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História Devilian: O Conflito - Interativa - Ressurreição!


Escrita por: UnicJohn013

Notas do Autor


Primeiramente, desculpem a demora. Foram dias conturbados para mim.

E então, vamos lá!

Capítulo 4 - Ressurreição!


Tarde de sol intenso e calor desolador, na zona norte do vilarejo era possível ver Fadwa Nuriya meditando sobre o gramado do quintal de sua casa em posição de lotus assim como o avô perante ela, ambos de olhos fechados buscando a concentração extrema, rodeando o velho homem uma aura vermelha expandia há centímetros da pele ressecada e dançava como a chama de uma fogueira, Fadwa tentava atingir o mesmo resultado, contudo sua aura apenas tremeluzia e voltava a tornar-se opaca ocorrendo por repetidas vezes, ficou irritada consigo mesma por não conseguir controlar seu zax como o avô, mas desistir não era opção.

–Hei, Fadwa; acalma-te, não terás êxito desta forma— disse o Sr. Nuriya —foque em sua energia e mantenha a mente fechada às distrações externas.

    Novamente a pequena adolescente fechou os olhos buscando concentração, as mãos com os dedos entrelaçados formavam um triângulo e dalí originava a aura vermelha de Fadwa que rapidamente cobriu o corpo por inteiro, cintilando e dançando, a pequena experimentou o doce sabor do sucesso, por poucos instantes, perdeu o foco e o zax descontrolou-se, lançando brasas para o ar, que o avô logo desviou para o chão extinguindo-as.

–Ahh, merda!— vociferou Fadwa, socando o gramado.

—Não martiriza-te, meu bem– pediu a avó, saindo da porta da varanda —Venham, está na hora de orarmos para nosso amado Deus.

    Os avós se retiraram deixando Fadwa Nuriya sozinha praticando meditação, porém, ela não conseguia permanecer concentrada com a discussão que vinha do interior da residência, apenas escutava fitando os braceletes vermelhos que ganhara da mãe os berros trocados entre o ancião e seu pai enquanto debatiam o desinteresse da garota pela religião que seguiam desde sempre, o velho senhor não admitia que sua neta desviasse dos caminhos doutrinados por Debitaikos —quem louvavam como o suposto Deus criador do universo—, já o chefe da família defendia a decisão tomada pela filha de não crer em somente uma religião como sendo a correta, arrastando a discussão por muito tempo. Ao encontro da desolada Fadwa engatinhou pela varanda até o gramado sua irmã menor, ainda um bebê que balbuciava palavras sem nexo, no entanto, distraiu a primogênita da controvérsia com o doce e inocente sorriso de uma criança que desconhece o conceito de negatividade, dotada de belo par de globos amarelos como os de Fadwa a criança era inquieta e hiperativa obrigando a mais velha a brincar junto com ela pelo resto da tarde fazendo-a esquecer o que passava ao redor.

    A penumbra da noite caia sobre o vilarejo com o crepúsculo, o sol não brilhava tão forte e se escondia por detrás do horizonte, permitindo a lua reinar soberana nos céus em seu estágio completo e imponente denominado de "lua cheia total" quando estava o mais próxima do planeta do que durante outros períodos, era algo extremamente raro, e, para a maioria, era sinal de mau agouro e trazia ventos perversos, lendas contadas pelos mais velhos davam a entender que nas noites de tal lua o portal do universo negro era aberto e os demônios lá trancafiados eram libertos para caçar e executar seres de má índole arrastando-os de volta consigo para o seu lar obscuro no outro universo, para os céticos (e apaixonados) era uma ótima oportunidade de ter o encontro mais romântico da vida com quem fosse afeiçoado, e o principal local escolhido era a floresta de onde se via perfeitamente o cintilar das estrelas que aperfeiçoavam ainda mais o contraste impecável da lua cheia total, lindo espetáculo. Após terminar de escovar a longa franja azulada diante do espelho da sala Dinagre Mi-han ajustava os últimos detalhes para sair de casa quando seu pai lhe toca o ombro, dizendo:

—Não vá, filha. Te peço encarecidamente, esta noite…

    Dinagre o interrompeu:

—Tsc… se vais dizer-me para não ir devido a lua dessa noite significar que o sobrenatural correrá livremente por este plano hoje, apenas irá aguçar-me o desejo de sair. Odeio ficar nesta casa… odeio estar com você. Se algum demônio me arrastar para Gehenna estará me fazendo um enorme favor!

