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História Devilish Angel - And now all your lies will be exorcised


Escrita por: chapterf0ur

Notas do Autor


Olá meus amores, como vocês estão?
Bom, primeiramente, gostaria muito de agradecer os dezenove favoritos logo de cara! Eu estou me sentindo feliz e animada em saber que DA foi recebida com tanto clamor assim. Segundo, estou atualizando agora por motivos de: INTERNET ESTÁ TOTALMENTE DE VOLTA! Então, acho que teremos capítulos de DA pelo menos uma vez por semana.

Aos comentários, vou respondê-los todos com amor e carinho, de verdade.
Enquanto isso, que tal entrar na história de Summer e Brian?

Enjoy!

Capítulo 2 - And now all your lies will be exorcised


- Summer, há visitas para você.

As caixas de som do meu computador reproduziam algum álbum do Oasis, que eu cantarolava sem interesse algum, ainda mais depois de escutar a voz de minha mãe noticiando que havia visitas para mim lá embaixo. Exatamente quatro e cinquenta da tarde. Pude ouvir a voz animada de Ariana no andar debaixo, assim que abri a porta de carvalho do meu quarto, rumei pelo corredor até descer as escadas e me deparar com a cena mais familiar que eu poderia ver em dezoito anos de vida. Seria engraçado se não fosse cômico.

Reverendo Haner estava na sala de estar com sua esposa, Suzy, minha mãe e a Madre Teresa de Calcutá, mais conhecida como Brian Haner Jr., fato que eu descobri ao chegar em casa e curiosamente perguntar sobre o garoto para minha mãe, que logo pareceu se animar, achando que eu casaria com ele. Estreitei o olhar e senti os olhos cor de âmbar de Ariana me repreender por tamanha falta de educação. Me direcionei próxima de onde eles se encontravam e sorri breve.

- Ora querida, é bom saber que nosso Brian já fez uma amizade como você na escola. – Reverendo Haner sorriu para mim e minha mãe, que parecia adorar toda essa recepção. – Achamos que ele não se encaixaria em nenhum lugar, já que ele voltou recentemente de Londres, onde estava fazendo um intercâmbio. Fico feliz em contar com você para ambientar Brian ao ritmo da escola por aqui.

- Summer pode ajudar no que quiser, sempre que quiserem, Reverendo. Não é problema algum. – Ariana sorriu e eu me senti a pessoa mais falsa do mundo, como se tudo o que eu estivesse fazendo, era pra agradar aquela doida. – Summy, que tal subir e ensinar o que deve a Brian? Logo chamo vocês para o lanche.

- Claro. Venha Brian…

Os familiares do garoto sorriram com minha mãe, por eu mostrar uma educação de grande tamanho para o menino, coisa que Deus e o mundo sabiam que eu não tinha. Não porque eu realmente não tinha, mas porque eu preferia usar com alguém que compensasse todo o meu esforço. Antes de terminar de subir os degraus em direção a porta do meu quarto, ouvi o Reverendo dizer que precisava ir para casa e que Brian saberia voltar sozinho, pelo menos isso ou eu juraria que esse cara era um verdadeiro tapado. A porta de meu quarto foi aberta e nós dois entramos, Brian parecia temer alguns pôsteres de banda que haviam por ali e o olhar pendeu para o computador, onde agora tocava Morning Glory.

- Aí Madre Teresa, seguinte. Eu não sei se na igreja do seu pai vocês tem esse tipo de coisa, ou o melhor, que se foda. Nós não vamos cantar louvor alg… – Eu estava de costas, pegando minha pasta contendo as últimas lições do coral e assim que me virei, quase caí tamanho susto. - Mas que porra é essa?

- Já ouviu a frase: Não julgue um livro pela capa? – O garoto estava com alguns botões da camisa abertas e em seus lábios, um cigarro estava pousado ali, como se ele estivesse estado ali desde a hora em que nos encontramos. Tentei buscar minha voz para espernear ao mundo que o filho do pastor era uma fraude, mas o que encontrei foi minha garganta seca, enquanto um sorriso torto cruzava o rosto do garoto. – E agora, que tal continuar com as suas zoações sobre algo que não conhece?

- Mas o que…? O que diabos está acontecendo aqui? Você não é aquele lesado do coral de mais cedo. Você tem um irmão gêmeo ou coisa do tipo? – Eu soltei assustada, deixando a pasta cair de minha mão enquanto Brian ria, feito uma criança. – Você tá rindo do que?

- Conheço tantas como você, Summer. – Senti a pronuncia de meu nome sair com um pingo de sarcasmo. – Conheço até piores. Você não chega aos pés de garotas com quem estive. Com quem eu sempre estou. Vadias sem escrúpulos que fazem suas ações para serem tomadas de atenção. – Brian expeliu a fumaça de sua boca e riu, enquanto eu o encarava incrédula.

