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História Devilish Angel - I want to find you, tear out all of your tenderness


Escrita por: chapterf0ur

Notas do Autor


OLHA QUEM CHEGOU NO BARRACO PRA BOTAR ORDEM??????
Eu mesma! Hahahahaha, tudo bem com vocês no dia de hoje?

Aproveitando o feriado no meio da semana aqui em SP (Aniversário da minha amada SP), resolvi trazer um presente da paulistana pra vocês. E ESSE CAPÍTULO É AQUELE QUE VOCÊS VÃO FALAR "PUTA QUE PARIU!!!!!!!" JBDKJSNJSDNKLD Confesso que é o capítulo mais louco da fanfic que eu escrevi, o meu favotiro (acabei de criar o termo hdsbscbjd) e aqui chegamos ao ÁPICE da história. Logo menos DA entra na reta final ):

Mas enquanto isso não acontece, vamos surtar com o nosso casal favorito? LEMBRANDO QUE: CAPÍTULO DE HOJE TEM MÚSICA, POR FAVOR, ESCUTEM ELA, GARANTO QUE A EXPERIÊNCIA É 100% MELHOR!

Então... Enjoy my devilish girls? ❤

Capítulo 17 - I want to find you, tear out all of your tenderness


- Onde você está, nesse exato momento? – Pude ouvir Gabbe rindo do outro lado da linha.

- Na estrada. Eu quero voltar pra casa e passar o meu feriado com você e a Maxine. – Ri sem humor e recebi uma cara feia vinda de Ariana. – Oh, ok. Não Gabbe, eu estou ótima e vou ter um feriado maravilhoso com os meus pais. – Pisquei os olhos diversas vezes, fingindo estar animada.

- Ok mocinha, tudo bem. Eu preciso desligar, afinal não faz nem quarenta minutos que nos vimos e…

- Gabbe, me salva! Por favooooooor! – Comecei a gritar na linha e Gabbe começou a rir.

- Desculpe, mas dessa vez vou ter que te deixar na mão… – Eu sabia que o loiro estava rindo do outro lado da linha. – Max está te mandando um beijo.

- Fala pra ela me mandar uma passagem de volta pra casa de vocês. Argh! Desisto. Estamos entrando na Interestadual, não tem mais volta. – Reclamei e ouvi os dois rirem agora. – Isso, riam da desgraça alheia.

- Não vai ser tão ruim assim, Summy, se acalme. – Gabbe riu. – Tenho que ir, gatinha. Nos falamos depois, ok? Max disse que te liga mais tarde.

Me despedi com tristeza dos meus melhores amigos e me afundei no banco, enquanto via as árvores passarem pelos meus olhos, deixando-me mais entendiada que o normal. Quando George e Ariana noticiaram sobre a viagem do feriado, tentei fazer tudo o que estava ao meu alcance para não ir, que me deixassem sozinha, que fossem sem a companhia de Summer Aleena Davis, mas não. Eu não consegui. E naquele momento, eu estava entre me jogar do carro em movimento ou torcer para que os quatro dias passassem rapidamente por mim. O silêncio no carro era algo reconfortante, algo que fazia minha ficha cair e estapear minha face com a realidade, mas era algo também que trazia muitos fantasmas, que mexia com a minha insanidade e eu não gostava nada disso. Não gostava de estar exposta. Vulnerável.

Todo o tormento estava vivo na minha cabeça e na minha alma. Como se fosse uma coisa tão normal que eu nem sentia aquilo ao meu lado, sentia parte de mim. Era estranho e atormentador. O mais engraçado era que tudo aquilo fazia minha cabeça parar sempre em um ponto: Brian Haner. Eu podia ver a fúria cantar nos olhos castanhos enquanto entrava no carro de Derek e depois… Não havia mais nada. Não havia mais o moreno para que eu me preocupasse, pelo menos por ora, já que depois que Derek me pegou na escola, saímos para tomar um sorvete e eu, com toda certeza, consegui me distrair, esquecendo um pouco de Brian.