    Em seguida, saiu a passos largos batendo com força a porta. O sr. Mi-han baixou a vista apertando nas mãos a foto da falecida esposa, lágrimas desciam pelo rosto cansado do homem grisalho e ele desabou sobre a cadeira posterior deixando as gotas pesarosas caírem na foto que tirou da mulher ainda grávida da única filha que tiveram.

—Esta noite seria o aniversário de sua mãe, só queria tua companhia neste momento desolador, sinto tanto a falta dela e também de ti, minha filha. Moramos sob o mesmo teto e mesmo assim mal consigo ver-te e ter um mínimo instante contigo– declarou entre soluços, para a filha que não pôde escutar.

    Não seria o fato de Dinagre Mi-han odiar o próprio genitor, o que detestava era a intenção dele de fazê-la uma mulher diferente das demais, queria que a filha tivesse hábitos dos antigos cidadãos, que fosse igual a mãe, porém, não era de sua natureza agir de tal forma e, por isso, evitava ao máximo o encontro com o pai, permanecendo pouco tempo em casa. No caminho para a floresta encontrou suas três amigas do colégio: Kazidime, Yunamih e Ohbinam. Dinagre não se sentia muito confortável ao lado delas, preferia andar solitária, mas era melhor ser uma intrusa a ser taxada de anti-social, logo seguiram trocando elogios destinados ao penteado e às roupas vestidas. Após muita futilidade e idéias sem fundamento abordadas na conversa avistaram a clareira onde vários casais observavam a lua juntinhos iluminados pelo mega brilho prateado do satélite natural e por inúmeros vagalumes que vagavam por ali, mais distante estavam aqueles que não tinham parceiro e estavam lá para prestigiar o belo espetáculo, para junto deles foram as quatro amigas sorridentes.

—Hoje o Hinomito não escaparás de mim, cato ele de vez— afirmou Kazidime, tomando a frente.

—Sigam-nas, meninas. Não vamos ficar para trás— falou Yunamih, acelerando a passada.

—Tu não pareces estar muito animada, Dinagre. O que foi? Estas afim do Hinomito?— indagou Ohbinam, vendo a feição cabisbaixa da amiga.

    A adolescente de fios azulados esfregou o rosto com as costas da mão direita e sorriu superficialmente balançando a cabeça respondendo a Ohbinam que estava bem, mas, na verdade, por dentro remoía as duras palavras ditas ao pai, lembrou que era o aniversário de sua mãe naquele dia, todo ano nessa mesma data o Sr. Mi-han caía em depressão por saudades da mulher que faleceu batalhando contra a morte para dar a vida à Dinagre e somente encontrava consolo ao olhar o lindo fruto nascido do amor entre os dois, nesta noite Dinagre não se fez presente para o homem que a criou e ensinou o que é ser alguém, quando ele mais precisou ela não ficou ao seu lado, Dinagre se sentiu um lixo por tamanha ingratidão e permaneceu afastada do grupo durante o decorrer da noite, pois pensou que seu genitor devia estar com nojo da atitude tomada por ela anteriormente.

             ////

    Haz Sebah estava aflita em frente a cancela de madeira de sua casa, nunca seu filho havia tardado tanto em regressar ao lar, não tinha noção do que fazer, apenas esperava ansiosa.