- Você me chamou do que, seu filho da… – Eu marchei em direção ao garoto que estava parado me olhando e rindo, tentei desferir o primeiro golpe em seu peito, mas a reação não foi a que eu esperava. O garoto segurou meus pulsos, com aquele maldito sorriso torto em sua face, que parecia assombrar cada pessoa que trombasse seu caminho. Em uma fração de segundos, ambos estávamos no chão, ele por cima de mim, enquanto eu me sacudia para me soltar. O cigarro já não estava entre seus lábios, o que fez ele soltar um muxoxo. – Me solta agora, seu maldito!

- Vadia. Ou devemos dizer falsa vadia? Alguém que tenta aprontar o que bem entende, quando dá na cabeça, mas que na verdade se esconde debaixo de uma máscara, uma máscara que se desprende de seu rosto quando você cruza aquela maldita porta. Summer, Summer… Eu já vi de tudo nesse mundo, eu vivo de tudo nesse mundo. Você não é diferente. É apenas mais uma que eu vi e já decifrei de modo que te deixe louca…

A última frase foi dita em um sussurro, que eu senti arrepiar até minha alma, enquanto o hálito carregado de nicotina de Brian batia em meu rosto. Um formigamento tomou conta do meu corpo enquanto via aquelas orbes marrons me encarando, com um sorriso pervertido em sua alma. Eu podia ver. Parecia poder ler aquela mente perversa que se escondia por trás do bom filho de um pastor da igreja local. Ouvi passos se aproximando e notei que Brian, deu um sorriso breve antes de me soltar e se levantar, arrumando os botões de sua camisa e pisando no cigarro que estava aceso no chão do meu quarto. Ele jogou o mesmo para debaixo da cama e se sentou na poltrona que havia ali perto, enquanto eu me levantava e me jogava em minha cama, recolhendo algumas folhas que estavam soltas por ali. Ariana abriu a porta do cômodo sem esconder sua felicidade eminente, revirei os olhos com aquilo e senti o filho do pastor me estudar com os seus olhos.

- O lanche está pronto, queridos. Desçam para comer.

- Eu adoraria senhora Davis, mas preciso ir pra casa. Papai precisa de ajuda com os louvores do próximo culto. – Brian se colocou de pé e fez a maior cara de pau do mundo, enquanto eu o encarava séria, incrédula com aquele fingimento todo.

- Ora Brian, fique mais um pouco. Sua companhia é muito boa e alegra nossa casa. - Acho que essa maluca ainda não se tocou que ele não é o santo que tanto mostra ser. Vi o rapaz negar o pedido com a cabeça e Ariana suspirar. – Tudo bem então querido, vou descendo e te acompanho até em casa, pode ser?

O rapaz sorriu de modo que mostrou aceitar o convite da mais velha presente em meu quarto. Ela sorriu ao olhar para nós dois e saiu do cômodo de modo rápido, talvez para nos dar um pouco mais de espaço. Espaço esse que de forma estranha eu gostaria que não existisse entre nós dois.

- Dica pra você, Summer. Abra a boca sobre isso e eu juro que acabo com a sua reputação na escola, seja ela boa ou não.

Dito isso, ele sorriu e novamente fez sua melhor cara de santo, cobrindo totalmente a face de demônio que havia nele. Como um cínico, dissimulado, que havia entrado em minha vida parecendo achar graça em tentar me foder. Um tchau básico saiu de sua boca, enquanto eu o via cruzar o quarto em direção a saída que o levaria para debaixo das asas do Reverendo Haner, protegendo sua farsa como uma lei protege um Estado corrupto. A porta se fechou e eu grunhi o mais alto que pude, o mais alto que tive coragem, depois de tacar duas ou três almofadas que haviam sobre minha cama. Quem esse garoto pensa que é? Um imbecil que deve mentir até para o Papa se possível. Voltou de Londres por que? Voltou para infernizar minha vida? Maldito seja o Reverendo e sua esposa. Ouvi meu celular tocar e o peguei na mesinha ao lado de minha cama, Maxine havia mandado mensagem perguntando como havia sido o encontro com a pureza em pessoa. Ao ler aquilo uma raiva me tomou por descobrir que não era bem aquilo que todos pensavam, pensei em contar a ela, afinal, ela é minha melhor amiga, mas as palavras dele se tornaram vivas na minha cabeça, ecoando como um gravador repete uma mensagem.

“Difícil Max… Difícil”

 

♦ ♦ ♦

 

- Ele é um perfeito tapado. Parece combinar com aqueles sonsos da turma de álgebra. – Eu contava para Max e Gabbe como havia sido o dia anterior, ou, pelo menos, contava boa parte, já que estava proibida de soltar algo a mais. – Eu nem sei porque meus pais chupam tanto as bolas da família dele. São todos imbecis alienados a igreja. Mal sabem que a maior pecadora convive entre eles. – Suspirei.

- Você sabe o porquê disso. Sua mãe não aceitou a morte de Nate, Summy. – Gabbe apontou para o óbvio. – Seu pai e você tiveram uma forma diferente de reagir a isso, já ela… Encontrou a paz que tanto precisava na igreja e nos cultos do Reverendo Haner. Seu pai e ele são amigos de longa data, algo que serviu como pólvora para que todo o desfecho da história fosse dado.