Mas agora, sozinha, na companhia apenas de uma estrada e de meus fones, ele conseguia vir me atormentar, conseguia mexer com cada porra de partícula que existia em mim. George havia comentado que Ariana convidou os Haner para passar o feriado conosco, no que dei muita sorte, já que a família negou o pedido e minhas preces foram atendidas. Não queria estar perto de Brian, não queria respirar o mesmo ar que Brian respirava. Era tentador, mas perigoso. Confuso. Insano. Depois do ocorrido em meu quarto, busquei realmente manter distância do moreno, tendo Gabbe para conversar seriamente sobre isso, já que Maxine estava ocupada com algum projeto de física da escola. Perto dos meus amigos, ignorá-lo parecia tão fácil, tão sútil. Mas sozinha, era totalmente diferente. Era um pesadelo, já que grande parte dos meus tormentos estava presa no corpo do moreno.

Não sei quanto tempo demoramos, mas quando chegamos o negro do céu parecia estar mais forte, um vento cortante passou por meu corpo assim que abri a porta do sedã e eu tentei me proteger cruzando os braços, uma tentativa em vão. Chequei em meu celular, quinze para uma da manhã. Observei a escuridão acompanhada do barulho do mar e uma repentina saudade de Nate cortou meu corpo, meu irmão adorava aquele lugar, tinha certeza que ali havia se tornado um dos lugares que Ariana havia feito questão de tornar um tipo de memorial pelo Nate. Meus pais descarregavam o carro com as coisas que havíamos trazido, pensei em ir dar uma volta, tirar as botas e sentir a areia no meu pé, como há tanto tempo não fazia, mas o cansaço estava batendo em meu corpo, arrumando algum pretexto para me derrubar.

- Summer, querida. Entre, tome um banho e vá dormir. Sei que a viagem foi cansativa… – Meu pai avisou enquanto tirava uma das malas do carro.

- Não precisam de ajuda?

- Pode ir, não há muito o que fazer. Qualquer coisa eu e seu pai damos um jeito. – Ariana sorriu fracamente para mim e eu retribui.

- Então… Boa noite. Vejo vocês amanhã. – Subi os degraus que davam no hall da casa que mais parecia um chalé. Olhei para trás e vi a escuridão, acompanhada de um vento gélido e de apenas um ou dois pontinhos brilhantes ao fundo, que pelo o que me lembrava, eram embarcações pescando em alto mar. Sabia que aquela imensidão estava me esperando, como um ritual feito para me livrar de todo o mal que poderia me cercar. Suspirei e entrei, deixando o mar quebrar na rebentação, cantando sua doce melodia que eram as ondas se quebrando contra a areia.

Depois de um bom banho tomado, estava jogada na cama, checando o celular para ver se havia alguma mensagem interessante de Gabbe ou Max, mas apenas encontrei Maxine se lamentando por não conseguir me ligar e avisando que de manhã me ligaria assim que pudesse. Sorri pensando no que o casal de irmãos faria a aquela altura do campeonato e eu sabia bem o que poderia ser: maratona de séries, já que os dois eram tão viciados quanto eu em qualquer tipo de série que lhes indicassem para ver. Larguei o celular na cômoda branca e encarei o teto, tendo um Brian invadindo meus pensamentos mais uma vez. Merda. Será que nem aqui, longe dele, esse garoto pode me deixar em paz?

Tive um breve devaneio, onde ele, por alguma forma, havia descoberto onde eu estava e vinha até mim, fazendo com que meus dias fossem muito melhores do que aqueles que eu aguardava. Balancei a cabeça e apaguei o abajur que tinha ali, afinal, nem tudo o que nós queremos pode se tornar uma realidade que nós tanto ansiamos.

 

♦ ♦ ♦

 

O celular vibrava.

E eu só conseguia pensar em como matar o desgraçado que ousou atrapalhar meu sono.

Com raiva, tateei até a cômoda, onde havia largado o aparelho na noite anterior e peguei. Lembrei-me que Maxine prometeu ligar, mas diferente do que achei que encontraria, apenas avistei uma mensagem.

Espero que esteja aproveitando a praia, Summy.”

Bufei. Como eu consigo ter um bom dia recebendo uma mensagem dessas? Qual é a desse cara, pelo amor de Deus? Apenas grunhi e larguei o celular na cama, me levantando, já que não conseguiria mais dormir, graças a um imbecil, cuja sua santidade deve ser duvidada por todos. Sentei-me na cama e senti tudo girar, já que levantei rápido demais, coloquei a mão na cabeça, fazendo uma massagem e respirei fundo, sentindo o cheio de maresia que o lugar tinha. Pelas frestas da janela eu podia ver a claridade adentrar meu quarto, como se mostrasse onde eu estava. Suspirei. Lembrei-me de Nate e eu, quando andávamos pela praia e o modo que o mais velho conseguia me ganhar com duas bolas de sorvete de morango de um dos quiosques que tinha mais a frente. Abri a porta e dei de cara com o enorme corredor que me levaria até a sala de jantar e lá, encontraria George e Ariana, ambos sentados em uma mesa, enquanto meu pai lia seu jornal e Ariana lia algo em seu tablet, provavelmente coisas do escritório.