            ////

    Mytorch Sebah era contornado por tubo e fios que tanto lhe transmitiam oxigênio como também analisavam seus sinais vitais investigando uma possível mudança nas células do rapaz, nada por enquanto. O zum zum zum dos funcionários presentes na sala era enlouquecedor, correndo de um lado para outro levando e repassando informações sobre o agente Ressurreição, não prestavam a mínima atenção no que ocorria no interior da cúpula de regeneração, os ferimentos de Mytorch curaram-se em velocidade inacreditável até mesmo para a cúpula, na tela do computador vistoriado por ninguém o alerta de alteração celular piscava e luzia, um líquido de cor simil ao agente corria pelas veias do moribundo sendo bombeado para todos o corpo pelo coração que funcionava em ritmo acelerado, talvez de mesma forma a um solo de bateria em músicas de heavy metal, não só a coloração sanguínea mudara também a estrutura do dna alterou-se completamente, reorganizando e repondo os "tijolinhos da vida" turbinando-os no processo. Mytorch Sebah abriu os olhos, não eram mais verde-esmeralda, eram completamente negros com sua íris tomada por um vermelho encarnado, viu inerte a própria pele tomar um tom escuro, opaco, fosco, no topo da cabeleira cresciam dois chifres pontiagudos com a ponta voltada em caracol, transformou-se num estranho ser. De relance Mytorch Sebah viu seu reflexo no vidro da cúpula, não reconheceu a sí mesmo, estupefato entrou em desespero, se debatendo, arrancou os fios e o tubo de oxigênio, então socou o vidro com força, partindo-o facilmente em estilhaços, a água toda espalhou pelo chão e o rapaz caiu de bruços apoiado nos braços, de repente soou um alarme ensurdecedor junto a luzes amarelas avisando os funcionários do rompimento da cúpula. Dezenas de homens vestidos de preto foram ao local de origem do alerta, manteram distância ao avistarem o estranho ser caído, não houve algum a ousar aproximar-se do indivíduo, exceto Dr. Hiikas Kapops que adentrou a sala naquele instante, ajoelhado adjacente a Mytorch admirava o feito, na face esbanjava sorriso largo.

—Vejam, subalternos. Não só encontrei um meio de ressuscitar os mortos como também criei uma nova raça! Hahaha…

    Mytorch Sebah ergueu a vista fitando o cientista por algum tempo, olhos nos olhos, as orbes vermelhas brilharam e o ser berrou enfurecido:

—Tu fizeras isto a mim, desgraçado? Tu deu-me esta horrenda aparência?—Mytorch ficou de pé —Vai pagar por isso!

    A pele de Mytorch incandesceu num brilho negro e sua musculatura expandiu brevemente trazendo a tona as veias onde corria o agente, com apenas um chute ele arremessou Kapops contra a parede de metal amassando-a numa violência devastadora o levando a nocaute, os demais homens logo sacaram suas armas disparando os projéteis de energia em direção a Mytorch que, dotado de agilidade sobrenatural, esquivou-se de todos por puro instinto, em seguida, contra-atacou veloz derrubando um por um, saiu dalí correndo em velocidade muito superior a própria antes de se ver exposto ao experimento, atacava e vencia qualquer que fosse a entrar em seu caminhou, encontrou a saída do esconderijo, porém, estava bloqueada pela rampa metálica. 

—Grrrr… como atravessarei isto?— questionou, rosnando para sí mesmo.

    Do outro lado do corredor surgiram dezenas dos funcionários armados o suficiente para não permitirem que os vencesse outra vez, Mytorch Sebah não tinha opção, necessitava de rápido raciocínio e lhe veio a mente a lembrança do chute que deu no Dr. Hiikas Kapops, um chute poderoso, resolveu arriscar, correu ainda mais veloz em direção à rampa saltando e girando no ar desferiu uma implacável voadora que arrebentou-a como a casca de um ovo. Mytorch Sebah escapou pela falha em pleno ar e desapareceu na escuridão do bosque.

—Dr. Kapops, o senhor está bem?— perguntou seu assistente, ajudando-o a se levantar. 

—Estou ótimo, Sr. Kalolis. Tenho em mãos um agente capaz de criar o exército mais poderoso já visto na história da existência e não o venderei aos Garklocs, eu construirei minha própria armada e dominarei o universo! Hahaha...


Notas Finais


E aí está, espero que tenham gostado. ...


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