traga-o de volta pra mim, por favor...” 


Notas Finais


Olá pessoas, primeiramente me perdoem pela demora, aconteceram algumas coisas que manteram a minha cabeça cheia, e eu não pude me dedicar a fic tanto quanto eu queria. Me desculpem mesmo, não gosto de atrasar capítulo, e vocês devem gostar disso menos ainda, eu sei.

Sobre a fic: Eu não posso adiantar praticamente nada, vocês já bem devem saber que o negócio vai ficar feio, então o meu conselho é para que vocês preparem o kokoro porque eu não sei se os protagonistas vão suportar a reviravolta.

Vou ir agora responder os comentários atrasados kkkkk até a próxima meus amores, obrigado pelos fav's e comentários ❤ Amu vocês ❤


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