- Bom dia. – Falei tímida ao me aproximar e sentar com eles na mesa.

- Bom dia querida. Como está? – George e sua atenção a mim, sempre se mostrando mais preocupado que a própria mulher que me deu a vida. – Dormiu bem?

- Sim, obrigada… – Pausei e pensei bem nas palavras que eu falaria. – Senti saudades de Nate essa noite. – Soltei e vi que meus pais me encararam de modo que eu pude sentir a pena e a compreensão ali. Até mesmo de Ariana.

- Ah querida… – Meu pai largou o jornal na mesa e pegou minha mão. – Eu e sua mãe comentamos isso assim que entramos ontem a noite. Nate gostava tanto desse lugar. Essa praia…

- Tudo nos lembra ele aqui. – Ariana falou. Era notável a dor que ela sentia, afinal era seu filho. – Acho que é por isso que gosto daqui, mesmo que doa.

- E é por isso, por Nate, que vamos lembrá-lo através de coisas que fazíamos com ele aqui, que tal? – George encarou minha mãe e eu com um sorriso em seu rosto. – Podemos tomar café ali na área e depois, irmos para a praia. O que vocês acham?

Sorri na direção do mais velho, concordando com o que ele havia dito, assim como pude ver Ariana se animar com a nossa decisão tomada. Por isso, evitando qualquer tipo de desavença ou confusão, juntos, como uma família normal, começamos a organizar as coisas para comermos na varanda, como George havia dito.

Enquanto estávamos sentados, comendo, eu notava aquele sentimento que sempre esteve ali, mas eu fazia questão de mascarar esse tempo todo. O sentimento da rejeição, de se estar sozinha. Coisa que eu sempre estive, não importava o momento. Era como se minha inocência tivesse sido roubada, como se eu nunca tivesse tido aquela coisa que todo mundo teve. Fui obrigada a lidar com a dor da perda tão cedo, além de carregar a culpa dentro de mim. George e Ariana, antes da morte de Nate, sempre foram pais maravilhosos, mas Ariana sempre fora a cobra que era, com o perdão da palavra. Manipuladora, ágil e sempre conseguia virar a história para seu lado, como se a opinião de outras pessoas não importasse muito. Ah claro, como sempre, não? Ela obrigava eu e Nate a ir para a igreja, cedo, todos os domingos, além de ter nos colocado na escola dominical. Ai se eu ou Nate disséssemos que não queríamos ir. As coisas não eram tão ruins, tenho que dizer, eram mais suportáveis. Mas com a morte de Nate, aquilo piorou.

A culpa recaiu sobre a minha pessoa, como se eu tivesse a intenção de matar meu próprio irmão, aquele que eu via como um herói, um tipo de porto seguro, como se eu fosse a vadia da história inteira. Ariana gritou e chorou a morte de seu filho mais velho, ela sentiu o luto por longos nove meses, acabou vendo a salvação na igreja, aquela mesma onde o filho do pastor devia estar enfiado lá, agindo como um santo demoníaco. Eu tinha treze anos, Nate tinha acabado de completar quinze. A culpa caiu sobre mim como a chuva de verão cai sobre aqueles que são pegos de surpresos. Cerca de uma semana no hospital, com a costela fraturada e diversos hematomas pelo corpo. Sem receber uma maldita visita de Ariana ou George. Quando saí, prometi a mim mesma que não seria mais um capacho barato e inútil para a mulher e foi ai que tudo piorou, principalmente nossas brigas, que se tornavam cada vez mais constantes, além de eu ter me transformado e me rebelado na escola onde estava.

Um grande ladainha.

Na verdade, Summer Davis continuava uma santa, um amor de menina, apenas manipulava alguns pontos e voilà, Summer aprontava mais que o normal e todo mundo sabia da fama de piranha da garota. Gabbe e Maxine jamais concordaram com aquilo, porém aprenderam a entender e a respeitar. No fundo eu sabia que eles queriam dizer o mesmo que Brian havia me dito uma vez. Que aquilo tudo era um teatro barato para chamar a atenção dos meus pais.