- Ariana não pensa nas consequências que isso pode trazer. Ontem, antes do filho do Reverendo ir embora, ela entrou no meu quarto com um sorriso de orelha a orelha, achando que eu vou dar trela pra aquele retardado. Eu não aguento mais isso. George diz que isso vai passar, mas eu conheço ela, quando começa com alguma coisa, vai até o fim pra ter o que quer. Ela não vai sossegar até ver eu casada com a pureza em forma humana.

- As vezes acho que sua mãe é maluca. – Maxine falou e nós três rimos. – Porém logo te adianto que você não é a única na fila não. Hoje, desde a entrada, o assunto que eu ouço pelos corredores é o quão Brian seria pecador a ponto de noventa por cento dessas garotas conseguirem enfiar a língua delas na boca dele. É nojento.

Olhei para Max, enquanto ela e Gabbe riam do que ela havia falado. O quanto essas pessoas imaginavam que ele era um santo? Até que ponto iriam para tentar sondar um pouco mais da vida dos Haner, já que desde ontem ela havia se tornado tão interessante? Até que caso iriam para tentarem se tornar a namorada de Brian, o filho do Reverendo Haner? Aquele caso se tornava cada vez pior a medida que se passava, ele se tornava o inalcançável filho do pastor, enquanto as pessoas acreditavam na mentira que ele era. Mentira da qual eu provei um pouco da verdade. O sinal tocou e nós nos levantamos da árvore onde nós estávamos encostados e começamos a andar em direção a nossa sala, quando eu vi o mais afastado no corredor, encostado em alguns armários, com o olhar direcionado a mim.

- Vão indo, eu encontro vocês na sala, ok?

Max e Gabbe assentiram e começaram a caminhar na frente, no meio da multidão de alunos que logo os engoliram e eu os perdi de vista. Girei em meus calcanhares, sabendo que ele me seguiria para longe da muvuca que estava criada no corredor por conta dos alunos que rumavam para suas respectivas salas. Rumei para um canto sem movimento algum, próximo ao ginásio, que eu conhecia tão bem, principalmente aquela parte onde o número de seres vivos era zero, por ser um local tão escondido que até Deus duvidava da existência. Recostei-me na parede gélida e esperei que ele chegasse até mim, com aquele sorriso no rosto. E foi exatamente daquela forma que ele me encontrou. A camisa de linho branco, demarcava bem os músculos escondidos por debaixo da peça. Subitamente uma vontade de tocar seus braços cruzou meu corpo e desapareceu de modo instantâneo. Ele sorriu ao me ver ali.

- Pela sua cara, eu sabia que você queria algo. – Soltei breve.

- Olha… Até que você é bem esperta pra alguém que se esconde sob uma máscara inexistente. – Ele riu e eu revirei os olhos.

- Cale essa boca e diga logo o que você quer comigo.

- Você vai sair comigo de madrugada. E não é um convite. – Ele falou sério, porém decidido e o que eu fiz foi começar a rir, jurava que se alguém ouvisse, eu estaria em uma completa enrascada.

- Eu? Sair com você? Só pode ser piada, né? Eu não estou a fim de ver nenhum culto ou coisa parecida com você. – Eu continuei a rir e o vi cruzar os braços, sério, me encarando com a maior cara de bunda do mundo. – Você não manda em mim.

- Já era de se esperar, não? Afinal, a alma santa aqui é você. – Ele debochou e minha cara se tornou uma carranca. – O que foi, Summer? Ficou com medo de viver de noite? De ter uma noite de verdade? Como eu deveria imaginar. – Ele riu e de repente me prensou na parede, sua respiração se mantinha calma, enquanto a minha estava rápida demais, denunciando o torpor pela aproximação que havia ocorrido ali. Ele não estava se importando, enquanto eu, estava prestes a tombar com as pernas bambas no chão. – Hoje, atrás da igreja. Eu esperarei por você, é bom você aparecer ou quem sabe algumas pessoas gostariam de saber a verdade sobre Summer Davis.

Ele sorriu e como parte de sua arrogância, depositou um selinho breve em meus lábios pintados de vermelhos, lambendo-os os próprios em seguida, enquanto saía andando e caçava o maço de cigarros no bolso da calça social que ele usava. Eu estava atônita, parada, enquanto tentava regular minha respiração descompassada. Ele havia ficado maluco, só pode. Eu tentei me manter calma e organizar a confusão que estava dentro de mim, iniciado em uma fração de segundos. Ou ele quem estava maluco ou era eu. Eu devia estar ficando maluca, enlouquecendo, delirado como uma doente mental. Eu queria me impor e dizer não, gritar “NÃO!”, mas o poder dele sobre mim havia começado a agir e ao que parecia, eu estava em partes, entregue ao poder do filho do pastor.


Notas Finais


Olha quem mostrou logo as garrinhas no segundo capítulo! Quem será que está mentindo? E será que Summer vai aceitar o "mandado" de Brian?

Só lendo o próximo pra saber! <3
Deixo na mão de vocês os comentários.

Um beijo meus amores, até a próxima.
Mais uma vez, muito obrigada! <3


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