Talvez, ninguém nunca sabe.

Depois do nosso café em família, arrumamos algumas coisas e fomos para a praia, que não era tão longe dali, mas para não ficar indo e voltando da casa, minha querida mãe ajeitou uma bolsa com as coisas mais importantes que precisaríamos. E assim foi meu dia, segurando o celular, enquanto esperava mensagem de algum dos meus amigos ou até mesmo dele, enquanto aproveitava o lugar onde estávamos com uma falsa animação. Em partes, era até bom ver Ariana e George se divertindo, aproveitando o lugar, como eu nunca antes tinha visto. Os cabelos compridos e vermelhos acaju balançavam com toda sua maestria emanada de Ariana, enquanto o homem alto, de cabelos quase grisalhos e de um sorriso encantador brincava de algo engraçado com sua esposa, George era o tipo de homem que poderia balançar o coração de qualquer garota em seus tempos de ouro na escola.

Eu era uma verdadeira mistura dos dois, os cabelos castanhos herdei da mulher, já que Ariana pintou seus cabelos trazendo mais vivacidade a eles, assim como os olhos dela, enquanto o sorriso e os traços angelicais foram herdados do homem que eu tinha como pai. Precisava confessar, o dia não havia sido uma merda como eu imaginava que seria, porém não podia negar.

Meu corpo estava aqui, enquanto minha cabeça estava em outro lugar.

 

♦ ♦ ♦

 

Eu podia escutar sua doce voz me chamando bem longe.

Eu tentava correr para chegar até onde ele estava, mas não conseguia

Onde você está?

Bem aqui, querida. Bem aqui, ao seu lado.

Eu tinha a sensação de correr cada vez mais, corria o mais rápido que podia, o mais rápido que eu queria. Tudo para alcançar ele, aquele que eu devia me manter longe, mas não conseguia. Não podia. Não queria. Não havia mais volta, eu era inteiramente dele, unicamente dele e não podia mais negar isso a mim. Era um caminho sem volta, um caminho de riscos e desejos insanos, desejos reprimidos que causam em mim um efeito norteador, um efeito demoníaco sobre a pele pecaminosa que eu carrego em meu corpo.

Abri o olhos.

Sentei-me na cama rapidamente, sentindo o suor escorrer pela testa onde os cabelos estavam grudados. A respiração desregulada mostrava que havia algum problema em mim. Tentei normalizar o redemoinho de confusão que estava em meu corpo e em minha alma. Tentei me certificar que tudo estava bem e não havia passado de um sonho. Um doce sonho onde eu podia ser quem eu realmente queria e ter quem eu queria.

- Você tá bem, Summy?

Ouvi a voz e senti um gelo atravessar meu corpo, ele não poderia estar ali. Aquilo só era mais um delírio que eu estava sofrendo, não era? Olhei para a penumbra, próxima a janela que estava trancada, o moreno estava ali, parado, como uma sombra persegue seu corpo. Eu estava sonhando, delirando, pirando… Ficando maluca, por ele. Aquilo era tão estranho que eu mal havia me acostumado mal conseguia ligar os pontos e formular algo coerente para se dizer. Ele sorriu e eu tive certeza de que aquilo não era um sonho. Era real.

Brian Haner estava no mesmo quarto que eu.

- Co-como você me achou? O que você está fazendo aqui? – Soltei sem parar, parecendo uma metralhadora.

- Bom, seus pais tinham convidado os meus para vir, achei que se viesse sozinho não seria uma desfeita. – O demônio saiu da escuridão, acendi o abajur e pude notar que realmente estava ali. – Senti sua falta Summer, por que diabos você saiu com Derek anteontem da escola?

- Porque eu sou livre, desimpedida e não te devo satisfações. – Bufei. – Agora, dê seu jeito de sumir, por favor. Eu não quero falar com você. Meus pais estão praticamente no quarto ao lado, podem ouvir você e perguntarem o que você está fazendo, as quatro da manhã, no quarto da filha deles.

- Eu mal cheguei Summer, já quer que eu vá embora?

- Por favor.

- Ei, eu to falando sério. Eu senti sua falta, não estou brincando. – Senti o colchão afundar, ele se sentou e me encarou. Suas orbes marrons pareciam ler minha mente. – Eu fiquei muito puto quando vi você saindo com aquele babaca, mas depois entendi. Você só quer seguir a porra da sua vida sem se preocupar com alguém que, a seu ver, pisa em você, não é? – Maldito, me conhecia como a palma da mão. – Olha… Eu sei que eu não sou o exemplo de cara que você quer pra sua vida Summer, mas eu não consigo pensar na ideia de que você pode estar longe demais de mim… Eu não consigo aceitar o fato de ficar longe de você.

- Mas o que…

- Por favor… Só deixa eu falar. – Ele suspirou e eu me calei, pronta pra ouvir o que ele tinha pra me dizer. – Uma pessoa… Um cara, na realidade, me disse que eu estava vivendo um relacionamento abusivo e eu não quis acreditar. Não queria entender, afinal, a gente não tem nada, não é? – Abaixei meu olhar, mas Brian notou. – Não Summy, não não não, deixa eu terminar, ok? – Ele pegou em meu queixo e levantou meu rosto. – E eu agora to aceitando meu destino, to aceitando meu caminho e… – Ele pausou, provavelmente buscando as palavras certas. – Eu não posso ficar longe de você. Summer, eu não consigo. Eu já fiz tanta merda na minha vida e você é a chance de eu fazer algo certo. Algo que e possa me orgulhar mais pra frente.

Eu o encarei incrédula com tudo o que eu havia escutado, vindo de Brian Elwin Haner Jr.

- Mas… Por que isso agora, Haner?

- Você não tem noção de como é ver a mulher que você se sente atraído sair com outro cara. Você não tem noção de como é conviver com a raiva de pensar em outro cara te tocando.

[N/A: Solta o play: Howl - Florence + The Machine]

Eu não podia mais segurar essa vontade. Foda-se se fosse apenas palavras bonitas, verdadeiras ou uma mentira mal contada apenas para me conquistar. Eu não podia lutar com algo que crescia cada vez mais em mim.

Eu me joguei em seus braços e deixei que nossas bocas se encontrassem desesperadamente, como se uma necessitasse da outra para ter algum sentido naquela vida maluca em que vivíamos. Brian circundou seus braços em minha cintura, enquanto me ajeitava em seu colo, posicionando-me com as pernas ao seu lado e deixando que eu sentasse sobre seu corpo. Minhas mãos vagueavam sem rumo, até parar nos cabelos negros que tanto me deixavam louca, enquanto suas mãos tocavam a pele das minhas costas através do fino tecido do pijama. Era como se fôssemos feitos um para o outro, eu sabia disso, não havia como negar, mas a forma que vivíamos isso se tornava uma aventura perigosa e atraente para ambos. Eu era a prova viva de que o perigoso era mais gostoso.

Senti seu peso virar em meu corpo, deitando-me na cama e ficando por cima de mim, enquanto ele sustentava aquele sorriso torto que eu aprendi a amar. Olhei cada detalhe do rosto do moreno, tão próximo de mim, tão junto, que eu pedi aos céus para que aquilo não fosse apenas um sonho e que eu pudesse continuar com ele. Pedir aos céus, algo tão irônico para o que estávamos vivendo, para o que estávamos levando para nossas vidas. Eu poderia ter pensado muito mais, porém parei quando senti as mãos do moreno se infiltrarem por dentro da fina blusa branca que usava, deixando um rastro de fogo em cada pedacinho que me era tocado.

Seus lábios brincavam com o meu pescoço, dando leves sugadas e deixando sua marca bem ali, para mostrar ao mundo a quem eu pertencia. Eu era dele, não havia contestações, não havia nada. Apenas eu e ele, juntos contra o mundo, contra todos. Fui puxada para cima, mas com a intenção de ajudá-lo a tirar minha blusa, que logo foi para em algum canto do quarto escuro, apenas iluminado pelo abajur, ele sorriu.

- Você é tão linda, Summer… – Um beijo se instalou na altura do meu colo. Senti um arrepio atravessar meu corpo. – Você é tão minha.

- Diz de novo? – Pedi novamente, sorrindo, tombando a cabeça para trás ao sentir seus toques.

- Você é minha.

A convicção usada foi tamanha, que não pude segurar o gemido arrastado que cruzou minha boca, enquanto ele descia os beijos e parava nos meus seios, ainda cobertos por um sutiã velho, que eu usava para dormir. Ele riu maroto, achando engraçado aquilo, mas logo se preocupou em direcionar as mãos para o fecho, onde com uma destreza maravilhosa, arrancou a peça de mim, enquanto encarava meus olhos âmbar. Eu podia ver o fogo da luxúria queimar nas orbes marrons a minha frente. Eu não hesitei em escorregar minhas mãos para a barra da sua camisa branca e erguê-la, tirando-a rapidamente do corpo de Brian. Corpo esse que eu já havia visto em uma outra ocasião, mas que essa me parecia muito melhor.

Nossos toques eram carregados de malícia, de desejo e talvez amor. Em um momento como aquele era bem difícil de dizer o que tínhamos em comum, era difícil listar os sentimentos passados, mas, ao mesmo tempo, era tão bom, por saber que eu tinha sido a escolhida por ele. Nossa relação desde o começo foi uma confusão da qual apenas nós dois entendíamos, mesmo de modo tão torto e errado. Eu o fiz perceber, além de outras pessoas, que eu valia muito mais, que eu poderia ser muito mais que apenas um objeto, eu poderia ir além… E ele percebeu, quase que tarde demais, mas no fim, ele sabia que eu estaria ali. Esperando por ele. Esqueci como se respirava quando senti o minúsculo shorts deslizar pelas minhas pernas, enquanto apenas a calcinha branca jazia em meu corpo, cheios de curvas, onde Brian estava necessitado para se perder. Ele sorriu e vi seu peitoral brilhar a luz fraca que o abajur emanava, com um sorriso sacana enquanto ele subia para se aproximar de mim, beijos foram distribuídos pelas pernas, coxas e em suas partes internas, eu senti o calor em meu ventre subir.

Eu queria aquilo tanto quanto ele.

Sua boca logo encontrou a minha e logo menos, a calça preta que ele usava, tinha voado pelo quarto, como as outras peças que tinham tomado um rumo distinto. Eu já podia sentir a força que seu membro fazia em contato com a minha virilha, mesmo por cima dos panos que ainda nos separavam. Os beijos cessaram e senti os olhos luxuriosos pousarem em mim.

- Sum… Você sabe que isso é um caminho sem volta, certo? – Ele questionou apoiado nos dois braços enquanto eu me remexia.

- Sei e eu quero isso tanto quanto você, Brian.

- Tem certeza? – Assenti com a maior convicção do mundo. – Eu só… Preciso que confie em mim, tudo bem?

Sorri docemente para o moreno e logo ele havia voltado a me beijar ávidamente, como se nenhuma preocupação existisse mais entre nós dois. Era como se Brian fosse capaz de libertar uma besta que corria em minhas veias, que poderia ser solta apenas com ele, porque ele tinha tamanho poder sobre o meu corpo. Ele pediu um minuto e foi até onde sua calça estava jogada, pegando algo em sua carteira e voltando para a cama. Reconheci o pequeno pacotinho metálico e um estalo em minha mente surgiu. Eu estava prestes a perder minha virgindade com alguém que eu queria me entregar de corpo de alma. Era o que eu queria.

Com um carinho enorme, Brian desceu a última peça que faltava, enquanto eu fazia o mesmo com a cueca boxer preta que ele usava. A adrenalina corria pelas minhas veias, fazendo com que eu fosse até o final de tudo isso. Chutei a pequena peça para longe e mandei a cueca pelos ares, encarando Brian e descendo o olhar para notar aquilo. Brian era tão lindo nu quanto com suas roupas, ele parecia que ainda emanava sua rebeldia, mas sem sua armadura, o que fazia com que eu me apaixonasse cada vez mais pelo moreno. Ouvi o pacotinho ser rasgado e fechei meus olhos, respirando fundo, enquanto eu esperava pelo momento mais aguardado da minha vida.

- Summer, por favor… Se eu te machucar, me avisa.

- Confio em você, Haner. Se você me machucar, eu quebro sua cara. – Brinquei, cortando o clima.

- Se eu broxar aqui, a culpa é sua. – Arqueei as sobrancelhas e abri um sorriso sapeca, rebolando em contato com Brian. Ele soltou o ar pesadamente. – Ok, retiro o que disse.

Abri um sorriso e quando a gargalhada ia cortar minha boca, senti seus lábios se pressionarem fortemente conta os meus, enquanto eu podia sentir o clima esquentar mais uma vez. Brian se aproximou do meu ouvido e soltou o ar pesadamente, junto com palavras desconexas para mim, que sentia o mundo girar cada vez mais rápido. Logo senti uma pressão em minha intimidade e uma dor cortou meu corpo. Eu sentia minhas pernas escorregarem, como se elas estivessem molhadas, da mesma forma que eu fiquei quando Brian me masturbou pela primeira vez. Só que aquilo era um pouco mais estranho e complexo, já que eu podia sentir o membro dele invadindo meu corpo aos poucos. Mordi meu lábio e tive a atenção de Brian para mim. Ele estava todo dentro de mim e eu podia sentir como pontadas em minha intimidade, mas aquilo era tão bom… Eu não sabia como definir, na realidade. Minha primeira vez, com Brian Haner, em um cenário único. Não poderia ser mais perfeito e nenhuma dor seria capaz de impedir isso.

Ele saiu devagar e repetiu o processo mais uma vez, eu podia sentir queimar, doer, latejar, mas eu queria mais, eu precisava de mais. E aos poucos, ao ir me acostumando com o corpo “estranho” dentro do meu, eu pude começar a aproveitar um pouco mais. A adrenalina começava a fazer seu efeito e correr cada vez mais rápido pelo meu corpo, eu estava um pouco envergonhada por não saber o que fazer, e como um leitor de mentes, Brian arfou forte, deixando palavras sussurradas ao pé do meu ouvido.

- Apenas siga seu instinto, Summer.

Aquilo me tomou de uma forma tão grandiosa que depois disso eu não vi mais nada, grudei meus lábios nos de Brian e deixei me levar. Eu precisava daquilo tanto quanto ele. E não era novidade para ninguém. Os beijos se tornaram necessários para esconder os possíveis barulhos que poderiam escapar, mesmo com a ardência, a sensação era boa e eu não gostaria de trocar nada por aquele momento. Agora um pouco mais acostumada, Brian começou a se movimentar devagar dentro de mim, fazendo um vai e vem gostoso, enquanto nossos corpos se friccionavam juntos, abri mais as pernas e as entrelacei na cintura do moreno, agradecendo pelo contato mais fundo que eu tive de nossos corpos se tocando. Como uma necessidade, comecei a buscar por mais contato conforme o tempo passava, logo eu gostaria de todas as formas de toque necessárias, enquanto eu rebolava e gemia em seu ouvido, arranhando suas costas e ouvindo-o gemer de volta, enquanto segurava em meus cabelos e deixava suas marcas por meu pescoço.

Acostumada com a dor, agora eu o queria de verdade, buscando cada vez mais fricção entre nossos corpos, de modo que até a cama começou a balançar levemente com o peso de nós dois nos amando naquele quarto. O lugar já estava quente, nossos corpos, nus e suados, reviravam os lençóis da cama como eu jamais havia feito. Eu gemia, implorava por mais, enquanto Brian generoso, aumentava o ritmo de suas estocadas, enquanto ele me possuía e me fazia dele. Os corpos rápidos e suados causavam um choque juntos e não demorou muito para eu sentir minhas pernas formigarem, causando um amolecimento e a vontade de gritar foi grande. Foi quando impulsionei meu corpo para frente e levantando-me do colchão, gozei, soltando o ar pesadamente e agradecendo pela sensação maravilhosa que tinha acabado de sentir. Brian não demorou e após deixar um chupão em meu seio direito, eu senti algo quente sair de dentro de si, enquanto seu corpo pesava em cima do meu. Finalmente. Um entregue ao outro de modo que não tinha volta.

Minha primeira vez havia sido com Brian Haner e eu não estava nem um pouco arrependida.


Notas Finais


GENTE! SÓ QUERIA DIZER QUE: F I N A L M E N T E BSDKNSDJNSDCLSDKCDK
Acho que agora vocês entenderam porque é meu capítulo favorito e o porque eu gosto tanto dele.
BOM: Queria pedir desculpas pelo hentai, eu realmente não consigo escrever essas coisas assim, sinto que preciso melhorar cada vez, mas acho que uma hora eu faço um hentai decente. Acho que esse deu pra quebrar o galho, né? sjdfksndj

Bom meus amores, é isso! Eu vejo vocês na próxima hein?
Lembrando: @PorraSullivan - Twitter e Mariana Lapeloso - Facebook. Fanfics da Porra Sullivan (grupo no facebook) - https://goo.gl/K4kKlv / Grupo de Devilish Angel (Whatsapp) - https://goo.gl/fpmHEI [clique no link e clique em entrar]

Um beijo e até a próxima docinhos! ❤


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